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Resíduos sólidos e segurança jurídica

Através da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) 2006. Os resíduos sólidos são


materiais heterogêneos (inertes, minerais e orgânicos) resultantes de atividades humanas
e naturais. Que podem ser parcialmente recuperados, criando, entre outros
aspectos, a proteção da saúde humana, a saúde da comunidade e a economia de
recursos naturais. Tendo como base Jurídica o Decreto 10.936, publicado em 12 de janeiro de
2022, tem por escopo regulamentar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei
12.305/2010), os aspectos inerentes aos resíduos sólidos inseridos nas diretrizes nacionais
para o saneamento básico (Lei 11.445/07) que foi modificada pelo Marco do Saneamento
Básico (Lei 14.026/2020).  Decreto este que tem como finalidade implementar, a longo prazo,
ações de sustentabilidade, estabelecidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, para
mitigar problemas ambientais.

A segurança Jurídica traz como ponto de abrangência a sua alta importância para
sociedade. Para esclarecimento deste ponto o autor Ítalo Augusto Mosimann descreve em seu
artigo publicado no Instituto dos Advogados de Santa Catarina (IASC) Como relevância a
observância ao princípio da segurança jurídica sob os vários aspectos de fundamentação e
compreensão que envolvem o tema na atualidade, partindo-se da inegável evolução teórico-
conceitual em relação à sua fundamentação e natureza valorativa, que, de forma mais
abrangente e complexa, passou a significar, nos últimos anos, uma espécie de conjunto de
conteúdo e condições interligadas a regular a vida entre particulares e instituições estatais,
constituindo garantia de estabilidade do direito. Visando ainda a importância deste tema O J.J
Gomes Canotilho, traz como concepção de segurança nas relações jurídicas deriva da
necessidade do homem de ‘planificar e conformar autônoma e responsavelmente a sua vida’,
estando vinculada a ideia de elemento constitutivo do próprio Estado de direito.

Como ponto positivo a federalização da Logística Reversa, com emissão obrigatória


do MTR, a fiscalização e acompanhamento das metas de Logística Reversa pelo SINIR.
Colocando como pauta jurídica os cumprimentos das metas estabelecidas e certificação
correta para cada atividade. Incluindo como responsável pelo manejo dos resíduos sólidos
todos os indivíduos. Contemplando toda cadeia produtiva e de comercialização. Incluindo os
consumidores que podem ser multados por não cumprirem seu papel.
Um dos desafios do sistema de Logística Reversa está nos aspectos políticos e legais;
operacionais e sociais relacionados à mão de obra e à participação da população. Existência
de uma série de pontos críticos que necessitam ser discutidos e resolvidos para que os
objetivos e as metas estabelecidas pelos acordos setoriais, que estão sendo firmados entre o
Governo Federal e os setores produtivos, sejam factíveis de serem cumpridos. Colocando em
evidencia a mão de obra. Segundo o IBGE (2012), apenas uma pequena parte dos RSU
produzidos no país é seletivamente coletada; a maior parte da coleta é feita por catadores,
autônomos ou associados em cooperativas, que retiram dos RSU os materiais de mais alto
valor, em condições de trabalho precárias e com baixa remuneração. Quanto à participação de
catadores de materiais reaproveitáveis nos SLR de embalagens, estima-se, na sua totalidade,
a criação de 128.217 novos postos de trabalho em todo o território nacional. Considerando-se
que atualmente o número de trabalhadores que participam de alguma organização coletiva
está em torno de 40 a 60 mil, com a inserção desses trabalhadores nos SLR tem-se a
possibilidade de aumentar o percentual de catadores.

Com base nesse cenário o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declara dois decretos, a
serem assinados durante cerimônia no Palácio do Planalto, o governo promoverá o
protagonismo dos catadores no processo e uma mudança no modelo atual de economia
circular e logística reversa do País.  Lula institui o Programa Diogo Sant’ana Pró-Catadoras e
Catadores para a Reciclagem Popular, recriação do antigo Programa Pró-Catador, extinto pelo
governo passado. O segundo decreto, com foco na atividade de reciclagem, revoga o Recicla+
e institui três novos instrumentos: o Certificado de Crédito de Reciclagem; o Certificado de
Estruturação e Reciclagem de Embalagens em Geral; e o Crédito de Massa Futura.

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