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SITUAÇÃO DA ARMAZENAGEM BRASILEIRA

E SUA RELAÇÃO COM AS PERDAS NA PÓS-


COLHEITA
ARMAZENAGEM DE GRÃOS
 Ponto importante da cadeia produtiva de grãos.
• Disponibilidade, localização, acesso aos
modais, estado de conservação e
características operacionais

• Garantir a funcionalidade logística do país e


reduzir a perda de grãos na etapa pós-
colheita
Produção e Armazenagem de grãos no Brasil

• Previsão – Safra 17/18 • Capacidade estática de armazenagem

• 226 milhões de toneladas • 162 milhões de toneladas

Evolução da Produção de grãos vs Capacidade Estática (mil t)

250.000

200.000

150.000

100.000
'

50.000

0
1979/80
1980/81
1981/82
1982/83
1983/84
1984/85
1985/86
1986/87
1987/88
1988/89
1989/90
1990/91
1991/92
1992/93
1993/94
1994/95
1995/96
1996/97
1997/98
1998/99
1999/00
2000/01
2001/02
2002/03
2003/04
2004/05
2005/06
2006/07
2007/08
2008/09
2009/10
2010/11
2011/12
2012/13
2013/14
2014/15
2015/16
2016/17
2017/18
PRODUÇÃO em mil/t CAPACIDADE ESTÁTICA em mil/t
Produção e Armazenagem de grãos
nos principais Estados produtores

• 75% da produção de grãos do Brasil - MT, PR, RS, GO e MS;


• Produção de 169 milhões de toneladas nos 5 estados;
• Capacidade de armazenagem de 117 milhões de toneladas.

Capacidade por Estado (mil t)


40.000

35.000

30.000
Capacidade (t)

25.000

20.000

15.000

10.000

5.000

0
Outros
MT PR RS GO SP MG MS SC BA MA TO
Estados
Capacidade (t) 35.515 29.887 29.638 13.419 12.869 9.606 8.894 5.657 4.932 2.773 1.990 7.048
Distribuição da capacidade estática
de armazenamento por Região

Centro-Oeste
Sul 36%
40%

Nordeste
Sudeste Norte
6%
15% 3%
Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul

Distribuição quantitativa dos


armazéns por Região
Centro-Oeste
4153

Sul
8590 Nordeste
1215
Norte
498
Sudeste
2721
Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
Déficit e Superávit de Capacidade Estática
no Brasil

• Produção de grãos X Capacidade


estática de armazenagem

• Deficit: 64 milhões de toneladas

• Recomendação da FAO
• 20% maior que a produção

• Deficit de acordo com a recomendação


da FAO:
• 108 milhões de toneladas
Distribuição por entidade e tipo
de armazém
Capacidade Estática por tipo de
Armazém (t)
13%
Atividade
Empresarial e Granelizada CONVENCIONAL
GRANEL SÓLIDO

87%

Capacidade por Tipo de Entidade (t)

140.000.000 76%
120.000.000
100.000.000
80.000.000
60.000.000
40.000.000
21%
20.000.000 3%
0
PRIVADA COOPERATIVA OFICIAL
• Armazéns públicos
• CASEMG – Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas
Gerais;
• CESA – Companhia Estadual de Silos e Armazéns – RS;
• CIDASC – Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de
Santa Catarina;
• CODAPAR – Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do
Paraná;
• CEAGESP - Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São
Paulo;
• CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento.
• CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento.
• 92 Unidades Armazenadoras
• 167 CDAs
• 2.193.470 toneladas de capacidade estática
• 1,5% da capacidade estática do país
Acesso aos modais

• Capacidade estática cadastrada


• Acesso hidroviário – 6%
• Acesso Ferroviário – 13%

Capacidade Armazenagem com Acesso Ferroviário (t)

8.000.000
7.000.000 6.705.438

6.000.000
5.000.000 4.676.032
4.257.929
4.000.000
3.000.000 2.280.590
2.000.000 1.695.941
962.676 737.823
1.000.000
0
PR RS SP MG MA MT Outros
Estados
Localização dos armazéns
• Capacidade estática em • PCA - Programa para
nível de fazenda Construção e Ampliação de
• Brasil: 15%
Armazéns
• Estados Unidos: 65% • nível de fazenda aumento
(2013 - 2017): 13% - 15%
• Argentina: 40%
• capacidade estática total
• Canadá: 80%
• 13%
• 142 para 162 milhões de
toneladas
Recurso disponível Taxa de juros
Ano Safra (Bilhões R$) (% ao ano)

2017/2018 1,6 6,5


2016/2017 1,4 8,5
2015/2016 2,0 7,5
2014/2015 3,5 4,0
2013/2014 3,5 3,5
Perdas na pós-colheita de grãos

• Armazéns em quantidade insuficiente para estocar a


produção - manutenção da qualidade e quantidade do
produto colhido;
• Armazéns inadequados operacionalmente;
• Problemas logísticos (fora da área de produção,
dificuldades de acessos aos modais, precariedade
dos modais – rodovias).

Identificação e quantificação das perdas


Perdas de alimentos

Manuseio e Processamento e
Região Produção Distribuição Consumo
Armazenagem Empacotamento

Europa
incluindo a 2% 4% 0,5% , 10% 2% 25%
Rússia
América do
Norte e 2% 2% 0,5% , 10% 2% 27%
Oceania
Ásia
2% 10% 0,5% , 10% 2% 20%
Industrializada
África
6% 8% 3,5% 2% 1%
Subsariana
África do
Norte, Ásia
6% 8% 2% , 7% 4% 12%
Ocidental e
Central
Sul e Sudeste
6% 7% 3,5% 2% 3%
da Ásia
América Latina 6% 4% 2% , 7% 4% 10%

Fonte: Adaptado de FAO (2011)


Perdas na pós-colheita de grãos

•Estimativa de perda de 20% da produção no Brasil (Embrapa, 2013);


•Perda estimada: 45 milhões de toneladas – Produção: 226 milhões
Aspecto qualitativo dos armazéns
Capacidade com % com
Total de
UF termometria e aeração e
capacidade (t)
aeração (t) termometria

MT 33.769.986 32.261.793 96%


RS 27.011.005 20.885.743 77%
PR 26.450.139 20.391.148 77%
GO 12.554.296 11.883.530 95%
MS 8.650.552 7.045.936 81%
MG 8.255.194 4.837.215 59%
SP 6.034.184 3.905.735 65%
SC 4.873.689 3.544.548 73%
BA 4.210.102 3.550.748 84%
MA 2.637.006 1.729.545 66%
TO 1.681.729 1.494.051 89%
PI 981.701 827.753 84%
Outros 3.735.272 2.645.099 71%
Total 140.844.855 115.002.844 82%
Mitigação das perdas

• Quantidade e qualidade de
armazéns
• Redução do deficit de
armazenagem;
• Certificação de UAs.
Foto: LabGrãos.

• Melhor distribuição
logística
• redução dos custos de
transporte dos armazéns
para os grandes centros de
consumo e exportação Foto: Poder 360.
Mitigação de perdas
• Sistema Nacional de Certificação de Unidades
Armazenadoras
• Lei nº 9973/2000 - Decreto nº 3855/2001
• IN MAPA n° 29/2011 – Requisitos obrigatórios e
recomendados
Capacidade Certificada x Capacidade Total (t)
180.000.000

160.000.000

140.000.000
Capacidade Estática

120.000.000

100.000.000

80.000.000

60.000.000

40.000.000

20.000.000

0
Outros
PR RS MG MS SC GO MT SP TO MA BA Total
Estados
Certificada(t) 11.723.5 9.211.22 2.776.91 2.551.75 1.516.50 3.278.05 7.165.95 2.203.86 125.740 93.810 157.959 188.593 40.993.9
total(t) 29.886.5 29.638.1 9.606.41 8.894.09 5.657.20 13.419.1 35.514.5 12.868.9 1.989.71 2.772.67 4.932.09 7.047.62 162.227.
Mitigação das perdas

• Armazenagem a nível de fazenda


• Redução da exposição do produto às intempéries – céu
aberto;
• Redução da exposição do produto à falta de
monitoramento das condições físico-químicas nos silos
bolsas;
• Redução do tempo de exposição dos grãos às condições
da carroceria.

Foto: MAPA.
Mitigação das perdas
• Ações do governo para adequação da rede
armazenadora, de forma a atender a demanda
gerada pela alta produção de grãos:
• definição das regiões que carecem de armazéns públicos
e/ou privados;
• implantação de linhas de créditos mais atrativas para
construção e modernização de armazéns;
• criação de programas de apoio voltados principalmente
aos pequenos produtores para construírem seus próprios
armazéns; e
• reforma e modernização das unidades armazenadoras
públicas.
• CONAB e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico – CNPq
• Termo de Execução Descentralizada n° 001/2014, em 08/09/2014;
• Estudo das Perdas Quantitativas e Qualitativas na Pós-colheita e no
Transporte de Grãos em importantes regiões produtoras brasileiras;

• CHAMADA MCTI/CONAB/CNPq Nº 18/2014 - PERDAS PÓS-


COLHEITA DE GRÃOS - 29/09/2014

Foto: Revista Safra.


• CONAB e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico – CNPq
• Estudo de perdas durante o armazenamento de arroz em casca a granel
e ensacado (sob a coordenação da UFPel);
• Estudo de perdas durante o armazenamento de trigo em grãos a granel
(sob a coordenação da Embrapa-Trigo); e
• Estudo de perdas quantitativas no transporte rodoviário de grãos de arroz
em casca, milho e trigo a granel (sob a coordenação da UFMT).

Foto: Embrapa.
Obrigada!

DEISE MENEZES RIBEIRO FASSIO


Superintendente
Superintendência de Armazenagem – CONAB
Fone + 55 61 3312-6113
Email: suarm@conab.gov.br
deise.ribeiro@conab.gov.br

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