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CENTRO DE MÍDIAS DE EDUCAÇÃO DO AMAZONAS

ENSINO PRESENCIAL COM MEDIAÇÃO TECNOLÓGICA

PLANO DE ESTUDO DE RECUPERAÇÃO PARALELA

Unidade: I ( ) Unidade: II ( X ) Unidade: III ( ) Unidade: IV ( )

Nível/Etapa de Ensino: EJA-EF-5ªFASE (8º e 9º Ano)

Componente Curricular/Unidade Curricular Comum: História

Professores Ministrantes: Ananias Carvalho e Michelle Santos

Professor Presencial:

Nome do Estudante:

Data de Aplicação: ______/ ______ /______ Ano letivo: 2023

Valor da Avaliação: 10,0 Nota alcançada pelo estudante: __________

QUESTÃO 01 (1,0)

AVALIAÇÃO DE RECUPERAÇÃO PARALELA


(Cesgranrio, 2010) A industrialização acelerada de diversos países, ao longo do século XIX, alterou o equilíbrio e a dinâmica
das relações internacionais. Com a Segunda Revolução Industrial emergiu o Imperialismo, cuja característica marcante foi
o(a)

A) substituição das intervenções militares pelo uso da diplomacia internacional.


B) busca de novos mercados consumidores para as manufaturas e os capitais excedentes dos países industrializados.
C) manutenção da autonomia administrativa e dos governos nativos nas áreas conquistadas.
D) procura de especiarias, ouro e produtos tropicais inexistentes na Europa.

QUESTÃO 02 (1,0)

(Fuvest, 2011) A expansão colonialista europeia do século XIX foi um dos fatores que levaram

A) à diminuição dos contingentes militares europeus.


B) à eliminação da liderança industrial da Inglaterra.
C) ao predomínio da prática mercantilista semelhante à do colonialismo do século XVI.
D) a eclosão da Primeira Guerra Mundial.

QUESTÃO 03 (1,0)

(CEMEAM, 2019) Qual era a função do “aviador” no contexto da extração da borracha, na Amazônia, durante o ciclo da
borracha?

A) Contratar o serviço dos seringueiros e organizar econômica e administrativamente as regiões onde era extraída a borracha.
B) Levar os imigrantes nordestinos para as plantações de seringas, protegendo-os de ataques indígenas.
C) Transportar de avião cargas com látex para os Estados Unidos e Europa.
D) Construir aeroportos nas regiões das plantações de seringueiras, com a finalidade de escoar o produto para fora do país.
QUESTÃO 04 (1,0)

(PSC, 2015, Adaptada) A produção de borracha na Amazônia (1,0)

A) favoreceu a ascensão social do seringueiro.


B) propiciou uma justa distribuição de renda.
C) submeteu os seringueiros ao poder dos aviadores.
D) visava unicamente abastecer o mercado interno.

QUESTÃO 05 (1,0)

(UFSC, 2010, Adaptada) A importância da Lei Eusébio de Queiróz (1850), no contexto do processo de abolição da
escravatura, está no fato de ter

A) declarado extinto o tráfico de africanos, estipulando penas para seus infratores.


B) concedido liberdade a todos os escravos que participaram da Praieira (1848).
C) libertado os escravos que fossem maiores de 60 anos de idade.
D) acabado com a venda em separado de casais africanos em leilões públicos.

QUESTÃO 06 (1,0)

(CEMEAM, 2019) A Lei 3.270, também conhecida como Lei dos Sexagenários ou Lei Saraiva-Cotegipe, foi promulgada em
28 de setembro de 1885, que consistia em (1,0)

A) libertar todos os filhos de escravas nascidas a partir daquele ano.


B) libertar os escravos com mais de 40 anos
C) condenar à morte os escravos com mais de 30 anos.
D) libertar os escravos com mais de 60 anos.

QUESTÃO 07 (1,0)

(CEMEAM, 2019) Durante o Segundo Reinado, o principal produto de exportação do Brasil era o café. A maioria das
fazendas de café localizava-se

A) no agreste pernambucano, substituindo as plantações de cana-de-açúcar.


B) na região do Vale do Paraíba, entre Rio de Janeiro e São Paulo.
C) nas serras gaúchas.
D) na divisa com o Paraguai.

QUESTÃO 08 (1,0)

(CEMEAM, 2019) Sobre a expansão do café no século XIX, podemos afirmar que

A) surgiu juntamente com o desenvolvimento da cana-de-açúcar.


B) tornou-se o principal produto agrícola brasileiro durante o Segundo Reinado.
C) fez com que o Brasil se tornasse o terceiro maior produtor mundial do produto.
D) encontrou seu maior desenvolvimento no Nordeste brasileiro.

QUESTÃO 09 (1,0)
(Brasil Escola, 2019) Como forma de justificar a dominação dos continentes africano e asiático, as potências europeias
valeram-se de teses científicas da época que pregavam a superioridade da civilização europeia com relação às demais. Essas
teses foram difundidas pela doutrina do(a)

A) Liberalismo.
B) Mercantilismo.
C) Estamento Burocrático.
D) Darwinismo Social.

QUESTÃO 10 (Inserir pontuação em formato padrão de número e vírgula. Ex: (1,0)

(UFMG, 2010) A expansão neocolonial do final do século XIX pode ser associada a

A) divisão internacional do trabalho entre produtores de matérias primas e consumidores de produtos industrializados.
B) necessidade dos países europeus de recuperar os prejuízos econômicos gerados pela Primeira Guerra Mundial.
C) desejo de expansão da influência da Igreja Católica frente ao aumento dos seguidores da Reforma.
D) busca de novas oportunidades de investimentos lucrativos para o capital excedente nos países industriais.

ANEXO I
TEXTO I

Neocolonialismo

A industrialização do continente europeu marcou um intenso processo de expansão econômica. O


crescimento dos parques industriais e o acúmulo de capitais fizeram com que as grandes potências econômicas
da Europa buscassem a ampliação de seus mercados e procurassem maiores quantidades de matéria-prima
disponíveis a baixo custo. Foi nesse contexto que, a partir do século XIX, essas nações buscaram explorar
regiões na África e Ásia.

Gradativamente, os governos europeus intervieram politicamente nessas regiões com o interesse de atender a
demanda de seus grandes conglomerados industriais. Distinto do colonialismo do século XVI, essa nova
modalidade de exploração pretendia fazer das áreas dominadas grandes mercados de consumo de seus bens
industrializados e, ao mesmo tempo, pólos de fornecimento de matéria-prima. Além disso, o grande crescimento
da população européia fez da dominação afro-asiática uma alternativa frente ao excedente populacional da
Europa que, no século XIX, abrigava mais de 400 milhões de pessoas.

Apesar de contarem com grandes espaços de dominação, o controle das regiões alvo da prática neocolonial
impulsionou um forte acirramento político entre as potências européias. Os monopólios comerciais almejados
pelas grandes potências industriais fizeram do século XIX um período marcado por fortes tensões políticas. Em
conseqüência à intensa disputa dos países europeus, o século XX abriu suas portas para o primeiro conflito
mundial da era contemporânea (A Primeira Guerra Mundial).

Somado aos interesses de ordem político-econômica, a prática imperialista também buscou suas bases de
sustentação ideológica. A teoria do darwinismo social, de Hebert Spencer, pregava que a Europa representava o
ápice do desenvolvimento das sociedades humanas. Em contrapartida, a África e a Ásia eram um grande reduto
de civilizações “infantis” e “primitivas”. Influenciado por esse mesmo conceito, o escritor britânico Rudyard
Kipling defendia que o repasse dos “desenvolvidos” conceitos da cultura européia aos afro-asiáticos representava
“o fardo do homem branco” no mundo.

Com relação à África, podemos destacar a realização da Conferência de Berlim (1884 – 1885) na qual várias
potências européias reuniram-se com o objetivo de dividir os territórios coloniais no continente africano. Nessa
região podemos destacar o marcante processo de dominação britânica, que garantiu monopólio sob o Canal de
Suez, no Norte da África. Fazendo ligação entre os mares Mediterrâneo e Vermelho, essa grande construção foi
de grande importância para as demandas econômicas do Império Britânico. Na região sul, os britânicos
empreenderam a formação da União Sul-Africana graças às conquistas militares obtidas na Guerra dos Bôeres
(1899 – 1902).

Retirado de: <https://brasilescola.uol.com.br/historiag/neocolonialismo.htm>

ANEXO II
TEXTO II

Ciclo da Borracha

A utilização da borracha foi desenvolvida em função das diversas descobertas científicas promovidas durante
o século XIX. Inicialmente, o látex era comumente utilizado na fabricação de borrachas de apagar, seringas e
galochas. Anos mais tarde, os estudos desenvolvidos pelo cientista Charles Goodyear desenvolveu o processo de
vulcanização através do qual a resistência e a elasticidade da borracha foram sensivelmente aprimoradas.

A vulcanização possibilitou a ampliação dos usos da borracha, que logo seria utilizada como matéria-prima
na produção de correias, mangueiras e sapatos. A região amazônica, uma das maiores produtoras de látex,
aproveitou do aumento transformando-se no maior pólo de extração e exportação de látex do mundo. No curto
período de três décadas, entre 1830 e 1860, a exportação do látex amazônico foi de 156 para 2673 toneladas.

A mão-de-obra utilizada para a extração do látex nos seringais era feita com a contratação de trabalhadores
vindos, principalmente, da região nordeste. Os seringueiros adotavam técnicas de extração indígenas para retirar
uma seiva transformada em uma goma utilizada na fabricação de borracha. Não constituindo em uma
modalidade de trabalho livre, esses seringueiros estavam submetidos ao poder de um “aviador”. O aviador
contratava os serviços dos seringueiros em troca de dinheiro ou produtos de subsistência.

A sistemática exploração da borracha possibilitou um rápido desenvolvimento econômico da região


amazônica, representado principalmente pelo desenvolvimento da cidade de Belém. Este centro urbano
representou a riqueza obtida pela exploração da seringa e abrigou um suntuoso projeto arquitetônico
profundamente inspirado nas referências estéticas européias. Posteriormente atingindo a cidade de Manaus, essas
transformações marcaram a chamada belle époque amazônica.
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No início do século XX, a supremacia da borracha brasileira sofreu forte declínio com a concorrência
promovida pelo látex explorado no continente asiático. A brusca queda do valor de mercado fez com que muitos
aviadores fossem obrigados a vender toda sua produção em valores muito abaixo do investimento empregado na
produção. Entre 1910 e 1920, a crise da seringa amazônica levou diversos aviadores à falência e endividou os
cofres públicos que estocavam a borracha na tentativa de elevar os preços.
Esse duro golpe sofrido pelos produtores de borracha da região norte ainda pode ser compreendido em razão
da falta de estímulo do governo imperial. Atrelado ao interesse econômico dos cafeicultores, o governo
monárquico não criou nenhuma espécie de programa de desenvolvimento e proteção aos produtores de borracha.
Em certa ocasião, atendendo ao pedido de industriais norte-americanos, chegou a proibir que o governo do Pará
criasse taxas alfandegárias protecionistas maiores aos exportadores estrangeiros.
Depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), as indústrias passaram a adotar uma borracha sintética que
poderia ser produzida em ritmo mais acelerado. Essa inovação tecnológica acabou retraindo significativamente a
exploração da seringa na Floresta Amazônica. No entanto, até os dias de hoje, a exploração da borracha integra a
economia da região norte do Brasil.

SOUSA, Rainer Gonçalves. "Ciclo da Borracha"; Brasil Escola. Disponível em


<https://brasilescola.uol.com.br/historiab/ciclo-borracha.htm>. Acesso em 23 de outubro de 2018.
ANEXO III
TEXTO III

Leis Abolicionistas no Brasil

Contexto histórico

A partir de meados do século XIX, os ingleses começaram a pressionar o Brasil para que fosse abolida a
escravidão em nosso país. Embora os britânicos alegassem propósitos humanitários, os interesses econômicos
estavam presentes e evidentes. Para os ingleses, o fim da escravidão ampliaria o mercado consumidor no Brasil,
uma vez que os ex-escravos teriam renda para o consumo dos produtos britânicos.
As pressões internas também eram grandes a favor da abolição da escravatura. A partir de 1880, várias
manifestações populares ocorreram em diversas regiões do Brasil. Intelectuais e integrantes da classe média
urbana eram os principais grupos que, através de manifestações, exigiam o fim da escravidão.
Além do mais, ocorriam fugas e revoltas de escravos, principalmente na região Sudeste do Brasil.
Foi neste contexto histórico que os políticos brasileiros foram, aos poucos, aprovando leis que
"amenizavam" os efeitos da escravidão no Brasil.

Lei do Ventre Livre

Aprovada em 1871, foi a primeira lei abolicionista da História do Brasil. De acordo com esta lei, os
filhos de escravas, nascidos após a promulgação da lei, ganhariam a liberdade. Porém, o liberto deveria
permanecer trabalhando na propriedade do senhor até 21 anos de idade.
Foi uma lei paliativa e que recebeu muitas críticas negativas dos abolicionistas. O principal argumento
era de que estes “libertos” tinham que trabalhar para seus “donos” durante a fase mais produtiva da vida. Logo,
os senhores iriam explorar ao máximo esta mão de obra até ela ganhar a liberdade.

Lei dos Sexagenários

Promulgada pelo governo brasileiro em 1885, esta lei dava liberdade aos escravos com mais de 65 anos
de idade.
Esta lei também recebeu muitas críticas, pois dificilmente um escravo chegava a esta idade com as
péssimas condições de trabalho que tinham durante a vida. Vale lembrar que a expectativa de vida de um escravo
neste período era em torno de 40 anos de idade.
Esta lei acabava por beneficiar os proprietários de escravos, pois se livravam de trabalhadores pouco
produtivos, cansados e doentes, economizando assim em alimentação e moradia.

Lei Áurea
Promulgada em 1888, pela Princesa Isabel, esta lei aboliu definitivamente a escravidão no Brasil.
Porém, a liberdade não garantiu aos ex-escravos melhorias significativas em suas vidas. Como o
governo não se preocupou em integrá-los à sociedade, muitos enfrentaram diversas dificuldades para conseguir
emprego, moradia, educação e outras condições fundamentais de vida. Vale lembrar que, muitos fazendeiros,
preferiram importar mão de obra europeia à contratar os ex-escravos como assalariados.

Retirado de: https://www.historiadobrasil.net/brasil_monarquia/leis_abolicionistas.htm

ANEXO IV
TEXTO IV

Economia Cafeeira
A economia no Segundo Reinado sofreu grandes mudanças com a introdução do café nas pautas de
exportação. Trazida pelas mãos do tenente coronel Francisco de Melo Palheta, as primeiras mudas da especiaria
vingaram em solo paraense. Já nessa época, o consumo de sua bebida amarga era conhecido entre os
consumidores europeus. Aos poucos, o café se tornou o produto-chefe de uma economia ainda sustentada pela
imponência de seus latifúndios agroexportadores.
O plantio sistemático da planta só se desenvolveu pelas regiões férteis do território fluminense, onde em
1760 eram cultivadas as primeiras remessas do produto. O terreno úmido e pantanoso da Baixada Fluminense era
ricamente adaptado às exigências do novo gênero agrícola. Em breve espaço de tempo, o Rio de Janeiro galgou a
posição de pioneiro do cultivo e na venda do café. No fim do século XVIII, as regiões da Tijuca, da Gávea e do
Corcovado já estavam tomadas pelas plantações.
Preservando as características de nossa economia colonial, as plantações cariocas se sustentavam no uso
do latifúndio, da monocultura e da mão-de-obra escrava. Tais características fizeram com que o plantio de café
no Rio fosse atingido por sérias dificuldades. Uma delas estava relacionada ao uso indiscriminado do solo, o que
acabou empobrecendo o potencial produtivo da região. Além disso, a proibição do tráfico negreiro, em 1850,
acionou um freio na produção em terras fluminenses.
Porém, a ameaça de crise na ascendente produção cafeeira não se consolidou graças a uma nova frente
de expansão de cultivo. A região do Oeste paulista, ao longo do tempo, conseguiu substituir os mercados
dominados pelas primeiras lavouras e alcançar valores ainda mais expressivos. Isso aconteceu por conta da
conquista dos mercados europeu e norte-americano. Paralelamente, a lógica produtiva implantada pelos
cafeicultores paulistas também justificou o ritmo acelerado com que os pés de café dominaram nossa economia.
Constituindo um perfil diferente dos antigos grandes proprietários de terra, os cafeicultores do Oeste
Paulista sustentaram a produção com uma nova postura. As lavouras eram sistematicamente inspecionadas, as
técnicas de plantio eram renovadas e o emprego de infra-estrutura não foi poupado. Os recursos financeiros para
tantos empreendimentos foram obtidos do acúmulo de capitais conquistado pela rápida aceitação do produto, o
uso de capital financeiro e a dinamização da economia interna.
Sobre esse último aspecto, podemos destacar como o fim do tráfico negreiro contribuiu para que os
recursos antes investidos nessa atividade fossem canalizados para a indústria e o comércio. Além disso, esse
mesmo fenômeno contribuiu para que a mão-de-obra assalariada fosse adotada em substituição a outrora força de
trabalho obtida pela exploração dos escravos negros. Nesse sentido, essa nova experiência abriu portas para
formação de novas classes sociais no Brasil.
Em contrapartida, essa mesma diversificação econômica não deixou de fortalecer a classe proprietária
de terras do país. Os grandes fazendeiros, durante o Segundo Reinado e a República Velha, tinham grande força
de atuação política. Tal experiência causou diversos conflitos que marcavam o interesse conservador dos
fazendeiros e as demandas inéditas de grupos de trabalhadores assalariados e urbanos. Somente no final da
década de 1920 que observamos a crise das elites agro-exportadoras, inclusive a cafeeira, frente às mudanças
experimentadas no Brasil Republicano.

SOUSA, Rainer Gonçalves. "Economia Cafeeira"; Brasil Escola. Disponível em


<https://brasilescola.uol.com.br/historiab/economia-cafeeira.htm>. Acesso em 14 de outubro de 2018.

ANEXO V
TEXTO V

Darwinismo social e imperialismo no século XIX

O imperialismo (XIX) é a principal causa da miséria econômica de países africanos e asiáticos


atualmente
O imperialismo ou neocolonialismo do século XIX se constituiu como movimento de domínio,
conquista e exploração política e econômica das nações industrializadas europeias (Inglaterra, França,
Alemanha, Bélgica e Holanda) sobre os continentes africano e asiático.
A “partilha” da África e da Ásia se deu fundamentalmente no século XIX (pelos europeus), mas
continuou durante o século XX. No decorrer deste, os Estados Unidos e o Japão ascenderam industrialmente e
exerceram sua influência imperialista na América e na Ásia, respectivamente.
A “corrida” com fins de “partilha” da África e da Ásia, realizada pelas potências imperialistas,
aconteceu por dois principais objetivos: 1º) a busca por mercados consumidores (para os produtos
industrializados); 2º) a exploração de matéria-prima (para produção de mercadorias nas indústrias). A
industrialização europeia se acentuou principalmente após as inovações técnicas provenientes da 2ª fase da
Revolução Industrial.
O domínio da África e da Ásia, exercido pelos países industrializados, teve duas principais formas: 1ª) a
dominação política e econômica direta (os próprios europeus governavam); 2ª) a dominação política e econômica
indireta (as elites nativas governavam). Mas como as potências imperialistas legitimaram o domínio, a conquista,
a submissão e a exploração de dois continentes inteiros?
A principal hipótese para a legitimação do domínio imperialista europeu sobre a África e a Ásia foi a
utilização ideológica de teorias raciais europeias provenientes do século XIX. As que mais se destacaram foram
o evolucionismo social e o darwinismo social.
Um dos discursos ideológicos que “legitimariam” o processo de domínio e exploração dos europeus
sobre asiáticos e africanos seria o evolucionismo social. Tal teoria classificava as sociedades em três etapas
evolutivas: 1ª) bárbara; 2ª) primitiva; 3ª) civilizada. Os europeus se consideravam integrantes da 3ª etapa
(civilizada) e classificavam os asiáticos como primitivos e os africanos como bárbaros. Portanto, restaria ao
colonizador europeu a “missão civilizatória”, através da qual asiáticos e africanos tinham de ser dominados.
Sendo assim, estariam estes assimilando a cultura europeia, podendo ascender nas etapas de evolução da
sociedade e alcançar o estágio de civilizados.
O domínio colonial, a conquista e a submissão de continentes inteiros foram legal e moralmente aceitos.
Desse modo, os europeus tinham o dever de fazer tais sociedades evoluírem.
O darwinismo social se caracterizou como outra teoria que legitimou o discurso ideológico europeu para
dominar outros continentes. O darwinismo social compactuava com a ideia de que a teoria da evolução das
espécies (Darwin) poderia ser aplicada à sociedade. Tal teoria difundia o propósito de que na luta pela vida
somente as nações e as raças mais fortes e capazes sobreviveriam.
A partir de então, os europeus difundiram a ideia de que o imperialismo, ou neocolonialismo, seria uma
missão civilizatória de uma raça superior branca europeia que levaria a civilização (tecnologia, formas de
governo, religião cristã, ciência) para outros lugares. Segundo o discurso ideológico dessas teorias raciais, o
europeu era o modelo ideal/ padrão de sociedade, no qual as outras sociedades deveriam se espelhar. Para a
África e a Ásia conseguirem evoluir suas sociedades para a etapa civilizatória, seria imprescindível ter o contato
com a civilização europeia.
Hoje sabemos que o evolucionismo social e o darwinismo social não possuem nenhum embasamento ou
legitimidade científica, mas no contexto histórico do século XIX foram ativamente utilizados para legitimar o
imperialismo, ou seja, a submissão, o domínio e a exploração de continentes inteiros.

Retirado de:
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/darwinismo-social-imperialismo-no-seculo-xix.htm
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS AOS ESTUDANTES

Olá, estudante!
Você está recebendo um material de apoio com os principais conteúdos que darão base para você realizar sua recuperação
paralela. Siga as orientações indicadas para ter o máximo de aproveitamento da aprendizagem dos conteúdos.
1. Se concentre na leitura dos textos, eles são um complemento ao que você já aprendeu durante as aulas.
2. Tente relembrar as explicações realizadas pelos professores, isso o fará compreender melhor os textos de apoio.
Bons estudos!

TEXTOS DE APOIO

ANEXO I
TEXTO I

Vinda da Família Real para o Brasil - Período Joanino (1808-1821)

Em janeiro de 1808, Portugal estava preste a ser invadido pelas tropas francesas comandadas por Napoleão Bonaparte.
Sem condições militares para enfrentar os franceses, o príncipe regente de Portugal, D. João, resolveu transferir a corte
portuguesa para sua mais importante colônia, o Brasil. Contou, neste empreendimento, com a ajuda dos aliados ingleses.
Nos quatorze navios, além da família real, vieram centenas de funcionários, criados, assessores e pessoas ligadas à corte
portuguesa. Trouxeram também muito dinheiro, obras de arte, documentos, livros, bens pessoais e outros objetos de valor.
Após uma forte tempestade, alguns navios foram parar em Salvador e outros na cidade do Rio de Janeiro. Em março de 1808,
a corte portuguesa foi instalada no Rio de Janeiro. Muitos moradores, sob ordem de D. João, foram despejados para que os
imóveis fossem usados pelos funcionários do governo. Este fato gerou, num primeiro momento, muita insatisfação e
transtorno na população da capital brasileira. No ano de 1818, a mãe de D. João, D. Maria I, faleceu e D. João tornou-se rei.
Passou a ser chamado de D. João VI, rei do Reino Unido a Portugal e Algarves.
Uma das principais medidas tomadas por D. João foi abrir o comércio brasileiro aos países amigos de Portugal. A
principal beneficiada com a medida foi à Inglaterra, que passou a ter vantagens comerciais e dominar o comércio com o
Brasil. Os produtos ingleses chegavam ao Brasil com impostos de 15%, enquanto de outros países deveriam pagar 24%. Este
privilégio fez com que nosso país fosse inundado por produtos ingleses. Esta medida acabou prejudicando o desenvolvimento
da indústria brasileira.
D. João adotou várias medidas econômicas que favoreceram o desenvolvimento brasileiro. Entre as principais, podemos
citar: estímulo ao estabelecimento de indústrias no Brasil, construção de estradas, cancelamento da lei que não permitia a
criação de fábricas no Brasil, reformas em portos, criação do Banco do Brasil e instalação da Junta de Comércio.
Do ponto de vista cultural, o Brasil também saiu ganhando com algumas medidas tomadas por D. João. O rei trouxe a
Missão Francesa para o Brasil, estimulando o desenvolvimento das artes em nosso país. Criou o Museu Nacional, a
Biblioteca Real, a Escola Real de Artes e o Observatório Astronômico. Vários cursos foram criados (agricultura, cirurgia,
química, desenho técnico, etc) nos estados da Bahia e Rio de Janeiro.
Os franceses ficaram em Portugal durante poucos meses, pois o exército inglês conseguiu derrotar as tropas de
Napoleão. O povo português passou a exigir o retorno do rei que se encontrava no Brasil. Em 1820, ocorreu a Revolução do
Porto, sendo que os revolucionários vitoriosos passaram a exigir o retorno de D. João VI para Portugal e a aprovação de uma
Constituição. Pressionado pelos portugueses, D. João VI resolveu voltar para Portugal, em abril de 1821. Deixou em seu
lugar, no Brasil, o filho D. Pedro como príncipe regente.
Pouco tempo depois, D. Pedro tornou-se imperador, após o processo de Independência do Brasil (7 de setembro de
1822).
Retirado de: https://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/vinda_familia_real.htm

ANEXO II
TEXTO II

Independência do Brasil
A independência do Brasil foi proclamada no dia 7 de setembro do ano de 1822, o que assegurou a emancipação da
ex-colônia portuguesa. D. Pedro foi aclamado o primeiro imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I, sendo coroado no
dia 1º de dezembro do mesmo ano. Entenda agora todo o processo e causas que levaram à independência do Brasil. Foram
várias as causas da Independência do Brasil. No início do século XIX, a situação do Brasil, do ponto de vista político
continuava a mesma do século anterior. As capitanias continuavam subordinadas à autoridade central do vice -rei, que
governava em nome do rei de Portugal. A situação econômica era precária. Na agricultura a produção do tabaco e do algodão
foram reduzidas. A cultura canavieira estava em fase de decadência. A pecuária se restringia à produção de queijo em Minas
Gerais e charque no Rio Grande do Sul. A mineração apresentava baixo rendimento as jazidas estavam esgotada. A indústria
não se desenvolvia. O comércio no Brasil era limitado pelas restrições impostas pelo regime do monopólio. A colônia podia
comerciar apenas com a metrópole.
A Independência, no entanto, não resultou em transformações políticas profundas, nem tampouco sociais, porque D.
Pedro já governava o país desde que D. João VI havia voltado para Portugal. "Na verdade foi uma independência sem muitas
mudanças no quadro político e social do país", as mudanças ocorreram apenas na esfera política, não mudando em nada a
realidade socioeconômica, que se manteve com as mesmas características do período colonial.
Os primeiros países que reconheceram a independência do Brasil foram os E.U.A e o México. Portugal exigiu 20.000
libras esterlinas para reconhecer a independência de sua ex-colônia. Sem dinheiro Dom Pedro recorreu a um empréstimo da
Inglaterra.
O processo de independência do Brasil não foi pacífico. Após o 7 de setembro de 1822, ocorreram várias manifestações,
em território nacional, contrárias à Independência. Este movimento de resistência era composto, principalmente, por militares
portugueses que moravam no Brasil.
Dom Pedro I precisou reagir rapidamente para não colocar em risco a recém conquistada liberdade com relação a
Portugal. Seu objetivo era expulsar do país as tropas portuguesas. Foi entre os anos de 1822 e 1825, que grande parte destes
conflitos pós-independência ocorreram.
Retirado de: https://www.historiadobrasil.net/resumos/guerras_independencia.ht

ANEXO III
TEXTO III

Reforma Protestante

A Reforma Protestante foi uma das inúmeras reformas cristãs que aconteceram após a Idade Média, quando o povo
começou a questionar o que era imposto pela Igreja Católica – que tomava atitudes consideradas insatisfatórias e que fugiam
dos seus princípios iniciais, fazendo-a entrar em grande contradição. Essa reforma foi iniciada no começo do século XVI por
Martinho Lutero, que publicou suas 95 teses em 31 de outubro de 1517. Ele protestou em frente à igreja do Castelo de
Wittenberg, contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica Romana, como:
A Igreja Católica, inicialmente, condenava o acúmulo de capitais, mas ela mesmo fazia isso, juntando altas somas de
dinheiro (geralmente dos fiéis) e possuindo terras. Começaram a vender indulgências pregando que qualquer cristão poderia
(e deveria) comprar o perdão para os seus pecados. Lutero discordou publicamente dessa prática realizada pelo Papa Leão X.
A Igreja Católica possuía muito poder político, o que naquela época não deveria acontecer (estavam em fase de transição do
sistema feudal para monarquias nacionais).
A Pré-Reforma
Foi um período anterior à Reforma Protestante, que espalhou as bases ideológicas que Martinho Lutero tanto defenderia.
Pedro Valdo era um comerciante de Lyon que se converteu ao Cristianismo em 1174 e com o tempo, passou a pregá-lo para o
povo sem sequer possuir o cargo de sacerdote. Também renunciou suas atividades e os bens, que repartiu entre os pobres. A
denominação cristã criada por Valdo e seus seguidores possuía o nome de Valdenses. Eles reuniam-se em casas de famílias e
grutas, clandestinamente.
Foi durante o século XIV, com John Wycliffe, que o debate e questionamentos sobre a Igreja Católica começaram, quando
suas contradições foram ficando mais claras. Ele defendia que o poder político deveria ficar apenas nas mãos do rei, pedia
para o retorno da Igreja Católica à primitiva pobreza dos tempos evangelistas e que a igreja deveria limitar seu poder apenas
às questões espirituais.
Na Alemanha: Iniciou-se com o monge alemão Martinho Lutero, que teve suas 95 teses espalhadas pela Europa em
menos de um mês. Foi processado por heresia notória pela Igreja Católica, excomungado e exilado por um ano. Mas já era
tarde, a população começava a apoiar Lutero e até alguns padres e freiras entraram nessa rebelião ideológica a favor dele.
Alguns conflitos armados aconteceram, em resposta às questões sociais. Martinho Lutero chegou a ser convocado para
desmentir suas teses, mas no lugar disso, ele continuou defendendo-as e pedindo por uma reforma.
Na França: Com o inicialmente humanista João Calvino e ex-integrante do Clero, a França começou sua reforma no ano
de 1534. Ele era visto como um representante importante do movimento protestante e logo atraiu muitos banqueiros e
burgueses para o “calvinismo”. Mesmo após a sua morte, em 1564, ele permanece como uma figura central da história da
Suíça (local para qual fugiu depois de perseguições na França).
Segundo Calvino, o princípio da predestinação absoluta seria o responsável por explicar o destino dos homens na Terra.
Tal princípio defendia a idéia de que, segundo a vontade de Deus, alguns escolhidos teriam direito à salvação eterna. Os
sinais do favor de Deus estariam ligados a condução de uma vida materialmente próspera, ocupada pelo trabalho e afastada
das ostentações materiais.
Retirado de: https://www.estudopratico.com.br/resumo-sobre-a-reforma-protestante/

ANEXO IV
TEXTO IV

A independência dos Estados Unidos

Antes da Independência, os EUA eram formado por treze colônias controladas pela metrópole: a Inglaterra.

Dentro do contexto histórico do século XVIII, os ingleses usavam estas colônias para obter lucros e recursos minerais e
vegetais não disponíveis na Europa. Era também muito grande a exploração metropolitana, com relação aos impostos e taxas
cobrados dos colonos norte-americanos.

Colonização dos Estados Unidos

Para entendermos melhor o processo de independência norte-americano é importante conhecermos um pouco sobre a
colonização deste território. Os ingleses começaram a colonizar a região no século XVII. A colônia recebeu dois tipos de
colonização com diferenças acentuadas:
Colônias do Norte: região colonizada por protestantes europeus, principalmente ingleses, que fugiam das perseguições
religiosas. Chegaram na América do Norte com o objetivo de transformar a região num próspero lugar para a habitação de
suas famílias. Também chamada de Nova Inglaterra, a região sofreu uma colonização de povoamento com as seguintes
características : mão-de-obra livre, economia baseada no comércio, pequenas propriedades e produção para o consumo do
mercado interno.
Colônias do Sul: colônias como a Virginia, Carolina do Norte e do Sul e Geórgia sofreram uma colonização de exploração.
Eram exploradas pela Inglaterra e tinham que seguir o Pacto Colonial. Eram baseadas no latifúndio, mão-de-obra escrava,
produção para a exportação para a metrópole e monocultura.

Guerra dos Sete Anos

Esta guerra ocorreu entre a Inglaterra e a França entre os anos de 1756 e 1763. Foi uma guerra pela posse de territórios na
América do Norte e a Inglaterra saiu vencedora. Mesmo assim, a metrópole resolveu cobrar os prejuízos das batalhas dos
colonos que habitavam, principalmente, as colônias do norte. Com o aumento das taxas e impostos metropolitanos, os
colonos fizeram protestos e manifestações contra a Inglaterra.

Metrópole aumenta taxas e impostos

A Inglaterra resolveu aumentar vários impostos e taxas, além de criar novas leis que tiravam a liberdade dos
norte-americanos. Dentre estas leis podemos citar: Lei do Chá (deu o monopólio do comércio de chá para uma companhia
comercial inglesa), Lei do Selo ( todo produto que circulava na colônia deveria ter um selo vendido pelos ingleses), Lei do
Açúcar (os colonos só podiam comprar açúcar vindo das Antilhas Inglesas).
Estas taxas e impostos geraram muita revolta nas colônias. Um dos acontecimentos de protesto mais conhecidos foi a Festa
do Chá de Boston ( The Boston Tea Party ). Vários colonos invadiram, a noite, um navio inglês carregado de chá e, vestidos
de índios, jogaram todo carregamento no mar. Este protesto gerou uma forte reação da metrópole, que exigiu dos habitantes
os prejuízos, além de colocar soldados ingleses cercando a cidade.

Primeiro Congresso da Filadélfia

Os colonos do norte resolveram promover, no ano de 1774, um congresso para tomarem medidas diante de tudo que estava
acontecendo. Este congresso não tinha caráter separatista, pois pretendia apenas retomar a situação anterior. Queriam o fim
das medidas restritivas impostas pela metrópole e maior participação na vida política da colônia.

Porém, o rei inglês George III não aceitou as propostas do congresso, muito pelo contrário, adotou mais medidas
controladoras e restritivas como, por exemplo, as Leis Intoleráveis. Uma destas leis, conhecida como Lei do Aquartelamento,
dizia que todo colono norte-americano era obrigado a fornecer moradia, alimento e transporte para os soldados ingleses. As
Leis Intoleráveis geraram muita revolta na colônia, influenciando diretamente no processo de independência.

Segundo Congresso da Filadélfia

Em 1776, os colonos se reuniram no segundo congresso com o objetivo maior de conquistar a independência. Durante o
congresso, Thomas Jefferson redigiu a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América. Porém, a Inglaterra não
aceitou a independência de suas colônias e declarou guerra. A Guerra de Independência, que ocorreu entre 1776 e 1783, foi
vencida pelos Estados Unidos com o apoio da França e da Espanha.

Constituição dos Estados Unidos

Em 1787, ficou pronta a Constituição dos Estados Unidos com fortes características iluministas. Garantia a propriedade
privada (interesse da burguesia), manteve a escravidão, optou pelo sistema de república federativa e defendia os direitos e
garantias individuais do cidadão.

Retirado de: https://www.sohistoria.com.br/ef2/independenciaeua/

ANEXO V
TEXTO V

Revolução Gloriosa

Ocorrida entre 1688 e 1689, a Revolução Gloriosa tratou-se de uma manobra do Parlamento inglês para depor o monarca
James II (1633-1701), da Casa Stuart, e elevar em seu lugar sua primogênita, a princesa Maria (1662-1694), juntamente com
o sobrinho - e genro - dele, William III de Orange (1650-1702), da Casa de Orange-Nassau.
Os problemas da Casa Stuart com o Parlamento inglês já vinham de longa data. O pai de James II, Carlos I (1600-49),
enfrentara a Guerra Civil Inglesa, na qual fora julgado e decapitado; embora a principal motivação do Parlamento nesta
ocasião fosse o absolutismo real, a questão do catolicismo do rei num país majoritariamente protestante certamente teve sua
importância.
Após alguns anos da República liderada por Oliver Cromwell (1599-1658), a monarquia seria restaurada pelo filho de
Carlos I, Carlos II (1630-85). Durante seu reinado, a questão religiosa estaria bastante presente, sendo uma questão também
política e familiar. Sua esposa, Catarina de Portugal (1638-1705), e irmão mais novo, James, eram mal vistos por serem
católicos; Catarina inclusive jamais foi coroada propriamente como rainha por essa razão. Em 1672, Carlos tentaria permitir
liberdade religiosa ao procurar introduzir a Declaração de Indulgência, mas foi impedido pelo Parlamento. Quando ele
morreu, a ausência de filhos sobreviventes legítimos faria com que seu irmão James o sucedesse no trono. O catolicismo do
novo rei não preocupava em demasia o Parlamento, uma vez que sua filha e herdeira Maria era protestante, assim como seu
primo e marido William, príncipe de Orange. Desta forma, a religião do rei era visto apenas como um problema transitório,
até mesmo porque todos os filhos de sua segunda esposa haviam até então falecido na infância. Em 1688, porém, nasceu o
saudável príncipe James.
Temendo que agora fosse estabelecida uma dinastia católica que trouxesse de volta a influência católica na Inglaterra, as
principais forças rivais do Parlamento – os Whigs, mais conservadores e a favor de uma monarquia protestante na Inglaterra,
e os Tories, mais liberais e a favor de um maior poder para o Parlamento – uniram-se para oferecer à primogênita do rei a
Coroa, com o argumento que o verdadeiro príncipe nascera morto e fora substituído. Maria aceitou e, com os exércitos
holandeses de seu marido, partiu para a conquista da Inglaterra. Acuado pelas forças opositoras internas e a invasão externa,
James II fugiu para o exílio na França com sua rainha e filho, sendo deposto de forma relativamente pouco sangrenta. Maria e
William foram então coroados.
Como parte do acordo com o Parlamento, seria promulgada a Declaração de Direitos (no original, Bill of Rights), que
estabelecia uma série de condições que, na prática, deu origem à monarquia constitucional inglesa, como a convocação do
Parlamento em intervalos regulares, cobrança de novos impostos apenas com aprovação parlamentar e imunidade dos
deputados, que não deveriam mais temer prisões arbitrárias por parte do rei. Assim, a monarquia passou a ser subjugada ao
Parlamento. Mesmo que a dinastia Stuart fosse eventualmente extinta, sendo substituída pela Casa de Hanôver, a Declaração
de Direitos continuou em vigor; em realidade, ela foi um documento profundamente influente, sendo a inspiração da
Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, além de várias constituições dali em diante. As regras estabelecidas
ali continuam a ser respeitadas no direito constitucional contemporâneo.

Retirado de: https://www.infoescola.com/historia/revolucao-gloriosa/

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