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RECOC – RELATÓRIO PARA O CONSELHO DE CLASSE

ORIENTAÇÕES
O RECOC, Relatório para o Conselho de Classe, é uma ferramenta digital criada para auxiliar professores e
equipes pedagógicas na construção do replanejamento e propostas para o próximo bimestre, sendo essas
mais assertivas, considerando os resultados apresentados. A reunião do conselho de classe passa a ser um
espaço pedagógico relevante de avaliação, análise, reflexão do processo ensino – aprendizagem e
replanejamento. Os relatórios produzidos pelo RECOC racionalizam o tempo de trabalho das equipes
pedagógicas, não sendo mais necessário consumir horas e até dias produzindo relatórios para o COC. As
informações pedagógicas estarão disponíveis no Sistema Conexão, a partir dos lançamentos de notas e
frequência dos estudantes ao final de cada bimestre.

Figura 1: O RECOC foi concebido a partir das seguintes questões

Ensino

Aprendizagem
Como acessar o RECOC?
Passo 1 – Acessar o sistema Conexão Educação Gestão.

Figura 2: Tela de acesso no Sistema Conexão

Inserir matrícula
O RECOC apresenta informações relevantes para o diagnóstico, análise, redefinição e planejamento das
ações pedagógicas da unidade escolar. Essa versão está organizada nas seis abas abaixo.

Figura 3: Funcionalidades

1
• RESULTADOS GERAIS

2
• DESEMPENHO DISCIPLINAS

3
• MAPA DE NOTAS

4
• BUSCA ATIVA

5
• PONTOS DE ATENÇÃO

6
• PERFIL RETENÇÃO

7
• DESTAQUES
1 – RESULTADOS GERAIS

Nessa aba, o Coordenador Pedagógico terá um panorama geral e resumido da turma. Do lado esquerdo
observamos os quantitativos absolutos, ao centro os valores relativos com percentuais e, à direita, os
possíveis sinais de alerta dos pontos críticos. Os dados mostrados dizem respeito aos estudantes
infrequentes, o percentual da média de frequência, o quantitativo de estudantes em progressão parcial,
retidos por nota e frequência, aprovados e a pontuação média da turma.

Figura 4: Quadro do Resultado Geral acumulado até o presente bimestre pela turma

Em cada bimestre observamos o volume de estudantes em cada faixa de frequência e assim gerenciar o
risco de retenção futura por infrequência e a não aprendizagem decorrente da infrequência. A primeira
linha é a mais crítica no primeiro bimestre, pois número de estudantes com menos de 25% de frequência
indica ameaça grave. A soma da primeira linha com a segunda resulta é crítica, pois são identificados os
estudantes com menos de 50% de frequência, nesse momento, considerando-se o bimestre do ano letivo,
estão matematicamente retidos por frequência. É importante aproveitar o momento e verificar possíveis
casos de erro de lançamento.

Algumas sugestões de questões que contribuam para análise nessa etapa são:

➢ Como você interpretariam esses resultados? Por quê?


➢ Quanto distante se está dos resultados desejados? Quais ações podem ser propostas para melhorar
frequência e rendimentos?
➢ Coletivamente, o que pode ter nos levado a esses resultados?
➢ Em geral como é o aprendizado nessa turma?
➢ A turma apresentou alguma situação em específico que justifique o resultado geral?
➢ Este resultado reflete o histórico em todos os componentes curriculares?
2 – DESEMPENHO DISCIPLINAS

Na segunda aba podemos visualizar o desempenho dos estudantes por componente curricular. Nesse
momento o Coordenador Pedagógico poderá verificar de forma rápida o quantitativo de estudantes
retidos, o percentual representativo na turma e a média geral nos componentes curriculares, além dos
professores alocados na turma.

Figura 5: Visão do aprendizado da turma por componente curricular.

As principais questões a serem respondidas nesse momento são:

➢ Quais os impactos dos resultados em cada componente curricular? Vejam a coluna de % Retidos.
➢ O professor com maior fluência por área entre os estudantes poderia contribuir mostrando sua
aula, o que vem contribuindo para uma “ensinagem” dinâmica e efetiva e o que não contribuiu?
➢ Quais sugestões, o grupo tem para mudar o cenário?
➢ Algum fator interno/externo justifica o menor desempenho em determinados componentes
curriculares?
➢ Que dinâmicas e/ou estratégias que utilizam os docentes dos componentes curriculares com os
melhores desempenhos?
➢ Projetos intercomponentes curriculares e/ou transversais por área afim contribuiriam para uma
melhoria global?
➢ Projetos intercomponentes curriculares e/ou transversais por grupos de nota média contribuiriam
para uma melhoria global?
➢ Alguma situação específica de ano anterior que justificasse o menor desempenho, em alguns
componentes curriculares?
3 – MAPA DE NOTAS

Na aba “Mapa de Notas”, o Coordenador e os professores ali reunidos poderão avaliar, em cortes
horizontais, estudante por estudante pelo risco de retenção, observando o número de componentes
curriculares de baixo rendimento, a frequência média do estudante para identificar àqueles que precisam
de um acompanhamento mais próximo, a média global do estudante em todos os componentes, para
verificar o risco de retenção em vários componentes e a profundidade dessas retenções pela cor sobre as
notas, notas sem cor indicam ausência de retenção, a rosa indica uma retenção superável e o vermelho
indica uma retenção profunda.

Figura 6: Visão geral do mapa de notas numa única tela.

As principais questões nesse momento são voltadas para identificar cada estudante a partir de seu
desenvolvimento individual.
➢ Os estudantes com desempenho abaixo do esperado apresentam alguma situação particular que
justifique a ocorrência?
➢ O que pode ser feito para reverter o quadro atual?
➢ O grupo precisa aprofundar mais as discussões?
➢ Faz-se necessário olhar para os problemas identificados nos estudantes.
➢ Falando agora do aprendizado individual, têm-se casos específicos que precisam ser destacados?
➢ Há suspeita de estudantes sem laudo, caso de bullying, cyberbullying, depressão e alvo de
violência?
4 – BUSCA ATIVA

Após verificação do “Mapa de Notas”, será possível identificar de forma rápida os estudantes com
classificação de ausentes e, portanto, com perfil de infrequência na turma. Assim, a escola poderá realizar
a busca ativa desses estudantes, além de identificar o(s) motivo(s) da ausência.

Figura 7: Avaliação ordenada dos casos de infrequência e de abandono.

A infrequência chega num limite que o estudante está perdendo o vínculo com a escola e perde ao
abandoná-la. As principais questões nesse momento são voltadas para identificar os estudantes que estão
com elevada situação de infrequência. Nesse caso, a listagem já poderá ir direto para o RAF da escola e os
profissionais que o auxiliarão.

Vamos abordar casos de busca ativa?

➢ Dos estudantes elencados, quais os prováveis motivos da infrequência?


➢ Como professores e equipe podem contribuir para reverter esse quadro?
➢ Existem dias específicos onde à presença ou ausência do estudante maior? Qual o motivo?
➢ Situações externas à escola estão relacionadas a ausência do(a) estudante?
➢ Há estudantes com dias específicos de faltas/infrequência?
➢ Quais componentes curriculares são mais afetados?
5 – PONTOS DE ATENÇÃO

Vale ressaltar, que desde o primeiro bimestre há que se atentar para situação de cada um dos estudantes,
identificando-se o percentual de frequência, número de componentes curriculares com notas baixas e a
média global e, assim iniciar adotar as estratégias pedagógicas possíveis, mudando esse estudante de uma
situação de um resultado, que indique aprovação. Na segunda coluna verificamos se a retenção é por baixa
frequência e na terceira coluna verificamos a gravidade da retenção por nota. Na quinta coluna está o
nome do estudante. Na sexta coluna encontramos a situação provisória dos estudantes que pode ser
“RETIDO”, “EM PROGRESSÃO PARCIAL” e “APROVADO” se o ano letivo terminasse naquele momento.

Figura 8: Apresentação da situação dos estudantes.

AS PRINCIPAIS QUESTÕES DESSE MOMENTO DO CONSELHO DE CLASSE.

Temos estudantes que são casos de atenção, pois estão em situações próximas de retenção por frequência
ou nota, lembrando que o resultado final é consequência de cada bimestre por frequência ou nota.

➢ O que pode ser feito para afastá-los dessas situações?


➢ O que pode ser destacado sobre esses estudantes?
➢ O que pode ser feito para que eles sigam numa rota de sucesso, ou seja, aprendizagem
significativa?
➢ O que pode ser feito em relação à turma para reverter o status de estudante retido?
➢ É possível criar estratégias individuais e em grupo para reverter o cenário atual?
5 – INDICADORES DE POSSÍVEL RETENÇÃO

Figura 9: Os estudantes sem notas baixas nos componentes curriculares

Figura 10: Os estudantes com notas baixas nos componentes curriculares são divididos em dois grupos
distintos. O primeiro é o de menor risco, com os estudantes que possuem notas baixas de 1 a 5
componentes. O segundo é o de maior risco, com os estudantes que possuem notas baixas de 6 ou mais
componentes.

Figura 11: O índice que mede o risco de retenção da turma é estabelecido na razão entre os estudantes
com rendimento inferior a 50% em até 5 componentes curriculares e os estudantes com rendimento
inferior a 50% em 6 ou mais componentes curriculares. Quanto mais baixo for, resultado/indicador,
melhor.

6 – PERFIL DOS ESTUDANTES E RENDIMENTO DOS ESTUDANTES

Identificamos o “Perfil” dos estudantes, que podem ser entendidos como” AUSENTES”,” EM
DIFICULDADE”, “REFERÊNCIA” “REFERÊNCIA SUPERAÇÃO” e os “AUTÔNOMOS”. Vejamos as principais
características de cada um e o significado no trabalho de resgate escolar.

Os estudantes denominados “AUSENTES” são aqueles com menos de 75% de frequência e baixo
rendimento escolar em mais de 2 componentes curriculares, não raramente possuem rendimento inferior
a 50% em 5 ou mais componentes curriculares. A causa do baixo rendimento reside na infrequência. A
ação sugerida para esses estudantes é identificar a causa da infrequência e realizar o encaminhamento, se
necessário para ação mais pertinente, inclusive a busca ativa.

Os estudantes chamados “AUTÔNOMOS” possuem autonomia na aprendizagem. Apesar de apresentarem


de 70% a 75% de frequência obtém normalmente rendimento entre 50 e 60% em todos os componentes
curriculares ou eventualmente baixo em, no máximo, 2 componentes. Eles compõem apenas 0,4% da
população, 1 em cada 250 estudantes, mostrando a importância das campanhas de presença na escola.

A ação sugerida é o acompanhamento do estudante, que normalmente é arrimo de família, para identificar
as causas da infrequência. Algo sugere que precisam de algum suporte para ampliar a presença nas aulas.

Os estudantes chamados “REFERÊNCIA” são caracterizados por terem mais de 80% de frequência e
excelente rendimento escolar em TODOS os componentes curriculares. É muito comum passarem
despercebidos na escola e seu maior estímulo acontece dentro de casa.
Dentro do perfil “REFERÊNCIA” tem-se “REFERÊNCIA SUPERAÇÃO”. Faz-se imprescindível identificar e
reconhecer os estudantes com perfil “referência” enquanto “referência em superação”. Os estudantes
com o perfil “REFERÊNCIA SUPERAÇÃO” são aqueles estudantes que se superam, superando toda a sorte
de adversidade, ao saírem de uma situação de retenção para uma situação de aprovação, mudando
hábitos e posturas, apresentando bom desempenho ou em processo de mudança “virando a chave”.
Reconhecer esse esforço pode elevar sua autoestima, muitas vezes depreciada.

Frequentemente a ação sugerida para esses estudantes é de encorajamento a interação social com
professores e colegas. Ao receberem desafios mais estimulantes nas suas áreas de interesse e incentivados
a participar das propostas de projetos da escola. O bom desempenho e a melhora no desempenho hábitos
e atitudes dos estudantes deve ser elogioso e poderiam ser referência positiva para os demais colegas. Os
projetos de Monitoria poderiam ser iniciados a partir dessas experiências.

A seguir trataremos mais detalhadamente dos estudantes denominados “EM DIFICULDADE”, que são
aqueles que possuem baixo rendimento apesar de alta frequência. Eles são caracterizados por serem os
estudantes com mais de 80% de frequência e baixo rendimento escolar em um ou mais componentes
curriculares, normalmente com baixo rendimento em mais de 3 e até 8 componentes curriculares.

Uma vez que os estudantes “EM DIFICULDADE” estão identificados, como podemos identificar os perfis dos
estudantes e proceder eficazmente para atuar preventiva e corretivamente e auxiliar na recuperação
escolar?

Se o estudante estava presente na unidade escolar com frequência superior a 80% e não demonstrou
aprendizagem em muitos componentes curriculares, então podemos supor situações possíveis, no
cotidiano escolar e/ou vida privada que podem ter gerado esse cenário.
7 – DESTAQUES/REFERÊNCIA

Normalmente, os Conselhos de Classe detectam e se lembram dos perfis dos estudantes com mais
dificuldades. Entretanto, o objetivo desta tela é apresentar os estudantes com os melhores resultados, ou
seja, que apresentam desempenho muito satisfatório, ainda que possam precisar desenvolver aspectos
relativos a hábitos, atitudes, convivência... cognição e emoção. O objetivo aqui é que as unidades escolares
consigam criar ambiente e estratégias que motivem toda comunidade de “ensinagem” e aprendizagem. Os
Há que se estimular as múltiplas inteligências: “Quem sabe mais ajuda quem sabe menos”, exercitando a
aprendizagem colaborativa, desenvolvendo projetos de monitoria.

Figura 12: Os estudantes são ordenados pela média de pontos acumulados nos componentes e mostra o
respectivo percentual de frequência.

As principais questões levantadas nessa etapa são:

➢ Os estudantes tidos como destaque ou Referência podem ser instigados a motivar os demais? Poderiam ser
monitores?
➢ Como podemos criar um ambiente coletivo de auxílio entre os estudantes?
➢ A motivação é individual ou podemos criar um ambiente motivador?
➢ Como podemos mantê-los motivados?
➢ Como os estudantes referência podem estimular seus colegas?

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