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EMPREENDEDORISMO

CENTRO HÍPICO E SUAS ESTRUTURAS NO MEIO


AMBIENTE

GOIÁS GO
NOVEMBRO,2022
LETÍCIA MENDES BANDEIRA
MEDICINA VETERINÁRIA

EMPREENDEDORISMO
CENTRO HÍPICO E SUAS ESTRUTURAS NO MEIO AMBIENTE

GOIÁS GO
NOVEMBRO,2022
SUMÁRIO
Introduçã o........................................................................................................................................................................... 4
1. Centro Hípico............................................................................................................................................................. 5
1.1. Hipismo............................................................................................................................................................... 5
1.1.1. Confederaçã o Brasileira de Hipismo........................................................................................................ 6
1.2. Conceitos bá sicos ao montar no Centro Hípico...................................................................................7
2. METODOLOGIA................................................................................................................................................. 12
2.1. Gestã o de estercos e cocheiras................................................................................................................ 14
2.1.1 Prevenir poluiçã o de á gua pelo estrume.......................................................................................... 14
2.1.1.1. Pilha de escoamento............................................................................................................................ 14
2.1.1.2. Pisos de Cocheiras............................................................................................................................... 14
2.1.1.3Paddocks para dias chuvosos............................................................................................................ 15
2.2. Manuseio de estrume.................................................................................................................................. 16
2.2.1 Movimento eficiente................................................................................................................................. 16
2.2.2.Eliminaçã o de estrume........................................................................................................................... 17
2.3. Planejamento e Layout de Pastagens................................................................................................... 17
2.3.1. Itens a serem considerados no Plano de Pastagens dos cavalos...........................................18
2.3.2. Pastagens e Layout dos piquetes para os cavalos........................................................................18
2.3.3. Diretrizes para ajudar no Layout do posto do seu cavalo........................................................19
2.3.4. Instalaçõ es para cavalos-cocheiras................................................................................................... 19
2.3.5. Pisos de Cocheira...................................................................................................................................... 20
2.3.6. Cochas para cocheiras............................................................................................................................. 20
2.3.7. Ventilaçã o em cocheiras........................................................................................................................ 20
2.3.8. Telhado em cocheiras............................................................................................................................. 20
2.3.9. Fileira ú nica de baias/Corredor aberto........................................................................................... 21
2.4 Layout tipo ilha com baias de costas..................................................................................................... 22
2.4.1. Layout tipo ilha com corredor central.............................................................................................. 23
3. Proposta do Haras........................................................................................................................................... 25
3.1. Acessos e Percursos.................................................................................................................................... 26
3.2. Setor Administrativo................................................................................................................................... 27
3.2.1 Setor Equoterapia...................................................................................................................................... 28
3.2.2. Picadeiros.................................................................................................................................................... 30
3.2.3. Picadeiro Descoberto.............................................................................................................................. 31
3.3. Setor Veteriná rio.......................................................................................................................................... 31
3.3.1. Setor de Baias............................................................................................................................................. 32
3.3.2. Picadeira....................................................................................................................................................... 33
3.3.3. Baias Individuais....................................................................................................................................... 34
3.3.4. Depó sito de lixo em geral...................................................................................................................... 35
3.3.5. Casa do Tratador....................................................................................................................................... 35
3.4 Estratégia para gerar receita..................................................................................................................37
3.4.1. Canais de atendimentos.............................................................................................................38
3.4.2. Soluçã o suas principais funcionalidades entregues......................................................38
3.4.3. Como o valor é percebido pelo mercado............................................................................38
3.4.4. Os diferenciais competitivos da sua soluçã o frente à concorrência.......................40
3.4.5. Meta de crescimento para o negó cio nos pró ximos 6 meses.....................................40
3.4.6. Principais desafios para atingir esse resultado...............................................................40
4. Consideraçõ es Finais..................................................................................................................................... 43
5. Referências....................................................................................................................................................... 44
INTRODUÇÃO
Para projetar uma instalação para cavalos, é necessário um entendimento
especializado, como aprender muito sobre as funções vitais e o conforto deles, além de
conhecer como são utilizados pelos humanos tanto para o trabalho quanto para o lazer. O
cavalo tem uma afinidade incrível com o ser humano, desde há tempos se encontraram para
a realização de diversas tarefas, que envolve a agricultura, o transporte, a guerra e até
mesmo o esporte, e, desde então, o homem e o cavalo tem se tornado companheiros.
Considerando a boa qualidade de vida um conjunto de princípios essenciais para o bem
estar animal, conhecidos como “Cinco Liberdades” e os indicadores físicos e mentais. A falta
de uma ou mais das cinco liberdades gera alterações fisiológicos, físicos e comportamentais,
desencadeando vícios e é recorrentemente observado em animais estabulados (GRANDIN E
JOHNSON, 2010). Sobre as cinco liberdades Souza (2006) descreve que o estado ideal de
bem-
estar para os animais, são: livre de fome e sede, livre de desconforto, livre de dor, livre para
expressar comportamento normal, livre de medo e angústia. O estado emocional do animal
influencia no comportamento e para que este apresente um comportamento normal da espécie
é necessário satisfazer suas emoções e necessidades básicas. Um bom ambiente para criação
animal deve se evitar as emoções negativas, ativando emoções positivas, inibindo a
possibilidade de aparecimento de estereotipias comportamentais (BROOM e FRASER,
2010). Conforme Rose (20004) houve a necessidade de estabular os cavalos, no intuito de
obter melhorias no controle de pastagens, reduzir lesões de cascos, doenças dermatológicas,
respiratórias, controle de qualidade de alimento e água e de seu consumo, garantir segurança
ao animal e proteção de predadores.
As estereotipias é uma alteração comportamental invariável, repetitivas, sem função e
obsessiva que certos animais adquirem. Tais comportamentos podem ocorrer devido ao
estresse, por falhas de manejo, confinamento prolongado, restrição alimentar, restrição de
contato social e restrição de espaço. Causando redução do bem-estar do equino (STEINER et
al., 2013). Embora se possa atribuir a motivação para estes comportamentos serem expressos
aos estados emocionais gerais (como o tédio, solidão ou a frustração), atualmente foi
evidenciado que existem fatores específicos responsáveis por causarem atividades
estereotipadas nos cavalos. Estes comportamentos estereotipados são aprendidos ou
adquiridos e estão geralmente associados aos cavalos estabulados por muitas horas em baias
ou piquetes pequenos, ausência de atividades ou distração, retirando-o de seu grupo, faz com
que esses animais fiquem mais ansiosos, predispondo a comportamentos de ansiedade e
solidão (BRANDÃO et al., 2010).
Uma vez adquirido, este comportamento pode ser observado mesmo em animais
soltos em áreas maiores. O convívio no dia a dia de um animal sadio com um animal com
alterações comportamentais existe a possibilidade do desenvolvimento do comportamento no
mesmo grau de apresentação ou semelhante. Cavalos criados em baias que são submetidos ao
menor contato visual ao meio exterior tendem apresentar comportamentos anormais mais do
que cavalos mantidos em baias, que permitem um amplo contato visual com outros animais e
seres humanos.
São diversos os sinais de alterações comportamentais nos equinos (BRANDAO et al.,
2010). Segundo Waran, (2002) as estereotipias podem ser divididas em dois tipos,
estereotipias orais tendem a serem associadas com o manejo da alimentação, lambedura de
lábios, falsa mastigação, lignofagia, protrusão lingual, automutilação, geofagia, coprofagia,
aerofagia de apoio, aerofagia sem apoio e estereotipias locomotoras, hábitos de
agressividade, ato de cavar o chão, sapateamento, dança do urso, são quase sempre
relacionadas à falta de contato social, ansiedade de separação, frustração, associados com a
estabulação. O distúrbio comportamental pode causar cólicas, desgastes de dentes, fraturas de
membros, compactações, emagrecimento, diminuição do desempenho e em casos mais graves
levar a morte (CINTRA, 2014).
O objetivo do presente trabalho é apresentar padrões, critérios e medidas para a
concepção de um centro hípico. Este em que demonstra um efeito terapêutico na equitação,
tanto psicológico como físico, do corpo humano quando em contato com o cavalo, o qual
auxilia no equilíbrio, movimentos e controle de cada indivíduo. Contempla diagnósticos
direcionados ao esporte, como regras, funcionamento da modalidade, a importância do
animal para a prática hípica e para a humanidade. Métodos de pesquisa bibliográfica na área
da educação física e psicologia ajudam na comprovação dos efeitos terapêuticos.

1. CENTRO HÍPICO
O Centro Hípico é o local da prática hípica, o qual deve ser adequado para utentes e
cavalos. Deve prever uma boa iluminação e ventilação dos espaços internos
(preferencialmente de forma natural), a locação de zonas sociais úteis (ex.: vestiário) e que
promovam o lazer/interação dos usuários e as instalações adequadas para a prática do esporte
e para os animais (REZENDE e FRAZÃO, 2012).

1.1. O HIPISMO
A equitação tem origem na Ásia Central há seis mil anos, fruto da interação entre
homem e cavalo. Essa aproximação de espécies foi importantíssima para o desenvolvimento
da sociedade, a qual permitiu maior e mais rápida evolução das civilizações (ROESSLER e
RINK, 2006). As competições com uso de cavalos foram o mais importante para o início das
atividades hípicas, as quais são iniciadas a.C. e findadas em 393 d.C. por medidas político-
religiosas, onde são permitidas apenas para militares. Os animais começam a ser usados em
campos de batalha, e com isso vem a criação da sela e do estribo, instrumentos que trazem
maior firmeza ao cavaleiro (RODRIGUEZ, 2009).
A guerra tornou necessária a produção de linhagens equinas, com mais força,
resistência e agilidade, sendo a raça europeia uma em destaque. Após a criação dos
equipamentos adequados, surgiu, na Idade Média, a necessidade de ensinar aos cavaleiros a
melhor e mais correta forma de montar, sendo esse o início das escolas de equitação
(RODRIGUEZ, 2009).
No Brasil, em 1863 foi fundada a primeira escola de equitação, por Luís Jacomé de
Abreu de Souza1 no Rio de Janeiro: Escola de Equitação de São Cristóvão. Nessa época, o
esporte era muito voltado para corridas, por isso o enfoque eram os jóqueis clubes (CBH,
2010). Em 1911 nasce a primeira sociedade hípica, localizada em São Paulo, Capital, e
nomeada Sociedade Hípica Paulista. Nesse período a modalidade de salto toma o mercado
hípico no Brasil. Somente em 1990 começamos a prestigiar as vitórias e destaques brasileiros
no esporte, sendo Rodrigo Pessoa, o cavaleiro com maior visibilidade no país (RODRIGUEZ,
2009).

1.1.1. Confederação Brasileira de Hipismo


Com a expansão dos esportes equestres no país, houve a necessidade de maior
regulamentação para as atividades. Em 1935 foram criados estatutos junto à Federação
Equestre Internacional (FEI), dando o primeiro passo para a formação da Confederação
Brasileira de Hipismo (CBH). No dia 19 de dezembro de 1941 nascia a CBH, tendo General
Valentim Benício da Silva como presidente (CBH, 2010). Hoje, a Confederação Brasileira de
Hipismo é o órgão regulamentador, coordenador e promotor dos oito esportes hípicos
realizados no país, os quais são: Adestramento, Volteio, Atrelagem, CCE (Concurso
Completo de Equitação), Salto, Enduro, Equitação Paraequestre e Rédeas. Além de ser
encarregado pela composição das equipes que representam o Brasil em campeonatos
internacionais, criação de provas, cursos, entre outras atribuições (CBH, 2010).

1.1.2. A Importância do Cavalo


O maior erro cometido ao trabalhar com cavalos é buscar a adaptação do meio à nossa
tecnologia ao invés de adaptar nossa tecnologia ao meio. Tratando de um animal selvagem,
seus instintos, após a doma, são apenas reflexos de seus sentidos e da hierarquização social
existente nas manadas (CINTRA, 2011). Sabe-se que, o cavalo da forma como o conhecemos
hoje existe há cerca de 40.000 anos, e somente há 6.000 anos - mais aproximadamente em
4.500 e 2.500 a.C. entre a China e Mesopotâmia - foi domesticado pelo ser humano. Esse
tempo foi necessário para habituar as duas espécies e mostrar ao homem a maneira como o
animal enxerga as situações, o que é importante para a relação de ambos (CINTRA, 2011).
A primeira função do cavalo após a domesticação, foi servir de alimento. Em torno de
1.000 a.C. começou a ser propagado pela Ásia, Europa e norte da África, tomando a posição
de carga/transporte, sendo também utilizado em guerras, diversão e esportes. Até o século
XX, todas as grandes vitórias somente foram possíveis pelo uso do animal, onde, até então,
nenhuma cavalaria teve derrotas. A obtenção do equino possibilitou um grande avanço na
sociedade, o qual não seria possível
somente pelas mãos do homem, aumentando a capacidade de carga e velocidade nos trajetos
(CINTRA, 2011).
O comportamento do cavalo foi sendo moldado através de milhões de anos, com o
objetivo da aproximação com o homem. Devemos entender que o animal vive em manadas,
na companhia de outros bichos, gosta de liberdade e confiança. Portanto, ao respeitar o modo
de vida desse ser vivo, seremos beneficiados com sua sabedoria, força e afeto.

1.2. CONCEITOS BÁSICOS AO MONTAR UM CENTRO HÍPICO


Para uma boa e lucrativa criação de cavalos é necessário selecionar a área ideal onde
se instalará o haras e o projeto construtivo é a base para o sucesso. É importante escolher
adequadamente: a propriedade; a localização e o acesso; solo; topografia; clima; água;
arborização e pastagens.
A criação de cavalos depende muito da qualidade das instalações utilizadas nesta
atividade. A baia é um tipo de instalação de grande importância para o bom desenvolvimento
e a manutenção da saúde dos cavalos.
Ao se construir uma baia alguns cuidados são importantes para tornar a vida do cavalo o mais
confortável possível.
O tamanho da baia, deve ter no mínimo 3 x 4m, sendo ideal 4 x 4. Baias com
tamanhos inferiores a 3 x 4, proporcionam desconforto muito grande para o animal, o que o
levará a um estado de stress que pode comprometer a qualidade de vida e o desempenho
esportivo. A baia é o local onde os cavalos devem ser cuidados e tratados diretamente por
seus proprietários ou tratadores. A porta do boxe ou cocheira, normalmente, é dividida em
dois segmentos, que se abrem de maneira independente: a metade superior e a metade inferior
da porta. Isso é feito para que os animais possam colocar sua cabeça para fora e “apreciar” o
movimento fora da sua própria baia.
A baia deve ser bem ventilada, não exposta a calores excessivos nem a frios intensos
ou correntes de ar desagradáveis. Como a iluminação das baias deve ser natural, utilizam-se
claraboias, ou seja, telhas translúcidas ou “janelas” na cobertura da cocheira, para mantê-la
iluminada durante o dia. A iluminação elétrica só deve ser utilizada à noite, se necessário, na
hora de alimentar os animais, isso deve ser feito somente para que os tratadores possam
enxergar, pois os cavalos enxergam muito bem não necessitando de luminosidade.
O cavalo é um animal muito sociável; ele não gosta de ficar isolado. Para amenizar
este problema quando confinado em uma baia, deve-se fazer com que tenha contato visual
com outros cavalos, através de janelas com grades entre as baias e deixando a parte superior
das portas sempre abertas (ao menos durante o dia). Isso é muito importante para os animais,
pois a convivência afeta de maneira positiva o temperamento dos cavalos.
O cocho para a alimentação dos cavalos pode ser de alvenaria, fibra ou madeira. Deve
estar a uma altura baixa para facilitar a alimentação do cavalo, não deve ter cantos para
facilitar a limpeza e não acumular alimento. Os cochos precisam ser limpos diariamente. A
falta dessa higienização constante pode gerar problemas gástricos, decorrentes de
contaminação por fungos, muito comuns em equinos.
A égua deve ser oferecida de forma constante e renovável, atendendo a mais de uma
baia, sempre em abundância. Existem os chamados cochos automáticos que, além de serem
muito práticos, diminuem o trabalho.
A limpeza e desinfecção do piso são igualmente primordiais nas baias. Há vários tipos
a serem utilizados, desde o piso de cimento recoberto com serragem ou maravalha, até pisos
sintéticos, de borracha ou materiais plásticos. Esses cuidados vão contribuir para não
proliferarem, ali, fungos e bactérias. Não se aconselha o piso de terra, pois é o que mais
contribui para a contaminação.
A cama é um item muito importante para dar maior conforto para o animal. Deve ser
limpa diariamente, retirando-se as fezes e a parte da cama úmida pela urina. A cama deve ser
substituída totalmente ao menos a cada 15 dias.
Desde que construída adequadamente a baia de alvenaria é considerada como a
melhor para cavalos. É importante também ter na propriedade local adequado para armazenar
os alimentos e acessórios do cavalo.
Um dos requisitos que se deve atender:

 Investimento relativamente alto


 Retorno a longo prazo
 Instalações simples e funcionais
 Mão de obra especializada
 Criação a campo, não extensiva
 Diminuir custos da produção

ESCOLHA DA ÁREA
 Fertilidade do solo
 Qualidade da água
 Índice pluviométrico
 Topografia 40 hectares
 10 éguas
 10 potros em lactação
 10 potros de 1 ano de idade
 10 potros de 2 anos de idade

ÁREA COM TOPOGRAFIA ADEQUADA


 É primordial que o terreno possua uma topografia plana pois este é um dos principais pontos
para a execução do tratamento.

Figura 1. Acervo pessoal (2022)


PASTAGEM
As áreas de apoio ao setor das baias incluem o redondel que possui piso de areia e cercas de
madeira
(Inserir foto/imagem)

FORMAÇÃO DE PASTAGEM
Manejo das pastagens
 Escolha da gramínea
 Análise do solo
 Preparo e plantio Cercas – bebedouros
 Liso, farpado, tábua, alambrado, mangueira ou vinil.
 Piquetes
 Éguas solteiras
 Éguas com potro ao pé creeper
 Garanhões
 Maternidade
 Potros e potras até sobreano
 Potros de mais de 1,5 anos
 Potras de mais de 1,5 anos.

CURRAL - UNIDADE DE SERVIÇO


 Rufiação
 Manejo sanitário
 Suplementação nutricional
 Manejo geral
 Casqueamento corretivo
 Cabresteamento
 Corte de crina
 Curativos
 Doma racional

PAVILHÃO DE BAIAS - COCHEIRAS


 Engenharia
 Eletricidade
 Água encanada
 Esgoto

 Cocho de ração
 Bebedouro
 Cocho de sal
 Piso
 Portas
 “cama”
 Boa ventilação, simples e funcional
 Dimensão (4X4; 4X3; 3,5X3,5 metros)
 Altura maior que 2,8 m.
 Corredor central
 Beiral maior que 2 m.

LAVADOR
 Fácil acesso
 Água em abundância
 Tempo para secagem dos cavalos

CENTRAL DE REPRODUÇÃO
 Laboratório
 Tronco de contensão
 Depósito de medicamentos

ESCRITÓRIO
 Descrição da Abrangência do Sistema/ Área administrativa
 O sistema proposto está sendo desenvolvido para atender às necessidades do Haras.

O sistema abrangerá os seguintes requisitos:

 Áreas de atendimento ao cliente:


 Cadastro dos dados do cliente do Haras;
 Cadastro dos dados dos animais.

Áreas de tratamento ao animal:


 Cadastro dos dados dos funcionários do Haras;
 Registro de tratamentos realizados nos animais.

Área de hospedagem ao animal:


 Cadastro das baias disponíveis para hospedagem no Haras;
 Registro da hospedagem do animal.

Escola de equitação:
 Disposição da agenda;
 Agendamento das aulas de equitação;
 Registro das aulas ministradas;

Área de cobrança:
 Cálculo do valor dos serviços prestados pelo Haras;
 Emissão de boleto de pagamento;
 Registro de recebimento de contas;
 Cadastro do valor dos serviços;
 Controle da reprodução do animal;
 Cálculo de pagamento de salário dos funcionários;
 Controle de estoque de medicamentos e vacinas;
 Controle de estoque de ração e produtos de higiene do animal;
 O sistema disponibilizará a visualização de todos estes dados.

APOIO
 Garagem implementos
 Oficina
 Marcenaria
 Almoxarifado
 Depósito de “cama”

FUNCIONÁRIOS
 Residências
 Valorização individual
 Divisão de tarefas
 Segurança dos animais
 (Inserir imagem)

Figura 2. Modelo planta Haras


Figura 3. Fluxograma haras

2. METODOLOGIA

Um pavilhão de cocheiras funciona como a “Mãe Natureza”, lugar em que você


controla o meio ambiente e a saúde do animal. Se não for feito corretamente, corre o risco de
prejudicar a saúde do cavalo.

Figura 4. Pavilhão
Ao longo dos anos, muitos arquitetos não se atentam ao fato de que o fluxo de ar,
iluminação e posicionamento relativo à brisa que prevalece são fatores cruciais na definição
da saúde de um estábulo. Por exemplo, o tradicional pavilhão de cocheiras com corredor
central aberto nas laterais, geralmente projetado por arquitetos que não estão familiarizados
com cavalos, faz as doenças transmitidas pelo ar a fluir em linha reta ameaçando cada cavalo
na corrente de ar do animal infectado. O ideal é alterá- lo em função da aerodinâmica fazendo
com que o ar fique limpo.

Figura 5. Corredor central

Figura 6. Estábulos

Seus estábulos em regiões mais quentes são de concreto, já que o material se mantém com uma
temperatura agradável e longe de cupins. Além disso a maioria dos seus projetos contemplam
aberturas zenitais, que fazem a exaustão do ar quente através do efeito chaminé e “puxam” o calor do
chão. O calor subindo tem-se uma ventilação natural, mantendo os cavalos confortáveis. Cavalos
suportam melhor o frio que o calor.
Figura 7. Estábulo de Concreto

2.1. GESTÃO DE ESTERCOS E COCHEIRAS

2.1.1. Prevenir poluição de água pelo estrume

2.1.1.1. Pilha de escoamento.

Qualquer armazenagem de estrume no local não deve contribuir para a poluição da água do
solo ou da superfície. Lixiviado é o líquido acastanhado que escorre a partir do conteúdo sólido e
drena para a parte inferior da pilha de resíduos; uma gestão adequada pode evitar a formação de
lixiviados. Uma área de armazenamento coberto por exemplo, terá muito menos lixiviado que uma
exposta a precipitação. Um obstáculo de concreto com paredes laterais é necessário para conter os
lixiviados de grandes pilhas, descoberto. A drenagem de lixiviados para um sistema de tratamento,
tais como uma área de infiltração gramada é necessária para evitar derramamento para zonas sensíveis
geológica ou socialmente.

2.1.1.2. Pisos de cocheiras


Figura 8. Piso de cocheira

O tipo de piso da baia pode determinar o potencial de poluição das águas subterrâneas
do estábulo. Concreto, asfalto e pisos de argila bem compactados são considerados
impermeáveis ao fluxo de água. No entanto, qualquer que seja o tipo de piso utilizado, é
sempre necessária alguma forragem para a cama, assim a urina e qualquer líquido do estrume
são absorvidos pela cama.
Para pisos como concreto e asfalto, drenos são recomendados para a remoção de
águas residuais, há que se atentar ao dimensionamento adequado da tubulação especialmente
em algumas baias são frequentemente regadas e desinfetadas, como baias de parto ou
hospitalares. Quando são utilizadas grandes quantidades de água, pisos impermeáveis e
drenos são necessários.
Os drenos na baia devem ter uma tampa removível além de ficarem no canto da baia
para evitar desconforto do animal quando se deita. O piso deve inclinar ligeiramente (3% é
suficiente) para o ralo. Uma alternativa é a inclinação do piso para a porta da frente, onde
uma calha estreita é posicionada ao longo da parede da frente, no piso do corredor, esta calha
deve ter uma inclinação ao longo do corretor em direção aos drenos.

2.1.1.3. Paddocks para dias chuvosos.


Algumas fazendas possuem piquetes para dias chuvosos, que são espaços para
exercício sem pasto. Paddocks sem grama também funcionam bem para cavalos mantidos em
área cultivada limitada ou quando as pastagens são replantadas, fertilizadas, ou está
descansado como parte do programa de rotatividade de pasto. O ideal é localizar estes
piquetes de exercício em terreno elevado com provisão para limpeza da área de estrume e
diminuindo o potencial de escoamento. Uma camada de pó de pedra ajuda a diminuir a lama,
auxiliando a drenagem, além de proporcionar uma melhor superfície para recolher o estrume.

2.2. Manuseio de estrume


2.2.1. Movimento eficiente.
Ao manusear grandes quantidades de resíduos deve-se considerar amplas aberturas
(portas). Evite desenhos de estábulos que exigem voltas e passagens estreitas para no
percurso do estábulo para a área de deposição de estrume. Para otimizar a eficiência do
trabalhador é essencial uma boa iluminação natural e tornar a área de estoques de estrume
temporária facilmente acessível a partir de todas as áreas do estábulo. Na maioria dos
estábulos, as baias são limpas diariamente e o estrume armazenado em uma área acessível
perto do celeiro.
Para evitar a manipulação adicional, os trabalhadores podem armazenar
temporariamente o estrume em um veículo, como uma lixeira estrume. Uma vez que as
tarefas de limpeza terminem, ou o armazenamento temporário seja preenchido, o estoque é
movido para o local de armazenamento a longo prazo ou removido do local.

Situando o armazenamento de estrume

Figura 9. Armazenamento de estrume.

As áreas de estocagem de resíduos devem ser acessíveis a caminhões ou tratores. A


localização em terreno alto normalmente irá fornecer solo firme bem acima das águas
subterrâneas, formando uma base adequada para a instalação de armazenamento e estrada de
acesso. Não armazenar o estrume onde o escoamento superficial ou enchentes farão com que
nutrientes escoem por enxurradas próximas, também evitar piquetes devido ao aumento da
exposição dos cavalos aos parasitas. Maus resultados de drenagem, em condições saturadas
levam a acessos lamacentos e poças de água contaminadas. Desviar a água de drenagem
superficial e do escoamento dos telhados próximos para lugares afastados da área de pilha.
Muitos estábulos e pistas não tem sarjetas, resultando um volume grande de água para
escoamento, um sistema de calha e drenos irá recolher e desviar a água longe da fundação do
edifício e ignorar a armazenagem de estrume. Lonas ou um teto sobre a armazenagem de
estrume pode minimizar a entrada de água da chuva. Não permitir o escoamento poluído para
a piscina, já que mosquitos e moscas se reproduzem na área úmida.

2.2.2. Eliminação de estrume


Caminhões de transporte
Figura10. Caminhão de transporte removendo resíduos

Uma opção de eliminação de chorume é contratar um caminhão que irá remover os


resíduos da instalação estável; os resíduos podem ser usados em uma operação de
compostagem comercial ou para outras funções em que sua eliminação é de responsabilidade
do transportador. Um depósito para despejar os resíduos deverá ser dimensionado de forma
que possam ser esvaziados semanalmente, também é importante pensar no seu acesso para os
caminhões. Um tanque de concreto ou alvenaria são os mais recomendados para conter
qualquer lixiviado.

Outros resíduos
A gestão de resíduos não se limita aos resíduos da baia do cavalo em uma instalação
que abriga cavalos. Resíduos médicos (por exemplo, seringas e agulhas), o lixo branco,
geralmente tem requisitos especiais de eliminação, assim como fertilizantes e pesticidas e
suas embalagens, por vezes, têm restrições para eliminação. Resíduos dos banheiros (esgoto)
requerem um sistema séptico ou conexão com o sistema de esgoto municipal. A água cinza,
como chuveiros e pias, ou águas pluviais, tem uma possibilidade interessante de
reaproveitamento para irrigação de áreas verdes e especialmente pistas de areia. Drenagem e
escoamento superficial de asfalto, telhados de edifícios, piquetes sem vegetação, e áreas de
exercício precisam ser gerenciados para que seu escoamento não invada cursos de água
naturais.

2.3. PLANEJAMENTO E LAYOUT DE PASTAGENS


Uma das tarefas mais difíceis enfrentadas por um novo proprietário na hora de
construir uma instalação equestre seja o planejamento e layout da propriedade. Uma
instalação corretamente planejada não só fará o uso mais eficiente da propriedade,
mas também facilitará o gerenciamento eficiente de animais, criará um ambiente saudável
e promoverá o gerenciamento adequado de manutenção.

Figura 11. Cavalos em propriedades ao ar livre.

O primeiro passo no processo de planejamento é obter um plano diretor preciso, para


isso é necessário um levantamento planialtimétrico e fotografia aérea, incluindo as seguintes
informações: linhas da propriedade, estruturas e estradas existentes, quaisquer recursos
especiais, como lagos, informações topográficas e quaisquer restrições de zoneamento. Uma
vez que toda a informação está neste plano, o processo de planejamento pode começar.

2.3.1. Itens a serem considerados no Plano de pastagens dos cavalos:

1. O número de cavalos em cada tropa.


2. O clima afeta diretamente a taxa de crescimento das gramíneas.
3. A quantidade de requisitos nutricionais do seu cavalo fornecida através da
forragem.
4. Planejar pastagens para permitir a rotação de piquetes.

2.3.2. Pastagens e layout dos piquetes para os cavalos

Ao considerar o desenvolvimento de sua propriedade para pastagens, uma das


principais preocupações principais é "Quão grande eu faço os pastos?". Você deve considerar
sua pastagem como um cultivo de capim, produção de plantas, espécies de forragem e as
necessidades de fertilidade NÃO são constantes e poderá variar com a temperatura de cada
local, bem como a umidade do solo, o período de descanso da planta e a estação do ano.
Portanto, a flexibilidade deve ser incorporada em qualquer projeto eficiente de pastagem.
2.3.3. Diretrizes para ajudar no layout do pasto do seu cavalo

1 - Topografia e geografia das pastagens: Os pastos individuais não devem ter encostas
com inclinações abruptas; também é recomendável que nos casos de desníveis significativos
os piquetes não sejam orientados para cima e para baixo das encostas.

2- Preocupações ambientais: Dê preferência por manter os cavalos longe de rios,


pântanos ou zonas de solo muito úmidas. As áreas úmidas devem ser evitadas porque
tipicamente tem presença de maior número de insetos e plantas venenosas.

3- Tamanho do pasto para os cavalos: Devem ser dimensionados suficientemente


grandes para lidar com a taxa de estocagem e sistema de rotação. As pastagens de forma
retangular tendem a ser melhores para os cavalos pois incentivam o exercício. As pastagens
de formato irregular devem ser evitadas para minimizar os riscos de lesão. Qualquer pasto
com menos de dois acres por cavalo deve ser considerado apenas para exercício e não fonte
de alimentação constante.

4- Locação dos acessos: Evite colocar as porteiras de acesso a pastagens em áreas baixas
por conta de acúmulo de água em tempos de chuva. A porteira deve ser grande o suficiente
para passarem dois cavalos sem se machucar, portões estreitos devem ser evitados pois
aumentam o risco de lesão. Preferencialmente devem ficar longe dos cantos, mais próximos
da circulação.

5- Água: Cochos dentro dos piquetes devem fornecer água sempre limpa e fresca para os
cavalos. Para otimizar a estrutura e mão de obra, coloque-os em áreas de acesso de mais de
um pasto (no encontro entre eles).

6- Segurança e bom senso: Conceber pastos seguros para os cavalos é primordial. Evite
fechamentos que os animais tenham dificuldade de enxergar como cercas de arame liso, ou
cercas de arame farpado que possam machucar os animais. Lembre- se, consultar um
profissional é sempre necessário, pois gerenciar pastagens é um processo que exige
conhecimento, diligencia e dinheiro.

2.3.4. INSTALAÇÕES PARA CAVALOS - COCHEIRAS

Tipos de cocheiras

O sistema mais prático e econômico é o uso de galpões com corredores centrais, com
as baias situadas nos dois lados do corredor. Estas poderão ser totalmente fechadas,
semiabertas com proteções, ou simplesmente com meia parede. As portas poderão ser
corrediças ou com dobradiças.

Portas de cocheiras

Recomenda-se que as portas tenham dimensões de 1 a 1,2 m de largura a 2,10 m a 2,3


m de altura. Deverão ser em uma dou duas folhas. Nas portas em sistemas de meia parede, a
parte debaixo das portas dos sistemas em duas folhas
devem ter de 1,50 m a 1,60 m de altura. As portas que utilizam dobradiças devem
preferencialmente ter marcos de concreto, permitindo uma melhor fixação das portas e
reduzindo os empenamentos.

2.3.5. Pisos de cocheiras

Os pisos poderão ser de concreto ou terra batida, em função da cama que for utilizada.
Para camas de areia, devem-se utilizar filtros de carvão. Faz-se um buraco com 1 m de
profundidade, redondo ou quadrado, no centro da cocheira em 30% a 40% da sua área.
Coloca-se uma camada de 70 cm de carvão, seguido de 20 cm de brita 4 e completa-se o
restante com areia.
Acima do solo, coloca-se uma camada de 30 cm de areia. A urina excretada pelos
animais será drenada e absorvida pelo carvão vegetal. Em função da intensidade de uso, a
cada 12 a 18 meses o carvão deverá ser trocado. Apesar de utilizado mais frequentemente
para pisos com camas de areia, pode ser utilizado também em camas de serragem ou de
fenos, reduzindo o odor de urina na cocheira. É importante que o piso tenha caimento em
direção ao filtro.

Área para a construção de cocheiras

A área mínima desejada para uma cocheira de um animal de raça média ou grande é
de 10 m2. Deve, preferencialmente, conter quatro cochos, sendo um cocho para ração, uma
para água, um para sal mineral e um para volumosos com uma manjedop8ura instalada acima
do cocho, fixada na parede.

2.3.6. Cochos para cocheiras

Quanto aos tipos, tamanhos e modelos de cochos, variam conforme o gosto do


proprietário e o tamanho do animal que será estabulado. Entretanto, uma característica que
deve ser padrão é a de não possuírem cantos, facilitando a higiene e não permitindo o
acúmulo de restos alimentares. Os cochos de água mais recomendados são os de fibra de
vidro com boias protegidas, encontrados no mercado em vários modelos.

2.3.7. Ventilação em cocheiras

A altura do pé-direito dependerá também da opção arquitetônica escolhida. Quanto


mais alto o pé-direito, melhor será a ventilação das cocheiras. Em sistemas de galpões, pode-
se utilizar o pé-direito alto com aproveitamento da parte superior, construindo-se um
palanque para estocagem de fenos, semelhante aos celeiros, comumente vistos em filmes
americanos ou europeus. Esse sistema permite um ótimo aproveitamento da área e redução no
custo final com instalações, porém, é muito pouco adotado em nosso país.

2.3.8. Telhado de cocheiras

Quanto ao telhado, existe uma série de opções de formas e materiais: telhas de zinco,
de material reciclável, de cerâmica, telhados de palha entre outros. Todas elas têm vantagens
e desvantagens, merecedoras de uma criteriosa avaliação. Quaisquer que sejam as opções
escolhidas, deve-se antes consultar um profissional
com ampla experiência em equinos, para se discutir a adequação do sistema, a praticidade de
manejo, aos riscos de acidentes e possibilidade de ocorrência de condições estressantes para o
animal.
Ao projetar um estábulo ou cocheira, você tem algumas opções de layout de planta
baixa. É importante trabalhar com a opção que vá atender de maneira mais eficiente as suas
necessidades. Uma cocheira bem projetada deve proteger os cavalos de climas extremos
(calor ou frio), levar em conta as tarefas diárias que o espaço demanda, oferecer segurança e
conforto para todos que circulam no pavilhão. Basicamente, temos quatro tipos de layout para
as cocheiras, eles são definidos pela localização do corredor e baia dos cavalos.

Figura 13. Planta de cocheira (Elabora pela autora 2022)

O planejamento do forro e da cobertura é muito importante também. O forro de


madeira possui eficiência térmica e otimiza a acústica. Se forem brancos, ele dá privilégio à
entrada de luz, deixando o ambiente ainda mais iluminado. A cobertura pode ser com
estruturas metálicas reforçadas e possuir janelas com aberturas articuladas para iluminação e
ventilação zenital. Em partes, na cobertura pode haver o vidro que traz benefícios para
aparência, bem estar e salubridade. O vidro translúcido tem o efeito de “borrar” o reflexo do
sol no piso de areia das pistas evitando que os animais se assustem.

2.3.9. Fileira única de baias/ Corredor aberto


Este tipo de configuração funciona somente em lugares de clima ameno (sem estações
bem marcadas) especialmente pela sua alta exposição ao ambiente externo. É atrativa por
minimizar o número de estrutura em comparação com as outras configurações, desta forma,
os cavalos estão mais próximos do ambiente natural, tem mais contato com o exterior o que é
benéfico e saudável de muitas formas. Como desvantagem, em grandes estruturas pode
aumentar significativamente o tempo de passar o trato e manejo dos animais.
Figura 14. Fileira única de baia e corredor aberto.

Forma de layout mais comum encontrada nas cocheiras. Sua planta baixa se mostra
eficiente no trato dos animais, também oferece proteção frente as condições extremas de
temperatura (altas, baixas e chuvas). Pode ser otimizada se tiverem portas de acesso externas,
que além de ajudarem na ventilação também servem para evacuar os cavalos em caso de
incêndio.

2.4. Layout tipo ilha com baias de costas

Com dois corredores laterais, esta configuração ajuda a separar a área de circulação
dos cavalos. Mantém os animais protegidos do clima externo, porém, oferece pouca
ventilação dentro das baias. Ocupa maior área coberta do que a de corredor central, portanto,
a não ser que seja imprescindível segregar a circulação ou que os corredores sejam bastante
utilizados, este design se mostra ineficiente.
Figura 15. Planta baixa de layout

2.4.1. Layout tipo ilha com corredor central


Sua planta baixa é constituída por um corredor central e dois corredores laterais. As
áreas de circulação podem ser utilizadas para esfriar os animais após o treino ou até mesmo
caminhar um cavalo em recuperação de lesão, se o pé direito for alto o suficiente para que
eles possam fazer isso sem se machucar. É a configuração de cocheira que ocupa a maior
área de estrutura.
As pistas de areia podem estar localizadas próximas aos estábulos, no entanto deve
levar em consideração a localização no terreno, a topografia do local para melhor escoamento
de águas pluviais, pode ter economia em sistemas de drenagem. Nas pistas de areia, alguns
arquitetos propõem aos proprietários à instalação de sprinklers, é um tipo de hidrante para
controle e combate a incêndios.

Figura16. Sprinklers. Sistema de combate a incêndios.

Para construção de empreendimentos equestres, a área externa das instalações são


ambientes que agregam muitos valores, pois neles podem-se planejar pastagens, caminhadas,
ambientes que estão fortemente relacionados com a saúde e dem estar do cavalo. “Os pastos
ajudam os animais a se distrairem, repousando a mente por meio da recreação. Controla o
estresse e é importante para as relações sociais.” (BROOKS; DIANA, 2017). “Recomenda-se
que cavalos em grupo sejam mantidos em áreas de 2.000 a 4.000m² por cavalo.” (Manual de
Boas Práticas e Manejo em Equideocultura. 1ª ed. 2017).
Figura17. Pastagem cercada.

Os animais que vivem em estábulos, geralmente são utilizados para montaria, pratica
de esportes e precisam de todo cuidado especial, além de alimentação e cuidado com o pelo e
os cascos, eles precisam de banho. As duchas para o banho dos cavalos também podem
possuir pisos de borracha, elas podem ser internas como externas, o ideal seria dentro dos
estábulos para facilitar o manuseio de produtos e objetos para o banho. As mangueiras de
água devem ser fixadas no alto para que os animais não pisem na hora do banho.

Figura 18. Ducha externa.


Geralmente, os animais que são utilizados para a pratica de esportes são remetidos a
hidroterapia, uma atividade aquática para a recuperação do equino atleta. Em alguns estábulos
eles já possuem piscinas com layouts adequados em ambientes específicos para a realização
das atividades. As piscinas além de refrescá-los, melhoram seu equilíbrio, circulação,
respiração e flexibilidade. Nadar, traz benefícios para o condicionamento físico por trabalhar
os músculos, tendões e ligamentos.
Figura 19. Hidroterapia para cavalo.

Figura 20. Piscina em raia.

“Piscinas em raia são mais adequadas para hidroterapia porque fazem com que o
movimento do animal seja mais simétrico do que em piscinas circulares” diz Katia Ferraro
veterinária e especialista em fisioterapia, em reportagem no Equinecare. Logo, é importante
destacar que além de todas as peculiaridades que um estábulo pode ter a segurança,
eficiência, ambiente sempre seco e saudável, com ventilação e iluminação natural são
particularidades primordiais ao se pensar em projetos esse tipo de instalação, tanto quanto
estudar profundamente atributos sobre o emprego de materiais compatíveis para a interação
de valor estético nas
instalações.

3. PROPOSTA DO HARAS

A arquitetura utilizada no Centro Hípico possui uma característica rústica e colonial.


Os materiais empregados na construção do setor de veterinária, setor administrativo, setor de
equoterapia e casas dos tratadores são basicamente alvenaria, telhado de madeira, cobertura
com telha colonial com lanternins para
aproveitamento da ventilação natural, portas de madeira e janelas de madeira e vidro. No
setor das baias foram utilizados madeira, alvenaria, tijolo, e a cobertura utilizada possui sheds
para aproveitar a ventilação predominante. O picadeiro coberto é utilizado alvenaria e tijolo, e
em sua cobertura possui treliças de aço com telhas térmicas.

Figura 21. Implantação

A figura acima ilustra a implantação com a localização dos devidos setores onde os
marcadores com rosa são sociais, os demarcadores em vermelho são administrativos, os em
amarelo são de serviços gerais, em roxo são os setores destinados aos equinos e em azul é o
setor destinado a equoterapia. O paisagismo empregado no projeto baseia-se em árvores de
grande, médio e pequeno porte, flores, arbustos e possui pastagens que servem de alimento
para os animais.

3.1. ACESSOS E PERCURSOS

O projeto possui duas guaritas, ambas possuem sanitário e refeitório para os funcionários
que trabalham em escala mantendo a segurança da entrada vinte e quatro horas por dia. A
guarita oeste está destinada somente a entrada de caminhões para carga e descarga, já a
guarita leste está disposta a entrada principal com acesso para funcionários, visitantes,
ciclistas e pacientes.
Figura 22. Percursos de automóveis e pessoas pelo Haras.

3.2. SETOR ADMINISTRATIVO


O setor administrativo está localizado próximo à entrada principal e atende todos os
setores. O setor compreende: recepção, administração, RH, gerência, financeiro, sala de
reuniões, cozinha, área de serviço, sanitários.

Figura 23. Planta do Setor administrativo.


Figura 24. Acervo pessoal. (Elaborada pela autora 2022)

3.2.1. SETOR EQUOTERAPIA


O setor de equoterapia, ilustrado pela figura 24, está disposto próximo ao setor da
administração e apresenta: recepção, fisioterapia, brinquedoteca, terapia ocupacional, sala de
psicopedagogia sala de atendimento, enfermaria, farmácia, sanitários P.N.E., fraldário.

Figura 25. Planta baixa equoterapia

Este setor também possui uma praça onde tem parque para as crianças e quatro coretos
onde serve de espera para os pais dos pacientes da equoterapia.
Figura 26. Setor de equoterapia.

Os setores da equoterapia e administrativo estão interligados por uma área que serve
de convivência para os colaboradores e espera para os pacientes. Visualizando a imagem no
sentido da esquerda para a direita o edifício localizado a esquerda é destinado ao setor
administrativo e o da direita é o setor equoterapico.

Figura 27. Área de convivência.

Estes mesmos setores dispõem de um estacionamento com bicicletário para atender


os funcionários e visitantes, bem como estacionamento para veículos.
Figura 28. Estacionamento.

3.2.2. PICADEIROS
O centro hípico dispõe de dois picadeiros destinados para as atividades equestres, sendo
um coberto e um descoberto.

Picadeiro Coberto
O picadeiro coberto possui o piso de areia e está destinado principalmente às atividades
da equoterapia, porém também atende às atividades de hipismo areia.

Figura 29. Picadeiro Coberto.

No local possui duas rampas que são utilizadas na equoterapia, estas rampas servem de
auxílio para os funcionários do setor equoterápico onde são utilizadas para colocar os
praticantes acima do cavalo. A cobertura deste picadeiro compreende-se a uma estrutura
metálica formando treliças que são sustentadas por pilares de concreto e sua cobertura
compreende-se de telhas térmicas. A cobertura possui lanternin para auxiliar na ventilação do
ambiente. Esta cobertura atende tanto o picadeiro como aos quatro blocos de arquibancadas
que atendem a este picadeiro e ao picadeiro descoberto.
Figura 30. Vista picadeiro coberto.

3.2.3. Picadeiro Descoberto


O picadeiro descoberto, atende a provas de hipismo, equitação, tambor e team roping,
possui um desembarcador que auxilia no embarque e desembarque de animais para as provas.
Sua estrutura compreende-se de cercas de madeira e seu piso é de areia. Para auxilio dos
cavaleiros possui um local com amarradores para os animais e uma área com bancos que
serve de praça. Para atender aos eventos equestres este picadeiro desfruta de dois blocos de
arquibancadas cobertas.

Figura 31. Picadeiro descoberto área de apoio

3.3. SETOR VETERINÁRIO


O setor veterinário contém: ampla varanda, 3 baias, 3 baias para confinamento para
cavalos doentes, área com 2 bretes, escritório veterinário, farmácia, apoio, refeitório e
vestiários. Este setor tem como função dar suporte para os animais que estão adoecidos ou
vão parir. Este setor está localizado próximo ao bloco baias buscando facilitar o manejo dos
animais que necessitam de tratamento.
Figura 32. Setor veterinário

3.3.1. SETOR DAS BAIAS


O setor das baias está ordenado em uma volumetria que valoriza a ventilação natural
predominante do município, a ventilação nordeste, ao receber essa ventilação a volumetria
das baias que possui uma área verde central encaminham essa ventilação para todo o setor.
Nesta área verde central estão dispostos os amarradores para os cavalos.

Figura 33. Baias.

O setor das baias compreende a: 16 baias sendo 4 destas mais reservadas pois podem
atender a cavalos machos inteiros, depósito de feno, depósito de ração, depósito de serragem,
2 depósitos de selas, tosqueamento e ferragem, 2 duchas, almoxerifado, 16 amarradores, 8
baias para pôneis, ducha para pôneis, depósito de selas para pôneis, 8 amarradores para
pôneis e vestiários para funcionários. A arquitetura das baias foi pensada para que
aproveitasse ao máximo a ventilação e iluminação natural. As baias foram construídas de
alvenaria com paredes de 1,50m de altura e o restante das paredes foram utilizados
muxarabes de aço para que haja ampla visão para os animais tanto interna como externa das
baias. As portas das baias foram utilizadas portas de correr, estas são uma solução para que
haja mais
segurança para os funcionários. As baias possuem um cocho para água, onde é utilizado uma
boia para reposição de água automática e outro cocho para ração.
Os pisos das mesmas foram utilizados um método de filtro para diminuir o mau cheiro
da urina dos animais. Esse filtro é basicamente constituído de carvão, brita e areia. Sendo
assim o piso das baias são feitos de areia onde proporciona conforto e não agride os cascos
dos mesmos. No telhado foi empregado tesouras de madeira e possuem 2 águas, a cobertura
compõem-se de telha cerâmica e para valorizar os ventos predominantes foi disposto sheds.
As áreas de apoio ao setor das baias incluem o redondel que possui piso de areia e
cercas de madeiras, 6 piquetes que servem de pastagem para os animais e área de carga e
descarga com desembarcador para animais e estacionamento para caminhões ou veículos
longos.

Figura 34. Redondel

3.3.2. PICADEIRA
A picadeira ilustrada é destinada a fragmentar o capim que serve de alimento para os
animais, também dispõe de um depósito que auxilia a picadeira e a jardinagem.
Figura 35. Picadeira

3.3.3. BAIAS INDIVIDUAIS


As baias individuais, atendem a cavalos machos inteiros e para auxílio das mesmas
possuem cada uma um piquete reservado para este animal. Sua arquitetura baseia-se na
arquitetura das outras baias. As paredes são de alvenaria com 1,50m de altura, fechamento
com muxarabi de aço, telhado de madeira e cobertura de telha colonial.

Figura 36. Baias Individuais.

3.3.4. DEPÓSITO DE LIXO GERAL


O depósito de lixo geral, representado na abaixo serve para a armazenagem de todo
lixo do centro hípico, facilitando assim a coleta seletiva realizada pelo caminhão de lixo.
Figura 39. Depósito lixo em geral.

3.3.5. CASA TRATADOR


As casas dos caseiros são destinadas a funcionários do centro hípico e suas famílias,
apresentam: varanda, garagem, sala de estar e jantar, cozinha, 2 quartos banheiro e área de
serviço. A figura 40 ilustra a casa do tratador:

Figura 40. Casa do Tratador.

Foram apresentados todos os setores com suas determinadas edificações através da


modelagem em três dimensões ilustrando a arquitetura proposta para o centro hípico. Cada
edificação possui características especificas e foi dimensionada para atender as demandas
propostas.
3.4. ESTRATÉGIA PARA GERAR RECEITA

Através de consultas junto da Receita Federal, podemos obter consultas por meio do
SEBRAE na qual nos atualiza sobre as obrigações tributárias de microempresa. Apresentando
da seguinte forma:

Até 60.000.........................................3%
De 60.000 a 90.000...........................4%
De 90.000 a 120.000.........................5%

O percentual sendo aplicado em cada mês será o correspondente à receita bruta


acumulada até o próprio mês. Podendo a empresa ultrapassar no decorrer do ano calendário o
limite de R$120.000, em relação aos valores excedentes, dentro do ano, aos percentuais
aplicáveis às empresas (Pequeno porte) cujos percentuais são mais elevados.
INSS da empresa sendo recolhido pelo Simples com seguintes valores:

Até R$ 560,81.................................7,65%
De R$ 560,82 até R$ 720,00..........8,65%
De R$ 720,01 até R$ 934,67..........9,00%
De R$ 934,68 até R$ 1.869,34.......11,00%

FGTS – Alíquota de 8,5% sobre a remuneração mensal paga ou devida ao empregado no mês
anterior (inclusive 13º salário);
Contribuição Sindical – Descontada dos empregados, anualmente, um dia de salário. A
Contribuição Sindical Patronal respeita tabela progressiva de alíquota constante no respectivo
sindicato;
Aviso Prévio – Valor correspondente a um mês de salário;
Férias Vencidas – Salário do mês em que o empregado gozar as férias, a ser pago adiantado,
acrescido de 1/3;
Férias Proporcionais – 1/12 sobre o salário do empregado, para cada mês ou fração superior a
15 de trabalhados, contados a partir do dia de admissão até completar-se um ano, e assim
sucessivamente;
13º Salário- Correspondente a um mês de salário, a ser pago 50% até o dia 20 de novembro de
cada ano e 50% até o dia 20 de dezembro do mesmo ano;
13º Salário Proporcional – 1/12 sobre o salário do empregado, para cada mês ou fração superior
a 15 dias trabalhados, contados a partir de 1º de janeiro do ano correspondente até 31 de
dezembro do mesmo ano;
Sendo assim seguindo uma estratégia principalmente nas Obrigações Tributárias
Estaduais são: ICMS, no enquadramento da receita bruta anual sendo igual ou inferior a R$
142.000,00. Obedecendo a seguinte faixa:

Até R$ 60.000,00.........................................Valor mensal de R$25,00


Faturamento de R$ 60.000,00 até 95.000,00........Uma alíquota mensal de 0,5%
Faturamento de R$ 93.600,00 até 142.000,00......Alíquota mensal de 1,0%

Obrigações Tributárias Municipais:


 Alvará de Funcionamento;
 ISS (Imposto Sobre Serviços);
 Vistoria do Corpo de Bombeiro;
 Vistoria da Saúde Pública.

3.4.1. CANAIS DE ATENDIMENTOS


Redes Sociais: Websites, Instagram, Facebook WhatsApp Business Solutions ou Omnichannel.

3.4.2. SOLUÇÃO SUAS PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES ENTREGUES

A solução é pode ser vista como um produto e/ou serviço capaz de resolver um ou mais


problemas dentro do ambiente empresarial. Na prática, as soluções empresariais por sistemas de
informações gerenciais, máquinas de cartões (crédito e débito) e ferramentas específicas para
os processos internos.

Dentre as principais funcionalidades entregues pelas soluções, podemos destacar:

 monitoramento dos processos internos (ferramentas de processos internos);

 gerenciamento dos clientes (sistemas de informações);


gerenciamento das entradas, saídas, contas a pagar e contas a receber.

3.4.3. COMO O VALOR É PERCEBIDO PELO MERCADO

É a sua conversão em vendas e menor é a necessidade de investir em  ações


promocionais para impulsionar os resultados — o que favorece a lucratividade do
negócio.
Na prática segue da seguinte forma:

1. Estudar a fundo os seus clientes


Um dos passos mais importantes para aumentar o valor percebido pelo seu
cliente, sem dúvidas, é entender o que ele realmente valoriza. Para isso, é
fundamental traçar uma persona, que é o perfil semifictício que representa o cliente ideal
do seu negócio, detalhando as suas características demográficas, assim como as suas
necessidades, hábitos, desejos e expectativas.
A partir desse estudo aprofundado sobre quem é o nosso consumidor, podendo
entender quais critérios (objetivos e subjetivos) ele considera em seu processo de
decisão de compra e o que ele valoriza ou não em um produto.
2. Focar nos benefícios oferecidos
Uma estratégia simples para melhorar a percepção de valor do cliente é destacar
os benefícios dos produtos, em detrimento das suas características técnicas, nas
comunicações e anúncios da marca. Afinal, o que gera valor para o cliente não são as
especificações da solução, mas como ela pode ajudá-lo na prática e quais vantagens ela
oferece para as suas necessidades. Dessa forma, são esses aspectos que devem ser
utilizados na estratégia de marketing do negócio. Os pontos técnicos, como dimensões,
materiais e capacidades, podem ser disponibilizados na descrição do produto no site,
caso o consumidor queira conferi-las.
3. Investir na experiência do cliente
Não são apenas os benefícios do produto em si que influenciam na percepção do
consumidor. Toda a experiência proporcionada pela empresa impacta no valor percebido
pelo cliente. Sendo assim, é fundamental encantar o cliente com uma experiência
impecável em todos os seus pontos de contato com a marca, desde a divulgação dos
produtos até o processo de compra e o pós-venda/contrato. Uma estratégia eficaz é
praticar o overdelivery, ou seja, entregar para o cliente mais do que ele esperava . Esse
tipo de ação ajuda a diferenciar o seu negócio em relação à concorrência, além de
contribuir para a fidelização dos clientes.

4. Prestar um atendimento personalizado


Em linha com a estratégia anterior, outra dica para aumentar o valor percebido é
oferecer um atendimento personalizado e de alta qualidade para cada cliente. Ao tratar
cada consumidor como único, você mostra que a empresa realmente se importa com ele
e deseja sanar as suas dores específicas.
Portanto, coloque-se no lugar do cliente na hora do atendimento, buscando
entender as suas preferências e necessidades e, assim, oferecer a solução mais
adequada para a sua necessidade. O mesmo vale para suas ofertas e comunicações. Com
uma ferramenta de CRM, é possível realizar campanhas segmentadas para diferentes
perfis de clientes e oferecer os melhores produtos e promoções para cada público.

5. Mostrar autoridade da nossa marca


Provar que a sua empresa é uma referência no seu nicho de atuação é uma
excelente forma de transmitir credibilidade para o consumidor e, assim, melhorar a
percepção de valor da sua marca e dos seus produtos.
Para isso, é preciso trabalhar a autoridade do negócio, por meio de ações como:
 construir uma presença online, investindo em redes sociais e SEO;
 divulgar prêmios e reconhecimentos recebidos pela empresa;
 produzir conteúdos relevantes sobre a sua área de atuação;
 compartilhar cases de sucesso e depoimentos de clientes satisfeitos.

6. Oferecer recompensas para o cliente


Os programas de incentivo são uma estratégia de fidelização dos clientes que
também agrega valor para novos consumidores, influenciando na sua decisão de
compra/contratação. A proposta é oferecer recompensas aos clientes, como descontos,
brindes e até mesmo produtos, de acordo com a sua frequência de compras. Em geral, o
funcionamento é por meio de um sistema de pontuação ou de níveis de lealdade. A
possibilidade de receber esses benefícios faz os compradores verem mais valor nas
compras realizadas no empreendimento e tornarem-se clientes fiéis.

7. Solicitar o feedback dos clientes


A melhoria do valor percebido pelo cliente deve ser um processo contínuo!
Portanto, realize pesquisas de satisfação frequentemente para entender como os
consumidores enxergam a marca e os seus produtos. Assim, poderá identificar os pontos
de melhoria em diferentes aspectos da operação, como os produtos e serviços em si, o
processo de compra, o atendimento e o pós-venda. Esses insights são muito valiosos
para proporcionar uma melhor experiência para os clientes e, assim, otimizar cada vez
mais a sua percepção sobre a empresa.

3.4.4. OS DIFERENCIAIS COMPETITIVOS DA SUA SOLUÇÃO FRENTE À


CONCORRÊNCIA

A análise da concorrência foi efetuada tendo como base a oferta que existe no mercado
em termos de pacotes equestres. A concorrência neste mercado tem vindo a aumentar, no
entanto ainda existem poucas quintas que reúnam todas as condições necessárias para a prática
destes pacotes, isto porque para além de ser necessário alojamento é necessário um centro
equestre ou hípico, isto tudo no mesmo espaço. Para além disso as agências de turismo equestre
antes de iniciarem um novo contrato visitam o espaço e experienciam como se fossem clientes
para saberem o que estão a oferecer aos seus clientes.

3.4.5. META DE CRESCIMENTO PARA O NEGÓCIO NOS PRÓXIMOS 6


MESES

Demonstrações financeiras pessoais das partes principais (por exemplo, ativos reais do
negócio (terra e construção)).

• Um balanço que mostre os ativos e passivos projetados para o negócio;


• Demonstrações de resultados (e perdas) projetadas para os primeiros 3 anos;
• Crédito Rural;
• Licenças e aprovações necessárias de agências governamentais do estado e do
município, mostrando que você pode de fato usar a propriedade que você planeja
comprar da maneira que você planeja usá-la. O zoneamento pode ser um empecilho
quando se trata de instalações para equinos, por isso não deixar de ter um advogado a
bordo para evitar problemas com seus planos de negócios entre os próximos 6 meses.

3.4.6. PRINCIPAIS DESAFIOS PARA ATINGIR ESSE RESULTADO

Desenvolvimento sustentável de negócio 


Os gestores precisam compreender mecanismos para conseguir desenvolver a instituição
e respeitar o meio ambiente, atendendo também a demanda dos consumidores por marcas
sustentáveis.
Retenção de talentos 
Contratar profissionais especializados consiste em uma tarefa difícil. Devido ao avanço
e às inovações das ferramentas tecnológicas é mais difícil reter talentos da Geração Z, uma vez
que eles são mais jovens e buscam trabalhar de modo mais independente que as gerações
anteriores. Outro ponto que contribui para a dificuldade na retenção de talentos são os
problemas com a saúde mental, que foram potencializados nos últimos anos.
O estresse, por exemplo, ocasionado pela quantidade de tarefas, contribui para a falta de
bons profissionais no ambiente de trabalho. Para evitar esse tipo de situação, as organizações
precisam estar preocupadas em atrair e nutrir bons talentos. 
Mobilidade corporativa e crescimento de negócios 
Devido às diversas mudanças advindas da pandemia, é preciso deixar o negócio mais
flexível. O crescimento e a expansão das empresas precisam de uma elevada mobilidade
corporativa e instituições muito engessadas podem apresentar dificuldades de adaptação a esse
cenário.

Desafios pessoais 
Diversos gestores apresentam alguns desafios pessoais que devem ser colocados em
pauta. Isso porque esses obstáculos podem afetar consideravelmente o desempenho do
empreendimento. É preciso entender que o administrador que não conseguir gerir bem o seu
tempo pode acabar causando contratempos na empresa, já que terá poucas horas para resolver
questões importantes e decisivas.
Invista em comunicação 
Investir tanto em uma comunicação interna quanto externa bem alinhadas e assertivas é
fundamental e faz toda diferença. Nesse contexto, é importante ressaltar que as organizações
precisam saber se comunicar com a finalidade de causar uma boa impressão na área de atuação.

Tenha líderes capacitados 


Os gestores devem estar preparados para se adequarem às novas necessidades do
mercado e precisam saber motivar os funcionários em tempos difíceis. Assim, é preciso ter
metodologias eficientes no negócio, uma vez que elas ajudam no processo de crescimento e
adaptação em momentos de crises. 
Para ter gestores preparados e capacitados, é necessário oferecer treinamentos ou
mentorias que contribuam para o aprendizado. Para isso, a instituição pode buscar por
profissionais especializados no assunto, fomentando uma gestão de pessoas eficiente.

Busque por inovação 


As organizações que querem se destacar devem estar em constante inovação, isto é,
devem pensar em formas de oferecer aos clientes produtos e serviços de qualidade e
disruptivos. 
Porém, a inovação precisa estar de acordo com a cultura do negócio e quando se torna
parte essencial de uma empresa é possível enfrentar diversos problemas com tranquilidade.

Investir em ferramentas tecnológicas


Muitas empresas precisaram se reinventar durante a pandemia. Uma das mudanças mais
comuns foi a inserção de ferramentas tecnológicas em seus processos. Dessa forma, para
conseguir enfrentar os desafios mencionados anteriormente, é fundamental adequar suas
atividades. 
Por exemplo, muitos negócios precisaram ir para as redes sociais para conseguirem
vender seus produtos, sendo que não bastava mais apenas ter um website. Passou a ser
primordial utilizar da criatividade para potencializar as vendas. 
Para conseguir vencer os desafios, é necessário saber utilizar as ferramentas tecnológicas ao seu
favor.

Tenha um planejamento estratégico 


Com um bom planejamento, os gestores conseguem traçar estratégias mais eficientes para
enfrentar os desafios no mundo corporativo. Assim, é possível analisar suas ações e se
adequarem para que consigam tomar decisões mais assertivas. Infelizmente, muitas das
empresas que fecharam não criaram um planejamento estratégico. Se existe essa falha na
gestão, é preciso encontrar formas de solucionar o problema para que a companhia consiga se
desenvolver de forma saudável.
Portanto, é essencial ficar atento aos desafios para conseguir se sobressair e obter bons
resultados. A inovação não pode ser deixada de lado, uma vez que as empresas sempre buscam
oferecer algo diferente das demais para conseguir se destacar da concorrência.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A organização de um projeto gira em torno da necessidade específica em relação à sua


função. Um estábulo é um espaço concebido cuidadosamente desde a escolha dos materiais
até as sensações que ele provocará no animal, um espaço projetado que compartilha
experiências e ocupa-se de layouts convenientes nos cenários que alojam os cavalos.
O aspecto com maior relevância no momento da escolha do terreno foi a
tranquilidade, que é fundamental para a eficiência do tratamento com equoterapia. Foi
buscado também um local com fácil acesso e dimensão razoável para a implantação devido à
dimensão do projeto.
O meu projeto arquitetônico foi confeccionado referente a uma Haras Centro Hípico
voltado ao tratamento de pessoas portadoras de necessidades especiais através da equoterapia,
lembrando este que é apenas levado à disciplina Projeto Integrador com uma finalidade de
adequação ao meio ambiente e principalmente auxiliando na saúde do animal e pessoas
portadoras de necessidades especiais.
A aposta nos novos meios de comunicação que permitem uma aproximação mais
rápida ao público-alvo, tais como redes sociais e internet, são um dos principais meios de
promoção do destino. É de referir que em empresas de pequena dimensão como é o caso da
empresa em estudo, os recursos humanos são fundamentais para garantir o sucesso da
empresa. É através de ações direcionadas para eles que o nível motivacional vai aumentar e
isso acaba por se refletir no serviço prestado.

5. REFERÊNCIAS
Arquitetura Equestre. Layout de cocheira - Quais são os tipos e uso adequado. Disponível
em: <arquiteturaequestre.com.br/layout-de-cocheira->

ALVES, Eveli Maluf Rodrigues. Prática em Equoterapia: Uma Abordagem Fisioterápica.


São Paulo: Atheneu, 2009.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE EQUOTERAPIA. O que é Equoterapia. Disponível em:


http://equoterapia.org.br/articles/index/article_detail/142/2022. Acesso em: 12 de Abril de
2017. Horário: 22:50.

BEZERRA, Marcus Lopes. Equoterapia: Tratamento terapêutico na reabilitação de pessoas


com necessidades especiais. 2011. 33 f. Título de Especialista em Educação Física para
Grupos Especiais na Faculdade do Nordeste. Fortaleza. 2011.

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO EM EQUIDEOCULTURA. LEME, D. P;


SILVA, E. L; VIEIRA, M. C; BUSS, L. P1ª Ed. 2017.

EQUINECARE. Disponível em: <https:www.equinacare.com.br>

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