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GOIÁS GO
NOVEMBRO,2022
LETÍCIA MENDES BANDEIRA
MEDICINA VETERINÁRIA
EMPREENDEDORISMO
CENTRO HÍPICO E SUAS ESTRUTURAS NO MEIO AMBIENTE
GOIÁS GO
NOVEMBRO,2022
SUMÁRIO
Introduçã o........................................................................................................................................................................... 4
1. Centro Hípico............................................................................................................................................................. 5
1.1. Hipismo............................................................................................................................................................... 5
1.1.1. Confederaçã o Brasileira de Hipismo........................................................................................................ 6
1.2. Conceitos bá sicos ao montar no Centro Hípico...................................................................................7
2. METODOLOGIA................................................................................................................................................. 12
2.1. Gestã o de estercos e cocheiras................................................................................................................ 14
2.1.1 Prevenir poluiçã o de á gua pelo estrume.......................................................................................... 14
2.1.1.1. Pilha de escoamento............................................................................................................................ 14
2.1.1.2. Pisos de Cocheiras............................................................................................................................... 14
2.1.1.3Paddocks para dias chuvosos............................................................................................................ 15
2.2. Manuseio de estrume.................................................................................................................................. 16
2.2.1 Movimento eficiente................................................................................................................................. 16
2.2.2.Eliminaçã o de estrume........................................................................................................................... 17
2.3. Planejamento e Layout de Pastagens................................................................................................... 17
2.3.1. Itens a serem considerados no Plano de Pastagens dos cavalos...........................................18
2.3.2. Pastagens e Layout dos piquetes para os cavalos........................................................................18
2.3.3. Diretrizes para ajudar no Layout do posto do seu cavalo........................................................19
2.3.4. Instalaçõ es para cavalos-cocheiras................................................................................................... 19
2.3.5. Pisos de Cocheira...................................................................................................................................... 20
2.3.6. Cochas para cocheiras............................................................................................................................. 20
2.3.7. Ventilaçã o em cocheiras........................................................................................................................ 20
2.3.8. Telhado em cocheiras............................................................................................................................. 20
2.3.9. Fileira ú nica de baias/Corredor aberto........................................................................................... 21
2.4 Layout tipo ilha com baias de costas..................................................................................................... 22
2.4.1. Layout tipo ilha com corredor central.............................................................................................. 23
3. Proposta do Haras........................................................................................................................................... 25
3.1. Acessos e Percursos.................................................................................................................................... 26
3.2. Setor Administrativo................................................................................................................................... 27
3.2.1 Setor Equoterapia...................................................................................................................................... 28
3.2.2. Picadeiros.................................................................................................................................................... 30
3.2.3. Picadeiro Descoberto.............................................................................................................................. 31
3.3. Setor Veteriná rio.......................................................................................................................................... 31
3.3.1. Setor de Baias............................................................................................................................................. 32
3.3.2. Picadeira....................................................................................................................................................... 33
3.3.3. Baias Individuais....................................................................................................................................... 34
3.3.4. Depó sito de lixo em geral...................................................................................................................... 35
3.3.5. Casa do Tratador....................................................................................................................................... 35
3.4 Estratégia para gerar receita..................................................................................................................37
3.4.1. Canais de atendimentos.............................................................................................................38
3.4.2. Soluçã o suas principais funcionalidades entregues......................................................38
3.4.3. Como o valor é percebido pelo mercado............................................................................38
3.4.4. Os diferenciais competitivos da sua soluçã o frente à concorrência.......................40
3.4.5. Meta de crescimento para o negó cio nos pró ximos 6 meses.....................................40
3.4.6. Principais desafios para atingir esse resultado...............................................................40
4. Consideraçõ es Finais..................................................................................................................................... 43
5. Referências....................................................................................................................................................... 44
INTRODUÇÃO
Para projetar uma instalação para cavalos, é necessário um entendimento
especializado, como aprender muito sobre as funções vitais e o conforto deles, além de
conhecer como são utilizados pelos humanos tanto para o trabalho quanto para o lazer. O
cavalo tem uma afinidade incrível com o ser humano, desde há tempos se encontraram para
a realização de diversas tarefas, que envolve a agricultura, o transporte, a guerra e até
mesmo o esporte, e, desde então, o homem e o cavalo tem se tornado companheiros.
Considerando a boa qualidade de vida um conjunto de princípios essenciais para o bem
estar animal, conhecidos como “Cinco Liberdades” e os indicadores físicos e mentais. A falta
de uma ou mais das cinco liberdades gera alterações fisiológicos, físicos e comportamentais,
desencadeando vícios e é recorrentemente observado em animais estabulados (GRANDIN E
JOHNSON, 2010). Sobre as cinco liberdades Souza (2006) descreve que o estado ideal de
bem-
estar para os animais, são: livre de fome e sede, livre de desconforto, livre de dor, livre para
expressar comportamento normal, livre de medo e angústia. O estado emocional do animal
influencia no comportamento e para que este apresente um comportamento normal da espécie
é necessário satisfazer suas emoções e necessidades básicas. Um bom ambiente para criação
animal deve se evitar as emoções negativas, ativando emoções positivas, inibindo a
possibilidade de aparecimento de estereotipias comportamentais (BROOM e FRASER,
2010). Conforme Rose (20004) houve a necessidade de estabular os cavalos, no intuito de
obter melhorias no controle de pastagens, reduzir lesões de cascos, doenças dermatológicas,
respiratórias, controle de qualidade de alimento e água e de seu consumo, garantir segurança
ao animal e proteção de predadores.
As estereotipias é uma alteração comportamental invariável, repetitivas, sem função e
obsessiva que certos animais adquirem. Tais comportamentos podem ocorrer devido ao
estresse, por falhas de manejo, confinamento prolongado, restrição alimentar, restrição de
contato social e restrição de espaço. Causando redução do bem-estar do equino (STEINER et
al., 2013). Embora se possa atribuir a motivação para estes comportamentos serem expressos
aos estados emocionais gerais (como o tédio, solidão ou a frustração), atualmente foi
evidenciado que existem fatores específicos responsáveis por causarem atividades
estereotipadas nos cavalos. Estes comportamentos estereotipados são aprendidos ou
adquiridos e estão geralmente associados aos cavalos estabulados por muitas horas em baias
ou piquetes pequenos, ausência de atividades ou distração, retirando-o de seu grupo, faz com
que esses animais fiquem mais ansiosos, predispondo a comportamentos de ansiedade e
solidão (BRANDÃO et al., 2010).
Uma vez adquirido, este comportamento pode ser observado mesmo em animais
soltos em áreas maiores. O convívio no dia a dia de um animal sadio com um animal com
alterações comportamentais existe a possibilidade do desenvolvimento do comportamento no
mesmo grau de apresentação ou semelhante. Cavalos criados em baias que são submetidos ao
menor contato visual ao meio exterior tendem apresentar comportamentos anormais mais do
que cavalos mantidos em baias, que permitem um amplo contato visual com outros animais e
seres humanos.
São diversos os sinais de alterações comportamentais nos equinos (BRANDAO et al.,
2010). Segundo Waran, (2002) as estereotipias podem ser divididas em dois tipos,
estereotipias orais tendem a serem associadas com o manejo da alimentação, lambedura de
lábios, falsa mastigação, lignofagia, protrusão lingual, automutilação, geofagia, coprofagia,
aerofagia de apoio, aerofagia sem apoio e estereotipias locomotoras, hábitos de
agressividade, ato de cavar o chão, sapateamento, dança do urso, são quase sempre
relacionadas à falta de contato social, ansiedade de separação, frustração, associados com a
estabulação. O distúrbio comportamental pode causar cólicas, desgastes de dentes, fraturas de
membros, compactações, emagrecimento, diminuição do desempenho e em casos mais graves
levar a morte (CINTRA, 2014).
O objetivo do presente trabalho é apresentar padrões, critérios e medidas para a
concepção de um centro hípico. Este em que demonstra um efeito terapêutico na equitação,
tanto psicológico como físico, do corpo humano quando em contato com o cavalo, o qual
auxilia no equilíbrio, movimentos e controle de cada indivíduo. Contempla diagnósticos
direcionados ao esporte, como regras, funcionamento da modalidade, a importância do
animal para a prática hípica e para a humanidade. Métodos de pesquisa bibliográfica na área
da educação física e psicologia ajudam na comprovação dos efeitos terapêuticos.
1. CENTRO HÍPICO
O Centro Hípico é o local da prática hípica, o qual deve ser adequado para utentes e
cavalos. Deve prever uma boa iluminação e ventilação dos espaços internos
(preferencialmente de forma natural), a locação de zonas sociais úteis (ex.: vestiário) e que
promovam o lazer/interação dos usuários e as instalações adequadas para a prática do esporte
e para os animais (REZENDE e FRAZÃO, 2012).
1.1. O HIPISMO
A equitação tem origem na Ásia Central há seis mil anos, fruto da interação entre
homem e cavalo. Essa aproximação de espécies foi importantíssima para o desenvolvimento
da sociedade, a qual permitiu maior e mais rápida evolução das civilizações (ROESSLER e
RINK, 2006). As competições com uso de cavalos foram o mais importante para o início das
atividades hípicas, as quais são iniciadas a.C. e findadas em 393 d.C. por medidas político-
religiosas, onde são permitidas apenas para militares. Os animais começam a ser usados em
campos de batalha, e com isso vem a criação da sela e do estribo, instrumentos que trazem
maior firmeza ao cavaleiro (RODRIGUEZ, 2009).
A guerra tornou necessária a produção de linhagens equinas, com mais força,
resistência e agilidade, sendo a raça europeia uma em destaque. Após a criação dos
equipamentos adequados, surgiu, na Idade Média, a necessidade de ensinar aos cavaleiros a
melhor e mais correta forma de montar, sendo esse o início das escolas de equitação
(RODRIGUEZ, 2009).
No Brasil, em 1863 foi fundada a primeira escola de equitação, por Luís Jacomé de
Abreu de Souza1 no Rio de Janeiro: Escola de Equitação de São Cristóvão. Nessa época, o
esporte era muito voltado para corridas, por isso o enfoque eram os jóqueis clubes (CBH,
2010). Em 1911 nasce a primeira sociedade hípica, localizada em São Paulo, Capital, e
nomeada Sociedade Hípica Paulista. Nesse período a modalidade de salto toma o mercado
hípico no Brasil. Somente em 1990 começamos a prestigiar as vitórias e destaques brasileiros
no esporte, sendo Rodrigo Pessoa, o cavaleiro com maior visibilidade no país (RODRIGUEZ,
2009).
ESCOLHA DA ÁREA
Fertilidade do solo
Qualidade da água
Índice pluviométrico
Topografia 40 hectares
10 éguas
10 potros em lactação
10 potros de 1 ano de idade
10 potros de 2 anos de idade
FORMAÇÃO DE PASTAGEM
Manejo das pastagens
Escolha da gramínea
Análise do solo
Preparo e plantio Cercas – bebedouros
Liso, farpado, tábua, alambrado, mangueira ou vinil.
Piquetes
Éguas solteiras
Éguas com potro ao pé creeper
Garanhões
Maternidade
Potros e potras até sobreano
Potros de mais de 1,5 anos
Potras de mais de 1,5 anos.
Cocho de ração
Bebedouro
Cocho de sal
Piso
Portas
“cama”
Boa ventilação, simples e funcional
Dimensão (4X4; 4X3; 3,5X3,5 metros)
Altura maior que 2,8 m.
Corredor central
Beiral maior que 2 m.
LAVADOR
Fácil acesso
Água em abundância
Tempo para secagem dos cavalos
CENTRAL DE REPRODUÇÃO
Laboratório
Tronco de contensão
Depósito de medicamentos
ESCRITÓRIO
Descrição da Abrangência do Sistema/ Área administrativa
O sistema proposto está sendo desenvolvido para atender às necessidades do Haras.
Escola de equitação:
Disposição da agenda;
Agendamento das aulas de equitação;
Registro das aulas ministradas;
Área de cobrança:
Cálculo do valor dos serviços prestados pelo Haras;
Emissão de boleto de pagamento;
Registro de recebimento de contas;
Cadastro do valor dos serviços;
Controle da reprodução do animal;
Cálculo de pagamento de salário dos funcionários;
Controle de estoque de medicamentos e vacinas;
Controle de estoque de ração e produtos de higiene do animal;
O sistema disponibilizará a visualização de todos estes dados.
APOIO
Garagem implementos
Oficina
Marcenaria
Almoxarifado
Depósito de “cama”
FUNCIONÁRIOS
Residências
Valorização individual
Divisão de tarefas
Segurança dos animais
(Inserir imagem)
2. METODOLOGIA
Figura 4. Pavilhão
Ao longo dos anos, muitos arquitetos não se atentam ao fato de que o fluxo de ar,
iluminação e posicionamento relativo à brisa que prevalece são fatores cruciais na definição
da saúde de um estábulo. Por exemplo, o tradicional pavilhão de cocheiras com corredor
central aberto nas laterais, geralmente projetado por arquitetos que não estão familiarizados
com cavalos, faz as doenças transmitidas pelo ar a fluir em linha reta ameaçando cada cavalo
na corrente de ar do animal infectado. O ideal é alterá- lo em função da aerodinâmica fazendo
com que o ar fique limpo.
Figura 6. Estábulos
Seus estábulos em regiões mais quentes são de concreto, já que o material se mantém com uma
temperatura agradável e longe de cupins. Além disso a maioria dos seus projetos contemplam
aberturas zenitais, que fazem a exaustão do ar quente através do efeito chaminé e “puxam” o calor do
chão. O calor subindo tem-se uma ventilação natural, mantendo os cavalos confortáveis. Cavalos
suportam melhor o frio que o calor.
Figura 7. Estábulo de Concreto
Qualquer armazenagem de estrume no local não deve contribuir para a poluição da água do
solo ou da superfície. Lixiviado é o líquido acastanhado que escorre a partir do conteúdo sólido e
drena para a parte inferior da pilha de resíduos; uma gestão adequada pode evitar a formação de
lixiviados. Uma área de armazenamento coberto por exemplo, terá muito menos lixiviado que uma
exposta a precipitação. Um obstáculo de concreto com paredes laterais é necessário para conter os
lixiviados de grandes pilhas, descoberto. A drenagem de lixiviados para um sistema de tratamento,
tais como uma área de infiltração gramada é necessária para evitar derramamento para zonas sensíveis
geológica ou socialmente.
O tipo de piso da baia pode determinar o potencial de poluição das águas subterrâneas
do estábulo. Concreto, asfalto e pisos de argila bem compactados são considerados
impermeáveis ao fluxo de água. No entanto, qualquer que seja o tipo de piso utilizado, é
sempre necessária alguma forragem para a cama, assim a urina e qualquer líquido do estrume
são absorvidos pela cama.
Para pisos como concreto e asfalto, drenos são recomendados para a remoção de
águas residuais, há que se atentar ao dimensionamento adequado da tubulação especialmente
em algumas baias são frequentemente regadas e desinfetadas, como baias de parto ou
hospitalares. Quando são utilizadas grandes quantidades de água, pisos impermeáveis e
drenos são necessários.
Os drenos na baia devem ter uma tampa removível além de ficarem no canto da baia
para evitar desconforto do animal quando se deita. O piso deve inclinar ligeiramente (3% é
suficiente) para o ralo. Uma alternativa é a inclinação do piso para a porta da frente, onde
uma calha estreita é posicionada ao longo da parede da frente, no piso do corredor, esta calha
deve ter uma inclinação ao longo do corretor em direção aos drenos.
Outros resíduos
A gestão de resíduos não se limita aos resíduos da baia do cavalo em uma instalação
que abriga cavalos. Resíduos médicos (por exemplo, seringas e agulhas), o lixo branco,
geralmente tem requisitos especiais de eliminação, assim como fertilizantes e pesticidas e
suas embalagens, por vezes, têm restrições para eliminação. Resíduos dos banheiros (esgoto)
requerem um sistema séptico ou conexão com o sistema de esgoto municipal. A água cinza,
como chuveiros e pias, ou águas pluviais, tem uma possibilidade interessante de
reaproveitamento para irrigação de áreas verdes e especialmente pistas de areia. Drenagem e
escoamento superficial de asfalto, telhados de edifícios, piquetes sem vegetação, e áreas de
exercício precisam ser gerenciados para que seu escoamento não invada cursos de água
naturais.
1 - Topografia e geografia das pastagens: Os pastos individuais não devem ter encostas
com inclinações abruptas; também é recomendável que nos casos de desníveis significativos
os piquetes não sejam orientados para cima e para baixo das encostas.
4- Locação dos acessos: Evite colocar as porteiras de acesso a pastagens em áreas baixas
por conta de acúmulo de água em tempos de chuva. A porteira deve ser grande o suficiente
para passarem dois cavalos sem se machucar, portões estreitos devem ser evitados pois
aumentam o risco de lesão. Preferencialmente devem ficar longe dos cantos, mais próximos
da circulação.
5- Água: Cochos dentro dos piquetes devem fornecer água sempre limpa e fresca para os
cavalos. Para otimizar a estrutura e mão de obra, coloque-os em áreas de acesso de mais de
um pasto (no encontro entre eles).
6- Segurança e bom senso: Conceber pastos seguros para os cavalos é primordial. Evite
fechamentos que os animais tenham dificuldade de enxergar como cercas de arame liso, ou
cercas de arame farpado que possam machucar os animais. Lembre- se, consultar um
profissional é sempre necessário, pois gerenciar pastagens é um processo que exige
conhecimento, diligencia e dinheiro.
Tipos de cocheiras
O sistema mais prático e econômico é o uso de galpões com corredores centrais, com
as baias situadas nos dois lados do corredor. Estas poderão ser totalmente fechadas,
semiabertas com proteções, ou simplesmente com meia parede. As portas poderão ser
corrediças ou com dobradiças.
Portas de cocheiras
Os pisos poderão ser de concreto ou terra batida, em função da cama que for utilizada.
Para camas de areia, devem-se utilizar filtros de carvão. Faz-se um buraco com 1 m de
profundidade, redondo ou quadrado, no centro da cocheira em 30% a 40% da sua área.
Coloca-se uma camada de 70 cm de carvão, seguido de 20 cm de brita 4 e completa-se o
restante com areia.
Acima do solo, coloca-se uma camada de 30 cm de areia. A urina excretada pelos
animais será drenada e absorvida pelo carvão vegetal. Em função da intensidade de uso, a
cada 12 a 18 meses o carvão deverá ser trocado. Apesar de utilizado mais frequentemente
para pisos com camas de areia, pode ser utilizado também em camas de serragem ou de
fenos, reduzindo o odor de urina na cocheira. É importante que o piso tenha caimento em
direção ao filtro.
A área mínima desejada para uma cocheira de um animal de raça média ou grande é
de 10 m2. Deve, preferencialmente, conter quatro cochos, sendo um cocho para ração, uma
para água, um para sal mineral e um para volumosos com uma manjedop8ura instalada acima
do cocho, fixada na parede.
Quanto ao telhado, existe uma série de opções de formas e materiais: telhas de zinco,
de material reciclável, de cerâmica, telhados de palha entre outros. Todas elas têm vantagens
e desvantagens, merecedoras de uma criteriosa avaliação. Quaisquer que sejam as opções
escolhidas, deve-se antes consultar um profissional
com ampla experiência em equinos, para se discutir a adequação do sistema, a praticidade de
manejo, aos riscos de acidentes e possibilidade de ocorrência de condições estressantes para o
animal.
Ao projetar um estábulo ou cocheira, você tem algumas opções de layout de planta
baixa. É importante trabalhar com a opção que vá atender de maneira mais eficiente as suas
necessidades. Uma cocheira bem projetada deve proteger os cavalos de climas extremos
(calor ou frio), levar em conta as tarefas diárias que o espaço demanda, oferecer segurança e
conforto para todos que circulam no pavilhão. Basicamente, temos quatro tipos de layout para
as cocheiras, eles são definidos pela localização do corredor e baia dos cavalos.
Forma de layout mais comum encontrada nas cocheiras. Sua planta baixa se mostra
eficiente no trato dos animais, também oferece proteção frente as condições extremas de
temperatura (altas, baixas e chuvas). Pode ser otimizada se tiverem portas de acesso externas,
que além de ajudarem na ventilação também servem para evacuar os cavalos em caso de
incêndio.
Com dois corredores laterais, esta configuração ajuda a separar a área de circulação
dos cavalos. Mantém os animais protegidos do clima externo, porém, oferece pouca
ventilação dentro das baias. Ocupa maior área coberta do que a de corredor central, portanto,
a não ser que seja imprescindível segregar a circulação ou que os corredores sejam bastante
utilizados, este design se mostra ineficiente.
Figura 15. Planta baixa de layout
Os animais que vivem em estábulos, geralmente são utilizados para montaria, pratica
de esportes e precisam de todo cuidado especial, além de alimentação e cuidado com o pelo e
os cascos, eles precisam de banho. As duchas para o banho dos cavalos também podem
possuir pisos de borracha, elas podem ser internas como externas, o ideal seria dentro dos
estábulos para facilitar o manuseio de produtos e objetos para o banho. As mangueiras de
água devem ser fixadas no alto para que os animais não pisem na hora do banho.
“Piscinas em raia são mais adequadas para hidroterapia porque fazem com que o
movimento do animal seja mais simétrico do que em piscinas circulares” diz Katia Ferraro
veterinária e especialista em fisioterapia, em reportagem no Equinecare. Logo, é importante
destacar que além de todas as peculiaridades que um estábulo pode ter a segurança,
eficiência, ambiente sempre seco e saudável, com ventilação e iluminação natural são
particularidades primordiais ao se pensar em projetos esse tipo de instalação, tanto quanto
estudar profundamente atributos sobre o emprego de materiais compatíveis para a interação
de valor estético nas
instalações.
3. PROPOSTA DO HARAS
A figura acima ilustra a implantação com a localização dos devidos setores onde os
marcadores com rosa são sociais, os demarcadores em vermelho são administrativos, os em
amarelo são de serviços gerais, em roxo são os setores destinados aos equinos e em azul é o
setor destinado a equoterapia. O paisagismo empregado no projeto baseia-se em árvores de
grande, médio e pequeno porte, flores, arbustos e possui pastagens que servem de alimento
para os animais.
O projeto possui duas guaritas, ambas possuem sanitário e refeitório para os funcionários
que trabalham em escala mantendo a segurança da entrada vinte e quatro horas por dia. A
guarita oeste está destinada somente a entrada de caminhões para carga e descarga, já a
guarita leste está disposta a entrada principal com acesso para funcionários, visitantes,
ciclistas e pacientes.
Figura 22. Percursos de automóveis e pessoas pelo Haras.
Este setor também possui uma praça onde tem parque para as crianças e quatro coretos
onde serve de espera para os pais dos pacientes da equoterapia.
Figura 26. Setor de equoterapia.
Os setores da equoterapia e administrativo estão interligados por uma área que serve
de convivência para os colaboradores e espera para os pacientes. Visualizando a imagem no
sentido da esquerda para a direita o edifício localizado a esquerda é destinado ao setor
administrativo e o da direita é o setor equoterapico.
3.2.2. PICADEIROS
O centro hípico dispõe de dois picadeiros destinados para as atividades equestres, sendo
um coberto e um descoberto.
Picadeiro Coberto
O picadeiro coberto possui o piso de areia e está destinado principalmente às atividades
da equoterapia, porém também atende às atividades de hipismo areia.
No local possui duas rampas que são utilizadas na equoterapia, estas rampas servem de
auxílio para os funcionários do setor equoterápico onde são utilizadas para colocar os
praticantes acima do cavalo. A cobertura deste picadeiro compreende-se a uma estrutura
metálica formando treliças que são sustentadas por pilares de concreto e sua cobertura
compreende-se de telhas térmicas. A cobertura possui lanternin para auxiliar na ventilação do
ambiente. Esta cobertura atende tanto o picadeiro como aos quatro blocos de arquibancadas
que atendem a este picadeiro e ao picadeiro descoberto.
Figura 30. Vista picadeiro coberto.
O setor das baias compreende a: 16 baias sendo 4 destas mais reservadas pois podem
atender a cavalos machos inteiros, depósito de feno, depósito de ração, depósito de serragem,
2 depósitos de selas, tosqueamento e ferragem, 2 duchas, almoxerifado, 16 amarradores, 8
baias para pôneis, ducha para pôneis, depósito de selas para pôneis, 8 amarradores para
pôneis e vestiários para funcionários. A arquitetura das baias foi pensada para que
aproveitasse ao máximo a ventilação e iluminação natural. As baias foram construídas de
alvenaria com paredes de 1,50m de altura e o restante das paredes foram utilizados
muxarabes de aço para que haja ampla visão para os animais tanto interna como externa das
baias. As portas das baias foram utilizadas portas de correr, estas são uma solução para que
haja mais
segurança para os funcionários. As baias possuem um cocho para água, onde é utilizado uma
boia para reposição de água automática e outro cocho para ração.
Os pisos das mesmas foram utilizados um método de filtro para diminuir o mau cheiro
da urina dos animais. Esse filtro é basicamente constituído de carvão, brita e areia. Sendo
assim o piso das baias são feitos de areia onde proporciona conforto e não agride os cascos
dos mesmos. No telhado foi empregado tesouras de madeira e possuem 2 águas, a cobertura
compõem-se de telha cerâmica e para valorizar os ventos predominantes foi disposto sheds.
As áreas de apoio ao setor das baias incluem o redondel que possui piso de areia e
cercas de madeiras, 6 piquetes que servem de pastagem para os animais e área de carga e
descarga com desembarcador para animais e estacionamento para caminhões ou veículos
longos.
3.3.2. PICADEIRA
A picadeira ilustrada é destinada a fragmentar o capim que serve de alimento para os
animais, também dispõe de um depósito que auxilia a picadeira e a jardinagem.
Figura 35. Picadeira
Através de consultas junto da Receita Federal, podemos obter consultas por meio do
SEBRAE na qual nos atualiza sobre as obrigações tributárias de microempresa. Apresentando
da seguinte forma:
Até 60.000.........................................3%
De 60.000 a 90.000...........................4%
De 90.000 a 120.000.........................5%
Até R$ 560,81.................................7,65%
De R$ 560,82 até R$ 720,00..........8,65%
De R$ 720,01 até R$ 934,67..........9,00%
De R$ 934,68 até R$ 1.869,34.......11,00%
FGTS – Alíquota de 8,5% sobre a remuneração mensal paga ou devida ao empregado no mês
anterior (inclusive 13º salário);
Contribuição Sindical – Descontada dos empregados, anualmente, um dia de salário. A
Contribuição Sindical Patronal respeita tabela progressiva de alíquota constante no respectivo
sindicato;
Aviso Prévio – Valor correspondente a um mês de salário;
Férias Vencidas – Salário do mês em que o empregado gozar as férias, a ser pago adiantado,
acrescido de 1/3;
Férias Proporcionais – 1/12 sobre o salário do empregado, para cada mês ou fração superior a
15 de trabalhados, contados a partir do dia de admissão até completar-se um ano, e assim
sucessivamente;
13º Salário- Correspondente a um mês de salário, a ser pago 50% até o dia 20 de novembro de
cada ano e 50% até o dia 20 de dezembro do mesmo ano;
13º Salário Proporcional – 1/12 sobre o salário do empregado, para cada mês ou fração superior
a 15 dias trabalhados, contados a partir de 1º de janeiro do ano correspondente até 31 de
dezembro do mesmo ano;
Sendo assim seguindo uma estratégia principalmente nas Obrigações Tributárias
Estaduais são: ICMS, no enquadramento da receita bruta anual sendo igual ou inferior a R$
142.000,00. Obedecendo a seguinte faixa:
A análise da concorrência foi efetuada tendo como base a oferta que existe no mercado
em termos de pacotes equestres. A concorrência neste mercado tem vindo a aumentar, no
entanto ainda existem poucas quintas que reúnam todas as condições necessárias para a prática
destes pacotes, isto porque para além de ser necessário alojamento é necessário um centro
equestre ou hípico, isto tudo no mesmo espaço. Para além disso as agências de turismo equestre
antes de iniciarem um novo contrato visitam o espaço e experienciam como se fossem clientes
para saberem o que estão a oferecer aos seus clientes.
Demonstrações financeiras pessoais das partes principais (por exemplo, ativos reais do
negócio (terra e construção)).
Desafios pessoais
Diversos gestores apresentam alguns desafios pessoais que devem ser colocados em
pauta. Isso porque esses obstáculos podem afetar consideravelmente o desempenho do
empreendimento. É preciso entender que o administrador que não conseguir gerir bem o seu
tempo pode acabar causando contratempos na empresa, já que terá poucas horas para resolver
questões importantes e decisivas.
Invista em comunicação
Investir tanto em uma comunicação interna quanto externa bem alinhadas e assertivas é
fundamental e faz toda diferença. Nesse contexto, é importante ressaltar que as organizações
precisam saber se comunicar com a finalidade de causar uma boa impressão na área de atuação.
5. REFERÊNCIAS
Arquitetura Equestre. Layout de cocheira - Quais são os tipos e uso adequado. Disponível
em: <arquiteturaequestre.com.br/layout-de-cocheira->