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EM81 - Teoria de Controle

Coordenação de Engenharia Mecânica (COEME)

2o. Semestre - 2014


Sumário

1 Modelagem matemática de sistemas de controle


Modelos matemáticos
Simplicidade versus precisão
Sistemas LIT

2 Função de Transferência
Função de Transferência de Malha Aberta e Malha Fechada
Diagrama de Blocos

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 2 / 21


Modelagem matemática de sistemas de controle

Modelagem matemática de sistemas de controle


O modelo matemático de um sistema dinâmico é definido como um conjunto de
equações que representa a dinâmica do sistema com precisão ou, pelo menos,
razoavelmente bem [?].

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 3 / 21


Modelagem matemática de sistemas de controle

Modelagem matemática de sistemas de controle


O modelo matemático de um sistema dinâmico é definido como um conjunto de
equações que representa a dinâmica do sistema com precisão ou, pelo menos,
razoavelmente bem [?].

A dinâmica de muitos sistemas mecânicos, elétricos, térmicos, econômicos, biológicos


ou outros pode ser descrita em termos de equações diferenciais.

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 3 / 21


Modelagem matemática de sistemas de controle

Modelagem matemática de sistemas de controle


O modelo matemático de um sistema dinâmico é definido como um conjunto de
equações que representa a dinâmica do sistema com precisão ou, pelo menos,
razoavelmente bem [?].

A dinâmica de muitos sistemas mecânicos, elétricos, térmicos, econômicos, biológicos


ou outros pode ser descrita em termos de equações diferenciais.

Sistemas mecânicos - Leis de Newton

Sistemas elétricos - Leis de Kirchhoff

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 3 / 21


Modelagem matemática de sistemas de controle Modelos matemáticos

Modelos matemáticos
Podem assumir diferentes formas.

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 4 / 21


Modelagem matemática de sistemas de controle Modelos matemáticos

Modelos matemáticos
Podem assumir diferentes formas.

Dependendo das circunstâncias, um modelo pode ser mais adequado que outro.

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 4 / 21


Modelagem matemática de sistemas de controle Modelos matemáticos

Modelos matemáticos
Podem assumir diferentes formas.

Dependendo das circunstâncias, um modelo pode ser mais adequado que outro.

Controle ótimo - modelagem por espaço de estados.

Análise da resposta transitória ou da resposta em frequência de um sistema linear,


invariante no tempo, de entradas e saı́das únicas - função de transferência.

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 4 / 21


Modelagem matemática de sistemas de controle Simplicidade versus precisão

Simplicidade versus precisão

Modelo simplificado - ignora certas propriedades fı́sicas inerentes ao sistema.

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 5 / 21


Modelagem matemática de sistemas de controle Simplicidade versus precisão

Simplicidade versus precisão

Modelo simplificado - ignora certas propriedades fı́sicas inerentes ao sistema.

Se o efeito das propriedades ignoradas sobre a resposta do sistema forem peque-


nos, então pode-se obter boa aproximação entre os resultados da análise de um
modelo matemático e os resultados do estudo experimental do sistema fı́sico.

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 5 / 21


Modelagem matemática de sistemas de controle Simplicidade versus precisão

Simplicidade versus precisão

Modelo simplificado - ignora certas propriedades fı́sicas inerentes ao sistema.

Se o efeito das propriedades ignoradas sobre a resposta do sistema forem peque-


nos, então pode-se obter boa aproximação entre os resultados da análise de um
modelo matemático e os resultados do estudo experimental do sistema fı́sico.

Em geral:
Modelo simplificado: Percepção geral da solução.

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 5 / 21


Modelagem matemática de sistemas de controle Simplicidade versus precisão

Simplicidade versus precisão

Modelo simplificado - ignora certas propriedades fı́sicas inerentes ao sistema.

Se o efeito das propriedades ignoradas sobre a resposta do sistema forem peque-


nos, então pode-se obter boa aproximação entre os resultados da análise de um
modelo matemático e os resultados do estudo experimental do sistema fı́sico.

Em geral:
Modelo simplificado: Percepção geral da solução.
Modelo mais completo: obtenção de análises mais precisas.

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 5 / 21


Modelagem matemática de sistemas de controle Simplicidade versus precisão

Simplicidade versus precisão

Modelo simplificado - ignora certas propriedades fı́sicas inerentes ao sistema.

Se o efeito das propriedades ignoradas sobre a resposta do sistema forem peque-


nos, então pode-se obter boa aproximação entre os resultados da análise de um
modelo matemático e os resultados do estudo experimental do sistema fı́sico.

Em geral:
Modelo simplificado: Percepção geral da solução.
Modelo mais completo: obtenção de análises mais precisas.

Sistema linear: princı́pio da superposição (saı́da é combinação linear das entra-


das), proporcionalidade entre causa e efeito.
Sistemas lineares e invariantes no tempo (LIT): coeficientes constantes (funções
da variável independente) =¿ foco da disciplina
Sistemas lineares variantes no tempo: coeficientes são funções do tempo.

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Modelagem matemática de sistemas de controle Sistemas LIT

Um sistema é linear se satisfizer a propriedade da superposição (homogeneidade


e aditividade).
Se

implica que

Um sistema é dito invariante no tempo se um deslocamento no sinal de entrada


resulta em um mesmo deslocamento no sinal de saı́da, ou seja:

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Modelagem matemática de sistemas de controle Sistemas LIT

deve ser equivalente a

Um sistema é LIT deve satisfazer as condições de linearidade em invariância no


tempo.
Uma sistema cuja dinâmica é regida por uma equação diferencial a coeficientes
constantes é linear e invariante no tempo.
Dado um sistema LIT com resposta impulsiva g(t) (resposta ao impulso unitário),
a saı́da y(t) deste sistema devido a uma entrada r(t) é dada pela integral de
convolução
Zt Zt
y(t) = r(τ )g(t − τ )dτ = g(τ )r(t − τ )dτ , (1)
0 0

onde g(t) e r(t) são ambos iguais a zero para t < 0.

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Função de Transferência

Função de Transferência
Função de Transferência

Funções de transferência são comumente utilizadas para caracterizar a relação


entre a entrada e a saı́da de um dado sistema linear e invariante no tempo (LIT)
com entrada simples e saı́da simples (SISO).
A função de transferência de um sistema é definida como a relação entre a trans-
formada de Laplace da saı́da e a transformada de Laplace da entrada, admitindo-
se todas as condições iniciais nulas. Considere o sistema LIT definido pela se-
guinte equação:
(n) (n−1) (m) (m−1)
a0 y +a1 y + · · · an−1 ẏ+an y = b0 r +b1 r + · · ·+bm−1 ṙ+bm r, (n ≥ m),
(2)
onde y é a saı́da do sistema e r a entrada.

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Função de Transferência

A função de transferência deste sistema é dada por:



L [saı́da]
G(s) =
L [entrada] condições iniciais nulas
Y (s) b0 sm + b1 sm−1 + · · · + bm−1 s + bm
= =
X(s) a0 sn + a1 sn−1 + · · · + an−1 s + an

Aplicando o teorema da convolução, pode-se verificar que:

Y (s)
Y (s) = G(s)X(s) ⇒ G(s) = (3)
X(s)

ou seja, a função de transferência de um sistema LIT é dada pela transformada


de Laplace da resposta impulsiva desse sistema. A resposta impulsiva g(t) ou,
alternativamente, a função de transferência G(s) de um sistema LIT caracterizam
completamente o sistema. Conhecendo-se g(t) ou G(s) de um sistema LIT, pode-
se obter a resposta do sistema para qualquer entrada x(t). Veremos mais adiante
que é possı́vel estimar experimentalmente a função de transferência de um sistema
desconhecido com o auxı́lio de entradas conhecidas e da análise das respostas
obtidas.

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Função de Transferência Função de Transferência de Malha Aberta e Malha Fechada

Função de Transferência de Malha Aberta e Malha Fechada

A relação entre o sinal de realimentação B(s) e o sinal de erro atuante E(s) é


chamada de função de transferência de malha aberta, ou seja,
B(s)
Função de transf. de malha aberta = = G(s)H(s) (4)
E(s)
A relação entre o sinal de saı́da Y (s) e o sinal de erro atuante é chamada de
função de transferência do ramo direto,
Y (s)
Função de transf. do ramo direto = = G(s) (5)
E(s)

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 10 / 21


Função de Transferência Função de Transferência de Malha Aberta e Malha Fechada

A expressão que relaciona a saı́da Y (s) e a entrada R(s) é obtida como:

Y (s) = G(s)E(s) (6)

E(s) = R(s) − B(s) = R(s) − Y (s)H(s) (7)


Substituindo (7) em (6), tem-se:

Y (s) = G(s) [R(s) − Y (s)H(s)] ⇒ Y (s) [1 + G(s)H(s)] = G(s)R(s) (8)

Portanto,
Y (s) G(s)
= , (9)
R(s) 1 + G(s)H(s)
é conhecida como função de transferência de malha fechada.

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Função de Transferência Diagrama de Blocos

Diagrama de Blocos

Os elementos de um diagrama de blocos são listados a seguir:


• Seta: utilizada para representar o sentido do fluxo de sinal.
• Bloco: sı́mbolo de operação matemática sobre o sinal de entrada do bloco
que produz a saı́da. Normalmente representado por uma função de
transferência.
• Ponto de soma: cı́rculo com o sı́mbolo “+” que indica uma operação de
soma. O sinal mais ou menos do lado externo determina se o sinal deve ser
adicionado ou subtraı́do.
• Ponto de junção: ponto a partir do qual o sinal proveniente de um bloco
vai para outros blocos ou pontos de soma.

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 12 / 21


Função de Transferência Diagrama de Blocos

Associação em Cascata (Série):

Associação em Paralelo:

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 13 / 21


Função de Transferência Diagrama de Blocos

Realimentação Negativa:

Realimentação Positiva:

Um diagrama de blocos complexo que envolve muitas malhas de realimentação


pode ser simplificado por meio de uma reorganização por etapas. A tabela se-
guinte resume algumas regras básicas

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 14 / 21


Função de Transferência Diagrama de Blocos

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 15 / 21


Função de Transferência Diagrama de Blocos

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 16 / 21


Função de Transferência Diagrama de Blocos

Exemplo
Considere o sistema da Figura (a). Simplifique o diagrama. [OGATA]

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 17 / 21


Função de Transferência Diagrama de Blocos

Exemplo
Considere o sistema da Figura (a). Simplifique o diagrama. [?]

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 18 / 21


Função de Transferência Diagrama de Blocos

Y (s) G1 G2 G3 + G1 G4
=
R(s) 1 + G1 G2 H1 + G1 G2 G3 + G1 G4

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 19 / 21


Função de Transferência Diagrama de Blocos

Exemplo
Para as seguintes funções:
10
G1 (s) = s2 +2s+10 = num1
den1 ; G2 (s) = 5
s+5 = num2
den2

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 20 / 21


Função de Transferência Diagrama de Blocos

Referências

KUO, B.; GOLNARAGHI, F. SISTEMAS DE CONTROLE


AUTOMATICO. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. 694 p.
OGATA, K. Engenharia de Controle Moderno. 5. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2010. 809 p.

(UTFPR-GP) Teoria de Controle 1 2014-2 21 / 21

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