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06/02/2023

Primeira Aula

Direito Constitucional II – Helen Solis

PLANO DE ENSINO
Objetivo: Compreender os direitos fundamentais e a organização do estado Brasileiro

Emenda:
I – Direitos fundamentais em espécie – Art. 5º ao Art. 17
II – Da organização do estado – Art. 18
III – Das funções essenciais à justiça
IV – Da defesa do estado democrático de Direito

Bibliografia
Lenza, Pedro “direito constitucional esquematizado” Ed. Saraiva.
Paulo, Vicente; Alexandrino, Marcelo “Direito Constitucional descomplicado” Ed. Método.
Mendes, Gilmar Ferreira, Branco, Paulo Gustavo Gonet “Curso de Direito constitucional” Ed. Saraiva
Silva, José Afonso da. “curso de Direito Constitucional Positivo”. Ed. Malheiros.

Avaliações
V1 (1ª prova) – 10 pts DATA 17/04 (SE TIRAR 5 TEM DIREITO DE FAZER A R1)
R1 (prova de recuperação da V1) – ON LINE 15/05
V2 (2ª prova) – 10 pts – 12/06
VS (prova de recuperação do semestre) – 27/06 – Alunos que não obtiveram média 06.
Trabalhos – 10 pts

Última emenda constitucional é a EC número 128/22

INICIO DA MATÉRIA
I – Dos Direitos Fundamentais em Espécie
1 – Direito à vida
1.1 – Noções gerais
 Direito de 1ª Geração;
 Direito individual;
 O direito à vida é um direito destinado a proteção do indivíduo;
 O estado protege o direito a vida quando ele não interfere no direito a vida;
 Pode ser definido como direito de existência, direito à vida/existência digna;
 O direito à vida é quando o estado garante uma vida digna para o cidadão, pois o estado não deve apenas
garantir o direito à vida, mas sim uma vida digna;
 Faz parte do direito à vida o direito a integridade física;
 Tem direito a vida todos os seres humanos, não pode ser dito “TODAS AS PESSOAS”, pois pessoas engloba
pessoa jurídica também, no entanto quem tem direito à vida são todas as pessoas naturais (brasileiros e
estrangeiros), quanto aos estrangeiros, o art. 5º da CF diz que eles têm que ser residentes no País.
Interpretado pela CF “residente” bastando apenas estar no território Brasileiro.

1.2 – Limitações
Todo direito fundamental pode ser limitado inclusive o direito à vida;

Limitações do direito à vida:


a. Pena de morte – não haverá pena de morte, exceto em caso de guerra declara (sempre uma guerra
externa); são condenados sempre crimes de alta traição; a pena de morte é sempre aplicada pelo
fuzilamento;
b. Aborto – em regra não se aplica, mas existem situações no ordenamento jurídico que o aborto é permitido,
em caso de risco de morte pra mãe, e em caso de estupro; aborto do feto anencefálo, está não está
previsto na CF, mas sim numa decisão do STF; admitido em 3 casos;
c. Eutanásia – é a chamada “morte piedosa”; não é admitida no Brasil; existe uma diferença entre “eutanásia”
e ortotanásia ou orteutanásia que é o prolongamento exagerado de um tratamento terapêutico porque
não há condições reais de sobrevivência da pessoa, neste caso admite-se no Brasil;
Eutanásia – a pessoa não morre da própria doença
Ortotanásia – a pessoa de uma forma ou de outra irá morrer, o que não justifica manter um certo

tratamento; FIM

27/02/2023 – 06/03/2023
Terceira/quarta Aula – PROCURAR ITENS DA AULA ANTERIOR

 Sigilo de comunicação telefônica – é quebrado por investigação ou ação penal através de ordem judicial; é
necessária uma lei infraconstitucional para regulamentar a quebra do sigilo telefônico (norma de eficácia
limitada);
 Sigilo de correspondência; é quebrado através de uma ordem judicial;
 Sigilo de comunicação telegráfica; é quebrado através de uma ordem judicial;
 Sigilo de comunicação de dados – (pode ser quebrado por CPI sem ordem judicial); é quebrado através de
uma ordem judicial;
obs: os demais acima não poderão ser quebrados por CPI;

2.5 – Direito a proteção dos dados pessoais;


LXXIX – é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios digitais;
NORMA DE EFICÁCIA LIMITADA (somente produzirá efeitos quando surgir uma lei para regulamenta tal
artigo);

3 – Direito à igualdade
3.1 – Noções gerais
 Igualdade formal – todos são iguais perante a lei sem diferença/distinção; a lei não poderá diferenciar as
pessoas;
 Igualdade material ou igualdade real – ela parte do principio de que as pessoas são diferentes; a lei poderá
tratar de forma diferente desde que o objetivo dessa diferença seja a busca da igualdade real;

3.2 – Limitações
 Segundo do STF o direito de igualdade pode ser limitado desde que as limitações sejam razoáveis;

4 – Direito de propriedade:
4.1 – Noções gerais
 Foi inserido a partir do iluminismo
 Nas revoluções burguesas
 Ideais liberais

Função social – a propriedade tem que a atender a função social;

XXII – é garantido o direito de propriedade;


 NORMA DE EFICÁCIA LIMITADA; precisa de uma lei infraconstitucional para regulamenta o que de fato é
direito de propriedade;
 Está regulamentado no código civil que diz que direito de propriedade é o direito de usar, gozar, dispor e
reaver um bem;
Obs: segundo o entendimento dos estudiosos, neste caso, no direito de propriedade, mesmo sendo uma lei
que regulamenta o que é propriedade, está lei para definir o que é direito de propriedade teria que, no
mínimo, garantir que tenha o direito de “usar” e “dispor” de um bem.

XXIII – a propriedade atenderá a sua função social;


o É a ideia de que a propriedade de um bem não deve atender somente os interesses do
proprietário, mas também os interesses da sociedade;
4.2 – Limitações que sofre a propriedade; intervenções públicas na propriedade
 Flagrante delito; Ordem judicial; prestar socorro; desastre;
o Intervenção restritivas – propriedade permanece com proprietário
o Intervenção supressivas – perda da propriedade

4.2.1 – Intervenção restritivas:


 Requisição administrativa;
XXV – no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular,
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
o Permitido em caso de iminente perigo público;
o Somente por autoridade competente;
o Não há requisição administrativa de propriedade pública, somente particular;
o Indenização ulterior somente se houver dano; se não houver dano não há que se falar em
indenização;
 Tombamento:
o É uma intervenção restritiva do direito de propriedade que visa a proteção ao patrimônio cultural,
impondo ao proprietário o dever de preservação;
o Somente haverá indenização se houver prejuízo;

4.2.2 – Intervenção supressiva:

4.2.2.1 – Confisco – (art. 243 – CF) – neste caso não há contraprestação


Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais
de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à
reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo
de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5o.
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial
com destinação específica, na forma da lei.

Gera confisco:
 Culturas psicotrópicas – “drogas”;
 Trabalho análogo a escravo;
 Não há que se falar em indenização

4.2.2.2 – Desapropriação
XXIV – a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta
Constituição;
 É a transferência compulsória (não importa se o dono vai ou não querer) da propriedade particular para a
propriedade pública ou para quem o estado determinar mediante indenização;
 A indenização é anterior;
 Não há que se falar em dano;
 Desapropriação por necessidade ou utilidade pública ou por interesse social – neste caso há
contraprestação;]
 A desapropriação pode ser por:
o Necessidade – Em uma situação de urgência no caso de necessidade; (não sancionatórias)
o Utilidade – Se for no caso de utilidade não tem urgência; (não sancionatórias)
o Interesse social – para atender um grupo menos favorecido; (sancionatórias)
A indenização tem que ser justa, prévia e em dinheiro; (indenização justa seria no valor do mercado);

Tipos de desapropriação:
1. Sancionatória – Descumprimento da função social. (necessidade e utilidade pública), ocorre quando o
proprietário não dá finalidade útil ao bem, ou seja, quando não há o cumprimento de sua função
social;
a. No meio rural (art. 184)
i. desapropriação para fins de reforma agrária nas propriedades improdutivas;
ii. somente a união realiza a desapropriação para fins de reforma agrária;
iii. a forma de retribuição é o pagamento em títulos da dívida pública agrária resgatáveis em
até 20 anos (são chamados de títulos podres);

b. Urbana (art. 182)


i. Através do plano diretor que atenderá os critérios de atendimento da função social dos
municípios;
1. Não edificados
2. Não parcelados
3. Não utilizados
ii. Formas de desapropriação:
1. IPTU
1ª etapa: elevação do IPTU em até 15% em até 5 anos (nesta 1ª etapa não haverá
desapropriação)
2ª etapa: indenização com títulos da dívida pública municipal, resgatáveis em 10
anos (nesta 2ª etapa haverá a desapropriação);

2. Não sancionatória (interesse social)


a. Atende/cumpre a função social.
b. Indenização tem que ser:
i. Justa – valor do mercado
ii. Prévia – a perda da posse
iii. Dinheiro
c. Fundamentos:
i. Necessidades pública – emergenciais
ii. Utilidade pública – melhoria no serviço público

5 – Direito de herança e direito sucessório:


XXX – é garantido o direito de herança;
XXXI – a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do
cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus;

 É garantido o direito de sucessão bem como a preferência ao cônjuge e aos filhos na aplicação do regime
sucessório;

Obs: recentemente o STF equiparou a união estável ao casamento;

6 – Defesa do consumidor:
 A Constituição Federal determina a defesa do consumidor, tendo em vista que a parte mais fraca da
relação;

7 – Petição e certidões:
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de
interesse pessoal;

 Petição:
o Direito de requerer informações do seu interesse;
 Certidões:
o Direito a gratuidade das certidões de informações do seu interesse;

Obs 1: Cartórios se inserem no regime privado;

Obs 2: Remédio ou Garantias: “habeas data” – serve para acesso ou correção de informações;
8 – Inafastabilidade da Jurisdição;
 A jurisdição é inafastável podendo o poder judiciário agir repressivamente (quando tiver dano) ou
preventivamente (quando houver ameaça);

9 – Retroatividade da lei;
 Coisa julgada – decisão judicial imutável;
 Ato jurídico perfeito – aquele ato que foi concluído sem nenhum vício; aquele que se consumou com
perfeição;
 Direito adquirido

PERDI A AULA DO DIA 13/03/2023

15.1 – Regras de tratamento dos presos:


 Direito ao silencio – A constituição garante o direito de permanecer calado, bem como à assistência da
família e de advogado;
 Direito a identificação – o preso tem direito a identificação dos responsáveis pela prisão e pelo
interrogatório;

16 – Regras de extradição:
Art. 5º
LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da
naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma
da lei;

LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

 Estrangeiros – não podem ser extraditados por crimes políticos ou de opinião;


 Brasileiros:
o natos não serão extraditados;
o naturalizado podem ser extraditados, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização,
ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins;
obs: dos crimes comuns, apesar de CF permitir a extradição o STF entende pela impossibilidade nos casos
de filho dependente

17 – Presunção de Não Culpabilidade “Inocência”:


 ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença condenatória;

LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

 Análise da execução provisória da pena – Diz respeito à possibilidade de cumprimento da pena após a
decisão em segunda instância

Obs: não há 3ª instância no Brasil, pois não há que ser falar em “julgar” os fatos depois da segunda instância,
mas somente análise de direito; ou seja, após a segunda instância será julgado pelos tribunais superiores (STJ e
STF) que julgarão apenas os fatos e não os direitos;

Obs: tese do STF em 2016 – com a imutabilidade dos fatos era possível o cumprimento da pena antes da
decisão final;

Obs: tese do STF em 2018 – olverruling é a mudança de entendimento do STF que para que seja iniciado o
cumprimento da pena terá que esgotar todos os recursos possíveis de acordo com a presunção de não
culpabilidade; é a superação de um entendimento, no caso o STF entendeu que apena só pode ser executada
após o esgotamento dos recursos;
18 – Regras de Prisão
18.1 – Hipóteses de admissibilidade
 Flagrante – é a prisão que não depende de decisão judicial podendo ser executada por qualquer do povo e
devendo ser executada pela polícia;
 Decisão judicial:
o Definitiva – prisão pena; esgotou todos os recursos;
o Cautelares – são as prisões que visam assegurar que todo o processo seja efetivo;
 Prisão temporária
 Prisão preventiva

18.2 – Liberdade Provisória:


 É a regra para aqueles que estão sendo processadas criminalmente, ausentes os requisitos das prisões
cautelares, será concedida liberdade provisória com ou sem fiança;

18.3 – Prisão Civil:


LXVII – não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

 Embora a CF admita tanto do depositário infiel quanto do devedor de alimentos, o pacto de São José da
Costa Rica só admite a prisão do devedor de alimentos;

18.4 – Audiência de Custódia:


 Analisa a regularidade da prisão em flagrante, se houve abuso tudo mais;
 É a oportunidade da qual o magistrado analisará a regularidade das prisões visando verificar a existência de
abusos; trata-se de uma garantia prevista no Pacto de São José da Costa Rica;

18.5 – Identificação Criminal:


 Aquele que for identificado civilmente não será submetido ao procedimento de identificação criminal,
salvo nas hipóteses da lei 12.037/2009

18.6 – Ação Privada Subsidiária da Pública


LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;

 Nas hipóteses de inércia do MP o particular poderá entrar com ação privada subsidiária da pública;

19 – Devido Processo Legal


LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

 Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o que está previsto em leis; é uma garantia
prevista aos processos judiciais e aos processos administrativos;

Obs: Contraditório diferido – é o contraditório que acontece após a prática do ato; em situações excepcionais
nas quais haja risco de dano ou urgência o contraditório pode ser realizado após a pratica do ato; em regra ele
é prévio (contraditório) neste caso (contraditório diferido) ele pode ser postergado;

Obs II: Direito de acesso ao advogado – o advogado terá acesso a diligências que estiverem concluídas e
documentadas; aquelas que estiverem em andamento não são acessíveis;

Obs III: Duplo grau de jurisdição – é o direito de rever decisões; é um direito fundamental implícito
(subentendido) que está na CF; de acordo com o STF é um direito fundamental extraído do sistema; ainda que a
lei não traga, por ser um direito fundamental extraído do sistema, pode ser revisto pelo superior hierárquico;
trata-se de direito fundamental extraído do sistema, que permite a revisão de atos administrativos e judiciais;
AULA DO DIA 27/03/2023

20 – Provas Ilícitas
 No devido processo legal admite a produção de provas por meios lícitos, com respeito ao direito material e
ao direito processual;

Obs: Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada – diz que uma prova ilícita contamina outras licitas; a ilicitude
probatória contamina todas as provas que delas são decorrentes;

21 – Publicidade e Motivação dos Atos Processuais – os atos, em regra, são públicos, mas há exceções;
 As decisões devem ser motivadas (apresentar circunstâncias de fato e de direito) e garantir a publicidade,
que podem ser excepcionadas por intimidades das pessoas ou por risco a sociedade ou ao estado;

22 – Assistência Integral e Gratuita


 A CF garante acesso à justiça gratuita custas e emolumentos e defensoria pública aos hipossuficientes

23 – Gratuidade de Habeas Corpus e Habeas Data – elas são gratuitas por questões constitucionais.
 A tutela do direito de ir e vir e do direito de informação é gratuito;

II – REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
1 – Habeas Corpus
1.1 – Espécies:
 Preventivo – é utilizado quando houver risco iminente de liberdade de locomoção ou abuso de poder
 Repressivo – é utilizado para colocar em liberdade aquele que foi preso de forma ilegal
Obs: punições militares – não admitem o uso de Habeas Corpus.

1.2 – Objeto
 O Habeas corpus destina-se exclusivamente a proteção ao direito de ir e vir, outras ofensas a direitos
fundamentais são protegidas por outros remédios;

Obs: Impeachment – consequência da perda do cargo e caça os direitos políticos por 8 anos; o STF firmou
entendimento de que o pedido de impeachment ou a sua aceitação não gera ofensa ao direito de ir e vir;
 Fase de aceitação – câmara dos deputados; o servidor tem o afastamento do cargo por 180 dias e o vice
assume;
 Fase de julgamento – senado federal

1.3 – Habeas Corpus Coletivo – o STF admite impetração de Habeas Corpus Coletivo na hipótese de violação
coletiva a direito de ir e vir;

2 – Mandado de Segurança – existe prova pré-constituída, ou seja, a prova é constituída antes do ato;

FIM

AULA DO DIA 10/04/2023 – CONTINUANDO REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

2 – Mandado de Segurança – obs lei 12016 de 2019


 Ele trabalha com prova pré-constituída;

2.1 – Direito líquido e certo – que não esteja amparado por habeas corpus e nem habeas data; liquido (apurar o
valor de algo);
 O mandado de segurança exige prova pré-constituída, não se admitindo dilação (produção de provas no
MS) probatória;
2.2 – Ilegalidade e abuso de poder;
 Poderá se impetrado o MS caso esteja diante de uma ilegalidade e caso haja abuso de poder;
 No caso de abuso de poder a autoridade pública excede os limites dos poderes que lhe são atribuídos;

2.3 – Espécies:
 Repressivo – quando a legalidade ou abuso de direito já tenha acontecido; ocorre contra ato já praticado;
 Preventivo – é aquele impetrado antes da conduta ilegal ou abusiva;

2.4 – Legitimidade – quem tem legitimidade é quem está sofrendo ou está na eminencia de sofrer a ilegalidade ou
abuso do poder;
 Ativa – (paciente) é aquele que sofre a ilegalidade ou abuso de poder;
 Passiva – (autoridade coatora) é o agente público que pratica o ato ilegal ou abusivo;

2.5 – Mandado de Segurança


Coletivo – é aquele proposto por partido político com representação no congresso nacional, por sindicato ou por
associação de classe constituída há pelo menos um ano na defesa dos seus interesses institucionais;
LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há
pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;

2.5.1 – Objeto do MS coletivo


Coletivos – são aqueles titularizados a partir de uma relação jurídica base; pessoas determináveis;
Individuais homogêneos – são direitos individuais nos quais admite-se a defesa de forma coletiva; pessoas
determinadas;

Obs: os direitos difusos (são aqueles que tem os titulares indeterminados) podem ser inseridos no rol dos
direitos coletivos para fins de proteção conjuntas;

2ª PARTE DA AULA:
3 – Mandado de injunção – obs lei 13300 de 2016 – ele protege omissão constitucional; trabalha com as normas
de eficácia limitada;
3.1 – Omissão – que inviabilizem o exercício de direitos fundamentais;
 Total – quando há ausência total de norma;
 Parcial – existe a norma, mas a proteção conferida exclui indevidamente um determinado grupo;

3.2 – Legitimidade:
3.2.1 – Individual – o titular é aquele que está com seu direito fundamental inviabilizado por conta de falta de
norma regulamentar; é o sujeito que não pode exercer seu direito fundamental pela ausência da norma
regulamentadora;

3.2.2 – Coletivo – é manejado por partidos políticos, sindicatos e associações de classe constituídas há mais de um
ano na defesa dos seus interesses institucionais;

3.3 – Efeitos da Decisão


1º. Fase – posição não concretista; STF comunicava o legitimado sobre a omissão; simplesmente dizer para
quem deveria fazer a lei que ele não fez;
2º. Fase – concretista intermediária; STF cientificava da mora e determinava prazo para sua elaboração; caso o
legitimado não fizesse a lei o STF fazia;
3º. Fase – concretista direta individual; o STF determinada de plano (inicialmente) a aplicação da norma
cabível;
4º. Fase – concretista geral; as decisões do Mandado de Injunção se aplicam a todos;
5º. Fase – Lei 13300 de 2016 (art. 8º) – a lei prevê a posição concretista intermediária com a fixação de prazo
para a elaboração da norma;

Norma de eficácia plena – elas produzem todos os seus efeitos; não precisam de regulamentação;
Norma de eficácia contida – é uma norma que produzem seus efeitos mais admite restrição;
Norma de eficácia limitada – produz efeitos com edição de lei;

PARA PROVA: DIREITOS FUNDAMENTAIS ANTES DE REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

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