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CENTRO UNIVERSITÁRIO SALGADO DE OLIVEIRA

GLEICY ELLE OLIVEIRA DOS SANTOS


600776536

RESENHA DO FILME: COMO NOSSOS PAIS

GOIÂNIA
2022
O filme “Como Nossos Pais” nos mostra a dinâmica de uma família e que ao longo do
comecinho do filme vai mostrando a família que surgiu de uma outra família. Com
funções e papéis totalmente desordenados e disfuncionais por conta que alguns
integrantes tem funções de mais e outros de menos que é o caso da Clarisse mãe de Rosa
que está sobrecarregada e percebemos um relacionamento de mãe e filha já bem
desgatado com muitas coisas do passado mal resolvida. Casamento de Rosa com Dado
também está desgastado a um bom tempo por conta das filhas que a tem sobrecarregado
pois ela sente que o marido não a ajuda no dia a dia.
A primeira cena do filme se inicia em uma mesa todos almoçando e ali já começamos a
notar algumas disfunções no relacionamento familiar. Primeiramente um caráter bem
machista da mãe e esposo de Rosa e de irmão de Rosa. Onde Rosa é criticada pela mãe
por pedir ajuda ao marido para cuidar das filhas! E Clarice menospreza o trabalho de sua
filha Rosa enaltecendo o trabalho do seu genro Dado.
E um segundo momento de muita de tensão no filme é quando Clarice está escutando que
Rosa prefere o pai do que a mãe, Rosa diz que sua filha não é filha do pai que ela conhece
que é Homero o pai que a criou não é seu pai biológico e sim o Roberto Nathan é o pai
biológico de Rosa.
O filme demonstra muito bem o sistema familiar que são todos que se interagem a partir
de um vínculo afetivo e por consangüinidade e é composto por Clarice mãe, Homero Pai,
Rosa a filha e seu irmão Cacau, e subsistemas conjugal e parental como Rosa e seu marido
Dado, suas filhas Nara e Juliana, Cacau tem a sua esposa Didi e seu filho.
No subsistema conjugal e parental de Rosa e Dado com suas filhas, tem um déficit nas
regras e fronteiras familiares em vários momentos a filha mais velha desafia sua mãe
Rosa, mostrando então que existe um déficit nas regras e as fronteiras é difusa justamente
por serem frágeis e não bem esclarecidas quais os papéis de cada um nesse grupo familiar.
Conseguimos perceber uma disfunção da estrutura familiar relacionado ao subsistema
geral familiar como o divórcio dos pais de Rosa que foi um rompimento totalmente
disfuncional e perturbador para os filhos e isso gera prejuízos nos filhos os pais querendo
ou não. E também entre o relacionamento de Rosa e Clarice existe uma disfunção de
vínculos que são bem rígidos por conta de toda trajetória das duas, não tem flexibilidade
para outras modalidades, e abertura mudanças e isso não ocorre no relacionamento de
mãe e filha.
Durante o filme com a descoberta de Rosa que o Homero não é seu pai biológico, ocorre
uma quebra de identidade tanto da família como geral e principalmente Rosa que não
sabe o que a deixa feliz e perde alguns sentidos da vida dela e começa a se relacionar com
um pai de um amiguinho da sua filha, tendo um caso extraconjugal enquanto existe uma
desconfiança sobre seu marido estar a traindo. Rosa se encontra em uma crise de
identidade pois, perdeu o emprego e ainda teve a descoberta sobre seu pai biológico e
simplesmente os problemas conjugais que ela vem enfrentando com o marido, e o câncer
da mãe dela a deixa mais abalada ainda pois sente que não viveu com sua mãe o que ela
queria viver.
Período de mudanças na vida das pessoas podem ou não causar uma crise de identidade,
ansiedade não é uma desordem e nem um transtorno mas pode levar a eles, pois é muitas
questões para decidir e se reorganizar. As crises de identidade ou existenciais se referem
a um momento de mudança que, afirma Morán, “pode ser marcado pela própria pessoa
ou por uma circunstância externa”. Tratam-se de situações que “produzem incerteza e
ansiedade, mas também dão oportunidades”, acrescenta.
Normalmente, se relacionam a momentos importantes da vida, como relações de casal,
filhos, trabalho ou saúde, afirma o psicólogo clínico Jorge Barraca: “É uma reformulação
dos temas vitais, apesar de a crise partir de uma questão concreta, algo negativo como
uma separação afetiva ou um problema de saúde, ou algo positivo como uma mudança de
casa, uma viagem ou o nascimento de um filho.
Ao final do filme mãe de Rosa falece, e não mostra mas dá a entender que Rosa não fez
o luto e afundou na peça, trabalho e organizar a casa da mãe falecida. E ela se separa do
seu marido e vai viver na casa que era de sua mãe com suas duas filhas.

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