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A organização volátil
Soluções estruturais
Soluções de pessoas
Estrutura
Pessoas
Estrutura
Pessoas
Estrutura
Pessoas
Aqui percebemos que tudo afeta tudo. Ainda que tenhamos começado nos
preocupando com a relação entre as atividades e a estrutura, verificamos que os efeitos
da mudança em uma área afeta todas as outras. Além disso, as organizações não
estão isoladas, num ambiente vazio. As organizações têm vida social, sofrem pressões
do mercado, do governo, dos clientes etc. elas vivem num mundo que as influencia e
por sua vez, exercem influência em seu ambiente.
Estrutura
Pessoas
Ambiente externo
Isso não significa que os gerentes não possam dirigi-las adequadamente. Mas as
organizações devem ser vistas como sistemas complexos o bastante para se apoiar
apenas em modelos estruturais, informacionais ou humanos. Hoje conhecemos muito
mais sobre as organizações, sobre como os elementos que as constituem estão
interligados. As diferentes soluções propostas pelos diferentes consultores indicam o
quanto já aprendemos sobre as organizações e quanto sabemos das formas de
modificações que podem ser propostas.
Os consultores externos, cada um com sua visão podem estar cegos com
relação aos demais aspectos envolvidos, mas o gerente ou consultor interno não
precisa estar cego! A questão aqui é o que priorizar. Por onde começar para trazer
mudanças positivas para a organização? Quando modificar a estrutura, quando os
sistemas de informação ou quando agir sobre as pessoas?
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Para isso é preciso analisar a natureza do problema que ele está tentando
solucionar. Se o problema puder ser definido operacionalmente, se é de um tipo que já
ocorreu antes, a melhor solução será a abordagem estrutural. Mas se o problema
nunca ocorreu antes e for de difícil definição, é melhor buscar ajuda. O raciocínio é o
seguinte: se o problema é programável, se sabemos os passos para sua resolução,
então podemos definir uma estrutura para seguir estes passos. Mas se o problema é
novo, se não tem precedentes claros, o melhor é “usar a cabeça” – do gerente e de
seus colaboradores. Suponhamos que o problema seja abrir nova fábrica de sapatos
numa outra cidade. Este é um problema programável. Quem já trabalhou me indústria
de calçados sabe muito sobre como solucionar este problema, têm treinamento e
experiência bastante e sabem os passos necessários para resolver a questão de
produzir X pares de calçados por mês. Podem avaliar o tipo de equipamento e quanto
espaço necessário, além de conhecer cada fase de produção, do couro bruto ao
calçado pronto além de saber avaliar quantas pessoas será necessário contratar. Para
este tipo de problema o melhor é começar pela estrutura.
O que é um problema não programável? Suponha que você seja o Presidente da
República. Você assumiu o compromisso de acabar com a fome no país. Quais os
passos operacionais para isso? Onde você encontrará as ferramentas necessárias para
programar as atividade para a execução desta tarefa? A resposta não existe. Como
abordar o problema? Não faz muito sentido começar estabelecendo uma estrutura, mas
faz sentido chamar colaboradores inteligentes, dar a eles espaço e apoio para que
proponham as soluções mais adequadas. O melhor instrumento para lidar com este tipo
de problema é a inteligência humana.
Se a estrutura é um bom começo para lidar com tarefas programadas e pessoas
para lidar com problemas não programados, o que fazer com a terceira variável –
informação e controle? A tecnologia de informação e controle é um auxiliar importante
da estrutura. Ela nos permite especificar e operacionalizar coisas que antigamente
eram feitas por julgamentos – “achômetros”. O que antigamente era não programável,
tornou-se programável pela tecnologia de informação.
Mas é preciso sempre estar atento aos efeitos colaterais se escolhermos uma ou
outra abordagem. Um ponto importante a se notar é que as tarefas programáveis são
aquelas que as pessoas executam e sabem o que estão fazendo – em geral os
trabalhadores no nível operacional sabem muito bem o que têm que fazer para obter
determinado resultado. Eles são de nível inferior porque é fácil treinar várias pessoas
para executar aquelas atividades. Já os diretores, consultores, presidentes, não têm
como saber o que fazer exatamente para obter resultados satisfatórios. Por isso a
importância dessas pessoas. Se não sabemos dizer a elas o que fazer, elas têm que ter
alto grau de qualidades humanas para descobrir por si o caminho melhor a tomar!