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SEPARATA
-
Do dever de denunciar, apurar, fiscalizar,
decidir e de resposta da administração
pública
Abstract: Every citizen has the right to denounce the irregularities noted, since the public
servant has a duty to denounce such practices, mainly targeting morality and efficiency of
public administration. The Administrative Authority to take notice of this irregularity should
immediately establish the facts narrated and monitor the actions of subordinates in this
calculation, giving vent to due process and the commitment to investigate, especially regarding
the legality of procedural acts. In addition to ascertain, should the Directors to issue response
as requests or complaints within its sphere of competence, particularly showing the way this
administration acts when provoked to investigate irregularities in honor of the principle of
publicity. Key words: Administrative Military, complaint, denunciation , investigation ,
supervision, decision and response, Law nº 12.527/11, Law nº 8.033/75, Law nº 13.800/01.
Sumário: Introdução. 1. Do Dever de denunciar; 1.1. Do Direito de Petição; 2. Do Dever de
apurar; 2.1. Do dever de ofício; 3. Do Dever de fiscalizar; 3.1. Da responsabilidade; 4. Do
Dever de decidir; 4.1. Dever de Resposta; 4.2. Do acesso a informação (Lei nº 12.527/11),
Conclusão. Referências.
Introdução
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1. Do Dever de denunciar
Art. 10 - Todo policial militar que tiver conhecimento de um fato contrário à disciplina
deverá comunicá-lo, por escrito ou verbalmente, em tempo hábil, ao seu Chefe imediato.
(negritei)
I - a correção de atitudes;
Desta forma temos a definição de disciplina como o acatamento integral das leis e
regulamentos, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever, com suas respectivas
manifestações, neste prisma temos ainda o conceito de Laciel Rabelo de Castro Costa,
quanto a disciplina consciente:
“A definição de disciplina consciente está mais ligada à pratica do ato moral, vez que o
legislador pretende uma atitude involuntária e costumeira, mas a absorção da cultura militar
se dá com o tempo. Todas as normas de conduta e o próprio código de ética se agregam no
inconsciente do miliciano através do convívio humano e com o transcorrer dos dias.”
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Nesse contexto, estabelece que todo policial militar que tiver conhecimento de um fato
contrário à disciplina deverá comunicá-lo, por escrito ou verbalmente, em tempo hábil, ao
seu Chefe imediato, de forma que o policial não precisa ser necessariamente o que se julgar
prejudicado ou ofendido, basta que tenha conhecimento, para ter o dever de comunica-lo,
tal determinação, visa a obediência das leis, normas e regulamentos e a sua aplicação correta
justa e equânime, estabelecendo a delação de qualquer irregularidade, no sentido de que seja
preservada a disciplina.
Estabelece ainda o rito que deve ter essa comunicação, por escrito ou verbalmente, em
todo caso, em tempo hábil e ao seu chefe imediato, recomendando que seja feita por escrito e
entregue mediante recibo, para posteriores providências em caso de omissão.
Vale ressaltar que a Administração Pública, integrada pela Polícia Militar, deve buscar
sempre o seu aperfeiçoamento institucional, baseando-se no princípio da eficiência. Uma
das formas de se buscar o aperfeiçoamento dos serviços prestados por qualquer instituição,
seja pública ou particular, é reprimir atos irregulares praticados pelos funcionários que
trabalham na organização“ (Negritei)
A Lei nº 13.800/01, da vazão ao dever de denunciar, em seu art. 5º que esclarece que o
procedimento pode iniciar de oficio ou a pedido do interessado, na segunda hipótese
figura o Representante como interessado, sendo parte do processo no exercício do direito de
representação, nos termos do artigo 9º, da mesma Lei:
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Esse direito tem repercussão constitucional declarado no direito de petição garantido no art.
5º, XXXIV, “a”, in verbis:
No direito de petição não é necessário que o peticionário tenha sofrido gravame pessoal ou
lesão em seu direito, uma vez que tal direito liga-se à participação política, nisto residindo o
interesse geral no cumprimento da ordem jurídica”. (in “Constituição Federal Anotada”, Ed.
Saraiva, pág.168 e ss.).
“Art. 3º. São competentes para instaurar sindicância as seguintes autoridades disciplinares:
I - Comandante Geral;
II - Subcomandante Geral;
IV - Corregedor PM;
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2. Do Dever de apurar
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“Havendo o cometimento de uma falta disciplinar pelo servidor, deve a autoridade que tiver
ciência do fato promover a sua imediata apuração, através do devido processo legal, seja
através de sindicância ou processo administrativo disciplinar”.
Segundo o princípio da legalidade, o administrador não pode fazer o que bem entender, tem
que agir segundo a lei e as normas vigentes, só podendo fazer aquilo que a lei
expressamente determina, assim, uma vez informada, Autoridade Administrativa competente
deve tomar as providências que lhe competem, para apurar toda e qualquer denúncia de
irregularidade, onde em caso de omissão atrai para si responsabilidade nas esferas
administrativa, civil e penal, situação reafirmada pelo Despacho "CG" nº 240/2015:
“É cediço que a autoridade pública que tiver ciência ou notícia de qualquer irregularidade
perpetrada por agente público, é obrigada a promover a sua imediata apuração, diante do
poder-dever de autotutela imposto à administração e, por via de consequência ao
administrador público.
Assim, informada a Autoridade competente deve esta tomar as medidas cabíveis para
promover a apuração imediata da irregularidade que tomar conhecimento, o ato de
instauração de procedimento não depende de qualquer juízo de valor da autoridade dado ao
seu poder-dever de apurar, esse não cumprimento da obrigação faz com que a
autoridade incorra em improbidade administrativa, transgressão disciplinar, violação da
ética e crime.
“Art. 1º. Sindicância é o processo administrativo pelo qual a administração pública militar
utiliza para colher elementos de autoria e materialidade de irregularidades praticadas por
policiais militares estaduais, visando apurar o cometimento de transgressões disciplinares.”
O ato de oficio é aquele inerente ao cargo ou função em que o servidor ocupa tem o
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poder-dever de exerce-lo, desta forma, temos a previsão do delito de prevaricação que tem o
preceito normativo que estabelece retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício,
ou praticá-lo contra expressa disposição de lei, ou seja, o não cumprimento desse dever
implica crime.
Desta forma o poder-dever de apurar representa uma obrigação de oficio relativo ao cargo
ou função, onde a Autoridade noticiada de irregularidade não tem outra providência senão
apurar os fatos narrados tendo em vista a moralidade e a eficiência da Administração Pública
Militar, onde o art. 3º, da Portaria nº 6947/15, apresenta rol das Autoridades com competência
para instaurar procedimento administrativo.
Art. 3º - A Corregedoria Policial Militar, com circunscrição em todo Estado de Goiás, tem por
escopo a execução, controle, coordenação, orientação e fiscalização da atividade pertinente à
disciplina e execução Judiciária da Polícia Militar, substanciando as seguintes atribuições:
V - Apurar as faltas disciplinares praticadas por componentes da Corporação que, por sua
repercussão e consequência, atentem contra os interesses da Instituição Policial Militar;”
Mesmo com toda essa complexa estrutura, com o sistema de freios e contrapesos, no meio
militar existir a resistência em apurar, ou melhor descrito pelo Conselho Nacional dos
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3. Do Dever de fiscalizar
Temos ainda a norma infra legal, conforme Portaria nº 6947/15, que determina que o
Subcomandante Geral controle e fiscalize o andamento dos procedimentos instaurados na
PMGO, podendo inclusive avoca-los. O controle dos prazos procedimentais fica a cargo da
Autoridade Delegante, bem como a atribuição de digitalizar e depositar no Sicor os
procedimentos por ela instaurados, compete a Corregedoria PM a responsabilidade por
fiscalizar o fiel cumprimento desses encargos, conforme os respectivos preceitos:
“Art. 12. O Subcomandante Geral tem atribuição para controlar e fiscalizar o regular
andamento dos processos administrativos disciplinares instaurados no âmbito da Polícia
Militar, podendo inclusive avocá-los.
Art. 58. O controle do prazo ficará a cargo da autoridade delegante, sendo que a
Corregedoria PM fiscalizará o fiel cumprimento dos prazos previsto nesta norma.
Art. 59. Toda sindicância deverá ser depositada digitalmente no SiCor, sendo que essa
atribuição ficará a cargo da autoridade delegante, sob fiscalização da Corregedoria PM.”
Em Direito administrativo brasileiro, Hely Lopes Meirelles expõe ser o poder hierárquico o
que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos; ordenar e rever
a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação dos servidores do seu
quadro de pessoal. O poder hierárquico e disciplinar não se confundem, mas andam juntos,
por serem os sustentáculos de toda a organização administrativa, principalmente na PMGO
que é sustentada pela Hierarquia e Disciplina.
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O poder hierárquico tem por objetivo ordenar, coordenar, controlar, e corrigir as atividades
administrativas, no âmbito interno da Administração Pública, ou seja, impor a rigorosa
observância e o acatamento integral das leis e regulamentos. Ordena as atividades da
Administração, reparte e escalona as funções entre os agentes do poder, de modo que cada
uma pessoa possa exercer eficientemente seu encargo; Coordena, entrosando as funções no
sentido de obter o funcionamento harmônico de todos os serviços a cargo do mesmo órgão;
controla, velando pelo cumprimento da lei e das instruções e acompanha a conduta e o
rendimento de cada servidor; corrige os erros administrativos pela ação revisora dos atos dos
superiores sobre os atos dos inferiores, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por
parte de todos e de cada um dos componentes da Administração Pública.
Desta forma, cabe a Autoridade Delegante deve fiscalizar os prazos legais, bem como a
legalidade do feito e intervir quando necessário promovendo o saneamento dos autos e
realizar a correição de todas as irregularidades, seja de oficio ou por iniciativa da parte, de
qualquer forma deve zelar pelo andamento na seara do devido processo legal.
3.1. Da responsabilidade
Como se percebe há uma gama de envolvidos e vasta legislação, que não justifica as
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4. Do Dever de decidir
Perceba o quão complexo são os atos administrativos, que percorrem um longo caminho
com a devida atenção do administrador que não pode se furtar de seu poder-dever de
acompanhar com a devida lisura todo o seu tramite, sob pena de responsabilidade.
Assim, provocada a Administração Pública está deve se manifestar, como encargo de sua
função, zelando principalmente pela moralidade e a eficiência dos serviços públicos visando o
seu Aperfeiçoamento Institucional.
Sendo o direito de petição um direito fundamental, este não teria sentido se a administração
não emitisse decisão nos processos, solicitações ou reclamações que lhe fosse dirigido,
devendo ser tais atos decididos de forma fundamentada e principalmente dentro de um prazo
razoável e proporcional, conforme estabelece a Carta Maior em seu artigo 5º inciso XXXIII:
“XXXIII - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado;”
Neste sentido temos o ensinamento de Jose Afonso da Silva, transcrito no Despacho “CG”
nº 2092/11:
“É importante frisar que o direito de petição não pode ser destituído de eficácia. Não pode a
autoridade a quem é dirigido escusar pronunciar-se sobre a petição, quer para acolhê-la quer
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“Verifica-se que a petição é um direito fundamental, dele decorre o direito de resposta, que
deve ser fundamentado.
Frise-se que o direito à apreciação dos pedidos formulados junto à Administração Pública é
decorrência lógica do direito de petição.
“Art. 5º (…)
Nesse mister, cumpre registrar que consoante o art. 5º, LXIX, da Constituição Federal, e art.
1º da Lei 12.016/09, concede-se mandado de segurança para proteger direito líquido e certo,
sempre que, ilegalmente, ou com abuso de poder, alguém estiver sofrendo violação ou houver
justo receio de sofrê-la, por parte de autoridade”.
Desta forma, uma vez provocada a Autoridade Administrativa tem o dever de explicitamente
emitir decisão quanto ao pedido de solicitação ou reclamação em matéria de sua
competência, resposta que deve ser motivada com indicação dos fatos e fundamentos
jurídicos, nos termos dos artigos 48 e 50, § 1º, da Lei nº 13.800/01, respectivamente:
Art. 50 – Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:
§ 1º– A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo basear-se em pareceres
anteriores, informações ou decisões, que, neste caso, serão parte integrante do ato, o que
não elide a explicitação dos motivos que firmaram o convencimento pessoal da autoridade
julgadora.”
Desta forma a decisão deve ser devidamente embasada, indicar os fatos e os fundamentos
de sua decisão, a qual deve se expressar de forma explicita clara e congruente, com
motivação e fundamentação válida, conforme determina a Lei.
Assim, decidir não é apenas proferir decisão, mas se manifestar de forma motivada e
fundamentada conforme determina as normas vigentes, sendo o Administrador obrigado a
velar pela estrita observância da legalidade, bem como dever de honestidade, imparcialidade
e legalidade; e assim, emitir decisão, com indicação dos fatos e os fundamentos de sua
decisão, a qual deve ocorrer de forma explicita clara e congruente, com motivação válida,
conforme determina a Lei, onde está quando considera determinada forma essencial a
validade do ato, se esta não for cumprida, o ato será nulo.
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Assim, quando proferida decisão sem obedecer a essa forma predeterminada pela Lei o
Administrador viola o dever de emitir decisão, onde decidir não é apenas deliberar, mas se
manifestar de forma motivada e fundamentada, sendo obrigado a velar pela estrita
observância da legalidade, bem como viola seu dever de honestidade, imparcialidade e
legalidade, praticando ato diverso daquele previsto em lei, praticando indevidamente ato de
ofício, incidindo em ato de improbidade administrativa, transgressão disciplinar, violação da
ética e outros crimes.
Inerente ao dever de decidir é o dever de resposta, não adianta apenas decidir, mas
deve-se dar uma resposta ao Interessado sobre sua reclamação ou solicitação, sendo esta
proferida dentro de um prazo razoável e proporcional, vez que a morosidade prejudica a
eficiência da Administração Pública e o direito do Interessado.
A regra é precisa, demonstrando o prazo legal que deve ser cumprido pelo administrador
para emitir decisão, situação corroborada pelo TJGO, em decisão do Des. Abrão Rodrigues
Faria no processo 200803187445, no mesmo sentido:
Registre-se que em face do direito de petição, garantia constitucional, não há negar o dever
da Administração Pública em decidir a respeito do pedido formulado pelos Impetrantes, uma
vez que não podem ficar sem resposta ao requerimento há muito formulado.
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Conforme exposto em linhas pretéritas, a Administração Pública é regida por uma série de
princípios sendo esses expressos em nossa Constituição Federal norteando o serviço público,
e o Administrador não deve se afastar desse norte, deve atuar conforme determina a Lei,
conforme vigora no Estado Democrático de Direito.
Nota-se claramente que com demora na prestação do dever de resposta, que é a prestação
de um serviço que é público, que inclusive deve ocorrer dentro de um prazo razoável e
proporcional, ao agir de outra forma o Administrador viola todos os princípios elencados no
art. 37 e no art. 5º da Constituição (direito de petição e resposta), se estendendo essa
responsabilidade a Autoridade que deve fiscalizar os atos de seu subordinado, cabendo a
cada um à sua responsabilidade.
Dessa forma sua omissão e não observância das normas causa ato prejudicial à
Administração Militar e ao Interessado que se materializa nessa negligência, que é retardar ou
deixar de praticar ato de ofício, dada a falta de resposta das solicitações ou reclamações do
Interessado, já que é matéria constitucional receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular para esclarecimento e defesa de direitos.
Como já esclarecido estabelece a Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso XXXIII: “
todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado;”
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artigo 1º e 10:
“Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações previsto no
inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição
Federal. Negritei.
Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos
órgãos e entidades referidos no art. 1º desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o
pedido conter a identificação do requerente e a especificação da informação requerida.”
“Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos
de obter:
III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente
de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha
cessado;
§ 2º Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela parcialmente
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sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia
com ocultação da parte sob sigilo.
“Art. 21. Não poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial ou
administrativa de direitos fundamentais.”
O órgão deverá conceder o acesso imediato a informação disponível ou não, que não
deve ser superior a 20 (vinte) dias, nos termos do art. 11, § 1º:
“Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à
informação disponível.
§ 1º Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta no caput, o órgão
ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias:
Negritei.”
“Art. 32. Constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidade do agente público ou
militar:
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incompleta ou imprecisa;
III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de acesso à informação;
V - impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de
ocultação de ato ilegal cometido por si ou por outrem;
VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes a possíveis violações
de direitos humanos por parte de agentes do Estado.
I - para fins dos regulamentos disciplinares das Forças Armadas, transgressões militares
médias ou graves, segundo os critérios neles estabelecidos, desde que não tipificadas em lei
como crime ou contravenção penal; ou
A Lei de Informação é muito ampla, de forma que este artigo apenas visa apresentar os
pontos mais importantes quando ao acesso a informação, despertando a curiosidade do leitor
para uma leitura detalhada do dispositivo legal.
Conclusão:
Essa busca segue um rito através da delação das atividades irregulares pela apuração dos
fatos narrados que termina somente com a resposta ao Interessado do que foi apurado e das
providencias tomadas em homenagem ao princípio da publicidade.
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Referências
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Paulo. 3º edição. São Paulo: Suprema Cultura Editora, 2007.
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BRASIL, Constituição (1988), Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de
outubro de 1988, disponível em
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GOIÁS, Lei Estadual n. 8.033 de 02 de dezembro de 1975, disponível em
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GOIÁS, Lei Estadual n. 13.800 de 18 de janeiro de 2001, disponível em
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GOIÁS, Decreto Estadual n. 4.717 de 07 de outubro de 1996, disponível em
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GOIÁS, Portaria nº 2550, 09 de julho de 2012. Institui o sistema de controle da jornada de
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TJGO, 1° Câmara Cível, duplo grau de jurisdição nº 17736-4/195 (200803187445) Relator
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22 de julho de 2011.
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publicado em 04 de março de 2016.
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12 de fevereiro de 2015.
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