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Procedimento Operacional Padronizado

Vigilância da Leishmaniose Visceral Canina

SETOR RESPONSÁVEL
Vigilância em Saúde

OBJETIVO
Orientar tecnicamente os municípios quanto ao procedimento
operacional para coleta, diagnóstico, recolhimento, eutanásia,
monitoramento de tratamento, manejo ambiental e conscientização.

PROCEDIMENTO
Coleta de sangue por demanda espontânea da população:
Quando um cidadão liga para o setor responsável solicitando o exame de
leishmaniose, seja em seu animal ou em algum animal em situação de
rua, é preenchida a Folha de Protocolo (ANEXO I);
São reservados, pelo menos, de um a dois dias da semana para a
realização dos testes de leishmaniose nos animais solicitados, e um dia
para envio das amostras de sangue para analise laboratorial quando o
serviço não for realizado
pelo próprio município;
Os testes são realizados por Agentes de Combate a Endemias,
devidamente treinados por médicos veterinários, nos locais onde os
animais se encontram;
O atendimento às demandas é organizado objetivando uma melhor
logística de trabalho e otimização de tempo, levando em consideração as
datas de solicitação da população;

Para a realização do teste rápido é fornecido um kit contendo:


- Lanceta – devidamente lacrada;
- Suporte de teste – devidamente lacrado;
- Solução tampão;
- Luva descartável;
- Alça coletora.
Além do kit a equipe vai ao campo com a(s) Folha(s) de Protocolo
(ANEXO I) preenchida(s), canetas, pranchetas e o kit para confirmação,
pois a contraprova é um teste realizado para sanar resultados
discordantes entre teste realizado pelo poder público e teste realizado
pelo tutor do animal em laboratório privado;
A coleta de sangue é realizada na orelha, conforme orientações do
Ministério da Saúde;
O(s) resultado(s) do(s) DPP é(são) transcrito(s) para a Folha de
Protocolo (ANEXO I) e em caso de resultado negativo a mesma é
arquivada, descartando a hipótese de leishmaniose;
Caso o teste rápido dê positivo é realizada a confirmação, através do
teste ELISA.
Só é considerado animal com leishmaniose se os dois exames (DPP e
ELISA) derem positivos;
O tutor do(s) animal(is) com DPP positivo recebe um material orientativo
(ANEXO VI) contendo informações sobre a doença, medidas preventivas
e a possibilidade de tratamento do animal caso o teste do ELISA
confirme a leishmaniose;

Para a confirmação, é utilizado um kit contendo:


- Seringa 3 ml ou 5 ml;
- Agulha (25x7 ou 25x8);
- Frasco de coleta para armazenamento do sangue;
- Garrote;
- Corda 10 ou 12 mm ou focinheira para conter o animal.

A coleta do sangue é realizada conforme o Manual de Vigilância e


Controle da Leishmaniose Visceral do Ministério da Saúde;
Após a coleta de sangue para a contraprova, o frasco é encaminhado
imediatamente para a centrifugação;
Após a centrifugação os frascos são armazenados em geladeira, na
temperatura de 2º a 8º graus, até serem enviados para a análise no
laboratório de referência;
O transporte do material para o laboratório de referência deve ser feito
sob refrigeração;
Juntamente com o material, é enviado para o laboratório um ofício
(ANEXO II)
Mesmo que um tutor possua mais de um animal em tratamento, cada um
terá seu próprio Termo de Compromisso (ANEXO VI) e Folha de
Acompanhamento (ANEXO V);
Caso o tutor descumpra as condições recomendadas para o tratamento
do animal, o mesmo é orientado a entregar seu animal para eutanásia;
Nos quarteirões em que são detectados pelo menos um caso canino
positivo da doença, é realizada visita domiciliar à todas as residências
para:
- orientação e entrega de material com orientações preventivas sobre a
doença para os moradores e freqüentadores do local;
- manejo ambiental em caso de necessidade.
Mensalmente é enviado, via e-mail, para a Superintendência
Regional de Saúde da qual o Município pertence os seguintes
documentos:
- Tabela de Controle do Resultado do Teste ELISA;
- Tabela de Controle do uso de kits para teste de leishmaniose;
- Tabela de Relatório das atividades de leishmaniose visceral canina.
(ANEXO VII)

Inquérito canino:
Ao realizar o inquérito sorológico canino deve-se seguir as
recomendações do Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose
Visceral do Ministério da Saúde, utilizando para isso os mesmos modelos
de documentos propostos nesse Procedimento.

LIMITAÇÕES DO PROCEDIMENTO
A não comunicação dos casos de leishmaniose detectados em clínicas
veterinárias cujos tutores optem pelo tratamento.

MODELOS DE DOCUMENTOS RELACIONADOS A ESSE


PROCEDIMENTO
ANEXO I: Folha de Protocolo.
ANEXO II: Ofício ao laboratório de referência para Exame de
Leishmaniose Visceral Canina.
ANEXO III: Ficha de Recolhimento e Autorização para Eutanásia Animal.
ANEXO IV: Termo de compromisso para tratamento de leishmaniose.
ANEXO V: Folha de acompanhamento de tratamento de leishmaniose.
ANEXO VI: Sugestão de texto informativo e educativo sobre
leishmaniose visceral canina
ANEXO VII: Relatório das atividades de inquérito sorológico canino.

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