Você está na página 1de 4

CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES

Neste modelo de avaliação, você não terá uma avaliação por nota, mas sim por
competências, que são classificadas como:
Insatisfatório: aluno(a) não entregou a atividade ou não demonstrou qualquer nível de
desempenho no objetivo de aprendizagem.
Em desenvolvimento: aluno (a) compreendeu a proposta da atividade, mas sua tarefa
possui algumas incorreções conceituais. O/a aluno(a) não possui o domínio mínimo
esperado dos conhecimentos e habilidades requeridos para a atividade. Neste nível o/a
aluno(a) ainda não pode ser considerado apto para aprovação em relação a este objetivo
de aprendizagem.
Essencial: aluno(a) compreendeu a proposta da atividade e seu desempenho foi
satisfatório, pois sua tarefa possui poucas incorreções conceituais. No entanto, ele ainda
não demonstra ter pleno domínio dos conhecimentos e habilidades requeridos para a
atividade. Este é o nível de desempenho suficiente para que o aluno(a) seja considerado
apto para aprovação na disciplina em relação a este objetivo de aprendizagem.
Proficiente: aluno(a) compreendeu a proposta da atividade e seu desempenho foi
satisfatório, pois sua tarefa não possui incorreções conceituais e ele demonstra ter pleno
domínio dos conhecimentos e habilidades requeridos para a atividade. Este deve ser o
nível de aprendizado almejado para a grande maioria dos(as) alunos(as) que se mostrem
engajados e comprometidos com a aprendizagem.

Para ser aprovado, você deverá demonstrar que tem um domínio que consideramos ao
menos “essencial” em todas as competências desenvolvidas pela disciplina.
ESTUDO DE CASO – DIVERSIDADE E INCLUSÃO SOCIAL
Após a discussão do caso, a equipe precisaria elaborar o Plano de Atendimento
Singular de Vanessa, contudo, as questões relacionadas à saúde de Vanessa – a
dependência química e a presença do vírus HIV – fizeram com que a equipe ficasse
em dúvida se esse era um caso que continuaria a ser atendido no CDD.

Imagine que você compõe essa equipe multidisciplinar, qual seria a sua posição
sobre qual decisão tomar? Caso você optasse por dar continuidade ao atendimento
de Vanessa no CDD, qual proposta de Plano de Atendimento Singular você
apresentaria para seus colegas de equipe?

Caso você optasse por não dar continuidade ao atendimento de Vanessa no CDD,
qual atitude tomaria? Para quais outros serviços da rede você sugeriria que
Vanessa deveria ser encaminhada?

RESPOSTA

Considerando os objetivos de oferecer apoio à população LGBTQIA+ do


Centro de Defesa da Diversidade (CDD), torna-se imprescindível dar continuidade ao
atendimento de Vanessa.
No atendimento com pessoas transexuais é preciso atentar-se aos pronomes
de tratamento e vocabulário. Pois, conforme Jesus (2012), as pessoas transgêneros
devem ser tratadas de acordo com o gênero com o qual se identificam. Por isso,
mesmo o registro não sendo adequado à sua identidade de gênero, torna-se viável
indagar sobre qual “nome social” à pessoa prefere ser chamada.
Em relação a proposta de Atendimento Singular, esse instrumento tem o
objetivo de nortear as ações ou intervenções a serem realizadas para viabilizar
mudanças, desenvolvimento de autonomia e reconstrução de vínculos sociais e
familiares.
Nesse plano, deve estar incluído o acompanhamento psicológico, social e
jurídico, desenvolvido com a senhorita Vanessa no CDD. Além dessas intervenções
realizadas pela equipe multidisciplinar é necessário encaminhá-la para outras
políticas públicas.
Em detrimento do quadro de saúde, pode-se encaminhá-la para o Sistema
Único de Saúde (SUS). Devido ao relato de preconceito sofrido na Unidade Básica de
Saúde (UBS), seria interessante tentar agendar em articulação com a Secretaria
Municipal de Saúde, um atendimento especializado, preferencialmente com médico
infectologista.
No SUS, também existem políticas específicas como, por exemplo, a Política
Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT).
Além disso, faz-se necessário encaminhá-la para os equipamentos
socioassistenciais do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Para trazer mais
dignidade a vida de Vanessa, em função de suas vulnerabilidades sociais.
Os profissionais que atuarem nesse caso devem entendê-lo através da
perspectiva mencionada por Sawaia (2009), de que por trás da desigualdade social
existe o seu lado negativo (sofrimento, medo, humilhação), mas também o
extraordinário milagre humano da vontade de ser feliz e recomeçar.
O autor Espinosa aborda sobre a concepção de afeto, enquanto Vigotski
sobre liberdade. Ambos pressupostos importantes tanto para o processo de
mudança ou transformações sociais.
Segundo Sawaia (2009, p.364), “nessa perspectiva, um dos desafios do
combate à desigualdade social é elucidar o sistema afetivo/criativo que sustenta a
servidão nos planos intersubjetivos e macropolíticos, para planejar uma práxis
ético/estética”.
Mediante as pautas elucidadas no processo de intervenção desse caso é
fundamental que os profissionais que atendem pessoas LGBTQIA+ repensem
estereótipos e preconceitos arcaicos, que estimulam a exclusão social dos seres
humanos que não se enquadram no perfil hétero-cis-normativo.
Portanto, assim como Sawaia cita, no combate às desigualdades sociais é
preciso elucidar o sistema afetivo e criativo que mantém a servidão, para planejar
uma práxis ético/estética de transformação social.

REFERÊNCIAS

SAWAIA, Bader Burihan. Psicologia e desigualdade social: uma reflexão sobre


liberdade e transformação social. Psicol. Soc., Florianópolis, v. 21, n. 3, p. 364-372,
Dec. 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0102-71822009000300010&lng=en&nrm=iso. Acesso
em: 06 fev. 2023.

JESUS, Jaqueline Gomes. Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e


termos / Jaqueline Gomes de Jesus. Brasília, 2012. Disponível
em: http://www.diversidadesexual.com.br/wp-content/uploads/2013/04/G
%C3%8ANERO-CONCEITOS-E-TERMOS.pdf. Acesso em: 13 fev. 2023.

CESAR, Danilo; SILVA, Inácio. A Política Pública como Garantia dos Direitos Humanos
e Cidadania. São Paulo: Instituto Pólis s/d. Disponível
em: https://polis.org.br/wpcontent/uploads/2020/03/image2014-10-17-082631.pdf
Acesso em: 27 fev. 2023.

Você também pode gostar