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DESAFIO 14

A territorialização e o mapeamento das áreas de assistência à saúde dentro de uma


comunidade são ponto fundamental para quem quer elaborar um plano de intervenção
em saúde mental.

Como primeira etapa, desafiamos você a trabalhar na contextualização da realidade


social da sua área de abrangência, bem como na identificação dos profissionais da
sua equipe e outras ferramentas de articulação em rede apropriadas ao manejo de
transtornos de saúde mental graves e persistentes ou transtornos mentais complexos.

Para organizar essa atividade, reunimos uma lista de itens essenciais que poderão servir
de guia na elaboração do seu diagnóstico situacional e territorialização.

Baseie-se neles e escreva um texto que os contemple, retratando como é a atuação


profissional na unidade de saúde na qual você está inserido e qual o contexto social da
área de abrangência da sua equipe de trabalho. Lembre-se de que não há necessidade de
escrever um texto muito extenso, entretanto quanto mais detalhado for o seu
diagnóstico, mais fácil ficará a elaboração do seu plano de intervenção.

1. Descreva a localização da sua unidade de saúde e os determinantes sociais de saúde.

a) localização da unidade: estamos localizados em uma grande avenida com bastante


fluxo de carros, entretanto nosso território fica a duas quadras da unidade, numa área
mais afastada da movimentação do trafego. Percebe-se que quanto mais afastada a
microárea está da unidade, maior o grau de vulnerabilidade da família.

b) organização da rede de atenção à saúde dentro do município nas diferentes esferas,


assim como a ESF e as estratégias: na atenção básica temos as ESF e as UBS
tradicionais que estão em processo de transição para se tornarem ESF também. Nesse
nível há a equipe básica mais todos os componentes da equipe multidisciplinar, como
psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, dentistas, fonoaudiólogas, além dos
profissionais do serviço social. Na atenção secundária temos as UREs que recebem
pacientes encaminhados da atenção básica e possuem os especialistas focais. Tem ainda
os CAPS, Casa do Idoso, Casa de atenção a pessoa vivendo com HIV e os complexos
hospitalares.

c) estrutura e dispositivos sociais com suas entidades representativas (associação de


moradores, conselhos comunitários, entre outros): temos um centro comunitário porém
desde que entrei na equipe não tenho visto muitas ações lideradas nele. Tenho relação
com um pastor que é o mais próximo de líder comunitário do território, porém não está
bem de saúde e não tem sido tão ativo com projetos.

d) organização e estrutura educacional no município e na sua área de abrangência: no


não temos nenhuma escola ou creche, mas o município tem um programa saúde na
escola para fzer a vinculação das unidades de saúde com a escolas de seu território.

e) existência ou não de trabalhos conjuntos entre os serviços de educação e saúde:


estamos ainda em treinamento para o projeto saúde na escola, porém nunca tivemos
ações reais haja vista não termos escolas sob nosso cuidado.
f) principais potencialidades e vulnerabilidades que você identifica na comunidade,
relacionadas à saúde mental, apontando quais profissionais da APS (ESF e NASF) a
compõem: não possuímos profissionais da psicologia em nossa unidade atualmente, não
temo NASF que atenda nossa unidade pois deveria haver uma psicóloga nela, estamos
no aguardo de nova contratação há mais de um ano. No momento encaminhamos nossos
pacientes para o caps ou para universidades que oferecem psicoterapia gratuita.

Nível fácil (3,0 – 0,5 cada)

2. Analise como está estruturada a sua equipe de trabalho para lidar com de transtornos
de saúde mental graves e persistentes ou transtornos mentais complexos:

a) quais os profissionais da APS que a compõem: no momento sinto que apenas eu e a


assistente social de fato lidamos com pacientes mais complexos, além de algumas
agentes comunitárias da minha equipe que são bem proativas para auxiliar-nos nesse
cuidado.

b) quais as características da equipe que mais lhe chamam a atenção: comunicação;


plano de cuidado; como agendas de interconsultas, fluxo, referenciamento e
contrarreferenciamento, cronograma de grupos coletivos, entre outros: a comunicação é
o nosso forte, consigo uma bola relação e resposta com as profissionais do serviço
social e com as agentes comunitárias

N2 - Médio (2,0 - 1,0 cada)

3. Avalie quais seriam os desafios identificados no cuidado à saúde das pessoas


portadoras de transtornos de saúde mental graves e persistentes ou transtornos mentais
complexos na sua equipe, apontando os caminhos possíveis para implementar melhor
acesso, resolutividade e coordenação do cuidado.

Acredito que o passo que precisamos na minha equipe é treinamento, porque no


momento não tenho como contar com o enfermeiro da unidade nesses casos pois ele não
se sente apto no acolhimento dos mesmos, estamos sem técnico/auxiliar de
enfermagem, então sinto muita falta de alguém dentro da equipe para trabalhar junto.
Das seis agentes que compõem a equipe tenho quatro que possuem boa resposta no
cuidade desses pacientes, enquanto as outras duas ainda precisam receber treinamento.

O fluxo do acolhimento também precisa ser revisto, pois mais uma vez todos os
pacientes da saúde mental são direcionados para mim.

Acredito que o matriciamento com os profissionais do CAPS também ajudaria muito na


tomada de decisão sobre quais casos precisam ser encaminhados para lá. Atualmente o
caps está superlotado e recusando a maioria de pacientes que procura atendimento lá, se
houvesse melhor comunicação entre os níveis de atenção ajudaria a reduzir essa
demanda e aumentaria a resolutividade das ESFs.

No momento tenho entrado sempre em contato com o Telessaúde quando tenho dúvidas
no manejo e os profissionais sempre me dão orientação satisfatória e resolutiva.

N3 – Difícil (2,0)

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