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1. Sumário
1. Introdução ................................................................................................................. 3 

2.  Conceitos e Definições Principais .......................................................................... 3 

2.1  Definição de Projeto ........................................................................................ 3 

2.2  Definição de Gerência de Projetos .................................................................. 4 

2.3  Definição de Programa e Subprojeto ............................................................... 5 

2.4  Ciclo de Vida de um Projeto ............................................................................. 5 

2.5  Partes Interessadas em um Projeto ‐ Stakeholders ......................................... 8 

2.6  Estruturas Organizacionais .............................................................................. 9 

2.7  Escritório de Projetos – PMO ......................................................................... 14 

2.8  Escopo de um Projeto .................................................................................... 15 

2.9  Plano de Gerenciamento de um Projeto ....................................................... 16 

3.  O Gerente de Projetos ......................................................................................... 16 

3.1  Habilidades do Gerente de Projetos .............................................................. 17 

4.  Metodologias em Gerenciamento de projetos ................................................... 18 

4.1  O Project Management Body of Knowledge – PMBoK .................................. 19 

4.1.1  Grupo de processos de iniciação ............................................................... 19 

4.1.2  Grupo de processos de planejamento ...................................................... 20 

4.1.3  Grupo de processos de execução .............................................................. 22 

4.1.4  Grupo de processos de monitoramento e controle.................................. 24 

4.1.5  Grupo de processos de encerramento ...................................................... 25 

4.1.6  Áreas de conhecimento do gerenciamento de projetos .......................... 26 

4.1.7  Gerenciamento de integração do projeto ................................................ 26 

4.1.8  Gerenciamento do escopo do projeto ...................................................... 27 

4.1.9  Gerenciamento de tempo do projeto ....................................................... 28 

4.1.10  Gerenciamento de Custos do Projeto ....................................................... 28 

4.1.11  Gerenciamento da Qualidade do Projeto ................................................. 29 

4.1.12  Gerenciamento de Recursos Humanos do Projeto ................................... 29 

4.1.13  Gerenciamento das comunicações do projeto ......................................... 30 
 

4.1.14  Gerenciamento de riscos do projeto ........................................................ 31 

4.1.15  Gerenciamento de aquisições do projeto ................................................. 32 

4.2  O IPMA Competence Baseline ‐ ICB ............................................................... 33 

4.2.1  Competências Técnicas ............................................................................. 33 

4.2.2  Competências Comportamentais .............................................................. 34 

4.2.3  Competência Contextual ........................................................................... 35 

4.3  Scrum ............................................................................................................. 35 

5.  Instituições Certificadoras em Gerenciamento de Projetos ............................... 38 

5.1  Project Management Institute ‐ PMI ............................................................. 38 

5.2  International Project Management Association ‐ IPMA ................................ 39 

5.3  Project In a Controlled Environment ‐ PRINCE2 ............................................ 39 

5.4  AGI .................................................................................................................. 40 

6.  Técnicas e Ferramentas Para Gerenciamento de Projetos ................................. 41 

6.1  Estrutura Analítica do Projeto ........................................................................ 41 

6.2  Caminho Crítico .............................................................................................. 43 

6.3  WBS Chart Pro ................................................................................................ 45 

6.4  MSProjetct ..................................................................................................... 46 

6.5  OpenProj ........................................................................................................ 46 

7.  Bibliografias consultadas ..................................................................................... 48 

 
 

1. Introdução
Nos últimos anos tem‐se observado que as mudanças no ambiente das organizações 
vêm ocorrendo cada vez mais rápido, e isso tem levado um número cada vez maior 
de empresas a adotarem metodologias de gerenciamento de projetos no seu dia‐a‐
dia. 

A  competitividade  cada  vez  mais  acirrada,  margens  de  lucro  cada  vez  menores, 
clientes  exigentes  e  avanços  tecnológicos  constantes,  caracterizam  este  novo  um 
cenário,  exigindo  das  organizações  a  execução  de  projetos  com  prazo  e  recursos 
cada vez mais restritos. 

Gerenciar  bem  os  projetos  dentro  de  uma  organização,  sejam  estes  o 
desenvolvimento  de  um  novo  produto,  o  lançamento  de  uma  campanha  de 
marketing,  a  abertura  de  uma  nova  filial,  a  implantação  de  um  novo  processo 
produtivo,  ou  a  adoção  de  uma  nova  tecnologia,  tornou‐se  não  somente  um 
AULA 1 

diferencial  competitivo  mas,  sobretudo,  uma  questão  de  sobrevivência  para  as 
organizações. 

2. Conceitos e Definições Principais


Este capítulo apresenta conceitos e definições fundamentais em gerenciamento de 
projetos. Conceitos estes importantes para que o leitor entenda em sua totalidade 
as técnicas, ferramentas e processos utilizados para realizar a gestão de um projeto. 

2.1 Definição de Projeto


 A  revisão  da  literatura mostra  que as  definições 
de  projeto  são  similares  e  apresentam  diversos 
fatores  em  comuns,  facilitando  assim  o 
enquadramento  do  que  seja  um  projeto  dentro 
das  organizações.  A  International  Standard 
Organization  (1997),  em  sua  norma  ISO  10006, 
conceitua um projeto como sendo um processo único consistindo de um grupo de 
atividades coordenadas e controladas com datas para início e término, empreendido 
para alcance de um objetivo conforme requisitos específicos, incluindo limitações de 
tempo, custo e recursos. 


 
 

Heldman  (2006)  define  um  projeto  como  um  empreendimento  temporário,  com 
datas  de  início  e  término  definidas,  que  tem  por  finalidade  criar  um  produto  ou 
serviço único, e que está concluído quando suas metas e objetivos forem alcançados 
e aprovados pelas partes interessadas. 

O  guia  PMBOK  do  Project  Management  Institute  ‐  PMI,  traz  o  conceito  de  projeto 
como sendo um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou 
resultado exclusivo (PMI, 2004). 

Embora  a  palavra  pessoas  não  apareça  nestas  definições,  a  presença  destas  é 


indispensável  para  caracterização  de  um  projeto.  Assim  outras  definições  de 
projetos  explicitam  a  necessidade  das  pessoas  para  a  condução  das  atividades. 
Dinsmore  e  Cavalieri  (2005)  definem  projeto  como  sendo  um  empreendimento 
único,  com  início  e  fim  determinados,  que  utiliza  recursos  e  é  conduzido  por 
pessoas, visando atingir objetivos pré‐definidos.  

Portanto pode‐se definir projeto como sendo um conjunto de atividades conduzidas 
AULA 1 

por pessoas, com um ou mais objetivos bem definidos, que precisam ser alcançados 
dentro  de  um  tempo  e  orçamento  determinados,  gerando  um  ou  mais  resultados 
singulares para as partes interessadas. 

2.2 Definição de Gerência de Projetos


Atkinson  (1999)  citando  Oisen,  que  em  1971, 
referenciando  a  primeira  tentativa  de  definição 
de  gerenciamento  de  projeto,  na  década  de 
1950,  o  define  como  sendo  a  aplicação  de  um 
conjunto  de  ferramentas  e  técnicas  para 
direcionar  o  uso  de  diversos  recursos  para  a 
realização  de  uma  única,  e  complexa  tarefa 
dentro  de  restrições  de  tempo,  custo  e 
qualidade.  

Uma  das  definições  mais  difundidas  é  a  apresentada  pelo  PMI  (2004),  que  diz  se 
tratar  da  aplicação  de  conhecimento,  competências,  ferramentas  e  técnicas  às 
atividades do projeto, a fim de atender aos seus requisitos. Postanto pode‐se definir, 
de  forma  mais  abrangente,  que  gerenciamento  de  projetos  é  a  aplicação  de 
conhecimentos,  habilidades,  ferramentas  e  técnicas  na  elaboração  de  atividades 
relacionadas  para  atingir  um  conjunto  de  objetivos  pré‐definidos,  dentro  de 


 
 

restrições  de  tempo,  custo  e  qualidade,  através  da  mobilização  de  recursos 
humanos. 

2.3 Definição de Programa e Subprojeto


Um  programa  é  definido  como  sendo  um  conjunto  de  projetos  gerenciados  de 
forma coordenada para a obtenção de benefícios que não poderiam ser alcançados 
se  gerenciados  individualmente.  Assim  sendo,  enquanto  cada  projeto  tem  início  e 
fim  definidos,  programas  podem  incluir  vários  projetos  gerenciados  de  forma 
coordenada e integrada, podendo envolver também operações continuadas. 

Um  subprojeto  é  componentes  gerenciável  pertencente  a  um  projeto  maior, 


responsável por uma parte do projeto ou por uma fases específica. 

2.4 Ciclo de Vida de um Projeto


Para um melhor gerenciamento do projeto, é prática comum a sua divisão em fase, 
que  de  forma  conjunta  passam  a  ser  denominadas  de  ciclo  de  vida  do  projeto.  As 
AULA 1 

fases do ciclo de vida de um projeto podem mudar entre as organizações, e não há 
uma regras para isso, cabendo a cada organização criar seus padrões. Entretanto, a 
maioria dos ciclos de vida dos projetos, possuem características comuns, são elas: 

 As fases geralmente são seqüenciais; 
 Os níveis de custos e de pessoas são baixos no início, atingem o valor máximo 
durante as fases intermediárias e diminuem bruscamente na fase final; 
 No  início  do  projeto  o  nível  de  incertezas  é  elevado  e,  portanto,  o  risco  de 
não  atingir  os  objetivos  do  projeto  é  alto,  mas  com  o  passar  do  tempo  as 
certeza de término vão se tornando maior;
 Com o passar do tempo as partes interessadas vão perdendo a capacidade de 
influenciar nas características finais do produto e no custo do projeto. 
Ás vezes o ciclo de vida do projeto é confundido com o ciclo de vida do produto. O 
ciclo  de  vida  do  produto  refere‐se  às  fases  que  vão  desde  a  identificação  da 
necessidade ou da idéia de se lançar um novo produto até a disposição final deste 
produto  após  seu  uso.  Portanto,  o  ciclo  de  vida  do  produto  pode  conter  vários 
projetos,  como  o  projeto  do  produto  em  si,  o  projeto  de  uma  nova  linha  de 
produção para o produto, a campanha de marketing para lançamento. 


 
 

Muitas organizações adotam a prática de determinar um modelo de ciclo vida único 
para  todos  os  seus  projetos,  isto  facilita  o  acompanhamento  da  alta  direção  em 
relação aos vários projetos executados simultaneamente. 

O ciclo de vida de um projeto define as fases que conectam o inicio do projeto ao 
seu final. A transição de uma fase para a outra dentro do ciclo de vida de um projeto 
em  geral,  envolve  e  normalmente,  é  definida  por  alguma  forma  de  transferência 
técnica ou entrega. As entregas de uma fase geralmente são revisadas, para garantir 
que estejam completas e exatas, e aprovadas antes que o trabalho seja iniciado na 
próxima  fase.  No  entanto,  não  é  incomum  que  uma  fase  seja  iniciada  antes  da 
aprovação  das  entregas  da  fase  anterior,  quando  os  riscos  envolvidos  são 
considerados aceitáveis. 

Embora muitos ciclos de vida do projeto possuam nomes de fases semelhantes com 
entregas semelhantes, poucos ciclos de vida são idênticos. Alguns podem ter quatro 
ou  cinco  fases,  mas  outros  podem  ter  nove  ou  mais.  Áreas  de  aplicação  isoladas 
AULA 1 

reconhecidamente  apresentam  variações  significativas.  O  ciclo  de  vida  de 


desenvolvimento  de  software  de  uma  organização  pode  ter  uma  única  fase  de 
projeto,  enquanto  outro  pode  ter  fases  diferentes  para  projeto  arquitetural  e 
detalhado. 

De  forma  clássica  o  ciclo  de  vida  do  projeto  é  definido  em  cinco  fases  distintas: 
iniciação; planejamento; execução; controle e encerramento. A Figura 1 ilustra estas 
fases. 

 
Nível de atividade

Encerramento
Planejamento

Execução
Iniciação

Controle

Tempo  

Figura 1 ‐ Fases do ciclo de vida do projeto. 


 
 

Fase de iniciação: fase inicial do projeto, quando uma necessidade é identificada e 
transformada em um problema a ser resolvido pelo projeto. É onde as estratégias de 
condução são identificadas e selecionadas. É nesta fase que a missão e o objetivo do 
projeto são definidos 

Fase  de  planejamento:  onde  ocorre  o  detalhamento  do  que  será  realizado  no 
projeto,  onde  são  elaborados  os  cronogramas,  dependências  entre  atividades, 
alocação  de  recursos,  análise  de  custos,  etc.,  com  o  objetivo  de  se  obter  o 
detalhamento suficiente para que o projeto possa ser executado sem imprevisto ou 
dificuldades. Nesta fase também são elaborados os demais planos do projeto, como 
planos de comunicação, de gestão de configuração, riscos, qualidade. 

Fase  de  execução:  fase  da  concretização,  onde  tudo  o  que  foi  planejado 
anteriormente toma forma. É nesta fase que aparecem os erros cometidos nas fases 
anteriores,  também  é  neste  momento  que  ocorre  a  maior  alocação  de  recursos, 
custo e esforço do projeto. 
AULA 1 

Fase  de  controle:  fase  que  ocorre  paralelamente  desde  o  planejamento  até  o 
encerramento do projeto. É onde é comparado o que foi planejado com o que está 
sendo realizado em tremo de custo, prazos, recursos, esforço de forma a se poder 
tomar ações para a correção dos rumos e proporcionar um realimentação rápida do 
projeto, evitando que os desvios afetem o sucesso do projeto. 

Fase de encerramento: quando ocorre a entrega dos últimos produtos do projeto, os 
contratos, documentos e livros são encerrados, onde ocorre a verificação do projeto 
por terceiros ou internamente. Também nesta fase ocorre o levantamento das lições 
aprendidas,  ou  seja,  o  que  deu  errado  e  pode  ser  melhorado  e  o  que  deu  certo  e 
deve ser repetido em projetos futuros. 

Conforme  apresentado  na  Figura  1  as  fases  não  são  estanques,  havendo 
sobreposição  entre  elas,  e  também  muitas  vezes  um  projeto  inicia  uma  nova  fase 
sem que a anterior tenha sido oficialmente encerrada, desde haja a segurança com 
relação aos riscos envolvidos no projeto. 

   


 
 

2.5 Partes Interessadas em um Projeto ‐ Stakeholders


Todas  as  decisões  tomadas  no  âmbito 
empresarial,  seja  em  sua  estratégia  ou  em  um 
projeto,  sofrem  de  alguma  forma  influência 
tanto  de  agentes  internos  como  de  agentes 
externos  da  empresa,  podendo  estes  serem 
indivíduos e organizações. A estes agendes dá‐se 
a denominação de stakeholders. 

A  palavra  stakeholders  é  uma  junção  de  duas  palavras  da  língua  inglesa,  stake 
(mostrar interesse por alguém ou algo) e holders (titular). 

De maneira mais ampla, os stakeholders compreendem todos os envolvidos em um 
processo,  que  pode  ser  de  caráter  temporário  (como  um  projeto)  ou  duradouro 
(como o negócio de uma empresa ou a missão de uma organização). 
AULA 1 

O  sucesso  de  qualquer  projeto  é  dependente  da  participação  de  suas  partes 
interessadas e por isso é necessário assegurar que suas expectativas e necessidades 
sejam  conhecidas  e  consideradas  pelo  gerente  de  projetos.  De  modo  geral,  essas 
expectativas  envolvem  satisfação  de  necessidades,  compensação  financeira  e 
comportamento ético. Cada indivíduo ou grupo representa um determinado tipo de 
interesse  no  projeto.  O  envolvimento  de  todos  não  maximiza  obrigatoriamente  o 
sucesso de um projeto, mas permite achar um equilíbrio de forças e minimizar riscos 
e impactos negativos na sua execução. 

Os primeiros stakeholders que imagina‐se em um projeto são o Gerente de Projeto, 
o  Patrocinador  do  Projeto,  a  Equipe  de  Projeto  e  o  Cliente.  Entretanto,  na  prática 
podem existir muitos outros.  

Alguns exemplos possíveis de stakeholders são: 

 Acionistas; 
 Donos; 
 Investidores; 
 Empregados; 
 Fornecedores; 
 Sindicatos; 
 Associações; 
 Comunidades onde a empresa tem operações; 


 
 

 Grupos Normativos; 
 Governos municipais; 
 Governos estatais; 
 Governo federal; 
 ONGs; 
 Concorrentes; e etc. 

Além  disso,  cada  projeto  pode  ter  alguns  stakeholders  que  sejam  específicos  para 
sua realidade, e que não se apliquem a outros projetos. 

A  importância  de  identificar  os  stakeholders  é  que  além  de  serem  afetados  pelo 
projeto,  eles  podem  ter  uma  influência  direta  ou  indireta  no  seu  resultado.  Uma 
falha nesta identificação significará que o gerente de projeto não estará pensando 
nas necessidades de todos os envolvidos, e isto é um fator de risco para o projeto. 

Ao  mesmo  tempo,  o  gerente  de  projeto  deve  ter  o  cuidado  em  não  procurar 
AULA 2 

stakeholders  por  todos  os  lados,  ou  ficará  com  um  cenário  difícil  de  gerenciar,  e 
nesse sentido o bom senso e a experiência do gerente são fundamentais. 

2.6 Estruturas Organizacionais


A  estrutura  organizacional,  de  forma 
simplificada,  significa  como  uma  empresa  é 
organizada  para  desenvolver  as  suas  funções, 
podendo variar de funcional a uma estrutura por 
projetos.  Portanto  a  estrutura  de  uma  empresa 
pode  determina  como  os  projetos  serão 
desenvolvidos. 

Estes  arranjos  são  influenciados  principalmente  pela  natureza  e  pelos  negócios  da 
organização,  onde  temos  por  um  lado  organizações  que  só  fazem  trabalhos  de 
projetos,  como  empresas  de  construção  onde  seus  departamentos  dedicam‐se  a 
projetos  exclusivos,  ou  organizações  que  são  montadas  para  a  viabilização  de  um 
evento específico, que após a realização do mesmo são desfeitas, e também existem 
as empresas de produção contínua, onde impera a operação rotineira. Entretanto, a 
maioria das organizações conduz operações rotineiras e projetos. 

As  organizações  que  possuem  uma estrutura  funcional  são  principalmente  aquelas 


voltadas  para  a  fabricação  de  um  bem  ou  para  a  execução  de  um  determinado 
serviço.  Nestas  organizações  os  projeto  são  voltados  para  implementação  de  um 


 
 

novo produto ou serviço, ou seja, os projetos são visto como atividades de suporte. 
Nestas  organizações,  geralmente,  o  gerente  de  projeto  tem  dificuldades  para 
conduzir seus trabalhos, pois os projetos não fazem parte da lista de prioridades da 
organização. 

Nas  organizações  baseadas  em  projetos  o  trabalho  é  totalmente  voltado  para 


projetos,  e  cada  um  destes  tem  o  seu  próprio  sistema  de  controle.  Nestas 
organizações  todos  os  funcionários  da  organização  atuam  em  algum  projeto,  e  os 
gerentes têm total autoridade, inclusive funcional sobre os membros de sua equipe, 
sendo sua função principal, o gerenciamento de projetos. 

A estrutura da organização executora de projeto geralmente limita a disponibilidade 
de recursos em um espectro que varia de uma estrutura funcional a uma estrutura 
por projeto, com diversas estruturas matriciais intermediárias. A Tabela 1 apresenta 
importantes  características  e  o  grau  de  influência  da  estrutura  organizacional  nos 
projetos. 
AULA 2 

Estrutura   Matricial
organizacional  Funcional  Por projeto 
 

Características   Fraca  Balanceada  Forte 


do projeto 

Autoridade do gerente de  Pouca ou  Baixa a  Moderada  Alta e quase 


Limitada 
projetos  nenhuma  moderada  a alta  total 

Pouca ou  Baixa a  Moderada  Alta e quase 


Disponibilidade de recursos  Limitada 
nenhuma  moderada  a alta  total 

Gerente 
Quem controla o  Gerente  Gerente  Gerente de 
Misto  de 
orçamento do projeto  funcional  funcional  projetos 
projetos 
Função do gerente de  Tempo  Tempo  Tempo  Tempo  Tempo 
projetos  parcial  parcial  integral  integral  integral 

Equipe administrativa do  Tempo  Tempo  Tempo  Tempo  Tempo 


gerenciamento de projetos  parcial  parcial  parcial  integral  integral 

Tabela 1 ‐ Influências da estrutura organizacional nos projetos. Fonte: PMI 2004. 

A organização funcional clássica, apresentada na Figura 2, é uma hierarquia em que 
cada  funcionário  possui  um  superior  bem  definido.  Os  funcionários  são  agrupados 
por especialidade, como produção, marketing, engenharia e contabilidade, no nível 
superior. Nestas organizações o escopo do projeto geralmente é restrito aos limites 
da função. O departamento de engenharia em uma organização funcional fará o seu 
trabalho do projeto de modo independente dos departamentos de produção ou de 

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marketing.  Quando  é  realizado  o  desenvolvimento  de  um  novo  produto  em  uma 
organização  puramente  funcional,  a  fase  de  projeto  do  produto  inclui  somente 
pessoal  do  departamento  de  engenharia.  Em  seguida,  quando  surgirem  questões 
sobre  produção,  elas  serão  passadas  para  o  chefe  de  departamento  no  nível 
hierárquico superior da organização, que irá consultar o chefe do departamento de 
produção.  O  chefe  do  departamento  de  engenharia  então  passará  a  resposta  de 
volta  para  o  gerente  funcional  de  engenharia,  no  nível  hierárquico  inferior  o  que 
pode causar atrasos, perda de foco e falta de prioridade para o projeto. 

 
AULA 2 

Figura 2 – Organização Funcional. 

Na  organização  por  projetos,  apresentada  na  Figura  3,  os  membros  da  equipe 
geralmente  são  colocados  juntos.  A  maior  parte  dos  recursos  da  organização  está 
envolvida  no  trabalho  do  projeto  e  os  gerentes  de  projetos  possuem  grande 
independência  e  autoridade.  As  organizações  por  projeto  em  geral  possuem 
unidades  organizacionais  denominadas  departamentos,  mas  esses  grupos  se 
reportam diretamente ao gerente de projetos ou oferecem serviços de suporte para 
os diversos projetos. 

11 
 
 

Figura 3 ‐ Organização projetizada. 

As organizações matriciais, conforme é apresentado nas Figura 4, Figura 5 e Figura 6 
AULA 2 

são uma combinação de características das organizações funcional e por projeto. As 
matrizes fracas mantêm muitas das características de uma organização funcional e a 
função  do  gerente  de  projetos  é  mais  parecida  com  a  de  um  coordenador  ou 
facilitador  que  com  a  de  um  gerente.  De  modo  semelhante,  as  matrizes  fortes 
possuem  muitas  das  características  da  organização  por  projeto,  e  podem  ter 
gerentes  de  projetos  em  tempo  integral  com  autoridade  considerável  e  pessoal 
administrativo trabalhando para o projeto em tempo integral. Embora a organização 
matricial  balanceada  reconheça  a  necessidade  de  um  gerente  de  projetos,  ela  não 
fornece  ao  gerente  de  projetos  autoridade  total  sobre  o  projeto  e  os  recursos 
financeiros do projeto. 

12 
 
 

Figura 4 ‐ Organização matricial fraca. 

Figura 5 ‐ Organização matricial balanceada. 
AULA 2 

Figura 6 ‐ Organização matricial forte. 

A  maioria  das  organizações  modernas  envolve  todas  essas  estruturas  em  vários 
níveis,  conforme  mostrado  na  Figura  7  (Organização  composta).  Por  exemplo,  até 
mesmo  uma  organização  fundamentalmente  funcional  pode  criar  uma  equipe  de 
projeto especial para cuidar de um projeto crítico. Essa equipe pode ter muita das 
características de uma equipe de projeto em uma organização por projeto. A equipe 
pode incluir pessoal de diferentes departamentos funcionais trabalhando em tempo 

13 
 
 

inttegral,  podee  desenvolvver  seu  próóprio  conjunto  de  procedimentoss  operacion


nais  e 
po
ode operar ffora da estrrutura hieráárquica form
mal padrão

 
AULA 2 

Figura 7 ‐‐ Organização composta.. 

2.7 Escritórrio de Projjetos – PM


MO
Atualmente  muitas  organizaçções  proccuram 
centralizar e coordena
ar o gerenc iamento de
e seus 
vários  projjetos  por  meio 
m da  uttilização  de
e  um 
escritório  de  projettos  (Projecct  Manage
ement 
MO).  Um  dos 
Office  ‐  PM d principaais  objetivo
os  do 
PMO  é  oriientar  e  dar  suporte  aaos  gerente
es  de 
pro
ojetos, perm
mitindo à empresa dessenvolver seus projeto
os da forma  mais eficie
ente e 
efiicaz possíveel. 

O  PMO  é  ressponsável  por 


p padroniizar  os  proccessos  de  gerenciame
g ento  de  pro
ojetos 
utiilizando  ass  melhoress  práticas,  desenvolvvendo  habilidades,  cconhecimen
nto  e 
fom
mentando aas atitudes necessáriass para o successo dos prrojetos. 

A ffunção de u
um PMO em
m uma orga nização pod
de variar de
e uma assesssoria, limitada à 
reccomendaçãão  de  políticcas  e  proceedimentos  específicos 
e sobre  proj etos  individ
duais, 
atéé  uma  conccessão  form
mal  de  autooridade  pela  gerência  executiva.  Nesses  cassos,  o 
PM
MO pode, por sua vez, delegar suaa autoridad
de ao gerentte de projettos específiico. O 

14 
 
 

gerente  de  projetos 


p terá  apoio  aadministratiivo  do  PMO  através  de  funcion
nários 
deedicados ou
u de um fun
ncionário coompartilhad
do. Os mem
mbros da eqquipe do prrojeto 
serão  dedicados  ao  pro
ojeto  ou  pooderão  inclluir  funcion
nários  comppartilhados  com 
ou
utros projeto
os e que, po
or sua vez, ssão gerenciiados pelo P
PMO. 

Oss membros da equipe d ente ao gereente de pro
do projeto sse reportarãão diretame ojetos 
ou
u,  se  forem
m  compartilhados,  aao  PMO.  O 
O gerente de  projeetos  se  reporta 
dirretamente  ao PMO. Além disso, aa flexibilidaade do gere
enciamento 
o centralizad
do do 
PM
MO  pode  oferecer 
o ao
o  gerente  de  projeto
os  maior  op
portunidadee  de  prom
moção 
deentro  da  orrganização.  Membros   da  equipe
e  do  projeto  especia lizados  tam
mbém 
po
odem  estar  expostos  a 
a opções  altternativas  de carreira 
d na área  dee  gerenciam
mento 
dee projetos em organizações com PPMOs. 

Ob
bserve  que  se  existir  um 
u PMO,  aa  Figura  3  terá 
t uma  ca
aixa  adicionnal,  denominada 
PM
MO,  entre  a 
a camada  do 
d gerente  de  projeto
os  e  a  cama
ada  do  execcutivo  cheffe.  Da 
meesma  form
ma,  nas  Figgura  6  e  FFigura  7,  o  “chefe  de 
d gerentees  de  projetos” 
AULA 2 

ormalmentee  seria  o  gerente  do  PMO,  enquanto


no o  nas  ouutras  estru
uturas 
orgganizacionaais (Figura 4
4 e Figura 5 ), o PMO ge
eralmente n
não se repoorta diretam
mente 
ao
o executivo chefe. 

2.8 Escopo de um Pro


ojeto
O escopo d
de um proje
eto se dividde em escop
po do 
produto,  que  descrreve  as  ccaracterísticcas  e 
o produto o
funções do ou serviço fiinal, e escop
po do 
projeto,  que 
q descreve  o  quue  precisaa  ser 
realizado  para 
p entreg
gar  um  prooduto  ou  se
erviço 
com as carracterísticass e funções  especificad
das. 

Co
omece  por  definir 
d o  qu
ue  deve  serr  feito  e  o  que  não  de
eve.  Esse  p rocesso  permite 
en
ntender os ccontornos d ma linha divisória entree o que devve ser 
do projeto ee traçar um
feiito  e  o  quee  não  deve
e  ser,  e  lem
mbre‐se  “o
o  ótimo  é  inimigo 
i do  bom”,  ou  seja: 
en
nquanto se  persegue o “ótimo” diistancia‐se d e está bem  mais próxim
de algo que mo, o 
“bom”. Nestaa etapa o ge
erente de prrojetos preccisa afastar o fantasmaa da perfeição. 

A  definição d
do escopo d
do projeto aajuda a evittar que as e
equipes de  projeto pe
ercam 
tem
mpo e recursos resolve
endo probleemas que fo
ogem à sua alçada, e uuma vez deffinido 
o eescopo do p
projeto, pod
de‐se passa r para a fasse de detalh
hamento daas tarefas. 

15 
 
 

2.9 Plano de Gerenciamento de um Projeto


O  plano  de  gerenciamento  do  projeto  é  um  documento  criado  pelo  gerente  do 
projeto, com a colaboração da equipe e de alguns stakeholders chave. Trata‐se do 
principal documento de suporte ao gerenciamento do projeto. Este é constituído: 

 Termo de abertura do Projeto; 
 Declaração do Escopo; 
 Estrutura Analítica do Projeto (EAP); 
 Diagrama de rede; 
 Cronograma; 
 Principais marcos; 
 Matriz de responsabilidades; 
 Sistema de controle de mudanças; 
 Linha de Base da Medição de Desempenho; 
 Plano de Gerenciamento de Custos; 
AULA 2 

 Plano de Gerenciamento de Riscos; 
 Plano de Gerenciamento de Aquisições; 
 Plano de Gerenciamento da Qualidade; 
 Plano de Gerenciamento das Comunicações. 

O planejamento do projeto é um processo dinâmico que ocorre  durante todo o ciclo 
de vida do projeto, se sobrepondo em muitos momentos aos processos de execução 
e  controle  do  projeto.  Entretanto,  é  recomendado  que  o  plano  seja  elaborado, 
desde o início, da forma mais completa possível. 

3. O Gerente de Projetos 
No ano de 1955 Robert Katz, afirmou que quando mais subir na hierarquia de uma 
empresa,  um  gerente  precisa  cada  vez  menos  de  habilidades  técnicas  e  cada  vez 
mais de habilidades para lidar com pessoas. Esta afirmação, embora com mais de 50 
anos, continua atualizada e expressa claramente a importância para um gerente de 
projetos de habilidades para gerenciar pessoas. 

   

16 
 
 

3.1 Habilidades do Gerente de Projetos


Um  gerente  de  projetos  trabalha, 
fundamentalmente,  em  equipe.  Portanto, 
pessoas  com  poucas  habilidades  de 
relacionamento  interpessoal  não  são  bons 
candidatos  a  exercerem  este  papel.  Muitos 
gerentes de projetos chegam a este cargo por se 
destacarem  em  suas  especialidades,  mas  são 
escolhidos  principalmente  por  se  destacarem  como  bons  articuladores  e  bons 
gerentes de pessoas. 

O  gerente  de  projetos  é  a  pessoa  responsável  pela  realização  dos  objetivos  do 
projeto. Gerenciar um projeto inclui:  

 Identificação das necessidades 
 Estabelecimento de objetivos claros e alcançáveis 
AULA 2 

 Balanceamento das demandas conflitantes de qualidade, escopo, tempo 
e custo 
 Adaptação das especificações, dos planos e da abordagem às diferentes 
preocupações e expectativas das diversas partes interessadas. 

Especificamente  os  gerentes  de  projetos  precisam  ter  qualificações  em  três  áreas 
distintas:  

 Gestão  de  projetos:  conhecimento  de  habilidades  e  técnicas  para 


conduzir o projeto; 
 Gestão de negócios: habilidades necessárias a qualquer gerente, como 
negociação, finanças, recursos humanos, comunicação. 
 Técnica: conhecimento técnico do produto do projeto, ou do ambiente 
no qual o mesmo se desenvolve. 

O grau de exigência de cada uma destas qualificações irá variar de acordo com o tipo 
de projeto, a equipe envolvida, estrutura organizacional, objetivos e expectativas. 

Um  relevante  estudo  que  aborda  as  habilidades  dos  gerentes  de  projetos  foi 
conduzido por Kerzner (1992), segundo o autor existem dez importantes habilidades 
inerentes ao gerente de projetos, as quais estão expressas na Tabela 2.

Habilidades Características

17 
 
 

Construção de  Capacidade de formar e gerenciar equipes de trabalho
Equipes 
Liderança  Capacidade de influenciar a equipe e todos os envolvidos no projeto 
Resolução de  Capacidade de identificar e resolver os conflitos no âmbito do projeto 
Conflito 
Competência  Capacidade de coordenar as ações técnicas do projeto
Técnica 
Planejamento  Capacidade de elaborar planos e executá‐los.
Organização  Capacidade de estabelecer os critérios de trabalho no âmbito do projeto
Empreendedor  Capacidade de gerar e gerenciar negócios para o projeto. 
Administração  Capacidade de desenvolver técnicas de controle, orçamento, etc. 
Suporte Gerencial Capacidade de gerenciar as interfaces com todos os envolvidos no projeto, 
principalmente com a alta administração. 
Alocar Recursos  Capacidade de estabelecer os recursos necessários às várias fases do 
projeto 
Tabela 2 – Habilidades do Gerente de Projetos, segundo Kerzner (1992)

O gerente de projetos é reconhecido como um administrador de um grande número 
de  diferentes  interfaces,  com  um  relacionamento  bastante  dinâmico  entre  si.  Para 
lidar  com  estas  interfaces  e  com  a  elevada  responsabilidade  inerentes  ao  cargo, 
AULA 3 

espera‐se que este profissional possua um alto grau de flexibilidade face à limitada 
autoridade formal de que pode fazer uso (SBRAGIA, MAXIMIANO & KRUGLIANSKAS, 
1986). 

4. Metodologias em Gerenciamento de projetos


Antes de iniciar esta seção, é importante esclarecer que o termo “Metodologia” em 
Gerenciamento  de  Projetos,  utilizado  comumente  na  literatura,  na  internet,  em 
palestras, e também nesta apostila, se refere a um conjunto de conhecimentos em 
Gerenciamentos de Projetos, que abrange processos, ferramentas, técnicas, etc. 

Cabe  a  cada  organização,  baseada  nas  melhores  práticas  de  gerenciamento  de 
projetos,  e  no  seu  negócio,  criar  sua  própria  “Metodologia”,  podendo  esta  ser 
baseada  em  distintos  conjuntos  de  conhecimento,  seja  do  PMI,  AGI,  IPMA,  Scrum, 
XP, etc. Uma metodologia, baseada nas melhores práticas do mercado, traz em seus 
processos,  fluxogramas,  modelos  e  ferramentas  com  anos  de  conhecimento 
acumulado pelo mercado e pelos especialistas que a desenvolveram. 

Nesta  seção  são  apresentados  alguns  processos,  práticas,  e  técnicas  presentes  no 
corpo  de  conhecimentos  de  algumas  organizações  internacionais  fomentadoras  do 
gerenciamento de projetos. 

18 
 
 

4.1 O Project Management Body of Knowledge – PMBoK


O  PMI,  em  seu  Guia  denominado  de  PMBoK  (Project  Management  Body  of 
Knowledge)  descreve  a  natureza  dos  processos  de  gerenciamento  de  projetos  em 
termos  da  integração  entre  os  processos,  das  interações  dentro  deles  e  dos 
objetivos a que atendem. Esses processos são agregados em cinco grupos, definidos 
como os grupos de processos de gerenciamento de projetos: 

 Grupo de processos de iniciação. Define e autoriza o projeto ou uma fase do 
projeto. 
 Grupo de processos de planejamento. Define e refina os objetivos e planeja a 
ação necessária para alcançar os objetivos e o escopo para os quais o projeto 
foi realizado. 
 Grupo  de  processos  de  execução.  Integra  pessoas  e  outros  recursos  para 
realizar o plano de gerenciamento do projeto para o projeto. 
 Grupo  de  processos  de  monitoramento  e  controle.  Mede  e  monitora 
AULA 3 

regularmente o progresso para identificar variações em relação ao plano de 
gerenciamento  do  projeto,  de  forma  que  possam  ser  tomadas  ações 
corretivas quando necessário para atender aos objetivos do projeto. 
 Grupo  de  processos  de  encerramento.  Formaliza  a  aceitação  do  produto, 
serviço  ou  resultado  e  conduz  o  projeto  ou  uma  fase  do  projeto  a  um  final 
ordenado. 

Os grupos de processos necessários e seus processos constituintes são orientações 
para a aplicação do conhecimento e das habilidades de gerenciamento de projetos 
adequados  durante  o  projeto.  O  gerente  de  projetos  e  sua  equipe  são  os 
responsáveis  pela  determinação  de  que  processos  dos  grupos  de  processos  serão 
empregados, e o grau de rigor que será aplicado à execução desses. 

4.1.1 Grupo de processos de iniciação

O  Grupo  de  processos  de  iniciação  é  constituído  pelos  processos  que  facilitam  a 
autorização formal para iniciar um novo projeto ou uma fase do projeto. Por meio 
dos  processos  são  desenvolvidas  descrições  claras  dos  objetivos  do  projeto, 
incluindo as razões pelas quais um projeto específico se constitui na melhor solução 
alternativa para satisfazer os requisitos.  

Em projetos com várias fases, os processos de iniciação são realizados durante fases 
subseqüentes  para  validar  as  premissas  e  as  decisões  tomadas  anteriormente.  O 

19 
 
 

Grupo de processos de iniciação inicia um projeto ou uma fase do projeto e as saídas 
definem a finalidade do projeto, identificam os objetivos e autorizam o gerente de 
projetos a iniciar o projeto. 

O Grupo de processos de iniciação inclui os seguintes processos de gerenciamento 
de projetos: 

Desenvolver o termo  Este  processo  trata  principalmente  da  autorização  do  projeto 


de abertura do  ou, em um projeto com várias fases, de uma fase do projeto. É o 
projeto  processo  necessário  para  documentação  das  necessidades  de 
negócios  e  do  novo  produto,  serviço  ou  outro  resultado  que 
deve satisfazer esses requisitos. 

Desenvolver a  Este  é  o  processo  necessário  para  produzir  uma  definição 


declaração do  preliminar de alto nível do projeto usando o termo de abertura 
escopo preliminar  do  projeto  junto  com  outras  entradas  para  os  processos  de 
do projeto  iniciação.  Este  processo  aborda  e  documenta  os  requisitos  do 
projeto  e  da  entrega,  os  requisitos  do  produto,  os  limites  do 
AULA 3 

projeto, os métodos de aceitação e o controle de alto nível do 
escopo. 

4.1.2 Grupo de processos de planejamento

O  objetivo  deste  grupo  de  processos  é  desenvolver  o  plano  de  gerenciamento  do 
projeto.  Esses  processos  também  identificam,  definem  e  amadurece  o  escopo  do 
projeto, o custo do projeto e agendam as atividades do projeto que ocorrem dentro 
dele.  À  medida  que  forem  descobertas  novas  informações  sobre  o  projeto,  as 
dependências, os requisitos, os riscos, as oportunidades, as premissas e as restrições 
adicionais serão identificados ou resolvidos. 

A equipe do projeto deve usar as partes interessadas no planejamento do projeto, 
pois  elas  possuem  habilidades  e  conhecimento  que  podem  ser  aproveitados  no 
desenvolvimento  do  plano  de  gerenciamento  do  projeto  e  em  quaisquer  planos 
auxiliares.  A  equipe  do  projeto  deve  criar  um  ambiente  no  qual  as  partes 
interessadas possam contribuir de forma adequada. 

O  Grupo  de  processos  de  planejamento  facilita  o  planejamento  do  projeto  entre 
vários  processos.  O  Grupo  de  processos  de  planejamento  inclui  os  seguintes 
processos de gerenciamento de projetos: 

20 
 
 

Desenvolver o  Este  é  o  processo  necessário  para  definir,  preparar,  integrar  e 


plano de  coordenar  todos  os  planos  auxiliares  em  um  plano  de 
gerenciamento  gerenciamento  do  projeto.  O  plano  de  gerenciamento  do  projeto 
do projeto  se torna a principal fonte de informações de como o projeto será 
planejado, executado, monitorado e controlado, e encerrado. 

Planejamento do  Este  é  o  processo  necessário  para  criar  um  plano  de 


escopo  gerenciamento  do  escopo  do  projeto  que  documenta  como  o 
escopo do projeto será definido, verificado e controlado e como a 
estrutura analítica do projeto será criada e definida. 

Definição do  Este é o processo necessário para desenvolver uma declaração do 
escopo  escopo detalhada do projeto como base para futuras decisões do 
projeto. 

Criar EAP  Este é o processo necessário para subdividir as principais entregas 
do projeto e do trabalho do projeto em componentes menores  e 
mais facilmente gerenciáveis. 
AULA 3 

Definição da  Este  é  o  processo  necessário  para  identificar  as  atividades 


atividade  específicas  que  precisam  ser  realizadas  para  produzir  as  várias 
entregas do projeto. 

Seqüenciamento  Este  é  o  processo  necessário  para  identificar  e  documentar  as 


de atividades  dependências entre as atividades do cronograma. 

Estimativa de  Este é o processo necessário para estimar o tipo e as quantidades 
recursos da  de  recursos  necessários  para  realizar  cada  atividade  do 
atividade  cronograma. 

Estimativa de  Este  é  o  processo  necessário  para  estimar  o  número  de  períodos 


duração da  de  trabalho  que  serão  necessários  para  terminar  atividades  do 
atividade  cronograma específicas. 

Desenvolvimento  Este é o processo necessário para analisar os recursos necessários, 
do cronograma  restrições  do  cronograma,  durações  e  seqüências  de  atividades 
para criar o cronograma do projeto. 

Estimativa de  Este  é  o  processo  necessário  para  desenvolver  uma  aproximação 


custos  dos custos dos recursos necessários para terminar as atividades do 
projeto. 

Orçamentação  Este é o processo necessário para agregar os custos estimados de 
atividades  individuais  ou  pacotes  de  trabalho  para  estabelecer 

21 
 
 

uma linha de base dos custos.

Planejamento da  Este  é  o  processo  necessário  para  identificar  os  padrões  de 


qualidade  qualidade relevantes para o projeto e determinar como satisfazê‐
los. 

Planejamento de  Este  é  o  processo  necessário  para  identificar  e  documentar 


recursos  funções,  responsabilidades  e  relações  hierárquicas  do  projeto, 
humanos  além de criar o plano de gerenciamento de pessoal. 

Planejamento das  Este é o processo necessário para determinar as necessidades de 
comunicações  informação e de comunicação das partes interessadas no projeto. 

Planejamento do  Este é o processo necessário para decidir como abordar, planejar e 
gerenciamento de  executar as atividades de gerenciamento de riscos de um projeto. 
riscos 

Identificação de  Este é o processo necessário para determinar os riscos que podem 
AULA 3 

riscos  afetar o projeto e documentar suas características. 

Análise  Este  é  o  processo  necessário  para  priorizar  riscos  para  análise  ou 
qualitativa de  ação adicional subseqüente através de avaliação e combinação de 
riscos  sua probabilidade de ocorrência e impacto. 

Análise  Este é o processo necessário para analisar numericamente o efeito 
quantitativa de  dos riscos identificados nos objetivos gerais do projeto. 
riscos 

Planejamento de  Este é o processo necessário para desenvolver opções e ações para 
respostas a riscos  aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do 
projeto. 

Planejar compras  Este  é  o  processo  necessário  para  determinar  o  que  comprar  ou 


e aquisições  adquirir e quando e como fazer isso. 

Planejar  Este  é  o  processo  necessário  para  documentar  os  requisitos  de 


contratações  produtos,  serviços  e  resultados  e  identificar  possíveis 
fornecedores. 

  

4.1.3 Grupo de processos de execução

O  Grupo  de  processos  de  execução  é  constituído  pelos  processos  usados  para 
terminar o trabalho definido no plano de gerenciamento do projeto a fim de cumprir 
22 
 
 

os  requisitos  do  projeto.  Este  grupo  de  processos  envolve  a  coordenação  das 
pessoas e dos recursos, além da integração e da realização das atividades do projeto 
de  acordo  com  o  plano  de  gerenciamento  do  projeto.  Este  grupo  de  processos 
também  aborda  o  escopo  definido  na  declaração  do  escopo  do  projeto  e 
implementa as mudanças aprovadas. 

As  variações  normais  de  execução  exigirão  algum  replanejamento.  Essas  variações 
podem incluir durações de atividades, produtividade e disponibilidade de recursos, e 
riscos  não  esperados.  A  maior  parte  do  orçamento  do  projeto  será  gasta  na 
realização dos processos do Grupo de processos de execução. O Grupo de processos 
de execução inclui os seguintes processos de gerenciamento de projetos: 

Orientar e  Este  é  o  processo  necessário  para  orientar  as  diversas  interfaces 


gerenciar a  técnicas  e  organizacionais  que  existem  no  projeto  para  executar  o 
execução do  trabalho definido no plano de gerenciamento do projeto. 
projeto 
AULA 3 

Realizar a  Este é o processo necessário para aplicar as atividades de qualidade 
garantia da  planejadas e sistemáticas para garantir que o projeto emprega todos 
qualidade  os processos necessários para atender aos requisitos. 

Contratar ou  Este  é  o  processo  necessário  para  obter  os  recursos  humanos 


mobilizar a  necessários para terminar o projeto. 
equipe do projeto 

Desenvolver a  Este  é  o  processo  necessário  para  melhorar  as  competências  e  a 


equipe do projeto  interação de membros da equipe para aprimorar o desempenho do 
projeto. 

Distribuição das  Este  é  o  processo  necessário  para  colocar  as  informações  à 


informações  disposição  das  partes  interessadas  no  projeto  no  momento 
oportuno. 

Solicitar  Este  é  o  processo  necessário  para  obter  informações,  cotações, 


respostas de  licitações, ofertas ou propostas. 
fornecedores 

Selecionar  Este  é  o  processo  necessário  para  revisar  ofertas,  escolher  entre 


fornecedores  possíveis  fornecedores  e  negociar  um  contrato  por  escrito  com  o 
fornecedor. 

23 
 
 

4.1.4 Grupo de processos de monitoramento e controle

O Grupo de processos de monitoramento e controle é constituído pelos processos 
realizados para observar a execução do projeto, de forma que possíveis problemas 
possam ser identificados no momento adequado e que possam ser tomadas ações 
corretivas, quando necessário, para controlar a execução do projeto. 

Esse  monitoramento  contínuo  permite  que  a  equipe  do  projeto  tenha  uma  visão 
clara da saúde do projeto e destaca as áreas que exigem atenção adicional. O Grupo 
de  processos  de  monitoramento  e  controle,  além  de  monitorar  e  controlar  o 
trabalho  que  está  sendo  realizado  dentro  de  um  grupo  de  processos,  também 
monitora e controla todo o esforço do projeto. 

O Grupo de processos de monitoramento e controle inclui os seguintes processos de 
gerenciamento de projetos: 

Monitorar e  Este  é  o  processo  necessário  para  coletar,  medir  e  disseminar 


AULA 3 

controlar o  informações  sobre  o  desempenho  e  avaliar  as  medições  e  as 


AULA 3 

trabalho do  tendências para efetuar melhorias no processo. Este processo inclui 
projeto  o  monitoramento  de  riscos  para  garantir  que  os  riscos  sejam 
identificados no início, que o andamento seja relatado e que planos 
de  risco  adequados  estejam  sendo  executados.  O  monitoramento 
inclui emissão de relatórios de andamento, medição do progresso e 
previsão. Os relatórios de desempenho fornecem informações sobre 
o desempenho do projeto em relação a escopo, cronograma, custo, 
recursos, qualidade e risco. 

Controle  Este  é  o  processo  necessário  para  controlar  os  fatores  que  criam 
integrado de  mudanças  para  garantir  que  essas  mudanças  sejam  benéficas, 
mudanças  determinar  se  ocorreu  uma  mudança  e  gerenciar  as  mudanças 
aprovadas,  inclusive  o  momento  em  que  ocorrem.  Esse  processo  é 
realizado  durante  todo  o  projeto,  desde  a  iniciação  até  o 
encerramento do projeto. 

Verificação do  Este é o processo necessário para formalizar a aceitação das entregas 
escopo  do projeto terminadas. 

Controle do  Este  é  o  processo  necessário  para  controlar  as  mudanças  feitas  no 
escopo  escopo do projeto. 

Controle do  Este  é  o  processo  necessário  para  controlar  as  mudanças  feitas  no 
cronograma  cronograma do projeto. 

24 
 
 

Controle de  O  processo  de  influenciar  os  fatores  que  criam  as  variações  e 
custos  controlar as mudanças no orçamento do projeto. 

Realizar o  Este  é  o  processo  necessário  para  monitorar  resultados  específicos 


controle da  do  projeto  a  fim  de  determinar  se  eles  estão  de  acordo  com  os 
qualidade  padrões relevantes de qualidade e identificar maneiras de eliminar as 
causas de um desempenho insatisfatório. 

Gerenciar a  Este  é  o  processo  necessário  para  acompanhar  o  desempenho  de 


equipe do projeto  membros  da  equipe,  fornecer  feedback,  resolver  problemas  e 
coordenar mudanças para melhorar o desempenho do projeto. 

Relatório de  Este  é  o  processo  necessário  para  coletar  e  distribuir  informações 


desempenho  sobre o desempenho. Isso inclui relatório de andamento, medição do 
progresso e previsão. 

Gerenciar as  Este é o processo necessário para gerenciar a comunicação a fim de 
partes  satisfazer os requisitos das partes interessadas no projeto e resolver 
interessadas  problemas com elas. 
AULA 3 

Monitoramento e  Este  é  o  processo  necessário  para  acompanhar  os  riscos 


controle de riscos  identificados,  monitorar  os  riscos  residuais,  identificar  novos  riscos, 
executar planos de respostas a riscos e avaliar sua eficiência durante 
todo o ciclo de vida do projeto. 

Administração de  Este  é  o  processo  necessário  para  gerenciar  o  contrato  e  a  relação 


contrato  entre  o  comprador  e  o  fornecedor,  analisar  e  documentar  o 
desempenho  atual  ou  passado  de  um  fornecedor  e,  quando 
adequado, gerenciar a relação contratual com o comprador externo 
do projeto. 

4.1.5 Grupo de processos de encerramento

O  Grupo  de  processos  de  encerramento  inclui  os  processos  usados  para  finalizar 
formalmente todas as atividades de um projeto ou de uma fase do projeto, entregar 
o produto terminado para outros ou encerrar um projeto cancelado. Este grupo de 
processos,  quando  terminado,  verifica  se  os  processos  definidos  estão  terminados 
dentro  de  todos  os  grupos  de  processos  para  encerrar  o  projeto  ou  uma  fase  do 
projeto, conforme adequado, e estabelece formalmente que o projeto ou uma dada 
fase está concluída. 

25 
 
 

O  Grupo  de  processos  de  encerramento  inclui  os  seguintes  processos  de 
gerenciamento de projetos: 

Encerrar o  Este  é  o  processo  necessário  para  finalizar  todas  as  atividades  em 
projeto  todos  os  grupos  de  processos  para  encerrar  formalmente  o  projeto 
ou uma fase do projeto. 

Encerramento do  Este é o processo necessário para terminar e liquidar cada contrato, 
contrato  inclusive a resolução de quaisquer itens em aberto, e encerrar cada 
contrato aplicável ao projeto ou a uma fase do projeto. 

4.1.6 Áreas de conhecimento do gerenciamento de projetos

O gerenciamento de projetos de acordo com o Guia PMBOK 3ª. edição, identifica e 
descreve as principais áreas de conhecimento e práticas. Cada uma destas áreas, no 
total  de  9,  é  descrita  através  de  processos,  e  se  refere  a  um  aspecto  a  ser 
AULA 4 

considerado  dentro  da  gerência  de  projetos.  As  áreas  de  conhecimento  de 
gerenciamento são: 1) Gerenciamento de Integração do Projeto; 2) Gerenciamento 
de Escopo do Projeto; 3) Gerenciamento do Tempo do Projeto; 4) Gerenciamento do 
Custo do Projeto; 5) Gerenciamento da Qualidade do Projeto; 6) Gerenciamento de 
Recursos  Humanos  do  Projeto;  7)  Gerenciamento  de  Comunicação  do  Projeto;  8) 
Gerenciamento do Risco do Projeto; e 9) Gerenciamento de Contratação do Projeto. 
A  não  execução  de  processos  de  uma  área  afeta  negativamente  o  projeto,  pois  o 
projeto  é  um  esforço  integrado.  Por  exemplo,  uma  mudança  de  escopo  quase 
sempre  afeta  o  custo  do  projeto.  Entretanto,  ela  pode  ou  não  afetar  a  moral  da 
equipe e a qualidade do produto. 

4.1.7 Gerenciamento de integração do projeto

O  gerenciamento  de  integração  do  projeto  inclui  os  processos  e  as  atividades 
necessárias  para  identificar,  definir,  combinar,  unificar  e  coordenar  os  diversos 
processos  e  atividades  de  gerenciamento  de  projetos  dentro  dos  grupos  de 
processos  de  gerenciamento  de  projetos.  No  contexto  do  gerenciamento  de 
projetos, a integração inclui características de unificação, consolidação, articulação e 
ações integradoras que são essenciais para o término do projeto, para atender com 
sucesso  às  necessidades  do  cliente  e  das  partes  interessadas  e  para  gerenciar  as 
expectativas. Os processos de gerenciamento de integração do projeto incluem: 

Desenvolver o termo  Desenvolvimento do termo de abertura do projeto que autoriza 

26 
 
 

de abertura do  formalmente um projeto
projeto  

 Desenvolver a  Desenvolvimento da declaração do escopo preliminar do projeto 
declaração do escopo  que fornece uma descrição de alto nível do escopo 
preliminar do projeto 

 Desenvolver o plano  Documentação  das  ações  necessárias  para  definir,  preparar, 


de gerenciamento do  integrar e coordenar todos os planos auxiliares em um plano de 
projeto   gerenciamento do projeto 

 Orientar e gerenciar a  Execução  do  trabalho  definido  no  plano  de  gerenciamento  do 
execução do projeto   projeto  para  atingir  os  requisitos  do  projeto  definidos  na 
declaração do escopo do projeto 

 Monitorar e controlar  Monitoramento  e  controle  dos  processos  necessários  para 


o trabalho do projeto   iniciar,  planejar,  executar  e  encerrar  um  projeto  para  atender 
aos  objetivos  de  desempenho  definidos  no  plano  de 
gerenciamento do projeto 
AULA 4 

Controle integrado de  Revisão  de  todas  as  solicitações  de  mudança,  aprovação  de 
mudanças  mudanças e controle de mudanças nas entregas e nos ativos de 
processos organizacionais 

 Encerrar o projeto.  Finalização  de  todas  as  atividades  entre  todos  os  grupos  de 
processos do projeto para encerrar formalmente o projeto 

4.1.8 Gerenciamento do escopo do projeto

O gerenciamento do escopo do projeto inclui os processos necessários para garantir 
que  o  projeto  inclua  todo  o  trabalho  necessário,  e  somente  ele,  para  terminar  o 
projeto  com  sucesso.  O  gerenciamento  do  escopo  do  projeto  trata  principalmente 
da  definição  e  controle  do  que  está  e  do  que  não  está  incluído  no  projeto.  Os 
processos de gerenciamento do escopo do projeto incluem: 

Planejamento do  Criação de um plano de gerenciamento do escopo do projeto que 
escopo   documenta  como  o  escopo  do  projeto  será  definido,  verificado  e 
controlado  e  como  a  estrutura  analítica  do  projeto  (EAP)  será 
criada e definida 

Definição do  Desenvolvimento  de  uma  declaração  do  escopo  detalhada  do 

27 
 
 

escopo   projeto como a base para futuras decisões do projeto 

Criar EAP   Subdivisão  das  principais  entregas  do  projeto  e  do  trabalho  do 
projeto em componentes menores e mais facilmente gerenciáveis 

Verificação do  Formalização da aceitação das entregas do projeto terminadas 
escopo  

Controle do escopo   Controle das mudanças no escopo do projeto.

4.1.9 Gerenciamento de tempo do projeto

O gerenciamento de tempo do projeto inclui os processos necessários para realizar o 
término do projeto no prazo. Os processos de gerenciamento de tempo do projeto 
incluem: 

Definição da  Identificação  das  atividades  específicas  do  cronograma  que 


AULA 4 

atividade  precisam ser realizadas para produzir as várias entregas do projeto 

 Seqüenciamento  Identificação  e  documentação  das  dependências  entre  as 


de atividades   atividades do cronograma 

 Estimativa de  Estimativa do tipo e das quantidades de recursos necessários para 
recursos da  realizar cada atividade do cronograma 
atividade  

 Estimativa de  Estimativa  do  número  de  períodos  de  trabalho  que  serão 
duração da  necessários para terminar as atividades individuais do cronograma 
atividade  

 Desenvolvimento  Análise  dos  recursos  necessários,  restrições  do  cronograma, 


do cronograma   durações  e  seqüências  de  atividades  para  criar  o  cronograma  do 
projeto 

 Controle do  Controle das mudanças no cronograma do projeto. 
cronograma  

4.1.10 Gerenciamento de Custos do Projeto

O  gerenciamento  de  custos  do  projeto  inclui  os  processos  envolvidos  em 
planejamento,  estimativa,  orçamentação  e  controle  de  custos,  de  modo  que  seja 

28 
 
 

possível  terminar  o  projeto  dentro  do  orçamento  aprovado.  Os  processos  de 
gerenciamento de custos do projeto incluem: 

Estimativa de custos   Desenvolvimento  de  uma  aproximação  dos  custos  dos  recursos 


necessários para terminar as atividades do projeto 

 Orçamentação  Agregação  dos  custos  estimados  de  atividades  individuais  ou 


pacotes de trabalho para estabelecer uma linha de base dos custos

 Controle de custos   Controle  dos  fatores  que  criam  as  variações  de  custos  e  controle 
das mudanças no orçamento do projeto. 

4.1.11 Gerenciamento da Qualidade do Projeto

O  gerenciamento  da  qualidade  do  projeto  inclui  os  processos  e  as  atividades  da 
organização  executora  que  determinam  as  responsabilidades,  os  objetivos  e  as 
políticas  de  qualidade,  de  modo  que  o  projeto  atenda  às  necessidades  que 
AULA 4 

motivaram sua realização. Ele implementa o sistema de gerenciamento da qualidade 
através  da política  e  dos  procedimentos,  com  atividades  de  melhoria  contínua dos 
processos  conduzidas  do  início  ao  fim,  conforme  adequado.  Os  processos  de 
gerenciamento da qualidade do projeto incluem: 

Planejamento da  Identificação dos padrões de qualidade relevantes para o projeto e 
qualidade   determinação de como satisfazê‐los 

Realizar a garantia  Aplicação  das  atividades  de  qualidade  planejadas  e  sistemáticas 


da qualidade   para  garantir  que  o  projeto  emprega  todos  os  processos 
necessários para atender aos requisitos. 

Realizar o controle  Monitoramento  de  resultados  específicos  do  projeto  a  fim  de 


da qualidade   determinar se eles estão de acordo com os padrões relevantes de 
qualidade e identificação de maneiras de eliminar as causas de um 
desempenho insatisfatório. 

4.1.12 Gerenciamento de Recursos Humanos do Projeto

O  gerenciamento  de  recursos  humanos  do  projeto  inclui  os  processos  que 
organizam  e  gerenciam  a  equipe  do  projeto.  A  equipe  do  projeto  é  composta  de 
pessoas  com  funções  e  responsabilidades  atribuídas  para  o  término  do  projeto. 

29 
 
 

Embora seja comum falar‐se de funções e responsabilidades atribuídas, os membros 
da equipe devem estar envolvidos em grande parte do planejamento e da tomada 
de  decisões  do  projeto.  O  envolvimento  dos  membros  da  equipe  desde  o  início 
acrescenta  especialização  durante  o  processo  de  planejamento  e  fortalece  o 
compromisso com o projeto. O tipo e o número de membros da equipe do projeto 
muitas  vezes  podem  mudar  conforme  o  projeto  se  desenvolve.  Os  membros  da 
equipe  do  projeto  podem  ser  chamados  de  pessoal  do  projeto.  Os  processos  de 
gerenciamento de recursos humanos do projeto incluem: 

Planejamento de  Identificação  e  documentação  de  funções,  responsabilidades  e 


recursos humanos   relações  hierárquicas  do  projeto,  além  da  criação  do  plano  de 
gerenciamento de pessoal 

Contratar ou  Obtenção  dos  recursos  humanos  necessários  para  terminar  o 


mobilizar a equipe  projeto 
do projeto  
AULA 4 

Desenvolver a  Melhoria de competências e interação de membros da equipe para 
equipe do projeto   aprimorar o desempenho do projeto 

Gerenciar a equipe  Acompanhamento  do  desempenho  de  membros  da  equipe, 


do projeto   fornecimento de feedback, resolução de problemas e coordenação 
de mudanças para melhorar o desempenho do projeto. 

4.1.13 Gerenciamento das comunicações do projeto

O gerenciamento das comunicações do projeto inclui os processos necessários para 
garantir  a  geração,  coleta,  distribuição,  armazenamento,  recuperação  e  destinação 
final das informações sobre o projeto de forma oportuna e adequada. Os processos 
de gerenciamento das comunicações do projeto fornecem as ligações críticas entre 
pessoas  e  informações  que  são  necessárias  para  comunicações  bem‐sucedidas.  Os 
gerentes  de  projetos  podem  gastar  um  tempo  excessivo  na  comunicação  com  a 
equipe do projeto, partes interessadas, cliente e patrocinador. Todos os envolvidos 
no projeto devem entender como as comunicações afetam o projeto como um todo. 
Os processos de gerenciamento das comunicações do projeto incluem: 

Planejamento das  Determinação  das  necessidades  de  informações  e  comunicações 


comunicações   das partes interessadas no projeto 

30 
 
 

Distribuição das  Colocação  das  informações  necessárias  à  disposição  das  partes 


informações   interessadas no projeto no momento oportuno 

Relatório de  Coleta  e  distribuição  das  informações  sobre  o  desempenho, 


desempenho   inclusive  relatório  de  andamento,  medição  do  progresso  e 
previsão. 

Gerenciar as partes  Gerenciamento das comunicações para satisfazer os requisitos das 
interessadas   partes interessadas no projeto e resolver problemas com elas. 

4.1.14 Gerenciamento de riscos do projeto

O gerenciamento de riscos do projeto inclui os processos que tratam da realização 
de  identificação,  análise,  respostas,  monitoramento  e  controle,  e  planejamento  do 
gerenciamento de riscos em um projeto. Os objetivos do gerenciamento de riscos do 
projeto são aumentar a probabilidade e o impacto dos eventos positivos e diminuir a 
AULA 4 

probabilidade  e  o  impacto  dos  eventos  adversos  nos  objetivos  do  projeto.  Os 
processos de gerenciamento de riscos do projeto incluem: 

Planejamento  do  Decisão  de  como  abordar,  planejar  e  executar  as  atividades  de 
gerenciamento  de  gerenciamento de riscos de um projeto 
riscos  

Identificação  de  Determinação  dos  riscos  que  podem  afetar  o  projeto  e 


riscos   documentação de suas características 

Análise  qualitativa  Priorização dos riscos para análise ou ação adicional subseqüente 


de riscos   através  de  avaliação  e  combinação  de  sua  probabilidade  de 
ocorrência e impacto 

Análise  quantitativa  Análise  numérica  do  efeito  dos  riscos  identificados  nos  objetivos 
de riscos   gerais do projeto 

Planejamento  de  Desenvolvimento  de  opções  e  ações  para  aumentar  as 


respostas a riscos   oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do projeto 

Monitoramento  e  Acompanhamento  dos  riscos  identificados,  monitoramento  dos 


controle de riscos   riscos residuais, identificação dos novos riscos, execução de planos 
de  respostas  a  riscos  e  avaliação  da  sua  eficácia  durante  todo  o 
ciclo de vida do projeto. 

31 
 
 

4.1.15 Gerenciamento de aquisições do projeto

O  gerenciamento  de  aquisições  do  projeto  inclui  os  processos  para  comprar  ou 
adquirir  os  produtos,  serviços  ou  resultados  necessários  de  fora  da  equipe  do 
projeto  para  realizar  o  trabalho.  Este  capítulo  apresenta  duas  perspectivas  de 
aquisição. A organização pode ser o comprador ou o fornecedor do produto, serviço 
ou resultados sob um contrato. 

O gerenciamento de aquisições do projeto inclui os processos de gerenciamento de 
contratos e de controle de mudanças necessários para administrar os contratos ou 
pedidos  de  compra  emitidos  por  membros  da  equipe  do  projeto  autorizados.  O 
gerenciamento de aquisições do projeto também inclui a administração de qualquer 
contrato emitido por uma organização externa (o comprador) que está adquirindo o 
projeto  da  organização  executora  (o  fornecedor)  e  a  administração  de  obrigações 
contratuais estabelecidas para a equipe do projeto pelo contrato. Os processos de 
gerenciamento de aquisições do projeto incluem: 
AULA 4 

Planejar  compras  e  Determinação  do  que  comprar  ou  adquirir  e  de  quando  e  como 
aquisições   fazer isso 

Planejar  Documentação dos requisitos de produtos, serviços e resultados, e 
contratações   identificação de possíveis fornecedores 

Solicitar  respostas  Obtenção de informações, cotações, preços, ofertas ou propostas, 


de fornecedores   conforme adequado 

Selecionar  Análise  de  ofertas,  escolha  entre  possíveis  fornecedores  e 


fornecedores   negociação de um contrato por escrito com um fornecedor. 

Administração  de  Gerenciamento  do  contrato  e  da  relação  entre  o  comprador  e  o 


contrato   fornecedor,  análise  e  documentação  do  desempenho  atual  ou 
passado  de  um  fornecedor  a  fim  de  estabelecer  ações  corretivas 
necessárias  e  fornecer  uma  base  para  futuras  relações  com  o 
fornecedor, gerenciamento de mudanças relacionadas ao contrato 
e, quando adequado, gerenciamento da relação contratual com o 
comprador externo do projeto 

Encerramento  do  Término  e  liquidação  de  cada  contrato,  inclusive  a  resolução  de 
contrato   quaisquer itens em aberto e o encerramento de cada contrato. 

32 
 
 

4.2 O IPMA
A Competen
nce Baseliine ‐ ICB
O  IPMA  Co
ompetence  Baseline  (ICB)  não  apresenta
a  métodoss,  metodollogias 
específicas e  ferramentaas  para  adm
ministrar  oss  projetos,  para  o  IPM
MA os  métodos  e 
ferrramentas p
podem ser definidos ppelas organizações, sen
ndo o gerennte de proje
etos a 
peessoa  indicada  selecio
onar  os  m as  apropriaados  para  uma 
métodos  e ferramenta
sittuação partiicular do prrojeto. 

O  ICB  possui  um  elemento  integgrador  (Figu


ura  8),  den
nominado  dde  “The  Eyye  of 
Co
ompetence””  (O  Olho  da 
d Competêência)  que  representa
a  a  integraçção  de  todos  os 
eleementos do
o gerenciam
mento de prrojetos do p
ponto de vissta dos gereentes de prrojeto 
ao
o avaliar um
ma situação e
específica. O
O também representa clareza e viisão. 

 
AULA 4 
U

Figura 8 ‐ O Olho da C
Competência. 

Ass competênccias do ICB são divididaas em três ggrupos: 

 Competência técnica; 
 Competências comportamenntais; e 
 Competências contextuais.

4.2.1
1 Competêências Técn
nicas

Ass  competên
ncias  técniccas  tratam  do  assunto
o  do  geren
nciamento  dde  projetoss  nos 
qu
uais os profissionais atu
uam. Estas ccontam com
m 20 elementos, a sabeer: 

33 
 
 

 Gestão bem‐sucedida de projetos; 
 Partes interessadas (stakeholders); 
 Requisitos e objetivos do projeto; 
 Riscos e oportunidades; 
 Qualidade; 
 Organização do projeto; 
 Equipes de trabalho; 
 Resolução de problemas; 
 Estruturas de projeto; 
 Escopo e entregas; 
 Tempo e fases do projeto; 
 Recursos; 
 Custo e finanças; 
 Suprimento e contrato; 
AULA 4 

 Mudanças; 
 Controle e relatórios; 
 Informação e documentação; 
 Comunicação; 
 Iniciação; e 
 Encerramento. 

4.2.2 Competências Comportamentais

As competências comportamentais tratam das relações pessoais entre os indivíduos 
e os grupos gerenciados nos projetos, programas e portfólios. Este grupo conta com 
15 elementos, conforme listados a seguir: 

 Liderança; 
 Engajamento e motivação; 
 Autocontrole; 
 Assertividade; 
 Relaxamento; 
 Abertura; 
 Criatividade; 
 Orientação de resultados; 
 Eficiência; 
 Aconselhamento; 

34 
 
 

 Negociação; 
 Conflito e crise; 
 Confiabilidade; 
 Apreciação do valor; e 
 Ética. 

4.2.3 Competência Contextual

As  competências  contextuais  tratam  da  interação  da  equipe  de  gerenciamento  de 
projetos  no  contexto  do  projeto  e  com  a  organização.  Este  grupo  conta  com  11 
elementos, citados a seguir: 

 Orientação do projeto; 
 Orientação do programa; 
 Orientação de portfólio; 
 Implementação do projeto, programa e portfólio; 
AULA 4 

 Organização permanente; 
 Sistemas, produtos e tecnologias; 
 Gestão de recursos humanos; 
 Saúde, segurança, proteção e meio ambiente; 
 Finanças; e 
 Jurídico. 

4.3 Scrum
O Scrum é uma metodologia ágil para gestão e planejamento de projetos. o Scrum 
não descreve o que fazer em cada situação. Ele é usado para trabalhos complexos 
nos  quais  é  impossível  predizer  tudo  o  que  irá  ocorrer.  Apesar  de  Scrum  ter  sido 
destinado para gerenciamento de projetos de software, ele pode ser utilizado em de 
gerenciamento de projetos. 

No  Scrum,  os  projetos  são  divididos  em  ciclos  (tipicamente  mensais)  chamados  de 
Sprints. O Sprint representa um Time Box dentro do qual um conjunto de atividades 
deve ser executado. Metodologias ágeis de desenvolvimento são iterativas, ou seja, 
o  trabalho  é  dividido  em  iterações,  que  no  caso  do  Scrum  são  denominadas  de 
Sprints. 

Os requisitos a serem implementadas em um projeto são mantidas em uma lista que 
é  conhecida  como  Product  Backlog.  No  início  de  cada  Sprint,  faz‐se  um  Sprint 

35 
 
 

Plaanning Meeeting, ou se
eja, uma reuunião de planejamento
o na qual oo Product O
Owner 
duct Backlogg e a equip
prioriza os iteens do Prod pe seleciona
a as atividaddes que elaa será 
capaz  de  realizar  durantte  o  Sprint  que  se  iniccia.  As  tarefas  alocadaas  em  um  Sprint 
S
são das do Product Backlogg para o Sprrint Backlog. 
o transferid

A ccada dia dee uma Sprin
nt, a equipee faz uma brreve reunião, normalm
mente de po
oucos 
miinutos, cham
mada Daily Scrum. O oobjetivo é d
disseminar  conhecimeento sobre o
o que 
foii feito no dia anterior,, identificarr impedimentos e priorizar o trabbalho do diaa que 
se inicia. 

o  final  de  um  Sprintt,  a  equipee  apresenta  os  requisitos,  ou  ffuncionalidades, 
Ao
im
mplementadas  em  uma  Sprint  R
Review  Mee
eting.  Finallmente,  fazz‐se  uma  Sprint 
S
Reetrospectivee  e  a  equipe  parte  ppara  o  plan
nejamento  do  próxim
mo  Sprint.  Assim 
A
reiinicia‐se o cciclo (Figuraa 9). 

 
AULA 5 

Figura 9
9 – Ciclo de vvida de desen
nvolvimento
o do Scrum. 

Scrum  é  com
mposto  por  um  conjunnto  de  prátticas  e  pap
péis  pré‐deffinidos,  ond
de  os 
principais são
o: 

SScrumMasteer  O papel de S
O crum Maste
er é tipicame
ente exercidoo por um ge
erente 
de 
d projeto  oou  um  líde
er  técnico,  mas  em  prrincípio  pod
de  ser 
qualquer 
q pesssoa  da  equipe.  Cabe  a  esta  pessoaa  assegurar  que  a 
equipe 
e respeeite  e  siga  os  valores  e  as  práticaas  do  Scrum
m.  Ele 
ta
ambém  prootege  a  equipe 
e asse
egurando  q ue  ela  nã
ão  se 
comprometa  excessivamente  com  re
elação  àquiloo  que  é  cap
paz  de 
ealizar durannte um Sprin
re nt. Atua com
mo facilitadorr do Daily Scrum e 
to
orna‐se respponsável por remover quaisquer obsttáculos que sejam 

36 
 
 

levantados pela equipe durante essas reuniões. 

Product Owner  A  pessoa  que  assume  este  papel  fica  responsável  pela  definição 
dos itens que compõem o Product Backlog e os prioriza nas Sprint 
Planning  Meetings.  O  Scrum  Team  olha  para  o  Product  Backlog 
priorizado, seleciona os itens mais prioritários e se compromete a 
entregá‐los  ao  final  de  um  Sprint  (iteração).  Estes  itens 
transformam‐se  no  Sprint  Backlog.  A  equipe  se  compromete  a 
executar um conjunto de atividades no Sprint e o Product Owner 
se  compromete  a  não  trazer  novos  requisitos  para  a  equipe 
durante o Sprint. 

Scrum Team  O  Scrum  Team  é  a  equipe  do  projeto.  Nela,  não  existe 


necessariamente  uma  divisão  funcional  através  de  papéis 
tradicionais,  todos  trabalham  juntos  para  completar  o 
conjunto  de  atividades  com  o  qual  se  comprometeram 
AULA 5 

conjuntamente para um Sprint. 

Sprint  Trata‐se  de  unidade  básica  de  desenvolvimento,  tendem  a 


durar entre uma semana e um mês. 

Product Backlog Trata‐se  de  uma  lista  contendo  todos  requisitos  desejados  no 
produto. O conteúdo desta lista é definido pelo Product Owner. O 
Product  Backlog  não  precisa  estar  completo  no  início  de  um 
projeto.  Pode‐se  começar  com  tudo  aquilo  que  é  mais  óbvio  em 
um primeiro momento. Com o tempo, o Product Backlog cresce e 
muda  à  medida  que  se  aprende  mais  sobre  o  produto  e  seus 
usuários. 

Sprint Backlog  Trata‐se de uma lista de tarefas que o Scrum Team se compromete 
a fazer em um Sprint. Os itens do Sprint Backlog são extraídos do 
Product Backlog, pela equipe, com base nas prioridades definidas 
pelo Product Owner e a percepção da equipe sobre o tempo que 
será necessário para completar as várias funcionalidades. 

Sprint Planning  Trata‐se  de  uma  reunião  na  qual  estão  presentes  o  Product 
Meeting  Owner, o Scrum Master e todo o Scrum Team, bem como qualquer 
pessoa  interessada  que  esteja  representando  a  gerência  ou  o 
cliente.  Durante  o  Sprint  Planning  Meeting,  o  Product  Owner 
descreve  as  funcionalidades  de  maior  prioridade  para  a  equipe, 
estas são divididas em tarefas, e irão dar origem ao Sprint Backlog. 

37 
 
 

Sprint Review  Ao final de cada Sprint é feito um Sprint Review Meeting. Durante 
Meeting  esta reunião, o Scrum Team mostra o que foi alcançado durante o 
Sprint.  Os  principais  participantes  desta  reunião  são  o  Product 
Owner,  o  Scrum  Team,  o  Scrum  Master,  gerência  e  clientes. 
Durante  o  Sprint  Review,  o  projeto  é  avaliado  em  relação  aos 
objetivos do Sprint. 

5. Instituições Certificadoras em Gerenciamento de Projetos


Atualmente existem diversas instituições internacionais que oferecem certificações 
em  gerenciamento  de  projetos.  Nesta  seção  será  descrito  algumas  destas 
instituições e suas certificações.   

5.1 Project Management Institute ‐ PMI


AULA 5 

O Project Management Institute (PMI) é uma organização internacional, fundada em 
1969 nos Estados Unidos, sem fins lucrativos que associa profissionais de gestão de 
projetos.  No  início  de  2011  já  era  considerada  uma  das  maiores  associação  do 
gênero  no  mundo,  integrando  mais  de  230.000  membros  em  cerca  de  170  países. 
Seus principias objetivos são: 

 Formular padrões profissionais de gestão de projetos; 
 Gerar conhecimento por intermédio da investigação; 
 Promover a gestão de projetos como profissão através de seus programas de 
certificação.  

No  término  de  1970,  quase  2.000  membros  formavam  parte  da  organização.  Na 
década  de  80  o  PMI  iniciou  seu  programa  de  avaliação  para  a  certificação  de 
profissionais  em  gestão  de  projetos,  sobre  a  sigla  PMP  (Project  Management 
Professional), e publicou um código de ética para a profissão. No início dos 90 o PMI 
publicou  a  primeira  edição  do  Guia  do  PMBOK  (Project  Management  Body  of 
Knowledge), que se tornou o pilar básico para a gestão e direção de projetos para o 
PMI.  Já  no  ano  de  2000,  o  PMI  era  integrado  por  mais  de  40.000  pessoas  na 
qualidade de membros ativos, e cerca de 10.000 PMP. 

As Certificações oferecidas pelo PMI: 

 PMP (Project Management Professional);  
 CAPM (Certified Associate in Project Management); 
38 
 
 

 PgMP (Program Management Professional); 
 PMI‐RMP (Risk Management Professional); 
 PMI‐SP (Scheduling Professional).A 

5.2 International Project Management Association ‐ IPMA


A  International  Project  Management  Association  (IPMA)  é  uma  das  mais  antigas  e 
prestigiadas  organizações  internacionais  de  gestão  de  projetos.  Foi  constituída  na 
Europa  em  1965  através  de  um  grupo  de  gestores  de  projetos  internacionais  e 
funciona  como  uma  rede  de  associações  nacionais,  espalhadas  pelos  vários 
continentes, cada uma responsável pelo desenvolvimento da gestão de projetos no 
seu  país,  de  acordo  com  os  princípios  orientadores  da  IPMA  e  em  função  das 
especificidades econômicas, políticas e culturais do local.

No Brasil, a ABGP (Associação Brasileira em Gerenciamento de Projetos), é a única 
instituição associada que representa a IPMA. 
AULA 5 

Atualmente  a  IPMA  engloba  mais  de  30  associações  nacionais  e  desenvolve  a  sua 
atividade nos seguintes campos: 

 Definição e avaliação do processo de certificação internacional; 
 Organização do congresso mundial IPMA; 
 Organização de seminários avançados; 
 Organização de cursos de formação; 
 Apoio à investigação acadêmica; 
 Criação e divulgação de publicações; 
 Constituição e consolidação de relações institucionais. 

As Certificações oferecidas pela IPMA são: 

 IPMA Level A: Certified Projects Director; 
 IPMA Level B : Certified Senior Project Manager; 
 IPMA Level C : Certified Project Manager; 
 IPMA Level D – Certified Project Management Associate. 

5.3 Project In a Controlled Environment ‐ PRINCE2


O Project In a Controlled Environment (PRINCE2) é um método não proprietário para 
gerenciamento  de  projetos,  é  adaptável  a  qualquer  tipo  ou  tamanho  de  projeto  e 
cobre  seu  gerenciamento,  controle  e  organização.  Um  projeto  PRINCE2  possui  as 
seguintes características:  
39 
 
 

 Controle e organização do início ao fim; 
 Regular revisão de progressos baseada nos planos e no business case; 
 Pontos de decisão flexíveis; 
 Gerenciamento efetivo de qualquer desvio do plano; 
 Envolvimento  da  gerência  e  das  partes  interessadas  em  momentos‐chave 
durante toda a execução do projeto; 
 Um  bom  canal  de  comunicação  entre  o  time  do  projeto  e  o  restante  da 
organização. 

O  PRINCE2  foi  lançado  como  um  método  para  gerenciamento  de  projetos  pelo 
governo britânico em 1996, tendo sido criado em 1989 a partir do PROMPTII, o qual, 
por  sua  vez,  surgiu  em  1975  e  foi  adotado  em  1979  como  padrão  para 
gerenciamento dos projetos de sis‐temas de informação do governo. 

Atualmente,  o  PRINCE2  vem  sendo  adotado  como  padrão  para  todos  os  projetos 
governamentais no Reino Unido e amplamente utilizado pela iniciativa privada não 
AULA 5 

só  naquele  país,  mas  também  em  outros  lugares  da  Europa,  África,  Oceania  e 
Estados Unidos. Considerado o método de gerenciamento de projetos mais utilizado 
no  mundo,  conta  com  mais  de  250  mil  profissionais  certificados.  Existem  mais  de 
120 centros de treinamento credenciados PRINCE2 pelo mundo. 

5.4 AGI
A  Associação  de  Gestão  Industrial  (AGI),  é  uma  organização  Européia  com  sede 
estratégica na região do Minho, em Portugal, onde conta com o apoio institucional 
de  um  centro  de  expertise  em  Engenharia  Industrial  e  Lean  Manufacturing,  e 
Gerenciamento de Projetos reconhecido mundialmente, a Universidade do Minho. 

Seus  membros  desenvolvem  conteúdo  e  metodologias  nas  áreas  de  Lean 


Management, Seis Sigma, Gerenciamento de Projetos e Coaching. Esta organização 
tem  investido  no  desenvolvimento  de  soluções  e  inovações  para  a  melhoria  do 
desempenho operacional individual e do grupo, e também para a criação de valores 
sustentáveis. 

A AGI possui um programa de Certificações Internacionais em quatro áreas, a saber: 

 Seis Sigma; 
 Lean Manufacturing; 

40 
 
 

 Coaching; e 
 Gerenciamento de projetos. 

As Certificações da AGI em Gerenciamento de projetos são divididas em três níveis: 

 AGI Nível 1 – Profissional de Projetos; 
 AGI Nível 2 – Gerente de Projetos; 
 AGI Nível 3 – Gerente de Portfólio. 

6. Técnicas e Ferramentas Para Gerenciamento de Projetos


Este capítulo apresenta algumas técnica e ferramentas de suporte que são utilizadas 
pelos profissionais em Gerenciamento de Projetos. 

6.1 Estrutura Analítica do Projeto


A  EAP,  também  denominada  de  WBS  (Work  Breakdown  Structure)  tem  como 
AULA 6 

finalidade definir as entregas e os pacotes de trabalho do projeto, com o objetivo de 
definir e organizar o escopo do projeto. A EAP subdivide o trabalho do projeto em 
partes menores e mais facilmente gerenciáveis, em que cada nível descendente da 
EAP  representa  uma  definição  cada  vez  mais  detalhada  do  trabalho  do  projeto.  A 
EAP  representa  o  trabalho  especificado  na  declaração  do  escopo  do  projeto  atual 
aprovada.  Os  componentes  que  compõem  a  EAP  auxiliam  as  partes  interessadas  a 
visualizar as entregas do projeto. Na figura 10 está exemplifica a decomposição da 
EAP até o nível de pacote de trabalho. 

Algumas das características da EAP são: 

 Permitir  a  visualização  da  contribuição  de  cada  pacote  de  trabalho  (work 
package) para o projeto principal; 
 Permite o direcionamento das equipes, dos recursos e das responsabilidades; 
 Determina  quais  materiais  serão  necessários  para  a  execução  de  cada 
pacote; 
 Determina  o  custo  final  do  projeto  a  partir  do  custo  de  cada  pacote  ou 
entrega. 

O  nível  de  pacote  de  trabalho  é  o  nível  mais  baixo  na  EAP  e  é  o  ponto  no  qual  o 
custo e o cronograma do trabalho podem ser estimados de forma confiável. O nível 
de  detalhe  dos  pacotes  de  trabalho  irá  variar  de  acordo  com  o  tamanho  e 
complexidade do projeto. 

41 
 
 

Para  a  correta  elaboração  da  EAP,  recomenda  seguir  os  dez  mandamentos  da  EAP 
(adaptado de Xavier [2003]), são estes: 

1. Cobiçarás  a  EAP  do  teu  próximo:  Antes  da  elaboração  da  EAP  do  projeto 
deve ser verificada a forma de estruturação da EAP de projetos semelhantes, 
outros projetos da organização, literatura e também devem ser consultados 
outros profissionais de gerenciamento de projetos. 
2. Explicarás  todos  os  subprodutos:  Os  subprodutos,  inclusive  os  necessários 
ao gerenciamento do projeto, devem estar explicitamente incluídos na EAP. 
O  subproduto  que  não  estiver  explicito  na  EAP  não  faz  parte  do  escopo  do 
projeto.  O  conceito  de  subproduto  do  projeto  também  inclui  os  serviços 
(treinamento,  teste,  alinhamento,  instalação,  etc.).  Devemos  verificar  se  os 
subprodutos necessários para o gerenciamento do projeto foram inclusos na 
EAP. 
3. Não usarás nomes em vão: Não devem ser utilizados nomes vagos para os 
AULA 6 

elementos  da  EAP,  que  gerem  duvidas  semânticas  a  respeito  de  qual 
subproduto está sendo implementado. Não deve ser indicado o processo de 
geração dos mesmos, mas sim o resultado desse processo.  
4. Guardarás  a  descrição  dos  pacotes  de  trabalho  no  dicionário  da  EAP:  Os 
subprodutos devem ser claramente definidos no dicionário da WBS para que 
fique  bem  explícito  o  trabalho  a  ser  realizado.  O  dicionário  da  EAP  é  o 
documento  que  define  ou  descreve  o  trabalho  a  ser  realizado  em  cada 
pacote de trabalho da EAP.  
5. Decomporás  em  detalhes:  Decomporás  a  EAP  até  um  nível  de  detalhe 
(pacote  de  trabalho)  que  permita  o  planejamento  e  controle  do  trabalho 
necessário  para  sua  entrega.  O  planejamento  e  controle  incluem:  escopo, 
tempo, custo e risco.  
6. Não decomporás em demasia: A EAP não deve ser decomposta de forma a 
que  os  custos  de  planejamento  e  controle  não  tragam  o  benefício 
correspondente.Assim  a  decomposição  deverá  ser  feita  de  acordo  com  a 
necessidade de cada projeto.  
7. Honrarás  o  pai:  Cada  elemento  da  WBS  deve  contribuir  para  o  subproduto 
do elemento pai ao qual está subordinado. Verifique se os elementos filhos 
são realmente partes do elemento pai.  
8. Decomporás seguindo a regra dos 100%: A decomposição deve ser de forma 
que  ao  descer  um  nível  na  EAP,  a  soma  dos  subprodutos  dos  elementos 
filhos  corresponde  ao  subproduto  do  elemento  pai  (regra  dos  100%).  Ao 

42 
 
 

decompor um subproduto nenhuma parte dele deve ser esquecida. A soma 
dos  produtos  componentes  deve  ser  equivalente  ao  subproduto  que  foi 
decomposto.  
9. Não  decomporás  em  somente  um  subproduto:  Um  elemento  da  EAP  não 
pode  ter  somente  um  filho,  caso  isto  ocorra,  deve  ser  verificado  o 
esquecimento  de  algum  elemento,  caso  não  haja  esquecimento  é 
desnecessária a representação do elemento filho. 
10. Não  repetirás  o  mesmo  elemento:  Não  deve  ser  repetido  o  mesmo 
elemento como componente de mais de um subproduto. Um elemento filho 
não pode ter mais de um pai. Podemos ter elementos com o mesmo nome 
compondo subprodutos diferentes, mas cada um com significado diferente. 

A Figura 10 apresenta um exemplo de uma EAP. 
AULA 6 

Figura 10 – Exemplo de uma EAP. 

6.2 Caminho Crítico


O caminho crítico de um projeto é constituído pelas atividades mais importantes do 
projeto.  Qualquer  atraso  nas  atividades  constituintes  do  caminho  crítico  leva  ao 
atraso no projeto. Outra forma de se definir caminho crítico é como o caminho com 

43 
 
 

folga de tempo zero. O caminho crítico, em uma rede, é o caminho mais longo do 
projeto. 

As atividades que compõem o caminho crítico são chamadas de atividade críticas e, 
caso  sofram  algum  atraso,  inevitavelmente  levarão  a  atrasos  no  projeto.  As 
atividades não críticas, não têm efeito direto sobre a duração do projeto, desde que 
seu atraso não ultrapasse a folga determinada da mesma. 

Para a determinação do caminho deve ser considerado: 

 Primeira data de início (PDI): É data de início mais cedo possível na qual uma 
atividade pode ser iniciada, com base na lógica de rede do cronograma, na 
data dos dados e nas restrições do cronograma. As datas de início mais cedo 
podem  mudar  conforme  o  projeto  se  desenvolve  e  o  plano  de 
gerenciamento do projeto é alterado. 
 Última data de início (UDI): É o momento mais tarde possível no qual uma 
AULA 6 

atividade  do  cronograma  pode  ser  iniciada  com  base  na  lógica  de  rede  do 
cronograma,  na  data  de  término  do  projeto  e  em  quaisquer  restrições 
atribuídas às atividades do cronograma sem, entretanto, levar ao atraso na 
data de término do projeto. 
 Primeira  data  de  término  (PDT):  É  o  momento  mais  cedo  possível  no  qual 
uma  atividade  do  cronograma  pode  ser  terminada,  com  base  na  lógica  de 
rede do cronograma, na data dos dados e nas restrições do cronograma. As 
datas de término mais cedo podem mudar conforme o projeto se desenvolve 
e o plano de gerenciamento do projeto é alterado. 
 Última Primeira data de término (UDT): É o momento mais tarde possível no 
qual  uma  atividade  do  cronograma  pode  ser  terminada  com  base  na  lógica 
de  rede  do  cronograma,  na  data  de  término  do  projeto  e  em  quaisquer 
restrições  atribuídas  às  atividades  do  cronograma  sem  levar  ao  atraso  na 
data de término do projeto. 
 Folga  livre  (FL):  É  o  tempo  permitido  para  atraso  de  uma  atividade  do 
cronograma sem atrasar o início mais cedo de qualquer uma das atividades 
sucessoras do cronograma. 
 Folga  total  (FT):  É  o  atraso  total  permitido  para  a  data  de  início  de  uma 
atividade do cronograma sem atrasar a data de término do projeto ou violar 
uma  restrição  do  cronograma,  podendo  a  mesma  causar  atrasos  no  início 
mais  cedo  das  atividades  sucessoras  do  cronograma,  desde  que  estas  não 
estejam no caminho crítico. 

44 
 
 

As seguintes relações são válidas: 

PDT = PDI + Dur (caminho da ida) 

UDI – UDT – Dur (caminho de volta) 

Onde “Dur” significa duração estimada da atividade 

A  Folga  livre  é  determinada  pela  diferença  entre  a  primeira  data  de  término  e  a 
primeira data de início da atividade, ou seja: 

FT = PDT‐ PDI 

Após se determinarem todas as datas do cronograma e as folgas, é então construído 
o caminho crítico, que são as atividades com folga zero. 
AULA 7 

A  determinação  do  caminho  crítico  pode  ser  realizada  utilizando  um  diagrama  de 
rede, onde as atividades são representadas pela Figura 11. 

Atividade Duração

PDI UDI PDT UDT


 

Figura 11 – Representação de atividade para determinação do caminho crítico. 

6.3 WBS Chart Pro


O  WBS  Chart  Pro  é  um  aplicativo  para  criação  de  diagramas  hierárquicos  do  tipo 
Estrutura  Analítica  de  Projetos  (EAP)  ou  WBS.  Esses  diagramas  são  utilizados  no 
gerenciamento de projetos. 

O  WBS  Chart  Pro  pode  ser  utilizado  como  um  aplicativo  autônomo,  permitindo  a 
criação de EAPs, assim como pode ser utilizado em conjunto com o Microsoft Project 
para a criação de cronogramas, no MS Project, a partir dos diagramas desenvolvidos 
no WBS Chart Pro, mantendo um a integração dinâmica e automática entre os dois 
sistemas. 

O WBS Chart Pro possui uma interface de usuário amigável e intuitiva, facilitando a 
rápida criação e manutenção de estruturas em árvore com múltiplos níveis, além de 

45 
 
 

forrnece recurrsos de sum
marização, aapresentaçãão, impressã
ão e integraação com aa web 
e ccom outros saplicativos. 

6.4 MSProjetct
A p
primeira veersão do MSS Project fooi desenvolvvido pela M
Microsoft ainnda nos ano
os 80, 
paassando  por  profundaas  mudançaas  nos  ano
os  posterio
ores.  O  MSS  Project  possui 
p
reccursos  relaacionados  ao  gerenciiamento  de  projetos,,  e  são  d iversas  as  suas 
fun
ncionalidad
des,  destacando:  tem po  (datas,  duração  do 
d projetoo,  calendáriio  de 
traabalho),  Grráfico  de  Gantt  (Fig ura  12),  modelo 
m pro
obabilístico 
o  (para  cállculos 
rellacionados  à planejam
mento), Diaggrama da Re
ede, Custoss (fixos, nãoo fixos, outrros) e 
um
ma gama dee relatórios.  

 
AULA 8 

Figura 12 – Tela do M
MS Project no
o modo Gráfico de Gantt.. 

6.5 OpenPrroj
O OpenProj éé um prograama para geestão de pro
ojetos, semelhante ao  MS Projectt, mas 
com  a  vantaggem  de  ser  gratuito  e  ter  o  códiggo  aberto.      Suas  funccionalidade
es  são 
inú
úmeras  e  por 
p ser  executado  em
m  uma  plataaforma  Java
a,  pode  roddar  em  divversos 
sisstemas operracionais, co
omo Windoows, MAC‐O
OS e Linux.

46 
 
 

O  OpenProj  tem 
t todas  as  funçõess  que  se  po
ode  esperar  deste  tippo  de  progrrama: 
Grráficos  Ganttt  (Figura  13), 
1 PERT,  W
WBS,  gestãão  de  recurrsos,  etc.  A
Abre  arquivo
os  do 
Miicrosoft  Pro
oject  e  do  Primavera,  mas  possu
ui  um  forma
ato  de  arquuivo  próprio.  Os 
rellatórios  e  gráficos 
g podem  ser  e xportados  para  xml  ou 
o pdf,  fac ilitando  asssim  a 
miigração dos dados paraa outros proogramas do
o gênero. 
AULA 8 
AULA 8

Figura 13 ‐ Tela do O
OpenProj no modo Gráficco de Gantt. 

47 
 
 

7. Bibliografias consultadas
1. International Project Management Association, ICB Version 3.0, June 2006. 
2. Santos,  J.  A.;  Carvalho,  H.G.;  Carvalho,  A.  N.  P.  Referencial  Brasileiro  de 
Competências em Gerenciamento de Projetos. Curitiba, Brasil: ABGO, 2005. 
3. Cleland,  D.I.;  Ireland,  R.  I.  Gerência  de  Projetos.  Rio  de  Janeiro,  Reichmann 
&Affonso, 2000. 
4. PMI  ‐  Project  Management  Institute.  Project  management  book  of 
knowledge, 2004. 
5. Xavier, C. M. Como Criar uma WBS, 2005. 
6. Rabechini  Júnior,  R.  A  Importância das  Habilidades  do  Gerente  de  Projetos. 
Revista de Administração, São Paulo v.36, n.1, p.92‐100, janeiro/março 2001. 
7. Éxito en la Gestión de Proyectos con PRINCE2, Ed. TSO, 2009 

48 
 

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