Você está na página 1de 138

 

   

Gestão
G o da Q
Qualida
ade, P
Produttividade e M
Manutençãão

NO
ORMAS IN
NTERNACIIONA
AIS  

Aluno:: .............................................................................................................................. ..............................................

Cursoss: .......................................................................................................................................................................... 

Turmaa: .................................................................. 

 

Sumário
 

1 Introdução .................................................................................................................................. 3 
2 Classificação das Normas ........................................................................................................... 5 
2.1 Tipos de Normas ...................................................................................................................... 5 
3 Normalização Internacional e Nacional ..................................................................................... 6 
3.1 Normalização Internacional .................................................................................................... 7 
3.2 Normalização Nacional ............................................................................................................ 8 
3.3 Comitês Técnicos ..................................................................................................................... 8 
3.4 Processo de Criação de Norma ‐  Processo de elaboração de Normas Brasileiras ................. 9 
3.5 ABNT‐CB‐25 ........................................................................................................................... 10 
4 Visão Geral das Principais Normas ........................................................................................... 10 
5 Norma ISO 9001 ....................................................................................................................... 18 


 
1 Introdução
Sabemos  que  a  busca  da  qualidade  sempre  acompanhou  a  evolução  do  homem,  visto  que 
queremos cada vez mais aprimoramento em nossas vidas, no nosso trabalho e nos produtos e 
serviços que consumimos. 

A  globalização  atual  aliada  ao  aumento  da  competitividade  e  as  mudanças  constantes  nos 
mercados (seja pela tecnologia, cultura ou inovações em geral), levam as atuais organizações a 
uma  busca  constante  pela  qualidade  no  intuito  de  aprimorar  suas  atividades  e  satisfazer  os 
seus clientes. 

Qualidade pode ser traduzida como uma série de ações que levam as empresas a trabalhar em 
conformidade com os requisitos dos clientes, satisfazendo suas necessidades e atendendo (ou 
mesmo excedendo) suas expectativas.  

Nos  dias  atuais,  as  empresas  devem  ter  qualidade,  porém  também  necessitam  comprová‐la. 
Para isso, a normalização é passo essencial nesse processo.  

Na  ABNT,  podemos  ter  uma  das  melhores  definições  para  normalização.  “Normalização  é  a 
atividade  que  estabelece,  em  relação  a  problemas  existentes  ou  potenciais,  prescrições 
destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem em 
um dado contexto”. 

Portanto,  o  gestor  atual  deve  ter  conhecimento  desta  atividade  para  alcançar  níveis  de 
qualidade  em  sua  empresa  e  atender  requisitos  gerais  que  são  estabelecidos  em  diversas 
áreas. 

Normalização, portanto, é a maneira de organizar atividades pela criação e utilização de regras 
e  normas,  elaboração,  publicação  e  promoção  do  emprego  destas  Normas  e Regras,  visando 
contribuir para o desenvolvimento econômico e social de uma Nação.  

Na  prática,  a  Normalização  está  presente  na  fabricação  dos  produtos,  na  transferência  de 
tecnologia, na melhoria da qualidade de vida através de normas relativas à saúde, à segurança 
e à preservação do meio ambiente. Também é chave de acesso a novos mercados, quebrando 
barreiras não tarifárias e, com isso, trazendo vantagem competitiva para as empresas, gerando 
inovações e ampliando conhecimentos tecnológicos, entre outros objetivos. 

Conforme ABNT podemos verificar os principias objetivos da Normalização: 


 
Economia  Proporcionar a redução da crescente variedade de produtos e 
procedimentos (simplificação) 

Comunicação  Proporcionar meios mais eficientes na troca de informação 
entre o fabricante e o cliente, melhorando a confiabilidade das 
relações comerciais e de serviços 

Segurança  Proteger a vida humana e a saúde 

Proteção do  Prover a sociedade de meios eficazes para aferir a qualidade dos 
Consumidor  produtos 

Eliminação de Barreiras  Evitar a existência de regulamentos conflitantes sobre produtos 
Técnicas e Comerciais  e serviços em diferentes países, facilitando assim, o intercâmbio 
comercial 

  É  evidente  que  como  todo  processo  novo  em  uma  organização,  a  normalização  terá 
um  custo  para  sua  implantação,  efetivação  e  manutenção.  Porém,  este  custo  deve  ser 
considerado  como  um  investimento,  visto  que  a  normalização  traz  benefícios  qualitativos  e 
quantitativos para a empresa. 

Os benefícios qualitativos permitem que as empresas: 

 utilizem adequadamente os recursos (equipamentos, materiais e mão‐de‐obra)  
 uniformizem a produção  
 efetuem o treinamento da mão‐de‐obra, melhorando seu nível técnico  
 registrem o conhecimento tecnológico e  
 facilitem a contratação ou venda de tecnologia  

Os benefícios quantitativos permitem que as empresas: 

 reduzam o consumo de materiais, a variedade de produtos e o despedício;  
 padronizem componentes e equipamentos  
 aumentem a produtividade  
 melhorem a qualidade e  
 controlem os processos  


 
2 Classificação das Normas

As normas podem ser classificadas de diversas maneiras, dependendo do enfoque que se 
deseja dar. Duas das principais classificações, sob as quais se encontram as normas, são: 
quanto ao Tipo e quanto ao Nível. 

2.1 Tipos de Normas 
de Procedimento  de Classificação 

de Especificação   de Terminologia 

de Padronização   de Simbologia 

de Ensaio     


 
Exemplo: Lâmpada de filamento.  

  ‐  para  garantir  a  intercambialidade,  temos  um  processo  de  padronização  mundial  do 
porta‐lâmpada; No Brasil padronizou‐se a tensão (110 e 220V) e a freqüência (60 Hz); 

  ‐  a  fim  de  permitir  a  perfeita  adaptação  da  lâmpada  ao  porta‐lâmpada,  deve  haver 
uma  especificação  que  detalhe  não  só  as  dimensões  de  ambos,  como  as  tolerâncias 
admissíveis, os materiais condutores e isolantes a serem utilizados; 

  ‐  a  durabilidade  da  lâmpada  deve  ser  verificada  através  de  um  ensaio,  cujo  método 
(aparelhagem a usar e como usá‐la, o que medir e como medir etc.), está na norma;  

  ‐  as  diferentes  partes  componentes  da  lâmpada  devem  ser  definidas  através  de 
terminologia definida, cujo significado não deixe dúvidas. Exemplo: ao invés de “soquete” ou 
“bocal”, devemos dizer “porta‐lâmpada” (termo que consta na norma); 

  ‐ para representarmos uma lâmpada num circuito, a simbologia pode auxiliar;  

  ‐  para  classificarmos,  de  forma  clara,  os  inúmeros  tipos  (incandescente,  descarga 
gasosa) e subtipos de lâmpadas, necessitamos da classificação; 

  ‐  ao  projetarmos  a  instalação  de  lâmpadas,  precisamos  de  procedimento,  que  nos 
indicarão  de  que  forma  deveremos  executar  o  serviço,  a  fim  de  garantirmos  um  perfeito 
funcionamento e a integral observância dos requisitos de segurança. 

3 Normalização Internacional e Nacional


Como vimos anteriormente, a Normalização estabelece prescrições destinadas à utilização em 
busca de melhoria dos processos da empresa. 

Estas prescrições são documentos formais que são criados através do consenso e da aprovação 
de organismos que atuam com essa função. 

Existem  diversos  organismos  em,  praticamente,  todos  os  países  e,  também,  organismos 
internacionais que efetuam normas técnicas internacionais. 

Portanto, podemos perceber que a normalização possui níveos. Os níveis de normalização são: 

  Internacional  ‐  normas  destinadas  ao  uso  internacional,  resultantes  da  ativa  participação 
das nações com interesses comuns. 

Exemplos:  ISO  (International  Organization  for  Standardization)  e  IEC  (International 


Eletrotechnical Comission). 


 
 Regional ‐ normas destinadas ao uso regional, elaboradas por um limitado grupo de países 
de um continente. 

Exemplos:  CEN  (Comitê  Europeu  de  Normalização)  e  AMN  (Associação  Mercosul  de 
Normalização). 

  Nacional  ‐  normas  destinadas  ao  uso  nacional,  elaboradas  por  consenso  entre  os 
interessados em uma organização nacional reconhecida como autoridade no respectivo país.  

Exemplos:  ABNT  (Brasil);  ANSI  (Estados  Unidos);  DIN  (Alemanha);  JISC  (Japão)  e  BSI  (Reino 
Unido). 

 Empresarial ‐ normas destinadas ao uso interno nas empresas. 

 
3.1 Normalização Internacional 
 
O  organismo  internacional  mais  conhecido  no  âmbito  administrativo  é  a  ISO.  Este  órgão 
internacional elabora uma série de normas que são aplicadas em empresas de todos os países 
do mundo. 

A  ISO  é  uma  organização  internacional,  não  governamental,  que  foi  estabelecida  em  1947  e 
possui  a  sua  sede  em  Genebra  (Suíça).  A  ISO  elabora  normas  internacionais  de  qualidade, 
sendo reconhecida e aceita internacionalmente, estando presente em 161 países. 

ISO  quer  dizer  “International  Organization  for  Standardization”,  porém  não  é  uma  sigla.  Seu 
nome  vem  do  grego  “isos”  que  significa  “igual”.  O  objetivo  da  ISO  é  promover  no  mundo  o 
desenvolvimento de normas que representam o consenso dos diferentes países, por meio da 
cooperação  no  âmbito  intelectual,  científico,  tecnológico  e  de  atividade  econômica,  com  a 
intenção de facilitar o intercâmbio internacional de produtos e serviços. 

As  normas  ISO  são  definidas  por  TCs  ‐  Comitês  Técnicos.  Estes  comitês  técnicos  realizam 
diversas reuniões anuais em diversos países com o intuito de alinhar os objetivos e definir os 
padrões  das  normas.    Os  comitês  técnicos  da  ISO  têm  ligações  formais  com  cerca  de  580 
organizações internacionais. 

O TC 1 (primeiro Comitê Técnico) foi criado em 1947 para padronizar parafusos utilizados pela 
indústria automobilística. Depois disso, vieram diversos comitês, como por exemplo, o TC 176 
(comitê  responsável  pelo  desenvolvimento  das  normas  da  família  ISO  9000  e  de  normas 
genéricas do campo da gestão e da garantia da qualidade). 


 
A ISO ficou popularizada pela série 9000 que tratam de Sistemas para Gestão da Qualidade nas 
empresas. As normas da série ISO 9000 são, portanto, documentos normativos internacionais 
relacionados com gestão de qualidade e de uso voluntário pelas empresas. 

3.2 Normalização Nacional 

Todos  os  países  possuem  um  representante  dos  organismos  internacionais  de  normalização. 
No  Brasil,  a  representante  desses  órgãos  (como  a  ISO,  por  exemplo)  é  a  ABNT  –  Associação 
Brasileira de Normas Técnicas. 

Fundada  em  1940,  a  ABNT  é  o  órgão  responsável  pela  normalização  técnica  no  país, 
fornecendo  a  base  necessária  ao  desenvolvimento  tecnológico  brasileiro.  É  uma  entidade 
privada, sem fins lucrativos e reconhecida pelo Governo Brasileiro como o único Foro Nacional 
de Normalização. 

É  membro  fundador  da  ISO  (International  Organization  for  Standardization),  da  COPANT 
(Comissão  Panamericana  de  Normas  Técnicas)  e  da  AMN  (Associação  Mercosul  de 
Normalização). 

A ABNT é a única e exclusiva representante no Brasil das seguintes entidades internacionais: 
ISO  –  International  Organization  for  Standardization  e  IEC  –  International  Electrotechnical 
Comission  e  das  entidades  de  normalização  regional:  COPANT  –  Comissão  Panamericana  de 
Normas Técnicas e AMN – Associação  do Mercosul de Normalização.  

A ABNT  também  possui diversos comitês técnicos para as mais diferentes áreas de trabalho. 


Como exemplo, podemos citar o comitê técnico ABNT/CB‐25 – QUALIDADE, responsável pela 
normalização  no  campo  de  gestão  da  qualidade,  compreendendo  sistemas  da  qualidade, 
garantia da qualidade e tecnologias de suporte. 

3.3 Comitês Técnicos 

Como dito anteriormente, as normas ISO são definidas por TCs ‐ Comitês Técnicos, que tratam 
de diferentes assuntos. 

 O TC 1, primeiro Comitê Técnico, foi criado em 1947 para padronizar parafusos utilizados pela 
indústria automobilística, permitindo o intercâmbio deste produto.  


 
O TC 176, por exemplo, foi o comitê responsável pelo desenvolvimento das normas da família 
ISO 9000 e de normas genéricas do campo da gestão e da garantia da qualidade, e tem papel 
consultivo  perante  outros  comitês  técnicos  da  ISO  com  respeito  a  sistemas  de  gestão  e 
princípios da qualidade. O TC 207, outro exemplo, foi instituído em março de 1993 para definir 
as normas internacionais na temática ambiental e assim por diante. 

No  Brasil,  a  criação  de  um  Comitê  Brasileiro  (ABNT‐CB)  é  efetuada  através  de  proposta 
encaminhada  pela  entidade  solicitante  à  ABNT  através  da  Gerência  do  Processo  de 
Normalização incluindo: 

‐ Justificativa  retratando  a  necessidade  e  interesse  do  setor  no  desenvolvimento  de 


Normas Brasileiras 

‐ Histórico  de  participação  da  entidade  solicitante  na  normalização  e  sua 


representatividade no setor 

‐ Informações  sobre:  denominação  do  Comitê,  campo  de  atuação,  estrutura,  suporte 
técnico, administrativo e financeiro, localização, recursos físicos, humanos e financeiros, 
Programa de Normalização Setorial (PNS). 

Por sua vez, para o credenciamento de um Organismo de Normalização Setorial (ABNT/ONS), a 
entidade  interessada  deve  solicitar  informações  à  ABNT  através  da  Gerência  do  Processo  de 
Normalização. 

3.4 Processo de Criação de Norma ‐  Processo de elaboração de Normas Brasileiras 

‐  A sociedade brasileira manifesta a necessidade de se ter uma norma; 

‐  O Comitê Brasileiro (ABNT‐CB) ou Organismo de Normalização Setorial (ABNT/ONS) analisa 
o tema e inclui no seu Programa de Normalização Setorial (PNS) 

‐  É criada uma Comissão de Estudo (CE), com a participação voluntária de diversos segmentos 
da Sociedade, ou incorporada esta demanda no plano de trabalho da Comissão de Estudos 
já existente e compatível com o escopo do tema solicitado 

‐  A Comissão de Estudo (CE) elabora um Projeto de Norma, com base no consenso de seus 


 
participantes 

‐  O Projeto de Norma é submetido à Consulta Pública  

‐  As sugestões obtidas na Consulta Pública são analisadas pela Comissão de Estudo (CE) e o 
Projeto de Norma é aprovado e encaminhado à Gerência do Processo de Normalização da 
ABNT para homologação e publicação como Norma Brasileira 

‐  A Norma Brasileira poderá ser adquirida nos Escritórios Regionais da ABNT e nos diversos 
Postos de Venda espalhados pelo Brasil.  

Para  solicitar  a  elaboração  de  uma  Norma,  deve  ser  apresentada  solicitação  formal  à  ABNT, 
descrevendo a necessidade da existência da Norma Brasileira, listando as empresas, entidades 
e indivíduos que possam ter interesse na sua elaboração e aplicação. 

3.5 ABNT‐CB‐25 

É  o  representante  oficial  da  ABNT  perante  o  ISO/TC  176  e  ISO/CASCO  e  participa  dos 
respectivos  Grupos  de  Trabalho,  produzindo  as  normas  e  outros  documentos  normativos 
brasileiros,  relativos  à  qualidade  e  à  avaliação  da  conformidade,  equivalentes  aos  emitidos 
pela ISO. Foi criado no último trimestre de 1991, e começou a operar em fevereiro de 1992, 
com  o  objetivo  de  criar  uma  infra‐estrutura  de  normalização  de  sistemas  de  gestão  da 
qualidade para o Brasil 

4 Visão Geral das Principais Normas


Uma vez que já sabemos o que é normalização e a sua importância no contexto administrativo, 
precisamos  conhecer  as  principais  normas  utilizadas  nas  empresas.  Podemos  separar  as 
normas em dois grandes grupos: 

‐  Normas  de  Produtos  ou  serviços    normas  de  fabricação  de  produtos  e  de  execução  de 
serviços; 

10 
 
‐  Normas  de  Sistemas  de  Gestão    normas  que  definem  os  processos  administrativos  da 
empresa e complementam as normas de produção. 

Em nosso curso de MBA, vamos nos concentrar nas normas de gestão, pois estão diretamente 
ligadas ao trabalho do administrador em uma empresa. 

Dentre as normas de sistemas de gestão, vale destacar: 

‐ Sistema da segurança e saúde ocupacional – OHSAS 18001 

‐ Sistema de gestão de responsabilidade social – SA 8000 

‐ Sistema de gestão ambiental – ISO 140001 

‐ Sistema de gestão da qualidade – ISO 9001 

4.1 GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL ‐ OHSAS 18001 

A OHSAS 18001, cuja sigla significa Ocupacional Health and Safety Assessment Series, entrou 
em  vigor  em  abril  de  1999.  Consiste  em  um  sistema  de  gestão  com  o  objetivo  de  prover  às 
organizações  um  ambiente  eficaz  de  segurança  e  saúde  no  trabalho.  Foi  desenvolvida  de 
maneira alinhada com as normas ISO 9001 e 14001. Assim como estes sistemas, é passível de 
certificação por órgãos competentes.  

Anteriormente, a segurança e a saúde do trabalho eram exercidas devido às obrigações legais. 
Os  setores  prevencionistas  eram  vistos  apenas  como  um  custo  para  as  empresas,  e  muitas 
vezes,  considerados  um  entrave  para  a  produtividade  devido  a  sua  intervenção  quando 
verificados riscos ao trabalhador.  

Devido às exigências cada vez maiores do mercado (competitividade, melhoria nos processos, 
redução  de  custos  e  exigências  da  sociedade  em  geral)  e  a  crescente  percepção  da  relação 
direta entre saúde/segurança no trabalho e aumento da produtividade, surge a norma OHSAS 
18001. 

Ficou evidente que a redução de acidentes levava a uma redução de custos de produção e a 
melhoria  das  condições  de  trabalho  acarretava  em  maior  produtividade.  Além  disso,  as 
empresas começaram a se preocupar com a sua imagem perante o seu público‐alvo e demais 
partes  interessadas  (stakeholders),  melhorando  as  condições  de  trabalho  e  reduzindo  o 
número de acidentes de trabalho.  

11 
 
A OHSAS 18001 pode ser utilizada por qualquer organização, independente de seu tamanho e 
setor de atividade, e apresenta como principais objetivos o estabelecimento de um sistema de 
gestão visando minimizar os riscos em suas atividades, através de um processo contínuo e com 
avaliação  permanente,  além  da  demonstração  desta  preocupação  a  terceiros  através  da 
certificação por uma organização externa.  

É  uma  ferramenta  essencial  para  as  organizações  que  buscam  eliminar  os  riscos  para  os 
trabalhadores,  através  da  implantação  de  um  sistema  de  melhoria  contínua  dos  aspectos 
prevencionistas.  Através  da  realização  de  auditorias  periódicas  do  sistema,  é  possível  que  a 
empresa  tenha  garantia  da  constante  revisão  do  sistema,  buscando  a  melhoria  contínua, 
analisando a eficácia deste e efetuando a correção das não‐conformidades que afetam a saúde 
e a segurança dos empregados.  

Seu processo é composto basicamente das seguintes etapas: 

‐ política de segurança; 

‐ planejamento;  

‐ avaliação de riscos; 

‐ atendimento a requisitos legais; 

‐ definição de objetivos; 

‐ estrutura e responsabilidade; 

‐ treinamento; 

‐ conscientização e competência; 

‐ consulta e comunicação; 

‐ documentação; 

‐ monitoramento do desempenho; e  

‐ auditoria.  

4.2 GESTÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL ‐ SA 8000 

Lançada  em  outubro  de  1997  pela  CEPAA  ‐  Council  on  Economics  Priorities  Accreditation 
Agency,  atualmente  chamada  SAI  –  Social  Accountability  International,  organização  não‐

12 
 
governamental  norte‐americana,  a  Social  Accountability  8000  (SA8000)  é  o  primeiro  padrão 
global de certificação de um aspecto da responsabilidade social de empresas. Tem como foco a 
garantia  dos  direitos  dos  trabalhadores  envolvidos  em  processos  produtivos,  promovendo  a 
padronização em todos os setores de negócios e em todos os países. 

Com  a  implementação  desta  norma,  a  empresa  tem  como  benefícios:  a  melhoria  do 
relacionamento  organizacional  interno,  maior  confiabilidade  aos  compradores,  melhor 
gerenciamento  da  cadeia  produtiva;  a  imagem  e  reputação  de  empresa  socialmente 
responsável, entre outros. 

A  SA  8000  é  a  norma  aplicável  ao  ambiente  de  trabalho  reconhecida  internacionalmente, 
podendo ser utilizada por empresas de qualquer porte, em qualquer país e em qualquer setor.  

Atualmente, já podemos encontrar mais de 400 empresas no mundo devidamente certificadas 
na  norma  SA8000.  Algumas  empresas  brasileiras  já  possuem  essa  norma,  entre  elas:  Avon 
Cosméticos Ltda, Ipiranga Comercial Química, Marcopolo S/A, Oxiteno S/A, etc. 

A norma é composta por nove requisitos que têm como base as Convenções da Organização 
Internacional  do  Trabalho,  a  Declaração  Universal  dos  Direitos  Humanos  e  a  Convenção  das 
Nações Unidas sobre os Direitos da Criança. A certificação cobra ainda o cumprimento de leis 
locais. São eles: 

‐ Não apoiar o trabalho de crianças menores (proibição do trabalho infantil)   

‐  Não  permitir  que  o  trabalhador  execute  funções  incompatíveis  com  sua  capacidade  física 
(proibição do trabalho forçado); 

‐  Assegurar  ao  trabalhador  um  ambiente  de  trabalho  saudável  com  foco  na  prevenção  de 
acidentes, manutenção de máquinas, utilização de equipamentos de segurança e treinamento 
regulares aos funcionários (saúde e segurança do trabalhador); 

‐ Liberdade de associação e negociação coletiva; 

‐ Não permitir qualquer tipo de discriminação; 

‐  Não  permitir  punições  físicas  ou  mentais,  coerção  física  e  abuso  verbal,  e  pagamento  de 
multas por não cumprimento de metas (práticas disciplinares); 

‐  Cumprimento  do  horário  de  trabalho  estabelecido  em  lei  (não  deve  ultrapassar  48  horas 
semanais,  além  de  12  horas‐extras  semanais;  no  Brasil,  a  legislação  permite    44  horas 
semanais); 

13 
 
‐  Efetuar  a  remuneração  dos  trabalhadores  de  forma  regular  e  segura.  A  empresa  também 
deve  assegurar  que  não  sejam  realizados  esquemas  de  falsa  aprendizagem  para  evitar  o 
cumprimento de obrigações impostas por lei. 

‐  Deve  existir  um  sistema  de  gestão  (política  de  gestão)  que  garanta  a  efetividade  do 
cumprimento  de  todos  os  requisitos  da  norma,  através  de  documentação,  implementação, 
manutenção,  comunicação  e  monitoramento  da  empresa  em  relação  às  questões  abordadas 
na norma, num processo de melhoria contínua. 

4.3 GESTÃO AMBIENTAL ‐ ISO 14001  

A ISO 14001 é uma norma internacional que define os requisitos para estabelecer um sistema 
de gestão ambiental em uma empresa. 

As  organizações  possuem  diversos  motivos  para  adotarem  um  Sistema  de  Gestão  Ambiental 
(SGA):  legislação,  pressões  da  sociedade,  mudança  de  hábitos  do  cliente  e  economia  com 
processos. 

Porém, vamos destacar o aumento constate da preocupação mundial com o meio ambiente, a 
interferência  do  desenvolvimento  e  do  progresso  não  apenas  no  esgotamento  dos  recursos 
naturais  limitados,  mas  também  no  clima  (aquecimento  global,  efeito  estufa,  etc.)  e  nos 
problemas que serão repassadas para as gerações futuras. Estes fatos, entre outros não menos 
importantes,  levaram  as  empresas  a  um  processo  de  busca  pelo  que  se  denominou 
“desenvolvimento sustentável”. 

A definição de Desenvolvimento Sustentável mais aceita surgiu na Comissão Mundial sobre o 
Meio Ambiente (ONU): “desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as 
necessidades  da  geração  atual,  sem  comprometer  a  capacidade  de  atender  as  necessidades 
das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.”. 

Portanto, as discussões sobre a questão ambiental proporcionaram o surgimento de diversas 
legislações  ambientes  em  várias  partes  do  globo  e  levou  as  empresas  a  repensar  o  seu 
processo produtivo e sua forma de afetar e interferir no meio ambiente.   

Através  dessas  discussões,  surgem  as  normas  da  série  ISO  14000  que  procuram  levar  às 
empresas a uma abordagem organizacional com gestão ambiental efetiva.   

Um  Sistema  de  Gestão  Ambiental  (SGA)  é  um  instrumento  que  as  empresas  possuem  para 
definir objetivos e estratégias de negócios atendendo as preocupações ambientais. 

14 
 
As  empresas  que  adotam  a  ISO  14001  possuem  o  benefício  de  gerenciar  seus  negócios  com 
preocupação  ambiental,  evitando  problemas  de  caráter  legal  (devido  às  exigências  legais 
ambientais  crescentes  no  mercado),  bem  como  reduzem  sensivelmente  as  barreiras  não 
tarifárias  no  caso  do  comércio  exterior  e  fortalecem  a  imagem  perante  seus  clientes  e  a 
sociedade em geral. 

Além  disso,  as  empresas  que  possuem  a  norma  ISO  14001  também  tendem  a  aprimorar  seu 
controle de custos, além de uma maior facilidade na obtenção de licenças e autorizações, visto 
que  as  relações  com  o  governo  no  que  tange  a  proteção  ambiental  melhoram 
significativamente. 

Princípios do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) 

‐ Comprometimento da alta administração com a gestão ambiental; 

‐ Estabelecimento de uma Política Ambiental; 

‐ Formulação de um planejamento ambiental (PGA – Programa de Gestão Ambiental);  

‐  Implantação  do  PGA  através  de  ações,  tais  como:  comunicação,  treinamento,  controle 
operacional; 

‐ Monitoramento das atividades operacionais do desempenho ambiental com ações corretivas 
e preventivas; 

‐ Análise crítica e melhoria  do SGA. 

  

4.3.1 Política Ambiental 

 Ao  estabelecer  um  sistema  de  gestão  ambiental,  a  empresa  deve  definir  uma  política 
ambiental  que  seja  adequada  à  natureza,  incluindo  melhoria  contínua  dos  processos  e 
prevenção da poluição, bem como esta política seja documentada, implementada, mantida e 
comunicada. 

  

4.3.2 Requisitos da ISO 14001 

‐ Requisitos gerais; 

‐ Política Ambiental; 

‐ Planejamento (Aspectos Ambientais; Legislação e Outros Requisitos; Objetivos e Metas); 

15 
 
‐ Implementação  e Operação (Estrutura e Responsabilidades; Treinamento, conscientização e 
competência;  Comunicação;  Documentação  do  SGA;  Controle  de  Documentos;  Controle 
Operacional; e Prontidão e Resposta às Emergências); 

‐ Verificação e Ação Corretiva (Monitoração e Medição; Avaliação da conformidade legal; Não 
conformidade e Ação corretiva e preventiva; Registros; e Auditoria do SGA); 

‐ Análise Crítica pela Administração. 

4.3.3 Conceitos e Definições Importantes sobre poluição. 

 Poluição – segundo a Lei 6938/81, poluição é a degradação da qualidade ambiental resultante 
de atividades que direta ou indiretamente: 

‐ prejudiquem a saúde, a segurança e o bem‐estar da população; 

‐ criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; 

‐ afetem desfavoravelmente à biota e as condições estéticas ou sanitárias do meio‐ambiente; 

‐ lancem matéria ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. 

  

Aspecto  –  elemento  que  pode  interagir  com  o  meio  ambiente  e  tem  ou  pode  ter  impacto 
ambienta significativo (Exemplo: emissão de poluentes). 

 Impacto – qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que reside, no todo 
ou  em  partes,  das  atividades,  produtos  ou  serviços  de  uma  organização  (Exemplo:  alteração 
dos recursos hídricos). 

 Mitigação – uso de processos, práticas, materiais, produtos ou energia que evitem, reduzam 
ou  controlem  a  criação,  emissão  ou  descarte  de  qualquer  tipo  de  poluente  ou  resíduo,  de 
forma a reduzir impactos ambientais adversos (Exemplo: reciclagem). 

4.4 GESTÃO DA SATISFAÇÃO DO CLIENTE: ISO 10002 

Antigamente não existia a Ouvidoria apenas o SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente, e este 
último gerenciava a reclamações de clientes. Porém, surge na Inglaterra, uma norma (BS 8600) 
que falava sobre o tratamento de reclamações.  

16 
 
Essa  norma  foi  evoluindo  no  mundo  até  que  em  2004  a  ISO  internacionalizou  esta  norma 
transformando‐a  na  ISO  10002.  Assim,  foram  criadas  as  Ouvidorias  e  as  reclamações  de 
clientes começaram a ser tratadas conforme disposto nesta Norma. 

Esta  norma  dá  toda  a  orientação  de  como  deve  se  planejar  o  gerenciamento  de  uma 
reclamação,  desde  quais  ferramentas  e  pessoas  serão  necessárias  até  como  tratar  a 
reclamação e qual o resultado esperado. 

A ISO 10002 traz a concepção do planejamento, da execução, da checagem do gerenciamento 
e diretrizes de como monitorar este processo. 

Com a implementação do processo, as empresas poderão criar abordagem com foco no cliente 
para  resolver  reclamações  e  estimular  os  funcionários  a  melhorar  suas  habilidades  no 
tratamento  com  seu  público,  além  de  aprimorar  a  habilidade  para  identificar  tendências  e 
eliminar as causas de reclamações.  

Acessibilidade ao processo de reclamação, rapidez no encaminhamento, tratamento objetivo, 
imparcial  e  sem  ônus  para  o  cliente  insatisfeito,  confidencialidade,  comprometimento, 
monitoramento  do  desempenho  e  foco  na  melhoria  contínua  são  alguns  dos  aspectos 
abordados pela ABNT NBR ISO 10002, envolvendo toda a estrutura de uma organização.    

A utilização desta norma, portanto, promove um circulo virtuoso, onde cada reclamação vira 
melhoria  do  serviço,  com  o  cliente  sendo  informado  no  final  do  processo.  Isso  torna  o 
reclamante  parceiro  da  instituição  participando,  inclusive,  da  resolução,  o  que  reflete, 
conseqüentemente, numa imagem positiva para as empresas.  

No  Brasil,  a  norma  foi  elaborada  pela  Comissão  de  Estudo  de  Tecnologia  de  Suporte,  do 
Comitê Brasileiro da Qualidade (ABNT/CB‐25), com base na ISO 10002:2004. 

 
4.5 GESTÃO DA QUALIDADE – ISO 9000 

Somente especificações técnicas de um produto ou de um serviço qualquer não garantem que 
os requisitos do cliente serão atendidos, pois as empresas podem possuir deficiências no seu 
sistema  organizacional.  Portanto,  as  empresas  verificam  a  necessidade  de  um  sistema  de 
gestão de qualidade que viesse a garantir o gerenciamento do processo e a melhoria contínua 
destes. 

Surge a série ISO 9000 que se refere a um conjunto de normas e diretrizes internacionais para 
sistemas de gestão da qualidade. Estas normas foram organizadas de forma a serem utilizadas 

17 
 
da  maneira  mais  amigável  possível,  facilitando  as  empresas  a  adquirir  outros  sistemas  de 
gestão,  como  por  exemplo,  o  sistema  de  gestão  ambiental  –  ISO  14000  ou  o  sistema  de 
gerenciamento de serviços de TI (Tecnologia da Informação) – ISO 20000. 

4.6 NORMAS DA FAMÍLIA ISO 9000 (NORMAS PRIMÁRIAS) 

‐  ISO  9000  ‐ SISTEMAS  DE  GESTÃO  DA  QUALIDADE  –  FUNDAMENTOS  E  VOCABULÁRIO:  nesta 
norma encontramos os termos e as definições utilizadas nas normas da família ISO 9000. Esta 
norma, portanto, serve para auxiliar a interpretação correta para uma implantação precisa do 
sistema de gestão da qualidade.  

‐ ISO 9001 ‐ SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE – REQUISITOS: esta é a norma certificada. 
As  empresas  recebem  certificação  da  norma  ISO  9001.  Portanto,  nela  vemos  todos  os 
requisitos para um sistema de gestão da qualidade.  

‐  ISO  9004‐  SISTEMAS  DE  GESTÃO  DA  QUALIDADE  –  DIRETRIZES  PARA  MELHORIA  DO 
DESEMPENHO: fornece diretrizes para a melhoria contínua do sistema de gestão da qualidade 
da organização.  

5 Norma ISO 9001

5.1 Princípios de gestão da qualidade 

As normas da família ISO 9000 são baseadas em 8 princípios de gestão de qualidade: 

‐  Organização  focada  no  cliente    As  organizações  atuais  dependem  dos  seus  clientes 
diretamente e devem trabalhar com foco para que estes estejam satisfeitos, atendendo todos 
os requisitos e, até mesmo, para exceder as expectativas destes clientes. Com isso, a empresa 
necessita: 
‐ pesquisar as necessidades dos clientes e medir a satisfação do cliente; 
‐ comunicar as expectativas dos clientes para toda a organização; 
‐  atuar  sobre  os  resultados,  garantindo  uma  aproximação  ao  cliente  que  atenda  as 
necessidades  de  todas  as  partes  interessadas  (acionistas,  fornecedores,  colaboradores  e 
sociedade em geral).                                    

18 
 
‐  Liderança    A  liderança  deve  estar  comprometida  com  o  sistema  de  gestão  da  qualidade 
para que seja estabelecida uma unidade na direção que a empresa deve seguir para que todos 
os  colaboradores  se  sintam  envolvidos  nos  objetivos  da  empresa.  É  a  liderança  empresarial 
que  estabelece  o  ruma  da  organização,  efetuando  o  planejamento  estratégico  com  missão, 
visão, metas e objetivos estipulados, bem como motivando e capacitando os funcionários para 
atingimento do estabelecido. 

‐ Envolvimento das pessoas  As pessoas são a essência da organização, portanto devem ser 
parte ativa do processo, participando da implementação e manutenção do sistema de gestão. 
Nas  empresas  atuais,  o  capital  humano  é  reconhecidamente  fator  estratégico  de  vantagem 
competitiva  e  de  inovação  na  busca  de  melhoria  na  qualidade  dos  processos,  produtos  e 
serviços. 

‐  Enfoque  no  processo    As  empresas  devem  verificar  seus  processos  e  trabalhar  com 
enfoque  direcionado  para  que  encontre  uma  melhor  definição  das  responsabilidades  da 
realização  dos  processos  e  melhor  avaliação  de  riscos,  impactos  e  ganhos  nestes  processos. 
Portanto,  as  empresas  precisam  identificar  as  entradas  e  saídas  de  todos  os  seus  processos, 
bem como as interfaces entre os processos internos (processamento). 

‐  Enfoque  sistêmico  para  gerenciamento    As  empresas  com  um  sistema  de  gestão  da 
qualidade  terão  um  melhor  acompanhamento  gerencial  dos  objetivos  estabelecidos, 
permitindo uma visão mais ampla dos processos. 

‐  Melhoria  Contínua    Um  “estado  de  espírito”  que  anda  associado  à  existência  de  uma 
cultura  da  empresa,  e  à  definição  de  ações  corretivas  e  preventivas  nos  processos  gerais  da 
empresa. Para isso, é necessário que os colaboradores entendam e participem do sistema que 
deve ser comunicado a todos (comunicação interna).  

‐ Tomada de decisões baseada em fatos  A empresa deve se orientar e seguir seus objetivos, 
utilizando‐se de fatos devidamente avaliados e divulgados. A empresa necessita de medição e 
de coleta de informações para definir sua estratégia e tomar as ações necessárias para atingir 
os objetivos realistas e possíveis.  

‐  Relacionamento  com  fornecedor  mutuamente  benéfico  A  aplicação  deste  princípio 


pressupõe  boas  relações  entre  fornecedores  e  empresas  com  seriedade  e  confiança,  pois, 
desta forma, otimiza custos e criam atividades com valor para ambas as partes.  

19 
 
5.2 Abordagem de Processos 

A própria Norma ISO 9001 explica, em seu texto, qual a abordagem de processo que a empresa 
deve seguir para a implementação e manutenção do sistema de gestão: 

“Esta  Norma  incentiva  a  adoção  de  uma  abordagem  de  processo  para  o  desenvolvimento, 
implementação e melhoria da eficácia de um sistema de gestão da qualidade para aumentar a 
satisfação do cliente por meio do atendimento destas.” 

Portanto,  se  a  empresa  está  orientada  por  processos  conseguirá  identificar  e  trabalhar  as 
interações entre estes, focando na melhoria contínua de cada passo. A empresa pode aplicar a 
metodologia  conhecida  como  PDCA  para 
todos os seus processos. 

O  ciclo  PDCA  é  a  uma  das  ferramentas 


mais  utilizadas  nos  métodos  de  qualidade 
(também  conhecido  como  ciclo  de 
Deming). Podemos verificar que a essência 
deste  ciclo  é  a  definição  de  metas,  a 
execução  das  tarefas  para  alcançá‐las,  medindo  e  controlando  os  passos  do  processo  e 
tomando as medidas corretivas e preventivas necessárias: 
 
Durante  o  P  (Plan),  a  empresa  elabora  metas  e  objetivos  a  serem  alcançados,  bem  como  os 
processos e métodos necessários para alcançá‐los, visando sempre atender os requisitos dos 
clientes e a política da empresa (visão/missão). 

Na fase D (Do), ocorre a implementação dos processos, executando‐se todas as tarefas. Muitas 
empresas  utilizam  esta  fase  também  para  o  treinamento  e  desenvolvimento  de  seus 
colaboradores no intuito de elaborar os processos de forma correta (sem retrabalho). 

A fase C (Check) é o momento do monitoramento e da medição dos processos em relação ao 
definido na estratégia empresarial (metas / objetivos).  

Por fim, na fase A (Act) ocorre a execução das ações necessárias a manter a melhoria contínua 
dos processo. 

20 
 
Em  u
um  sistema  de  gestão  de 
d qualidadee,  o  modelo  de  abordag
gem  de  proccessos  envolve  os 
requiisitos da norma com o en
ntendimentoo do ciclo PDCA para a em
mpresa: 

5.3 In
nterpretação
o dos requisiitos da ISO 99001 

O  9001    A 
Aplicação  da  ISO ma  a  ser  utiilizada  em  toda  e 
A norma  ISO   9001  foi  crriada  de  form
quer  empressa,  não  conssiderando  o   tipo,  tamanho  e  produ
qualq uto  ou  serviiço  fornecido  aos 
equisitos da  norma são ggenéricos e aplicáveis. 
clienttes, visto quee todos os re

001  é  consttituída  de  rrequisitos  do  sistema  de 


orma  ISO  90
A  no d gestão  dda  qualidad
de.  Os 
primeeiros  três  requisitos 
r referem‐se 
r aos  objetivvos,  fornece
endo  referê ncias  normativas 
(defin – ABNT  –  nno  Brasil)  e  demonstrando  os  term
nidas  atravéés  da  ISO  –  mos  e  defin
nições 
consttantes da NO
ORMA. São eles:  
11) Objetivo 
22) Aplicação

33) Termos ee definições 

Requ
uisito 4) Siste
ema de Gestão da Qualiddade: 

4.1 –– Requisitos  Gerais  de
efine as etappas necessárias para a implementaçção do sistem
ma de 
gestãão da qualidaade 

4.2  ––  Requisitos  de  Documentação    A


A  ISO  9001 p
possui  uma  estrutura 
e dee  documenta
ação  a 
ser seeguida: 

21 
 
Documentos do Nível I: 
‐  Declaração  documentada  da  política  da  qualidade  e  dos  objetivos  da  qualidade    neste 
caso as empresas devem criar uma política e os objetivos baseados nesta política, divulgando‐s 
para todos os envolvidos nos processos. Esta declaração pode estar descrita de forma clara e 
precisa no próprio Manual da Qualidade; 
‐ Manual da Qualidade  a empresa deve estabelecer e manter um Manual onde possamos 
encontrar  o  escopo  do  sistema  de  gestão  da  qualidade,  os  procedimentos  documentados 
estabelecidos e a descrição de interação entre os processos. 
 
Documentos do Nível II: 
‐  Procedimentos  da  Qualidade    a  empresa  deve  estabelecer  que  todos  os  procedimentos 
dos  requisitos  da  norma  (que  veremos  mais  adiante)  estejam  devidamente  documentados, 
comunicados  e  controlados  em  suas  alterações,  inclusões,  exclusões  ou  qualquer  outra  ação 
que venha a alterar esses procedimentos. 
 
Documentos do Nível III: 
‐  Procedimentos  Operacionais    a  empresa  deve  estabelecer  que  todos  os  procedimentos 
operacionais  (fluxogramas,  por  exemplo)  estejam  documentados  e  comunicados  aos 
envolvidos em todos os processos. Suas alterações também devem ser controladas. 

Além  disso,  as  empresas  devem  ter  o  controle  de  documentos  (Manual,  Procedimentos, 
Fluxogramas, Manuais Técnicos, e documentos de origem externa). Este controle visa impedir 
que documentos obsoletos ou pessoais façam parte dos processos da empresa.  

Por  fim,  as  empresas  também  devem  manter  controle  sobre  os  registros  da  qualidade. 
Registros  da  qualidade  são  tipos  especiais  de  documentos  que  devem  seguir  os  controles 
necessários para identificação, legibilidade, armazenamento, proteção, recuperação, tempo de 
retenção e descarte dos registros da qualidade. 

Requisito  5)  Responsabilidade  da  Direção    apresenta  as  responsabilidades  que  o  nível 
estratégico da empresa deve ter para um sistema de gestão da qualidade:   

5.1  –  Comprometimento  da  Direção    a  direção  deve  estar  comprometida  com  todo  o 
processo e repassar esse comprometimento a todos os funcionários da empresa. 

22 
 
A qualidade exige o comprometimento de todos os funcionários de uma empresa e a falta de 
comprometimento  resulta  em  graves  problemas.  Essa  falta  de  comprometimento  é 
demonstrada de diversas maneiras:  

‐ Gerência não assume a qualidade, 
‐ Os funcionários vêem a qualidade como um trabalho a mais; 
‐ Falta de treinamento para funcionários e falta de transparência nos atos; 
‐ A empresa não cumpre metas e objetivos e não atende às necessidades dos clientes. 
Se  a  responsabilidade  de  todos  os  funcionários  é  fator  fundamental  para  o  desenvolvimento 
de  uma  empresa  com  vistas  à  certificação  nas  Normas  ISO,  percebemos  que  a 
responsabilidade e o comprometimento da alta direção da empresa é “peça‐chave” para um 
sistema de gestão de qualidade.  

5.2  –  Foco  no  cliente    foco  no  atendimento  aos  clientes  atendendo  os  requisitos 
devidamente determinados. 

5.3 ‐ Política da qualidade  deve estar estabelecida e cumprida, sendo que a mesma deve 
ser apropriada ao propósito da empresa; 
 
5.4 – Planejamento  a alta administração deve planejar os objetivos e o sistema de gestão 
de qualidade. 
 
5.5 ‐ Responsabilidades e autoridades  assegurar e definir de forma clara e transparente as 
responsabilidades  e  autoridades  dos  processos  existentes  na  empresa,  bem  como  definir  o 
representante da direção que é responsável por assegurar que os processos necessários para 
o sistema de gestão da qualidade sejam estabelecidos, implementados e mantidos. 
Deve  também  manter  a  comunicação  interna  e  o  fluxo  de  informações  de  forma  clara  e 
transparente para todos os envolvidos nos processos da empresa (normas, regras e requisitos 
bem entendidos e amplamente divulgados). 
   
5.6 ‐ Análises críticas  reuniões periódicas para os ajustes nos objetivos e metas, incluindo 
necessidades de alterações no planejamento estratégico sempre com vistas à melhoria (termo 
utilizado nas normas ISO para esse passo: análise crítica). 
A análise crítica da alta organização deve considerar como instrumento de trabalho e fonte de 
informação apenas os dados gerados de maneira científica e com todo o foco administrativo. 
Esses  dados,  chamados  de  Entradas  para  Análise  Crítica,  podem  vir  de  auditorias  internas  e 

23 
 
externas,  consultas  aos  clientes  através  de  diversos  meios  já  conhecidos  (exemplo:  SAC), 
acompanhamento  das  ações  efetuadas  para  o  cumprimento  das  metas  e  dos  objetivos 
estipulados durante o planejamento estratégico da empresa, medições e análises efetuadas no 
desempenho do processo e na conformidade dos produtos e serviços prestados. 
Por  fim,  estas  reuniões  (relatadas  em  atas/relatórios)  devem  produzir  decisões  e  ações 
(conhecidas como Saídas  da Análise Crítica) envolvendo melhorias da eficácia do sistema de 
gestão  da  qualidade,  melhorias  do  produto/serviço  com  vistas  a  satisfação  do  cliente  e, 
também, necessidades de recursos para que a empresa possa cumprir suas metas e objetivos. 
 
 
Requisito  6)  Gestão  de  Recursos    os  recursos  necessários  para  a  implementação  e 
manutenção de um sistema de gestão da qualidade, possuindo a: 
 
6.1 ‐ Provisão de Recursos  a empresa deve prover os seguintes recursos: 
6.2 ‐ Recursos Humanos  além de possuir capital humano suficiente para a execução de suas 
atividades,  a  empresa  deve  ter  pessoal  competente  com  base  na  educação,  treinamento, 
habilidades e experiência apropriados para a função. 
A organização deve determinar as competências necessárias, executar treinamentos e avaliar a 
eficácia das ações, bem como manter registros desses processos. 

6.3  –  Infraestrutura    deve  ser  adequada  para  a  realização  dos  processos.  Exemplos: 
edifícios, espaço de trabalho, equipamentos, etc. 

6.4  ‐  Ambiente  de  trabalho    seguro,  saudável,  higienizado,  entre  outros  requisitos, 
atendendo as necessidades dos colaboradores (funcionários) e da empresa.  

Requisito  7)  Realização  do  Produto    O  produto/serviço  é  elemento  fundamental  para  um 
processo de qualidade, pois existem diversas etapas, iniciando‐se no planejamento deste (um 
projeto de um automóvel, por exemplo) até a sua  saída da empresa (além dos processos de 
pós‐venda ao cliente) 

7.1 ‐ Planejamento e realização do produto  a organização deve planejar e desenvolver os 
processos necessários para a realização de um produto ou serviço a ser entregue aos clientes, 
atendendo  as  suas  necessidades.  Durante  o  planejamento,  devem‐se  considerar  diversos 
fatores  (eventuais  substitutos  no  mercado,  custo  da  mudança  para  novos  produtos; 
identificação da marca com o cliente, etc.).  

24 
 
7.2  ‐  Processos  relacionados  ao  cliente    a  organização  deve  determinar  os  requisitos 
relacionados  ao  produto,  respeitando,  assim,  as  necessidades  dos  clientes,  as  leis  e  os 
regulamentos,  bem  como  analisando  criticamente  todos  os  requisitos  (contratos,  exceções, 
emendas  e  alterações  nos  pedidos,  comunicação  com  o  cliente,  tratamento  de  reclamações, 
etc.).  
Em  resumo,  os  requisitos  especificados  pelo  cliente  devem  ser  seguidos  para  o  processo  de 
qualidade, tais como: prazo de entrega, serviços pós‐venda, normas e regras de conduta (ética 
e responsabilidade social), elaboração de manuais (comunicação com o cliente), entre outros. 

7.3 ‐ Projeto e Desenvolvimento  controle do projeto e do desenvolvimento do produto em 
suas diversas fases. Importante salientar as análises críticas efetuadas durante essa fase, bem 
como  as  responsabilidades  envolvidas  nas  diversas  etapas  (verificação  do  projeto  e 
desenvolvimento, validações e controle de alterações durante todo o tempo do projeto). 

7.4 – Aquisição  a empresa deve ter completo controle sobre o produto ou serviço adquirido 
(matéria‐prima,  terceirização,  etc.)  para  que  atenda  a  todos  os  requisitos  especificados 
durante o planejamento. 
Podem  ser  considerados  requisitos  para  aquisição:  aprovação  técnica  do  produto  ou  serviço 
(equipamentos,  procedimento,  MP),  qualificação  do  pessoal  (aquisição  de  mão‐de‐obra 
terceirizada  e/ou  um  sistema  de  qualidade  de  gestão)  e  exigência  de  certificações  para  os 
fornecedores.  
 
7.5 ‐ Produção  e Fornecimento  de Serviço  o  produto/serviço final deve  atender  todos os 
requisitos que a empresa planejou e controlou, bem como a empresa precisa controlar todo o 
produto entregue pelo cliente, protegendo‐o e preservando‐o.  
Também  deve  possuir  identificação  (numérica,  alfanumérica,  etc),  embalagem, 
armazenamento, proteção e o manuseio, com o intuito de Identificação e Rastreabilidade ao 
longo da realização dos processos gerais da empresa (se for um requisito, a organização deve 
controlar e registrar a identificação única do produto).  
 
7.6  –  Controle  de  Dispositivos  de  Medição  e  Monitoramento    a  empresa  deve  controlar 
todos os equipamentos utilizados para este fim (calibração de aparelhos, equipamentos para 
testes e ensaios, comprovação metrológica, etc.). 
 
 

25 
 
 
Requisito  8)  Medição,  Análise  e  Melhorias    as  empresas  devem  planejar  e  implementar 
processos necessários para esse fim. 
 
8.1  ‐  Generalidades    os  processos  de  medição,  análise  e  melhoria  que  podem  ser 
implantados: 
  ‐ demonstrar conformidade dos produtos/serviços; 
  ‐ assegurar a conformidade do sistema de gestão da qualidade; 
  ‐ efetuar melhoria contínua do sistema de gestão de qualidade. 
 
Várias medições devem ser efetuadas, tais como: 
  ‐ medir a satisfação dos clientes (SAC, Customer Service – Ex: Renner); 
  ‐ medir através das auditorias internas; 
  ‐ medir os diversos passos dos processos (produtos / serviços). 
 
8.2  –  Monitoramento  e  medição    As  medições  costumam  ser  efetuadas  através  de  dados 
estatísticos (gráficos, tabelas) entre o que foi planejado e o que foi obtido (indicadores). 
Os  indicadores  são  variáveis  representativas  de  um  processo  que  permitem  quantificá‐lo, 
medindo a eficácia e eficiência deste processo. Servem para indicar o que está ocorrendo em 
um processo e deve ser sempre considerado como a base de uma ação de melhoria. A análise 
dos dados (indicadores) tem o objetivo de demonstrar a adequação e eficácia do sistema de 
gestão. 
 
8.2.1  –  Satisfação  do  cliente    análises  de  dados  deve  fornecer  informações  relativas  à 
satisfação dos clientes. Deve‐se, portanto, medir e monitorar. 
  
8.2.2  ‐  Auditoria  Interna    A  auditoria  interna  também  deve  ser  utilizada  como  fator  de 
medição e monitoramento para a busca de melhoria contínua dos processos. Um programa de 
auditoria  deve  ser  planejado,  levando  em  consideração  a  situação  e  a  importância  dos 
processos e os resultados das auditorias anteriores. 
OBS: Orientações mais detalhadas sobre o processo de auditoria interna do sistema de gestão 
da qualidade podem ser vistos na norma ISO 19011. 
 
8.2.3  –  Monitoramento  e  medição  do  Processo  e  8.2.4  –  Monitoramento  e  medição  do 
Produto    como  já  dito  anteriormente,  as  empresas  devem  ter  métodos  adequados  e 

26 
 
monitoramento e medição para atender aos requisitos dos clientes e buscar melhoria contínua 
dos seus processos e produtos. 
 
8.3 ‐ Controle de Produto não conforme  a empresa mede e monitora para verificar se os 
requisitos  estão  atendidos.  Quando  os  resultados  não  são  alcançados  conforme  planejados, 
devem ocorrer as devidas correções, executando‐se as ações corretivas necessárias para esse 
fim. No caso de produtos e serviços não conformes, a empresa deve identificar e controlar no 
intuito de evitar o uso ou entrega indevida. 
 
8.4  –  Análise  de  dados    a  empresa  deve  fazer  a  investigação  das  causas  das  não‐
conformidades e buscar soluções para eliminar causas reais e potenciais. 
 
8.5 ‐ Melhoria  A empresa deve sempre buscar a melhoria contínua de seus processos para 
eliminar qualquer falha em seus produtos e serviços. 
Estas  melhorias  são  efetuadas  utilizando  as  ferramentas  que  vimos:  política  da  qualidade, 
objetivos, auditorias e seus resultados, análise dos indicadores e demais dados que a empresa 
possua ou venha a criar, análises críticas da alta administração e, por fim, das ações corretivas 
e preventivas tomadas. 
 
8.5.1  –  Melhoria  Contínua    a  empresa  deve  procurar  sempre  a  melhoria,  registrando 
formalmente todas as etapas dos seus processos. 
 
8.5.2 ‐ Ações Corretivas  as ações corretivas eliminam as não‐conformidades encontradas, 
evitando futuras repetições. 
 
8.5.3 ‐ Ações Preventivas  as ações preventivas eliminam as causas de não‐conformidades 
potenciais (que ainda não ocorreram), evitando a sua ocorrência. Elas podem ser detectadas 
devido a tendências encontradas na análise de dados. 
 
Observação:  Quando  algum  requisito  da  norma  não  pode  ser  aplicado  devido  a  natureza  da 
empresa  e  dos  seus  produtos/serviços,  basta  que  a  empresa  que  esteja  requerendo  a 
certificação,  exclua  este  requisito,  inclusive  explicando  o  motivo  da  exclusão  em  sua 
documentação. 

27 
 
5.4 Implementação da ISO 9001 

Para que a empresa implemente o sistema de gestão da qualidade da norma ISO 9001 e seja 
devidamente certificada, é necessário seguir alguns passos básicos: 

‐ Decisão da Alta administração da empresa por um sistema de gestão da qualidade; 

‐ Criação de um setor de gestão da qualidade (SGQ); 

‐ Elaboração e Divulgação de uma Política da Qualidade; 

‐  Treinamento  e  envolvimento  de  todos  os  funcionários  envolvidos  nos  processos  a  serem 
certificados; 

‐ Formação de auditores internos da qualidade; 

‐ Auditoria Interna da qualidade; 

‐ Pré‐Auditoria com uma empresa certificadora; 

‐ Auditoria de Certificação (auditoria externa). 

Importante salientar que  a auditoria externa se repetirá, geralmente, a cada  ano, sendo que 


após três anos de certificação da empresa, o sistema de gestão da qualidade será reavaliado 
para que o certificado seja renovado. 

28 
 
Referências 

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 
HARRINGTON, H. J. A implementação da ISO 14000: como atualizar o sistema de gestão 
ambiental com eficácia. São Paulo: Atlas, 2001. 
MELLO, Carlos Henrique Pereira. ISO 9001:2000 – Sistema de Gestão da Qualidade para 
Operações de Produção e Serviços, 1ª edição, editora Atlas, 2007. 

29 
 
 

ANEXOS 
Normas internacionais 
ISO 26000: Uma Análise da Norma Internacional de
Responsabilidade Social
Cristiana Malfacini Melo1 Prof. Eduardo Rodrigues Gomes, Ph. D.2
cmmelo@inmetro.gov.br gomeser@uol.com.br
1 Universidade Federal Fluminense (UFF), Laboratório de Tecnologia, Gestão de Negócios e Meio Ambiente
(LATEC), Centro Tecnológico - Niterói, RJ, Brasil
2 Universidade Federal Fluminense (UFF), Laboratório de Tecnologia, Gestão de Negócios e Meio Ambiente
(LATEC), Centro Tecnológico - Niterói, RJ, Brasil

RESUMO
A Responsabilidade Social vem se configurando, cada vez mais, como um modelo de gestão que
confere às organizações diferenciais competitivos. Neste sentido, organizações de todos os tipos estão
cada vez mais preocupadas em atingir e demonstrar desempenhos ambientais, econômicos e sociais
de forma consistente com práticas reconhecidas no mercado. Com este objetivo, várias ferramentas
de gestão têm sido criadas, estando entre elas a norma internacional de Responsabilidade Social, a
ISO 26000, que se encontra em processo de construção. A ISO 26000 se constitui numa potencial
referência mundial em relação ao tema Responsabilidade Social. Diante deste contexto, torna-se
importante fazer uma análise de seu esboço, uma vez que a mesma tende a universalizar definições,
conceitos, práticas e maneiras de se implementar a Responsabilidade Social em organizações de
diferentes países. O presente estudo tem como objetivo analisar as possíveis limitações e benefícios da
ISO 26000, além da inclusão do princípio “engajamento das partes interessadas” em seu conteúdo.
Palavras-Chave: Responsabilidade Social. Normalização. ISO 26000.

ABSTRACT
Corporate Social Responsibility has been more and more associated to competitive advantage. Hence,
organizations are increasingly concerned about reaching and demonstrating environmental, economic
and social performances which are consistent with recognized business practices. For that purpose,
many management tools have been and are yet being created among them International Standard for
Social Responsibility, ISO 26000, which is still under development. The ISO 26000 Guidance
Standard represents a possible international reference in relation to Social Responsibility. Within this
context, it becomes important to analyze its development, since it leads to a universalization of
definitions, concepts, practices and ways to implement Social Responsibility in organizations from
different countries. The present study aims to analyze its possible limitation and benefits and the
incorporation of principle “stakeholders engagement” by ISO 26000 standard.
Keywords: Social Responsibility. Standardization. ISO 26000

1. INTRODUÇÃO

1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA


O desenvolvimento técnico-científico, nas últimas décadas, tem gerado grandes
conquistas. No entanto, a sociedade global vem constatando um aprofundamento das
desigualdades sociais e dos impactos no meio ambiente. Uma reflexão a respeito do modelo
de desenvolvimento atual, portanto, torna-se necessária. Diante deste cenário, uma prática
III SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia 2

“socialmente responsável” ganha espaço na gestão dos negócios, colocando as pessoas no


centro dos processos e preconizando um novo modelo de gestão.

A Responsabilidade Social é uma forma de conduzir os negócios da empresa de tal


maneira que a torna parceira e co-responsável pelo desenvolvimento social. A
empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os
interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviço,
fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio ambiente) e consegue
incorporá-los no planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de
todos e não apenas dos acionistas ou proprietários (BICALHO, 2003: 369)

A gestão com Responsabilidade Social prioriza a relação da organização com suas


partes interessadas (público interno, fornecedores, clientes, comunidade de entorno, entre
outros), visando o desenvolvimento sustentável. Esta premissa desperta o apoio da sociedade,
gerando, portanto, a obtenção de diferenciais competitivos para as organizações que adotam
este modelo de gestão.
Neste sentido, as organizações estão cada vez mais preocupadas em atingir e
demonstrar desempenhos ambientais, econômicos e sociais de forma consistente com práticas
reconhecidas no mercado. Com este objetivo, várias ferramentas de gestão da
Responsabilidade Social têm sido criadas, dentre elas a norma internacional ISO 26000, que
se encontra atualmente em processo de construção.

1.2 FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA


Normas técnicas internacionais, em geral, são utilizadas por grande parte das
organizações, devido à credibilidade de seus critérios técnicos e processos de construção.
Sendo assim, as mesmas obtêm grande adesão e acabam sendo indutoras de novas formas de
gestão que podem influenciar substancialmente a rotina das organizações. Uma norma
internacional deve ser o resultado de um consenso entre a maioria dos países. No caso de
uma norma de Responsabilidade Social, cabe ressaltar que as diferentes realidades entre os
países - culturais, econômicas, sociais e legais – problematizam sobremaneira a construção
deste tipo de instrumento normativo.

1.3 OBJETIVOS DO ESTUDO


Este trabalho tem como objetivo a análise das seguintes questões:
• Inclusão do “engajamento das partes interessadas (stakeholders)”, princípio típico
da Responsabilidade Social, no conteúdo da ISO 26000;
• Possíveis limitações e benefícios da ISO 26000, uma vez que a mesma tem o
desafio de buscar um consenso sobre a gestão socialmente responsável em nível
internacional.

1.4 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO


O estudo foi estruturado, principalmente, a partir do tema gestão da Responsabilidade
Social e está limitado à análise do conteúdo da ISO 26000 – descrita por meio de documentos
oficiais gerados pelo grupo de trabalho de elaboração da mesma (Resolution ISO/TMB
35/2004, New Work Item Proposal on Social Responsibility; ISO/TMB/WG SR N 49 e
ISO/TMB/WG SR N 29).
III SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia 3

A análise do conteúdo da elaboração da futura ISO 26000 é limitada à verificação da


inclusão do princípio típico da Responsabilidade Social “engajamento das partes interessadas
(stakeholders)” e à relação das possíveis limitações e benefícios que a ISO 26000 pode gerar.

1.5 IMPORTÂNCIA DO ESTUDO


A importância de se fazer uma análise do conteúdo da ISO 26000 justifica-se pelo fato
da mesma poder vir a universalizar definições, conceitos, práticas e maneiras de se
implementar a Responsabilidade Social em organizações de diferentes países, com culturas
eminentemente locais.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 O ENGAJAMENTO DAS PARTES INTERESSADAS


Segundo Duarte & Torres (2005), como a questão do lucro e da produtividade eram
prioridades absolutas, era de esperar que a única parte interessada no passado fosse o
acionista. Com isso, o público mais importante para as organizações eram seus shareholders,
aqueles que investiam e aguardavam os lucros oriundos do negócio da empresa.
Em virtude da modificação estrutural da maneira de fazer negócios, a questão de quem
ou quais grupos precisam ser considerados - quando se está em jogo a sobrevivência
organizacional - deve ser amplamente estudada. Para atingir esse modelo de gestão
responsável, torna-se essencial que a organização conheça e entenda seus parceiros, a
mudança que estes vivenciam e a dinâmica dessa relação. Cada parceiro interage e exerce
uma influência na organização que deve ser identificada e analisada por ela.
Daft (1999) afirma que a Responsabilidade Social de uma organização deve considerar
todas as relações e práticas existentes entre as chamadas “partes interessadas ligadas à
organização” (stakeholders) e o ambiente ao qual pertence.
Lara & Pinto (2004) conceituam stakeholders como pessoas ou grupos que têm ou
reivindicam posse, direitos ou interesses em uma organização.
Duarte & Torres (2005) afirmam que a capacidade da organização estabelecer uma
comunicação aberta, eficaz, ética e transparente com seus parceiros é tão importante quanto a
alta produtividade e a capacidade de inovação tecnológica.
Assim, segundo Roddick (2002) uma empresa globalizada – mundial ou não – é
aquela que tem uma visão do todo – de si mesma, das pessoas que trabalham nela e do mundo
que está ao seu redor.

2.2. A GESTÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL COMO UM DIFERENCIAL


ESTRATÉGICO PARA AS ORGANIZAÇÕES
Além dos diversos estudos e debates em torno da Responsabilidade Social, outro
aspecto bastante discutido são os motivos que levam uma organização a agir de forma
socialmente responsável. Bicalho (2003) chega a afirmar que padrões de qualidade, preços
competitivos e marketing diferenciado não garantem mais a perpetuação da empresa no
mercado.
Ashley (2002) ressalta que, ligada a esse modo de pensar, está a conscientização, por
parte das organizações, do crescente poder de mobilização da sociedade civil para demandar
das empresas atitudes éticas e responsáveis e afetar negativamente a empresa quando o
público percebe procedimentos que não estão de acordo com os padrões de ética exigidos.
III SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia 4

Neste sentido, a empresa precisaria ser socialmente responsável porque a cobrança da


sociedade civil atingiu níveis sem precedentes e a empresa precisa manter sua boa imagem
perante o público, sob pena de perder seus consumidores.
Uras (1999) afirma que a Responsabilidade Social deve ser focada na gestão
empresarial, cada vez mais, não somente pelas considerações de natureza ética, mas também
pelo fato de se constituir um bom negócio. Segundo Bicalho (2003), dentre as vantagens
obtidas pela organização, destacam-se os benefícios mercadológicos e de imagem. Outra
questão relevante em suas argumentações é de que uma empresa que deseja ter uma imagem
pública positiva deve demonstrar interesse pelos objetivos sociais da comunidade.

3. A NORMA ISO 26000

3.1 INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARTIZATION (ISO)


A International Organization for Standardization (ISO) foi criada oficialmente em
1947, por uma iniciativa de 25 países, com o objetivo de facilitar a coordenação e unificação,
no âmbito internacional, de normas industriais. Sediada em Genebra, a ISO se constitui,
atualmente, na maior organização do mundo de desenvolvimento de normas técnicas
internacionais. É uma organização não governamental, integrada pelos principais organismos
nacionais de normalização, tendo um representante por país, contando, atualmente, com 153
membros.
A Organização Mundial do Comércio (OMC) possui uma parceria estratégica com a
ISO, no sentido de promover um sistema mundial de comércio em bases igualitárias. Os
signatários do Acordo sobre Barreiras Técnicas ao Comércio (TBT) se comprometeram a
promover e utilizar normas internacionais do tipo das desenvolvidas pela ISO, que
proporcionam uma linguagem técnica comum entre fornecedores e clientes.
As normas das famílias ISO 9000 (sistemas de gestão da qualidade) e ISO 14000
(sistemas de gestão ambiental) estão entre as mais amplamente conhecidas e bem sucedidas
normas já elaboradas. As normas ISO 9000 se tornaram uma referência internacional para os
requisitos de qualidade e as normas ISO 14000 ajudam as organizações a vencerem seus
desafios ambientais.

3.2 O HISTÓRICO DA ISO 26000


Segundo Ursini & Sekiguchi (2005), com base na demanda mundial sobre o tema
Responsabilidade Social, o Conselho da ISO convidou seu Comitê de Política do Consumidor
(COPOLCO), em maio de 2001, a considerar a viabilidade de normas internacionais nessa
área. Após um ano de estudo, o COPOLCO sugeriu ao Technical Management Board da ISO
(ISO/TMB) - comitê técnico que delibera as principais resoluções da ISO - que fosse criado
um grupo de especialistas no tema, encarregado de recomendar à ISO se ela deveria ou não
prosseguir na elaboração de uma norma de Responsabilidade Social. Este grupo foi
denominado Strategic Advisory Group (SAG).
O SAG finalizou em abril de 2004 o relatório Working Report on Social Responsibility
após uma série de pesquisas, discussões e reuniões em âmbito internacional. Esse relatório
buscou trazer o estado da arte da Responsabilidade Social no mundo e os principais pontos a
serem considerados pela ISO nesta área. Foram destacados os dois aspectos abaixo:
• Tópicos relacionados à normalização da Responsabilidade Social: necessidade ou
não da normalização; custos e benefícios; iniciativas já existentes neste campo;
integração dos aspectos ambientais, econômicos e sociais; integração dos
III SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia 5

instrumentos legais e outros requisitos; normalização de processos ou desempenho


e aplicação de normas e Responsabilidade Social nos diversos setores;
• Capacidade da ISO desenvolver um trabalho na área de Responsabilidade Social:
discussão sobre a competência da ISO para desenvolver uma norma de
Responsabilidade Social; qual o conhecimento que a ISO deveria desenvolver
nesse campo; quais partes interessadas deveriam ser envolvidas no processo; como
a ISO deveria relacionar-se com as demais iniciativas existentes no campo da
Responsabilidade Social e outras questões.
A partir das contribuições do SAG, decidiu-se realizar a Conferência Internacional da
ISO sobre Responsabilidade Social, que ocorreu em Estocolmo, Suécia, em junho de 2004.
Esta Conferência teve por objetivo discutir os pontos apresentados pelo SAG e aprofundar o
debate com a comunidade internacional e países membros, visando a construção de um
consenso em relação à Responsabilidade Social e sua normalização. Participaram desta
conferência cerca de 350 pessoas de 66 países, incluindo 33 países em desenvolvimento,
representantes de diversas partes interessadas, como institutos de normalização, empresas,
governos, trabalhadores, consumidores, acadêmicos, organizações não governamentais, entre
outros. Após a Conferência Internacional de Estocolmo, o ISO/TMB estabeleceu a Resolução
ISO/TMB 35/2004, na qual confirmou a recomendação do SAG sobre a necessidade do
desenvolvimento de uma norma que apresentará diretrizes, escrita em linguagem de fácil
entendimento, sem ser um documento de requisitos (voltado para certificação). Reconheceu,
ainda, a complexidade do tema e a necessidade de se reforçar as declarações da Organização
das Nações Unidas e da Organização Internacional do Trabalho, assim como outras iniciativas
voluntárias existentes nesse campo. Ressaltou, entre outros assuntos, a necessidade da intensa
participação internacional, de diversas partes interessadas e, especialmente, de esforços da
ISO para facilitar a participação de experts de países em desenvolvimento, organizações não
governamentais, consumidores e demais grupos com recursos limitados.
Finalmente a resolução informou que os trabalhos deveriam ser liderados por uma
parceria entre um país desenvolvido e um país em desenvolvimento, no sistema de condução
denominado twinning. O ISO/TMB elaborou uma proposta formal de desenvolvimento da
norma de diretrizes internacional de Responsabilidade Social, o New Work Item Proposal on
Social Responsibility e submeteu à votação de todos os seus países membros. Foi definido
então que o grupo responsável pela coordenação mundial dos trabalhos, o Grupo de Trabalho
de Responsabilidade Social da ISO (ISO/TMB WG) seria liderado em conjunto pelas
entidades normalizadoras de um país industrializado (o Instituto Sueco de Normalização ou
SIS - Swedish Standards Institute) e de um país “em desenvolvimento” (a ABNT –
Associação Brasileira de Normas Técnicas). Assim, em decisão histórica, juntamente com a
Suécia, o Brasil passou a presidir e secretariar de maneira compartilhada o ISO/TMB WG de
Responsabilidade Social da ISO. Inaugurou-se, com isso, o processo de elaboração da
chamada “terceira geração de normas”, após as séries ISO 9000 (gestão da qualidade) e ISO
14000 (gestão ambiental). A previsão é que a ISO 26000 – numeração adotada para a norma
de Responsabilidade Social – esteja concluída em 2008.

3.3 AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA ISO 26000


O Grupo de Trabalho de Responsabilidade Social da ISO (ISO/TMB WG) é
constituído por mais de 360 experts e observadores de mais de 60 países. Os experts e
observadores participam do processo de construção da ISO 26000 de duas formas – por meio
de delegações nacionais ou das chamadas organizações D-liaison. As delegações nacionais
são compostas por representantes das seguintes partes interessadas da sociedade:
III SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia 6

consumidores, empresas, governo, organizações não governamentais, trabalhadores e outros.


Já as organizações D-liaison são relevantes organizações internacionais ou regionais, como
por exemplo: Consumers International, OIT (Organização Internacional do Trabalho), Pacto
Global da ONU (Organização das Nações Unidas), entre outros.
O ISO/TMB WG realizou, até o presente momento, três reuniões que aconteceram,
respectivamente, no Brasil, Tailândia e Portugal. Estas reuniões definiram as principais
resoluções a respeito da ISO 26000. Seguem abaixo as principais características desta norma:

• será uma norma de diretrizes, sem propósito de certificação;


• não terá caráter de sistema de gestão;
• não reduzirá a autoridade governamental;
• será aplicável a qualquer tipo e porte de organização (empresas, governo,
organizações não governamentais, etc);
• será construída com base em iniciativas já existentes (não será conflitante com
tratados e convenções existentes);
• enfatizará os resultados e melhoria de desempenho;
• prescreverá maneiras de se implementar a Responsabilidade Social nas
organizações;
• promoverá a sensibilização para a Responsabilidade Social.

A estrutura geral da ISO 26000 também chegou a ser definida. A figura a seguir ilustra
a mesma.
III SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia 7

ISO 26000

0. Introdução (destacando o propósito da norma)

1. Escopo (abrangência, aplicabilidade e projeto)

2. Referências Normativas (documentos que deverão ser lidos em conjunto com a norma)

3. Termos e definições (termos e definições utilizados ao longo da norma)

4. O contexto da Responsabilidade Social no qual as organizações operam (contexto histórico e


contemporâneo da Responsabilidade Social)

5. Princípios de Responsabilidade Social relevantes a todas as organizações (esta seção identificará os


princípios de Responsabilidade Social e trará um guia sobre estes princípios)

6. Diretrizes em temas principais da Responsabilidade Social (esta seção trará os principais temas da
Responsabilidade Social que a ISO 26000 deverá englobar).

7. Diretrizes para as organizações na implementação da Responsabilidade Social (esta seção trará um


guia prático para implementação e integração da Responsabilidade Social na organização, incluindo,
por exemplo, políticas, práticas, abordagens, identificação de temas relevantes, avaliação da
performance, relatório/balanço social e comunicação)

8. Anexos

9. Bibliografia

Figura 1: Estrutura Geral da ISO 26000


Fonte: Adapt. International Organization for Standardization - ISO/TMB/WG SR N 49 [2005] p.1.

O ISO/TMB WG constituiu subgrupos específicos para a elaboração dos capítulos da


ISO 26000. Os textos dos capítulos encontram-se, atualmente, em desenvolvimento. A
previsão é que um esboço geral dos mesmos seja apresentado na próxima reunião do
ISO/TMB WG, a ser realizada no início de 2007, na Austrália.

4 ANÁLISE CRÍTICA

4.1 A QUESTÃO DA NORMALIZAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL


Segundo Barbieri & Cajazeiras (2005), a normalização é o processo de formular e
aplicar normas para acesso sistemático a uma atividade específica, visando o benefício e com
a cooperação de todas as partes interessadas na atividade. Sendo um importante elo entre uma
atividade e os seus impactos na sociedade, a normalização deve estar pautada no
conhecimento ético, contribuindo para a economia e o livre comércio e deve acompanhar o
progresso da humanidade. Ainda segundo Barbieri & Cajazeiras (2005), os objetivos da
normalização são a simplificação, intercâmbio, comunicação, adoção racional de símbolos e
códigos, economia geral, segurança, defesa do consumidor e eliminação de barreiras
comerciais.
III SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia 8

Diante das afirmações citadas acima, verifica-se que a normalização da


Responsabilidade Social visa à padronização de definições, conceitos, práticas e maneiras de
implantação nas organizações – um desafio de grande porte, uma vez que a Responsabilidade
Social possui uma complexidade que lhe é intrínseca, já que está pautada na relação da
organização com seus diversos públicos (clientes, público interno, fornecedores, governo e
comunidade). É importante acrescentar que a ISO 26000 deve ser resultado de um consenso
entre países que possuem diferenças culturais, econômicas e legais, fator que tende a dificultar
seu processo de elaboração. Porém, a proposta de prover orientação a todas as organizações
que buscam a gestão socialmente responsável faz com que a norma - ainda em fase de
construção - seja uma potencial referência mundial.

4.2 ANÁLISE DA INCLUSÃO DO “ENGAJAMENTO DAS PARTES INTERESSADAS”


NO CONTEÚDO DA ISO 26000
O subgrupo do ISO/TMB WG responsável pela elaboração dos capítulos “Escopo”,
“Termos e Definições”, “O contexto da Responsabilidade Social no qual as organizações
operam” e “Princípios de Responsabilidade Social relevantes a todas as organizações” -
demonstra, conforme o relatório ISO/TMB/WG SR N 29, que a questão referente ao
engajamento das partes interessadas possuirá um grande destaque na ISO 26000.
Em relação à definição, o subgrupo conceitua stakeholders como “todas as partes que
afetam ou são afetadas pela atividade da organização, como associações empresariais,
representantes de trabalhadores, associações de consumidores, organizações não
governamentais, organizações internacionais, autoridades públicas e acadêmicos”. O
subgrupo esclarece que stakeholders podem ser pessoas, grupos ou organizações. O subgrupo
ressalta, ainda, que os stakeholders podem ser classificados em diferentes tipos. A
classificação mais comum é a que faz uma diferenciação entre “stakeholders primários” – que
têm uma relação direta com a organização, tais como empregados, investidores, comunidade,
etc – e “stakeholders secundários” – que têm uma relação de caráter prioritariamente indireto
com a organização, tais como mídia, acadêmicos, organizações internacionais, etc. Outra
diferenciação comum é entre “stakeholders internos” - tais como empregados e investidores -
e “stakeholders externos” - tais como comunidade e consumidores.
O subgrupo também sugere que se apresente na norma a definição de “falsos
stakeholders”, como organizações que não representam genuinamente os stakeholders que
deveriam ou que não representam nenhum interesse legítimo. A definição de “stakeholders
substitutos” também é sugerida para as organizações que possam representar stakeholders que
não estão organizados ou não são capazes de ser engajados, como por exemplo: o meio
ambiente, os animais, as crianças, as gerações futuras, etc.
Em relação à identificação de stakeholders, o subgrupo define tal atividade como “o
processo por meio do qual uma organização reconhece seus stakeholders”. O subgrupo
salienta, também, que o processo de identificação de stakeholders deve ser mútuo e interativo,
permitindo que os stakeholders também se identifiquem como tal, não ficando apenas a cargo
da organização identificá-los.
O subgrupo também esclarece que a recomendação para o engajamento de
stakeholders deve ir muito além do simples contato da organização com seus stakeholders. O
engajamento deve ser uma “via de mão-dupla” entre a organização e seus stakeholders, ou
seja, um espaço para o intercâmbio de pontos de vista, esclarecimento de expectativas,
tratamento de diferenças, criação de soluções e construção de confiança.
III SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia 9

Por fim, o subgrupo reforça que a norma deva fornecer diretrizes e ferramentas sobre
como a organização deve analisar o resultado do engajamento de stakeholders para
determinar o que é relevante para ela. A norma também deve atentar que alguns stakeholders
têm expertises que podem ser utilizadas pela organização de maneira construtiva e rentável.
Diante todas as considerações expostas a respeito do princípio “Engajamento das
partes interessadas”, conclui-se que este importante princípio será plenamente considerado e
fomentado pela futura norma ISO 26000.

4.3 ANÁLISE DAS POSSÍVEIS LIMITAÇÕES E BENEFÍCIOS DA ISO 26000


Após o estudo das principais características do esboço da ISO 26000 – com base nos
documentos oficiais gerados pelo grupo de trabalho de elaboração da mesma (Resolution
ISO/TMB 35/2004, New Work Item Proposal on Social Responsibility; ISO/TMB/WG SR N
49 e ISO/TMB/WG SR N 29) – foi possível fazer uma análise das possíveis limitações e
benefícios da futura norma internacional de Responsabilidade Social.

4.3.1 POSSÍVEIS LIMITAÇÕES DA ISO 26000


Redução do patamar desejável da gestão com Responsabilidade Social
Conforme afirmado por Ursini & Sekiguchi (2005), o processo de construção de uma
norma internacional requer o consenso de vários países. Sendo assim, a norma corre o risco de
ser genérica demais, acarretando, portanto, a redução do patamar desejável da gestão com
Responsabilidade Social.
Não adesão por parte das pequenas e médias empresas
O processo de adequação a uma norma internacional é geralmente custoso, o que pode
acarretar a não adesão por parte das pequenas e médias empresas, bem como provocar
aumento nos custos de produtos e serviços, que seriam repassados aos preços para o
consumidor final.
Motivação para adesão sendo estritamente comercial
O cenário atual vem demonstrando que as organizações precisam ter uma postura
socialmente responsável, em virtude da crescente cobrança da sociedade civil. Desta forma,
algumas poderão buscar a manutenção de uma boa imagem perante o público - sob pena de
perder seus consumidores – adotando a ISO 26000 por motivos estritamente comerciais,
burocratizando, assim, a temática – conforme alertado por Ursini & Sekiguchi (2005) – e não
gerando reflexões mais profundas de mudanças de valores, comportamentos e,
consequentemente, do modelo de gestão das organizações.
Dificuldade em comprovar a adesão à ISO 26000
Conforme mencionado anteriormente, foi estabelecido que a ISO 26000 será uma
diretriz, não sendo, portanto, uma norma certificável. As organizações que desejarem
demonstrar estar em conformidade com a mesma, enfrentarão, certamente, dificuldades em
comprovar a adesão à norma, já que ela não possui um formato voltado para a auditabilidade.
Isso pode acarretar a diminuição do interesse das organizações em adotar a ISO 26000, uma
vez que muitas delas gostariam de comprovar para a sociedade que estão em conformidade
com o que ela preconiza, principalmente para obterem diferenciais competitivos.
III SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia 10

4.3.2 POSSÍVEIS BENEFÍCIOS DA ISO 26000


A consolidação de um documento com credibilidade internacional
A ISO 26000 será concluída pela maior organização normalizadora em nível
internacional, composta por 153 países-membro, que detém a adesão de mais de seiscentas
mil organizações nos padrões ISO 9001 e 14001.
Convém destacar também o esforço da ISO em garantir um processo de elaboração
representativo para a ISO 26000, com a busca do equilíbrio da participação dos países – nos
cargos de coordenação dos grupos-tarefa – tanto em termos geográficos quanto econômicos. É
importante ressaltar a consideração pela busca do equilíbrio de gênero, entre homens e
mulheres, além da preocupação das classes de stakeholders (indústria, governo, organizações
não governamentais, representantes de consumidores e da classe dos trabalhadores) estarem
representadas por país. A participação de organismos multilaterais como a Organização das
Nações Unidas (ONU), a Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico
(OCDE), além da parceria da ISO com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) – que
define a cooperação entre as organizações no sentido de garantir que a ISO 26000 seja
consistente e complementar aos padrões internacionais da OIT – são fatores que também
garantem toda uma credibilidade ao processo de construção da norma.
Simplificação do entendimento e da implementação da Responsabilidade Social
Ratificando o que foi afirmado por Ursini & Sekiguchi (2005), o excesso de normas,
padrões, metodologias e referências nacionais e internacionais em Responsabilidade Social,
acaba confundindo e gerando pouca eficácia para as organizações. Assim, um padrão
internacional ISO poderia tornar-se um grande mapa referencial e integrador mundial das
principais ferramentas de Responsabilidade Social.
Disseminação da conscientização
A adesão à ISO 26000 acarretará a disseminação dos princípios da Responsabilidade
Social, bem como as maneiras de se implementar a mesma. Sendo assim, a norma
possibilitará a diferenciação entre filantropia e Responsabilidade Social, conceitos distintos
ainda muito confundidos.
O principal benefício, porém, consiste na possibilidade da formação de novos valores,
que serão propagados não só na organização como também em toda cadeia de fornecedores,
clientes, comunidade de entorno e sociedade. Desta forma, a ISO 26000 poderá ser um grande
instrumento para a disseminação - em nível internacional - da conscientização de uma gestão
com princípios éticos, que leve em consideração os stakeholders da organização e promova o
desenvolvimento sustentável.

5. CONCLUSÕES

5.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS


O presente estudo conclui que o esboço da ISO 26000 contempla em seu conteúdo “o
engajamento das partes interessadas” – princípio típico da Responsabilidade Social -
conforme demonstrado no capítulo referente à análise crítica. A presença deste princípio na
ISO 26000 demonstra um esforço em garantir à mesma a manutenção de uma das principais
características da gestão socialmente responsável, fator de extrema importância, uma vez que
a norma se constitui numa potencial referência mundial.
III SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia 11

Em relação às possíveis limitações da ISO 26000, verifica-se a necessidade de um


monitoramento para que a norma não seja genérica demais, já que a mesma será fruto de um
consenso de vários países, com diferentes realidades econômicas, culturais, sociais e legais.
Um outro ponto que merece atenção é o cuidado com a inserção de práticas, na ISO 26000,
que possam ser inviáveis de serem implantadas nas pequenas e médias empresas, ou que
possam aumentar de maneira significativa o custo dos produtos e serviços. Quanto aos
possíveis benefícios que a ISO 26000 pode vir a acarretar, pode-se considerar como um dos
principais a disseminação dos princípios da Responsabilidade Social, bem como as maneiras
de se implementar a mesma, fatores que contribuem para a formação de novos valores a
serem propagados nas organizações e nos seus respectivos stakeholders.

5.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS


A certificação, atualmente, é o mecanismo de avaliação da conformidade mais
demandado pelo mercado internacional, uma vez que proporciona visibilidade, confiabilidade
e, em muitos casos, a transposição de barreiras não-tarifárias.
As organizações que aderirem a ISO 26000 enfrentarão, certamente, dificuldades em
comprovar a adesão à norma, já que ela não é certificável; isto é; não possui um formato
voltado para a auditabilidade. Esse fato poderá se constituir num problema, uma vez que
muitas organizações irão querer comprovar que estarão em conformidade com o que a ISO
26000 preconiza, principalmente por questões comerciais. Um estudo, portanto, poderia ser
realizado para identificar como esta questão poderia ser solucionada.

6.REFERÊNCIAS

ASHLEY, P.A. et al. Ética e responsabilidade social nos negócios. São Paulo: Saraiva, 2002.

BARBIERI, J.; CAJAZEIRA, J. ISO 26.000 – Barreira não tarifária ou comércio justo? In:
ENCONTRO GESTÃO DO MEIO AMBIENTE – ENGEMA, 2005. USP; FGV/EAESP, Rio de
Janeiro: Anais eletrônicos... ENGEMA, 2005. 1 CD-ROM.

BICALHO, A.G.D. et al. Responsabilidade social das empresas e comunicação. In:


RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS: A CONTRIBUIÇÃO DAS
UNIVERSIDADES, São Paulo: Peirópolis, 2003.

DAFT, R. L. Administração. Rio de Janeiro: LTC, 1999.

DUARTE, C.O.S.; TORRES, J. Q. R. Responsabilidade social empresarial: dimensões


históricas e conceituais. In: RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS: A
CONTRIBUIÇÃO DAS UNIVERSIDADES, São Paulo: Peirópolis, 2005.

INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION – ISO. ISO/TMB/WG SR


N 29. Disponível em: www.iso.org/sr. Acesso em 12/ 2005.

INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION – ISO. ISO/TMB/WG SR


N 49, disponível em www.iso.org/sr. Acesso em 12/ 2005a.

INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION – ISO. New work item


proposal, Switzerland, 2004.
III SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia 12

INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION – ISO. Technical


management board resolution 35/2004, Stockholm, 2004a.

INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. Working report on social


responsibility. ISO Advisory Group on Social Responsibility, Stockholm, 2004b.

LARA, J. E.; PINTO, M. R. A cidadania corporativa como uma orientação de marketing: um


estudo no varejo. Revista RAE, São Paulo, v. 44, Edição Especial Minas Gerais, 2004.

RODDICK, A. Meu jeito de fazer negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

URAS, F. P. A responsabilidade social é um bom negócio? O Estado de São Paulo de


25/08/1999.

URSINI, T.R.; SEKIGUCHI, C. Desenvolvimento sustentável e responsabilidade social: rumo à


terceira geração de normas ISO. In: UNIEMP INOVAÇÃO: INOVAÇÃO E
RESPONSABILIDADE SOCIAL, São Paulo: Instituto Uniemp, 2004.
Certificação Ambiental: Análise dos benefícios econômicos, sociais e ambientais
gerados às empresas.
Environmental Certification: Analysis of economical, social and environmental
benefits generated to companies.

Jurandir Savi
Graduado em Ciências Contábeis - CEALPA – Lucélia
Mestre em Contabilidade Avançada – UNIMAR – Marília
Doutor em Geografia – UNESP – Presidente Prudente
Vice-Diretor Geral - FAI

Resumo

A preocupação com o meio ambiente, nos últimos anos, vem crescendo tanto nas sociedades
desenvolvidas quanto nas em desenvolvimento. Esta preocupação com a qualidade ambiental pode
manifestar-se principalmente pelo repúdio dos consumidores em adquirir bens que ao longo de seu
ciclo de vida causem degradação ambiental. Nesse sentido, o presente artigo visa apresentar uma
discussão acerca dos benefícios econômicos, sociais e ambientais que a implantação de um sistema
de gestão ambiental poderá proporcionar às empresas.

Palavras-chave

Certificação, Gerenciamento Ambiental , ISO 14000

Abstract

In the past years the concern with the environment has grown both in developed and in developing
cultures. This concern with environmental quality may take place through consumers’ despise when
purchasing products which will cause environmental degradation throughout their lifetime. For that
reason, this paper aims to present a discussion on economical, social and environmental benefits
that the implementation of environmental management can provide companies with.

Key-words

Certification, Environmental Management, ISO 14000


Introdução

A apresentação de indicadores de desempenho ambiental é importante no processo


de fornecer informações ao público externo, à medida que o processo de
transparência passa pela padronização e utilização deste tipo de indicador, os quais
permitem sintetizar as informações quantitativas e qualitativas relativas a seu
desempenho ambiental. (TINOCO; KRAEMER, 2004, p.271)

Atualmente, vivemos em uma sociedade descartável, totalmente voltada ao consumo. Os prejuízos


ambientais, são bastante grandes, e a degradação ambiental decorrente de algumas atividades ainda
caminha sem a percepção da sociedade. A tomada de medidas remediativas e, principalmente,
preventivas em prol do meio ambiente é imprescindível.

O atual cenário tem sua origem nos primórdios da civilização humana, quando o homem deixa a
vida nômade, na qual vivia apenas da caça, pesca e de frutos de cada estação, e passa a viver em
locais fixos. A partir daí, o homem àquele relacionamento relativamente harmonioso com o meio
natural e passa a gerar resíduos decorrentes da alteração de seu modo de vida.. Com o
estabelecimento das aglomerações urbanas e o aumento populacional, os problemas ocasionados
pelos resíduos são potencializados. (SAVI, 2005)

Neste sentido, Tinoco; Kraemer (2004) ressaltam que a crescente concorrência que o mundo
vivencia, face às expectativas dos clientes, cada vez mais exigentes, não se restringe à procura de
determinado nível de qualidade ao menor custo. A informação e consciência ambiental têm feito
com que estejam predispostos a consumir produtos que respeitem o meio ambiente. Atentos a isso,
várias empresas têm, cada vez mais, se preocupado em atingir e demonstrar um desempenho
satisfatório em relação ao meio ambiente.

Para tratar destas questões, diversas conferências e organizações internacionais vêm promovendo a
conscientização ambiental e buscando soluções. Esses movimentos surgiram por volta da década de
60, sendo que os de maior enfoque ao tema, ocorreram na década de 90, conforme destacamos
abaixo:

Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO 92) - 1992 - Rio de
Janeiro: Criação da Agenda 21 - plano de ação que abrange diversos setores da sociedade
distribuídos em seus quatro 4 capítulos: 1. Dimensões econômicas e sociais (cooperação
internacional, combate à pobreza, mudança nos padrões de consumo, dinâmica
populacional, integração meio-ambiente e desenvolvimento, etc.); 2. Conservação e
gerenciamento dos recursos para o desenvolvimento (proteção dos recursos naturais e gestão
ecologicamente apropriada dos resíduos das atividades humanas); 3. Fortalecimento do
papel dos principais grupos sociais (mulheres, crianças e jovens, povos nativos, ONGs,
trabalhadores, empresários, comunidades científica, agricultores, etc.); 4. Meios de
implementação (recursos financeiros, tecnologia, educação, capacitação, informação e
arranjo institucional internacional, etc.);
Conferência Mundial sobre Direitos Humanos - 1993 – Viena: desenvolvimento deve ser
realizado de modo a satisfazer eqüitativamente as necessidades ambientais e de
desenvolvimento de gerações presentes e futuras;
Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento - 1994 – Cairo: A maior
parte das iniciativas foi dedicada à promoção da educação, à luta contra a aids e à
conscientização a respeito dos direitos humanos e o equilíbrio entre população e meio
ambiente, sendo o de maior relevância, o direito de todos à água potável;
Encontro Mundial sobre Desenvolvimento Social - 1995 – Copenhagen: criação de um
ambiente econômico-político-social-cultural e jurídico que permita o desenvolvimento
social;
Conferência sobre os Assentamentos Humanos (Habitat II) - 1996 - Istambul: Elaboração da
Agenda do Habitat, seu conteúdo é o seguinte: 1. Habitação adequada para todos; 2.
Desenvolvimento sustentável dos assentamentos humanos em um mundo em processo de
urbanização; 3. Capacitação e desenvolvimento institucional; 4. Cooperação e coordenação
internacionais. 5. Implementação da Agenda do Habitat (aplicação nos níveis nacionais,
internacionais; autoridades locais e sociedade civil e avaliação dos resultados);
Conferência sobre Educação Ambiental – 1997 – Nova Delhi, Índia;
Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade – 1998 – Thessaloniki, Grécia:
Educação e Conscientização Pública para a Sustentabilidade.

Dando seqüência à tendência em prol do meio ambiente, a Organização Internacional de


Normalização (ISO) publicou uma série de documentos chamada ISO 14000. (HARRINGTON,
2001). A Série ISO 14000, que compreende um conjunto de normas ambientais, não obrigatórias e
de âmbito internacional, possibilita a obtenção da certificação ambiental, e só pode ser obtida por
uma determinada empresa se a mesma implementar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA).

O SGA, por sua vez, constitui-se num instrumento de gestão que possibilita qualquer dimensão ou
tipo de controle do impacto das atividades de uma organização no meio ambiente, beneficiando a
organização na medida em que promove o melhoramento do desempenho ambiental, bem como o
seu funcionamento interno, principalmente quanto à padronização, comunicação e relacionamento
interno e externo.

Baur (1999, apud Oliveira, 1999), apresenta como benefícios do sistema de gerenciamento
ambiental a garantia para o cliente de um gerenciamento ambiental consistente, a minimização da
possibilidade de acidentes e riscos ambientais, taxa de seguro mais favoráveis, maior
conscientização ecológica entre os colaboradores, fortalecimento da imagem da empresa e
cumprimento de leis e diretrizes corporativas (política e princípios).

Com a formalização do SGA, a organização tem possibilidade de obter resultados econômicos,


principalmente pela redução na geração de resíduos e eliminação de desperdícios em seus
processos. A possibilidade da análise de resultados ambientais em conjunto com resultados
financeiros permite que a empresa estabeleça metas e planos que vislumbrem a melhoria no seu
desempenho global.

Portanto, o presente artigo visa apresentar algumas considerações acerca das vantagens econômicas,
sociais e ambientais decorrentes da obtenção da certificação ISO 14000 pelas empresas, bem como
destacam-se algumas desvantagens enfrentadas pelas empresas que não dão a devida importância
aos aspectos ambientais em seus processos produtivos.
ISO 14000

Os padrões de qualidade surgiram para ajustar a crescente produção, tomando


como base os parâmetros das necessidades dos clientes e dando origem à ISO
9000, que trata dos padrões de qualidade de produtos e serviços em nível
internacional. Dos exportadores, passou-se a exigir a implementação de tais
padrões de qualidade. Posteriormente, surgiu a ISO 14000, estendendo as
exigências do nível de qualidade para o processo de produção, impactos gerados
antes, durante de pois do processo produtivo, interna e externamente, tendo como
foco principal a qualidade do meio ambiente. (RIBEIRO, 1998, p.14-15)

A ISO 14000 é uma norma elaborada pela International Organization for Standardization, com sede
em Genebra, na Suíça, que reúne vários países com a finalidade de criar normas internacionais.
Cada país possui um órgão responsável por elaborar suas normas.

A norma ISO 14000 é uma série de normas e diretrizes que certifica que a empresa possui um
sistema de gestão ambiental, o qual contempla os procedimentos de controle ambiental, seu registro
e divulgação aos órgãos de controle ambiental, ao mercado e à sociedade.

Sua elaboração, por membros representantes de, aproximadamente, 70 países, teve início em 1991,
sendo que sua publicada, de fato, ocorreu em 1996. Podemos dizer que a ISO 14000 foi o motivador
de maior ênfase no interesse pelo controle do impacto ambiental, criando uma nova onda de
atividades dirigidas á melhoria de sistemas de gestão ambiental em todo o mundo.

De acordo com Harrington; Knight (2001, p.31), “ a ISO 14000 define os elementos de um SGA, a
auditoria de um SGA, a avaliação de desempenho ambiental, a rotulagem ambiental e a análise do
ciclo de vida”, sendo distribuídas nas seguintes ISO´s primariamente publicadas, as quais,
hodiernamente, apresentam vários desdobramentos:

ISO 14001 – Sistemas de Gestão Ambiental – Especificações e diretrizes para uso;


ISO 14004 – Sistemas de Gestão Ambiental – Diretrizes Gerais sobre princípios, sistemas e
técnicas de apoio;
ISO 14010 – Diretrizes para auditoria ambiental – Princípios Gerais;
ISO 14011 – Diretrizes para auditoria ambiental – Procedimentos de auditoria – Auditoria
de sistemas de gestão ambiental;
ISO 14012 – Diretrizes para auditoria ambiental – Critérios de qualificação para auditores
ambientais.

A adoção das normas da série ISO 14000 vem, cada vez mais, se tornado instrumento de
competitividade entre as empresas, sobretudo no comércio internacional. Empresas que possuem
SGAs tendem a apresentar maiores chances de conquistar mercados onde as questões ambientais
são relevantes.

No mesmo sentido, no Brasil é crescente o número de empresas interessadas nas normas da série
ISO 14000. Mais de 240 empresas instaladas no País já contam com a certificação, justificada por
motivos diversos, que vão desde legítimas preocupações com a proteção ambiental até o uso como
ferramenta de propaganda local e internacional.

O controle, no Brasil, é efetuado pelo Inmetro, responsável também por fiscalizar as empresas
certificadoras atuantes no território nacional e também por realizar auditorias testemunhas por área
de competência.

Em que pese o caráter de não obrigatoriedade da norma, uma vez definida a adesão às suas
diretrizes, o não cumprimento dos requisitos da ISO 14000 pode determinar o descrédito da
organização acarretando desgastes na imagem e prejuízos institucionais que podem reverter em
perdas econômicas.

Os benefícios que uma empresa pode atingir através da implantação da ISO 14000 é o que vamos
demonstrar através do presente estudo, levando em consideração os aspectos econômicos,
ambientais e sociais.

Aspectos Econômicos

Não há conflito entre lucratividade e a gestão ambiental com responsabilidade


social; ambas podem harmonizar-se na prática. (TACHIZAWA, 2002, p.19)

Nos últimos anos, as atividades econômicas desenvolveram-se sem grandes preocupações com
fatores externos. Hodiernamente, de acordo com Valle; Lage (2003, p.189), “empresários,
autoridades, comunidade, enfim, todo mundo está buscando a mesma coisa, ou seja, empresas e
produtos seguros e ambientalmente corretos.”

Ribeiro (1998, p.3) afirma que “os investidores estão cada vez mais cientes de que a má postura das
empresas, em relação às questões ambientais, pode colocar em risco o retorno das aplicações de
recursos.” Consequentemente, Tachizawa (2002, p.23) destaca que, “o novo contexto econômico
caracteriza-se por uma rígida postura de clientes, voltada à expectativa de interagir com
organizações que sejam éticas, com boa imagem institucional no mercado, e que atuem de forma
ecologicamente responsável.”

Adaptar-se a todas as mudanças relacionadas a sustentabilidade dos recursos naturais, implementar


qualidade ambiental, melhorar o processo produtivo não basta; é necessário demonstrar o que está
sendo feito. Agir certo e demonstrar que está agindo certo é uma questão fundamental.

Exige-se, então, a necessidade de investimento para capacitação de mão-de-obra nos vários níveis
envolvidos e também para eventuais aquisições de tecnologias adequadas. Em se tratando de fluxo
de caixa ou rentabilidade, qualquer investimento de ordem relevante deve merecer cuidados
rigorosos e estudos muito bem analisados, devido ao fato de afetar a continuidade da organização
empresarial.
Em face da inevitável necessidade de investimento, dispêndio de custos, é imprescindível que se
adote uma metodologia estratégica para o gerenciamento de custos, visando à otimização dos
recursos consumidos e à identificação de estratégias competitivas.

O custeamento das atividades realizadas para o controle, preservação e recuperação ambiental


evidencia-se como a metodologia mais apropriada para identificar e apurar os custos ambientais, em
função do nível de detalhamento do consumo de recursos. (RIBEIRO, 1998)

A necessidade do dispêndio de recursos financeiros agasalha-se nos ganhos sócio-ambientais, Para


Castro (1996), além de promover a redução dos custos internos das organizações, a implementação
de um sistema de gestão ambiental aumenta a competitividade e facilita o acesso aos mercados
consumidores. Ademais, pesquisa recente da Confederação Nacional da indústria (CNI) e do Ibope
demonstrou que 68% dos consumidores brasileiros estariam dispostos a pagar mais por um produto
que não agrida o meio ambiente. (TACHIZAWA, 2002)

As organizações que tomarem decisões estratégicas integradas à questão ambiental e ecológica


conseguirão significativas vantagens competitivas. E essa realidade já é de conhecimento de várias
empresas brasileiras.

Entre as vantagens para a empresa, tem-se também, a criação de uma imagem “verde”; acesso a
novos mercados; redução e/ou eliminação de acidentes ambientais, evitando, com isso, custos de
remediação; incentivo ao uso racional de energia e dos recursos naturais; redução do risco de
sanções do Poder Público (multas) e facilidade ao acesso a algumas linhas de crédito.
(DENARDIM; VINTER, 1999)

As desvantagens em não implantar um sistema de gestão ambiental estão diretamente ligadas as


barreiras não tarifárias, impostas por países mais desenvolvidos, pois um sistema de normatização
ambiental como a série ISO 14000 pode abrigar em suas entrelinhas mecanismos de proteção de
mercado.

Os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, indicam os


investimentos em controle ambiental das empresas industriais brasileiras, vem aumentando
significativamente. Em 1997, apenas 3.823 empresas efetuaram investimentos em controle
ambiental. Esse número subiu para 6.691 empresas em 2002, o que representou um aumento de
75,0%, marca bem superior ao crescimento do número de empresas no mesmo período (26,4%).
(IBGE, 2007).

Portanto, para continuar concorrendo em mercados cada vez mais competitivos, as empresas devem
tomar conhecimento e resolver os problemas ambientais decorrentes de seus processos produtivos,
caso contrário, perderão gradativamente seu espaço entre os consumidores mais exigentes e
preocupados com o meio ambiente.
Aspectos ambientais

Os acidentes ambientais estão na mira da sociedade, e seus efeitos já são passíveis de mensuração.
Por meio da implantação do SGA visa-se amenizar, quiçá eliminar, os impactos ambientais
oriundos dos processos produtivos. Portanto, o conjunto de ações desenvolvidas pelas empresas
durante a implantação do SGA trazem melhorias ao meio ambiente.

Ademais, para a implantação do SGA faz-se necessário uma abordagem sistemática para identificar
aspectos e impactos ambientais e para criar objetivos e metas o que resultará em uma melhoria na
eficiência do processo de produção, gerando uma redução no desperdício de energia e matéria-
prima.

A ISO também exige um comprometimento com a prevenção da poluição o que provavelmente


possibilitará a reavaliação do processo e das tecnologias empregadas na produção.

Ainda, de acordo com Harrington; Knight (2001, p.39), “sob a perspectiva de política pública, um
SGA eficiente é um passo no caminho para o desenvolvimento sustentável”.

Portanto, pode-se afirmar que a ações ambientais das empresas, manifestadas através da
implantação da gestão ambiental, buscam racionalizar o uso dos recursos naturais e reduzir a
quantidade e a maneira que os resíduos são devolvidos ao meio ambiente, contribuindo, com isso,
para o desenvolvimento sustentável.

Aspectos Sociais

Um SGA visa corrigir problemas ambientais, decorrentes da produção e consumo desenfreado de


bens que geram impactos no meio ambiente, como degradações ambientais e até a escassez de
matérias-primas, conseqüentemente a sociedade passa a perceber os benefícios, por isso, pode-se
dizer que os aspectos sociais decorrem dos ambientais.

Como resultado da implantação de um SGA, dependendo do setor, pode-se, também obter a


melhoria das condições de trabalho, como por exemplo, a redução de materiais particulados e de
mau cheiro. Ações, essas que podem beneficiar inclusive famílias que residem próximo às
empresas, pois passam a usufruir de um ambiente mais agradável.

Considerações Finais

O processo de certificação pela ISO 14000 tem demarcado passos importantes para
as empresas prosseguirem no caminho do desenvolvimento sustentável. (COLTRO,
2005)
Através deste estudo concluímos que a certificação ambiental beneficia a empresa de diversas
formas. A maior delas está relacionada à imagem que o público tem da empresa, tornando-se um
diferencial de competitividade, por ampliar as oportunidades de negócio, através da imagem
verde/limpa que o cliente cria dela.

Além da auferição de lucros obtidos com essas ações, a certificação pode vir a evitar o
enfrentamento de problemas na exportação de seus produtos – pois, a conjectura de que a
certificação tornar-se-á um diferencial na seleção de novos fornecedores e contratantes.

O Brasil já despertou para essa realidade. Tanto é verdade que, de acordo com o Inmetro, 766
empresas já se certificaram e esse número não para de crescer.

Enfim, sabemos que o SGA é um grande passo em direção à diminuição dos impactos ambientais,
decorrentes de seu processo de produção, mas, salientamos, porém que procedimentos isolados,
dispersos de um SGA, contribuem, para que se atinja um desenvolvimento sustentável, mas não
garantem a obtenção da certificação ambiental.
Referencia Bibliográfica

BELLO, C.V.V. Zeri – uma proposta para o desenvolvimento sustentável, com enfoque na
qualidade ambiental voltada ao setor industrial. 1998. Dissertação (Mestrado em Engenharia de
Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de
Santa Catarina, Florianópolis-SC. Disponível em: < http://www.eps.ufsc.br/disserta98/bello/>.
Acesso em: 10 jan. 2008.

CALLADO, A.L.C. A Importância da Gestão dos Custos Ambientais. Universo Ambiental,


Brasil, abr. 2008. Disponível em: <http://www.universoambiental.com.br/novo/artigos_ler.php?
canal=4&canallocal=4&canalsub2=10&id=224>. Acesso em 15 abr. 2008

COLTRO, A. Sistemas de Certificação ISO 14000: ganhos competitivos. In: SEMEAD -


Seminários em Administração da FEA/USP, VIII, 2005, São Paulo. Disponível em:
<http://www.ead.fea.usp.br/Semead/8semead/resultado/trabalhosPDF/73.pdf>. Acesso em: 21 fev.
2008.

DENARDIM, V.; VINTER, G. Algumas considerações acerca dos benefícios econômicos, sociais e
ambientais advindos da certificação ISO 14.000 no Brasil. In:III Encontro Nacional da Sociedade
Brasileira de Economia Ecológica, Recife: SBEE, nov 1999. JEL: Q28

Empresas Certificadas ISO 14001. Rio de Janeiro: Instituto Nacional de Metrologia,


Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro, 2008. Disponível em:
<http://www.inmetro.gov.br/gestao14001/>. Acesso em: 01 abr. 2008

FAIRBANKS, M. ISO 14000. Cresce ritmo de certificações de Gestão Ambiental: Procura pelo
certificado aumenta no Brasil e em todo o mundo, enquanto a norma busca integrar-se à série ISO
9000 e aos sistemas de gestão de saúde e segurança ocupacional. Revista Química e Derivados, São
Paulo, ed. 388, nov. 2000. Disponível em: <http://www.quimica.com.br/revista/
qd388/iso14000_1.htm>. Acesso em: 19 fev. 2008.

HARRINGTON, H. J. A implementação da ISO 14000: como atualizar o sistema de gestão


ambiental com eficácia. São Paulo: Atlas, 2001.

INVESTIMENTO EM CONTROLE AMBIENTAL DAS INDÚSTRIAS NO BRASIL


1997/2002. Rio de Janeiro: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE, 2007.

MOURA, L.A.A. Qualidade & gestão ambiental. Sugestões para implantação das normas ISO
14000 nas empresas. São Paulo, Juarez de Oliveira, 2000.
______. Economia Ambiental. Gestão de custos e investimentos. 2. ed. rev. São Paulo: Juarez de
Oliveira, 2003.

MOURA, L.A.R. O que é ISO 14000? . Professor Luiz Rolim Web Site, Foz do Iguaçu-PR, 07 jul.
2004. Disponível em: <http://www.rolim.net/index.php?option=com_content&task
=view&id=9&Itemid=2 >. Acesso em: 19 fev. 2008.

OLIVEIRA, E.C. Ensaio Teórico sobre a variável ambiental como fator de forte influência nas
estratégias empresariais. In: SEMAD – SEMANA DO ADMINISTRADOR/UEM, XXVII, 2007,
Maringá. Dad Publicações: Maringá, PR, 2007.

OLIVEIRA FILHO, M.L. A Auditoria Ambiental como ferramenta de apoio para o


desempenho empresarial e a preservação do meio ambiente: uma abordagem contábil e
gerencial em Indústrias Químicas. 2002. 182 f. Dissertação (Mestrado em Controladoria e
Contabilidade) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, Universidade de
São Paulo, São Paulo.

OLIVEIRA, F.B. Implantação e prática da gestão ambiental: discussão e estudo de caso. 1999. f.
145. Dissertação. (Mestrado em Engenharia de Produção) – Escola de Engenharia, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS.

PORTILHO, F. Sustentabilidade Ambiental, Consumo e Cidadania. São Paulo: Cortez, 2005.

RIBEIRO, M.S. Contabilidade e Meio Ambiente. 1992. 141 f. Dissertação (Mestrado em


Contabilidade) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, Universidade de
São Paulo, São Paulo.

______. Custeios das Atividades de Natureza Ambiental. 1998. 241 f. Tese (Doutorado em
Contabilidade) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, Universidade de
São Paulo, São Paulo.

RISSONI, E.P.; SILVA, E.P.M. A contabilidade ambiental como instrumento de efetivação de


direitos. Universia, São Paulo, out. 2005. Disponível em: <http://www.universia.com.br/html/
materia/materia_ijea.html>. Acesso em: 10 fev. 2008

SAVI, J. Gerenciamento integrado de resíduos sólidos urbanos em Adamantina – SP: análise


de viabilidade da usina de triagem de RSU com coleta seletiva. 2005, 239 f. Tese (Doutorado em
Geografia) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente
Prudente, SP.

TACHIZAWA, T. Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Corporativa. São Paulo: Atlas,


2002.
TINOCO, J.E.P.; KRAEMER, M.E.P. Contabilidade e Gestão Ambiental. São Paulo: Atlas,
2004.

VALLE, C.E.; LAGE, H. Meio Ambiente. Acidentes, Lições, Soluções. 2. ed. São Paulo: Senac
São Paulo, 2004.

VIANA, E.C. et al./ análise técnico-jurídica do licenciamento ambiental e suainterface com a


certificação ambiental. Sociedade de Investigações Florestais, Viçosa, MG, v.27, n.4, p.587-595,
2003.
This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com.
The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only.
This page will not be added after purchasing Win2PDF.
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 01/2004

Procedimentos Administrativos

Procedimentos Administrativos
SUMÁRIO ANEXOS
1 Objetivo A Cartão de identificação

2 Aplicação B Formulário de segurança contra incêndio de Projeto Técnico

3 Referências normativas e bibliográficas C Formulário de segurança contra incêndio de Projeto Técnico


Simplificado (PTS)
4 Definições
D Formulário de segurança contra incêndio de Projeto Técnico de
5 Procedimentos Baixo Risco (PTBR)

E Planta de risco de incêndio

F Implantação

G Planta das medidas de segurança contra incêndio

H Quadro resumo das medidas de segurança

I Memorial industrial de segurança contra incêndio

J Formulário para atendimento técnico

L Atestado de brigada contra incêndio

M Requerimento de Comissão Técnica

N Termo de compromisso do proprietário

O Termo de responsabilidade das saídas de emergência

P Atestado de abrangência do grupo motogerador

Q Atestado do emprego de materiais de acabamento e revestimento

R Planta de instalação e ocupação temporária

S Memorial de segurança contra incêndio das estruturas


Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

1 OBJETIVO 5 PROCEDIMENTOS
Estabelecer os critérios para apresentação de processo de 5.1 Formas de apresentação
segurança contra incêndio, das edificações e áreas de risco,
atendendo ao previsto no Decreto Estadual nº 46.076/01. As medidas de segurança contra incêndio nas edificações
e áreas de risco devem ser apresentadas ao CBPMESP
2 APLICAÇÃO para análise por meio de:
a) Projeto Técnico (PT);
2.1 A presente Instrução Técnica aplica-se aos proces- b) Projeto Técnico Simplificado (PTS);
sos de segurança contra incêndio adotados no Corpo c) Projeto Técnico de Baixo Risco (PTBR);
de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo d) Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Tempo-
(CBPMESP).
rária (PTIOT);
2.2 Para aplicação da medida de segurança Saídas de Emer- e) Projeto Técnico para Ocupação Temporária em Edi-
gência é aceita uma única norma ou lei, exceto quando ficação Permanente (PTOTEP).
constar em texto normativo.
5.1.1 Projeto Técnico
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E 5.1.1.1 Características da edificação e áreas de
BIBLIOGRÁFICAS risco
a) Constituição Federal da República Federativa do O Projeto Técnico deve ser utilizado para apresentação
Brasil, de 5 de outubro de 1988, artigo 144, § 5º; das medidas de segurança contra incêndio das edificações
b) Constituição do Estado de São Paulo, de 5 de outu- e áreas de risco:
bro de 1989, artigo 142; a) com área de construção acima de 750 m² e/ou com
c) Lei Federal n° 7.256/84, de 3/12/1984, inciso 7, artigo altura acima de 6 m, exceto os casos que se enqua-
11; dram nas regras para Projeto Técnico Simplificado,
d) Lei Estadual nº 684, de 30/9/1975 (autoriza o Poder Projeto Técnico de Baixo Risco, Projeto Técnico
Executivo a celebrar convênios com os municípios
para Instalação e Ocupação Temporária e Projeto
sobre serviços de bombeiros);
e) Lei Estadual nº 616, de 17/12/1974 (dispõe sobre a Técnico para Ocupação Temporária em Edificação
organização básica da Polícia Militar do Estado de São Permanente;
Paulo); b) independente da área da edificação e áreas de risco,
f ) Instruções técnicas do CBPMESP; quando esta apresentar risco no qual necessite de
g) NBR-10647 Desenho técnico; proteção por sistemas fixos tais como: hidrantes,
h) NBR-8196 Emprego de escalas; chuveiros automáticos, alarme e detecção de incên-
i) NBR-13273 Desenho técnico – referência a itens; dio, dentre outros;
j) NBR-14699 Desenho técnico – representação de c) edificação que necessite de proteção de suas es-
símbolos aplicados a tolerâncias geométricas – pre- truturas contra a ação do calor proveniente de um
paros e dimensões; incêndio.
l) NBR-14611 Desenho técnico – representação sim-
plificada em estruturas metálicas;
5.1.1.2 Composição
m) NBR-10068 Folha de desenho – Leiaute e dimen-
sões; O Projeto Técnico deve ser composto pelos seguintes
n) NBR-10067 Princípios gerais de representação em documentos:
desenho técnico; a) cartão de identificação (anexo A);
o) NBR-6492 Representação de projetos de arquitetura; b) pasta do Projeto Técnico;
p) Meirelles, Hely Lopes – Direito Administrativo Brasi-
c) formulário de segurança contra incêndio de Projeto
leiro, 25ª edição – 2000 – Editora Malheiros;
q) Lazzarini, Álvaro – Estudos de Direito Administrati- Técnico (anexo B);
vo – Editora Revista dos Tribunais – 2000; d) procuração do proprietário, quando este transferir
r) Holanda, Aurélio Buarque de – Novo Aurélio – O seu poder de signatário;
Dicionário da Língua Portuguesa – Editora Nova e) anotação de responsabilidade técnica (ART) do
Fronteira – 1999. responsável técnico pela elaboração do Projeto Téc-
nico, que deve ser juntada na via que permanece no
4 DEFINIÇÕES Serviço de Segurança Contra Incêndio;
f ) documentos complementares, quando necessário;
Para os efeitos desta Instrução Técnica aplicam-se as defini- g) planta de risco de incêndio, em três vias (anexo E),
ções constantes da IT 03 - Terminologia de segurança contra quando houver a exigência de plano de intervenção
incêndio. de incêndio (IT-16);

47
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

h) implantação, quando houver mais de uma edificação a) Memorial industrial de segurança contra in-
e áreas de risco, dentro do mesmo lote, ou conjunto cêndio
de edificações, instalações e áreas de risco; Descrição dos processos industriais, matérias-pri-
i) planta das medidas de segurança contra incêndio mas, produtos acabados, líquidos inflamáveis ou
conforme anexo G. combustíveis com ponto de fulgor, estoques, entre
outros, conforme anexo I;
5.1.1.2.1 Cartão de identificação b) Memorial de cálculo
Ficha elaborada em papel cartão ou equivalente que con- Memorial descritivo dos cálculos realizados para di-
tém os dados básicos da edificação e áreas de risco, com mensionamento dos sistemas fixos contra incêndio,
finalidade de controle do Projeto Técnico no CBPMESP, tais como hidrantes, chuveiros automáticos, pressu-
conforme anexo A desta IT. rização de escada, sistema de espuma e resfriamento,
controle de fumaça, dentre outros. No desenvolvi-
5.1.1.2.2 Pasta do Projeto Técnico mento dos cálculos hidráulicos para as medidas de
segurança de espuma e resfriamento deve ser levado
Pasta aberta, sem elástico, com frente de plástico transpa- em conta o desempenho dos equipamentos, utilizan-
rente, com grampo, incolor, semi-rígida, que acondiciona do as referências de vazão, pressão e perda de carga,
todos os documentos do Projeto Técnico afixado na sendo necessária a apresentação de catálogos;
seqüência estabelecida no item 5.1.1.2. Deve ter dimen- c) Memorial do sistema fixo de gases para com-
sões de 215 mm a 280 mm (largura) x 315 mm a 350 bate a incêndio
mm (comprimento) e altura conforme a quantidade de Memorial descritivo dos cálculos realizados para
documentos. dimensionamento do sistema fixo de gases para
combate a incêndio conforme IT 26 - Sistema fixo
5.1.1.2.3 Formulário de segurança contra incêndio
de gases para combate a incêndio;
de Projeto Técnico
d) Autorização do Departamento de Produtos
Documento que contém os dados básicos da edificação Controlados da Polícia Civil (DPC)
e áreas de risco, signatários, medidas de segurança contra Documento da Polícia Civil do Estado de São Paulo
incêndio previstas e trâmite no CBPMESP, devendo: que autoriza a atividade e especifica a quantidade
a) ser apresentado como a primeira folha do Projeto máxima de fogos de artifício e/ou explosivos a serem
Técnico; comercializados;
b) ser preenchido na íntegra conforme anexo B. e) Autorização da Prefeitura do Município para
comércio de fogos de artifício
5.1.1.2.4 Procuração do proprietário Documento do Poder Executivo Municipal que
Deve ser apresentada com firma reconhecida sempre que autoriza o comércio de fogos de artifício e/ou
terceiro assine documentação do Projeto Técnico pelo explosivos;
proprietário. f) Memorial descritivo de ocupação
Memorial descritivo de ocupação quando na edifica-
5.1.1.2.5 Anotação de Responsabilidade Técnica ção e áreas de risco forem comercializados outros
(ART) materiais que não apenas fogos de artifício e/ou ex-
plosivos;
a) deve ser apresentada pelo responsável técnico que g) Autorização do Departamento de Aviação
elabora o Projeto Técnico; Civil
b) todos os campos devem ser preenchidos e no cam- Documento que autoriza o uso de heliporto ou he-
po “descrição das atividades profissionais contrata- liponto conforme IT 31 - Heliponto e heliporto;
das” deve estar especificado o serviço pelo qual o h) Memorial de dimensionamento da carga de
profissional se responsabiliza; incêndio
c) a assinatura do contratante (proprietário ou respon- Memorial descritivo da carga de incêndio dos mate-
sável pelo uso) é facultativa; riais existentes na edificação e áreas de risco con-
d) deve ser apresentada a 1ª via original ou fotocópia. tendo o dimensionamento conforme IT 14 - Carga
de incêndio nas edificações e áreas de risco;
5.1.1.2.6 Documentos complementares
i) Documento comprobatório
Documentos solicitados pelo Serviço de Segurança Con- Documento que comprova a área construída, a
tra Incêndio do CBPMESP, a fim de subsidiar a análise do ocupação e a data da edificação e áreas de risco
Projeto Técnico da edificação e áreas de risco, quando as existente (Projeto do CBPMESP, plantas aprovadas
características da mesma assim os exigirem: em prefeitura, imposto predial, entre outros);

48
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

j) Memorial de cálculo de dimensionamento de e) número de pavimentos;


lotação e saídas de emergência em centros f) registro de recalque;
esportivos e de exibição. g) reserva de incêndio;
Memorial descritivo dos cálculos realizados para h) armazenamento de produtos perigosos;
dimensionamento de lotação e saídas de emergência i) vias de acesso para as viaturas do Corpo de Bom-
em recintos desportivos e de espetáculo artístico beiros;
cultural, conforme IT nº 12 – Dimensionamento de j) hidrantes urbanos próximos da edificação e áreas de
lotação e saídas de emergência em centros esporti- risco, se houver.
vos e de exibição;
l) Cálculo de dimensionamento de lotação e 5.1.1.2.7.1 A planta de risco deve ser elaborada em 3
saídas de emergência em locais de reunião de (três) vias, sendo que a 1ª via permanece no Projeto Téc-
público nico, a 2ª via deve permanecer na portaria da edificação e
Cálculos realizados para dimensionamento de lota- áreas de risco e a 3ª via deve ser encaminhada pelo Servi-
ção e saídas de emergência em locais de reunião de ço de Segurança Contra Incêndio ao Posto de Bombeiros
público, conforme IT 11 – Saídas de emergência, que sob jurisdição da edificação e áreas de risco.
podem ser transcritos em planta;
m) Planilha de levantamento de dados 5.1.1.2.8 Implantação
Planilha que descreve o estudo prévio sobre a exis- Folha única no formato A4, A3, A2 ou A1 em escala pa-
tência de riscos, elaborada durante a concepção e o dronizada, conforme anexo F, obrigatória somente nos
desenvolvimento de um projeto ou sistema, confor- seguintes casos:
me IT nº 16 – Plano de intervenção de incêndio; a) quando houver mais de uma edificação e áreas de
n) Licença de funcionamento para instalações risco a ser representada;
radioativas, nucleares, ou de radiografia in- b) quando houver uma única edificação e áreas de risco,
dustrial, ou qualquer instalação que trabalhe onde as suas dimensões não possam ser representa-
com fontes radioativas das em uma única folha.
Documento emitido pela Comissão Nacional de
Energia Nuclear (CNEN), autorizando o funciona- 5.1.1.2.9 Planta das medidas de segurança contra
mento da edificação e áreas de risco; incêndio
o) Memorial ou laudo descritivo de construção
Documento com a descrição das características es- Representação gráfica da edificação e áreas de risco, con-
truturais da edificação e áreas de risco; forme anexo G, contendo informações por meio de legen-
p) Memorial de dimensionamento e descritivo da padronizada pelo CBPMESP, segundo a IT nº 04 - Sím-
da lógica de funcionamento do sistema de bolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio,
controle de fumaça contendo a localização das medidas de segurança contra
Memorial demonstrativo dos parâmetros técnicos ado- incêndio, bem como os riscos existentes na edificação e
tados para dimensionamento do sistema de controle áreas de risco, conforme descrito no item 5.1.1.3.
de fumaça e a descrição lógica do funcionamento;
q) Memorial de cálculo de pressurização de es- 5.1.1.3 Apresentação da planta das medidas de
cada segurança contra incêndio
Memorial descritivo dos cálculos realizados para o Deve ser apresentada da seguinte forma:
dimensionamento da pressurização da escada de a) ser elaborada no formato A4 (210 mm x 297 mm),
segurança; A3 (297 mm x 420 mm), A2 (420 mm x 594 mm) ou
r) Memorial de cálculo de isolamento de risco A1 (594 mm x 840 mm);
Memorial descritivo dos cálculos realizados para b) as escalas adotadas devem ser as estabelecidas em
o dimensionamento do isolamento de risco entre normas oficiais;
edificações e áreas de risco. c) adotar escala que permita a visualização das medidas
de segurança contra incêndio;
5.1.1.2.7 Planta de risco de incêndio
d) quando a planta de uma área construída ou área de
Mapa simplificado no formato A4, A3, A2 ou A1 em escala risco não couber integralmente em escala reduzida
padronizada, podendo ser em mais de uma folha e obrigató- em condições de legibilidade na folha “A1”, esta pode
rio somente quando houver a exigência de plano de inter- ser fracionada, contudo deve adotar numeração que
venção de incêndio, conforme anexo E, devendo indicar: indique onde está localizada tal área na implantação;
a) os principais riscos; e) a implantação deve estar em escala;
b) paredes corta-fogo de compartimentação; f ) adotar os símbolos gráficos conforme IT nº 04 -
c) parede corta-fogo de isolamento de risco; Símbolos gráficos para projeto de segurança contra
d) hidrantes externos; incêndio;

49
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

g) seguir a forma de apresentação gráfica conforme que sua representação tenha vínculo com as medi-
padrão adotado por normas oficiais; das de segurança contra incêndio apresentadas no
h) o quadro de áreas da edificação e áreas de risco Projeto Técnico;
deve ser colocado na primeira folha; 6) o esquema isométrico da tubulação deve ser apre-
i) é facultativa a apresentação da planta de fachada, po- sentado de acordo com o inciso II – (Detalhes espe-
rém, os detalhes de proteção estrutural, comparti- cíficos que devem constar em planta);
mentação vertical e escadas devem ser apresentados 7) quadro de situação da edificação e áreas de risco,
em planta de corte;
sem escala, indicando os logradouros que delimitam
j) quando o Projeto Técnico apresentar dificuldade
a quadra;
para visualização das medidas de segurança contra
8) quadro resumo das medidas de segurança contra in-
incêndio alocados em um espaço da planta, devido
cêndio indicando as normas e/ou legislações aplica-
à grande quantidade de elementos gráficos, deve ser
feita linha de chamada em círculo com linha pontilha- das nas respectivas medidas de segurança constantes
da com alocação dos símbolos exigidos; do Projeto Técnico conforme anexo H;
l) a apresentação de Projeto Técnico Preliminar com a 9) cotas dos desníveis em uma planta baixa, quando
representação do sistema de chuveiros automáticos houver;
deve ser feita em planta separada, porém em ordem 10) medidas de proteção passiva contra incêndio nas
numérica seqüencial do Projeto Técnico. plantas de corte, tais como: dutos de ventilação da
escada, distância verga peitoril, escadas, antecâmaras,
5.1.1.3.1 Conteúdo da planta das medidas de segu- detalhes de estruturas e outros quando houver a
rança contra incêndio exigência específica destes detalhes construtivos;
11) localização e independência do sistema elétrico em
I – Detalhes genéricos que devem constar de todas relação a chave geral de energia da edificação e áreas
as plantas: de risco sempre que a medida de segurança contra
1) símbolos gráficos, conforme IT 04 - Símbolos gráfi- incêndio tiver seu funcionamento baseado em moto-
cos para projeto de segurança contra incêndio, a lo- res elétricos;
calização das medidas de segurança contra incêndio 12) miniatura da implantação com hachuramento da
na planta baixa; área sempre que houver planta fracionada em mais
2) legenda de todas as medidas de segurança contra de uma folha, conforme planta chave;
incêndio utilizadas no Projeto Técnico. A apresenta- 13) destaque no desenho das áreas frias não compu-
ção dos demais símbolos não utilizados no Projeto táveis (banheiros, vestiários, escadas enclausuradas,
Técnico é opcional; dentre outros) especificadas em um quadro de áreas
3) nota em planta com a indicação dos equipamentos próprio, quando houver solicitação de isenção de
móveis ou fixos ou sistemas de segurança instalados medidas de segurança contra incêndio.
que possuírem a mesma capacidade ou dimensão;
4) áreas construídas e áreas de risco com suas caracte- Nota:
rísticas, tais como: Os detalhes genéricos constantes do Projeto Técnico devem ser apre-
a) tanques de combustível (substância e capacidade); sentados na primeira folha ou, nos casos em que tais detalhes não
b) casa de caldeiras ou vasos sob pressão; caibam nesta, devem constar nas próximas folhas, tais como:
c) dutos e aberturas que possibilitem a propagação a) legenda;
de calor; b) isométrico;
c) quadro resumo das medidas de segurança;
d) cabinas de pintura;
d) quadro de localização da edificação e áreas de risco;
e) locais de armazenamento de recipientes conten- e) quadro de áreas;
do gases inflamáveis (capacidade do recipiente e f) detalhes de corrimãos e guarda-corpos;
quantidade armazenada); g) detalhes de degraus;
f) áreas com risco de explosão; h) detalhe da ventilação efetiva da escada de segurança;
g) centrais prediais de gases inflamáveis; i) detalhe do registro de recalque;
h) depósitos de metais pirofóricos; j) nota sobre o sistema de sinalização adotado;
i) depósito de produtos perigosos; k) detalhe da sucção da bomba de incêndio;
l) especificação dos chuveiros automáticos;
j) outros riscos que necessitem de segurança con-
m) quadro do sistema de gases e líquidos inflamáveis e combustíveis
tra incêndio. e outros.
5) as plantas das medidas de segurança contra incêndio
devem ser apresentadas com as medidas de segu- II – Detalhes específicos que devem constar na
rança contra incêndio na cor vermelha, distinguindo- planta de acordo com a medida de segurança
as dos demais detalhes da planta. Outros itens da projetada para a edificação e áreas de risco,
planta na cor vermelha podem ser incluídos desde constante nas respectivas Instruções Técnicas:

50
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

1) Acesso de viatura na edificação e áreas de I. parede corta-fogo de compartimentação;


risco (IT nº 06): II. vedador corta-fogo;
a) largura e altura do portão de entrada e da via de III. selo corta-fogo;
acesso; IV. porta corta-fogo.
b) indicação do peso suportado pela pavimentação da
via em quilograma-força (kgf); 5) Controle de materiais de acabamento e re-
c) localização da placa de advertência de desobstrução vestimento (IT nº 10):
da via de acesso para emergência; Indicar nos respectivos cortes ou em notas específicas, as
d) indicação da altura mínima livre, quando for o caso; classes dos materiais de piso, parede, teto e forro, corres-
e) indicar o retorno para as vias de acesso com mais de pondentes a cada ambiente, conforme Anexo Q.
45 m de comprimento;
f) largura e comprimento da faixa de estacionamento; 6) Saídas de emergências (IT nº 11):
g) indicação da porcentagem de inclinação da faixa de a) detalhes de degraus;
estacionamento; b) detalhes de corrimãos;
h) nota indicando que a faixa de estacionamento deve c) detalhes de guarda-corpos;
ficar livre de postes, painéis, árvores ou outro tipo d) largura das escadas;
de obstrução; e) detalhe da ventilação efetiva da escada de segu-
i) localização da placa de proibição na faixa de estacio- rança (quando houver);
namento das viaturas do Corpo de Bombeiros. f ) largura das portas das saídas de emergência;
g) indicar barra antipânico (quando houver);
2) Separação entre edificações (IT nº 07): h) casa de máquinas do elevador de emergência
a) para as edificações objetos de cálculo: (quando houver exigência);
I. indicar a distância de outras edificações; i) antecâmaras de segurança (quando houver exi-
II. indicar a ocupação; gência);
III. indicar a carga de incêndio; j) indicar a lotação do ambiente quando se tratar
IV. indicar as aberturas nas fachadas; de local de reunião de público, individualizando a
V. indicar a fachada da edificação considerada lotação por ambiente.
para o cálculo de isolamento de risco;
VI. parede corta-fogo de isolamento de risco; 7) Dimensionamento de lotação e saídas de
VII. juntar o memorial de cálculo de isolamento emergência em centros esportivos e de exibi-
de risco. ção (IT nº 12):
a) larguras das escadas, acessos e portas das saídas
3) Segurança estrutural nas edificações (IT nº 08): de emergência;
a) constar o tempo requerido de resistência ao b) barra antipânico onde houver;
fogo (TRRF) das estruturas em nota ou legenda c) corrimãos em escadas e rampas, inclusive os cor-
e no memorial de construção, independente do rimãos centrais;
tipo de estrutura; d) dimensões da base e espelho dos degraus;
b) identificar os tipos de estruturas (em memorial e) porcentagem de inclinação das rampas;
de construção e no formulário de segurança f ) as lotações dos ambientes;
contra incêndio); g) delimitação física da área de público em pé;
c) identificar em planta as áreas das estruturas pro- h) dimensões dos camarotes (quando houver);
tegidas com material resistente ao fogo e, se for i) dimensões das cadeiras fixas (dobráveis ou não)
o caso, os locais isentos de revestimento, confor- e o espaçamento entre as mesmas;
me Anexo A da IT nº 08. j) indicar o revestimento do piso;
l) indicar os equipamentos de som;
4) Compartimentação horizontal e comparti- m) localização do grupo motogerador;
mentação vertical (IT nº 09): n) localização dos blocos autônomos;
a) indicar as áreas compartimentadas e o respectivo o) indicar a sinalização de piso;
quadro de áreas; p) juntar o memorial de cálculo de dimensionamen-
b) indicar o isolamento proporcionado: to de lotação e saídas de emergência em centros
I. aba horizontal; esportivos e de exibição.
II. aba vertical;
III. afastamento de aberturas perpendiculares à 8) Pressurização de escada de segurança (IT nº 13):
parede corta-fogo de compartimentação; a) sala do grupo motoventilador;
c) indicar o tempo de resistência ao fogo dos ele- b) localização do ponto de captação de ar;
mentos estruturais utilizados; c) detectores de acionamento do sistema;
d) indicar os elementos corta-fogo: d) localização da central de detecção de incêndio;

51
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

e) localização da fonte alternativa de energia do b) quando o sistema de iluminação de emergência


sistema; for alimentado por grupo motogerador (GMG)
f ) grelhas de insuflamento; que não abranja todas as luminárias da edificação
g) caminhamento dos dutos; e áreas de risco, devem ser indicadas as luminá-
h) localização do grupo motogerador; rias a serem acionadas em caso de emergência;
i) janela de sobre pressão; c) o reservatório de combustível do GMG e sua
j) apresentação esquemática do sistema em corte; capacidade, bem como as dimensões do dique de
l) acionadores manuais dos motoventiladores contenção;
localizados na sala do grupo motoventilador e d) o posicionamento da central do sistema;
no local de supervisão predial com permanência e) fonte alternativa de energia do sistema;
humana constante; f ) quando o sistema for abrangido por GMG, deve
constar em Projeto Técnico a abrangência, auto-
m) elementos de compartimentação de risco (pare-
nomia e sistema de automatização;
de e porta corta-fogo) da sala do grupo moto-
g) duto de entrada, duto de saída, parede corta-fogo
ventilador;
e porta corta-fogo da sala do GMG quando o
n) antecâmara de segurança e indicação da porta
mesmo estiver localizado em área com risco de
estanque quando a sala do grupo motoventilador
captação de fumaça ou gases quentes provenien-
estiver localizada em pavimento que possa causar tes de um incêndio;
risco de captação de fumaça de um incêndio; h) detalhe ou nota em planta da proteção dos dutos
o) juntar o memorial de cálculo de vazão e pressão quando passarem por área de risco.
do sistema de pressurização da escada;
p) juntar o memorial de cálculo de vazão e pres- 12) Sistema de detecção e alarme de incêndio
são do sistema de pressurização do elevador de (IT nº 19):
emergência (quando houver exigência). a) localização pontual dos detectores;
b) os acionadores manuais de alarme de incêndio;
9) Carga de incêndio nas edificações e áreas de c) os sinalizadores sonoros e visuais;
risco (IT nº 14): d) central do sistema;
a) indicar a carga de incêndio específica para as e) painel repetidor (quando houver);
ocupações não listadas na IT nº 14 – Carga de f ) fonte alternativa de energia do sistema.
incêndio nas edificações e áreas de risco;
b) juntar o memorial de carga de incêndio (quando 13) Sistema de sinalização de emergência (IT nº
necessário). 20):
Deve ser lançado uma nota referenciando o atendimento
10) Controle de fumaça (IT nº 15): do sistema de sinalização de emergência de acordo com
a) entrada de ar (aberturas, grelhas, venezianas e a IT nº 20.
insuflação mecânica);
b) exaustões naturais (entradas, aberturas, grelhas, 14) Sistema de proteção por extintores de incên-
venezianas, clarabóias e alçapões); dio (IT nº 21):
c) exaustores mecânicos; a) indicar as unidades extintoras;
b) quando forem usadas unidades extintores com
d) dutos e peças especiais;
capacidades diferentes de um mesmo agente,
e) registro corta-fogo e fumaça;
deve ser indicada a capacidade ao lado de cada
f ) localização dos pontos de acionamento alternati-
símbolo.
vo do sistema;
g) localização dos detectores de incêndio; 15) Sistema de hidrantes e de mangotinhos para
h) localização da central de alarme/detecção de combate a incêndio (IT nº 22):
incêndio; a) indicar os hidrantes ou mangotinhos;
i) localização da casa de máquinas dos insufladores b) indicar as botoeiras de acionamento da bomba
e exaustores; de incêndio;
j) localização da fonte de alimentação, quadros e c) indicar o dispositivo responsável pelo aciona-
comandos; mento no barrilete, quando o sistema de aciona-
l) juntar o memorial de dimensionamento e des- mento for automatizado, bem como, a localiza-
critivo da lógica de funcionamento do sistema de ção do acionador manual alternativo da bomba
controle de fumaça. de incêndio em local de supervisão predial, e com
permanência humana constante;
11) Iluminação de emergência (IT nº 18): d) indicar o registro de recalque, bem como o deta-
a) os pontos de iluminação de emergência; lhe que mostre suas condições de instalação;

52
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

e) indicar o reservatório de incêndio e sua capaci- 17) Sistema de resfriamento para líquidos e gases
dade; inflamáveis e combustíveis (IT nº 24):
f ) indicar a bomba de incêndio principal e jockey a) indicar as instalações, tanques, cilindros ou esfe-
(quando houver) com indicação de pressão, va- ras de GLP;
zão e potência; b) indicar qual tanque é considerado o de maior
g) quando forem usadas mangueiras de incêndio risco para efeito de cálculo;
e esguichos com comprimentos e requintes c) indicar os tanques considerados vizinhos ao tan-
diferentes, devem ser indicadas as respectivas que de maior risco;
medidas ao lado do símbolo do hidrante; d) indicar as taxas de vazão para o resfriamento do
h) deve constar a perspectiva isométrica completa tanque em chamas e tanques vizinhos;
(sem escala e com cotas); e) indicar as áreas dos costados e tetos dos tanques
i) deve constar o detalhe da sucção quando o re- considerados no cálculo hidráulico;
f ) indicar a vazão e pressão das bombas de incêndio;
servatório for subterrâneo ou ao nível do solo;
g) indicar a capacidade e a localização do reservató-
j) quando o sistema de abastecimento de água for
rio de incêndio;
através de fonte natural (lago, lagoa, açude etc.),
h) indicar os canhões monitores, aspersores, bomba
indicar a sua localização;
de incêndio e registro de recalque;
l) juntar o memorial de cálculo do sistema de hi- i) apresentar quadro que contenha as seguintes
drantes. informações:
I. indicação do tanque;
16) Sistema de chuveiros automáticos (IT nº 23): II. produto armazenado;
a) localização das bombas do sistema com indicação III. volume;
da pressão, vazão e potência; IV. ponto de fulgor;
b) a área de aplicação dos chuveiros hachurada para V. diâmetro e altura do tanque.
os respectivos riscos; j) juntar o memorial de cálculo do sistema de res-
c) os tipos de chuveiros especificados; friamento.
d) localização dos cabeçotes de testes;
e) área de cobertura e localização das válvulas de 18) Sistema de proteção por espuma (IT nº 25):
governo e alarme (VGA) e dos comandos secun- a) indicar os esguichos lançadores ou proporciona-
dários (CS); dores e canhões monitores;
f ) localização do painel de alarme; b) indicar os reservatórios do extrato formador
g) locais onde foram substituídos os chuveiros por de espuma (EFE), indicando volume e forma de
detectores de incêndio; armazenagem;
h) deve constar o esquema isométrico somente da c) indicar as câmaras de espuma;
tubulação envolvida no cálculo; d) deve constar o esquema isométrico somente da
i) toda a tubulação abrangida pelo cálculo deve ter tubulação envolvida no cálculo;
seu diâmetro e comprimento cotado no esque- e) indicar as especificações dos equipamentos en-
ma isométrico; volvidos no cálculo;
j) devem ser apresentadas todas as tubulações de f ) definição do maior risco a proteger;
distribuição com respectivos diâmetros; g) juntar o memorial de cálculo do sistema de pro-
l) devem ser indicados os pontos de chuveiros au- teção por espuma.
tomáticos em toda a edificação e áreas de risco;
19) Sistema fixo de gases para combate a incên-
m) localização do registro de recalque;
dio (IT nº 26):
n) quando o sistema de abastecimento de água for a) indicar a botoeira alternativa para acionamento
através de fonte natural (lago, lagoa, açude etc.), do sistema fixo;
indicar a sua localização; b) indicar a botoeira de desativação do sistema de
o) indicar o dispositivo responsável pelo aciona- gases;
mento do sistema no barrilete, bem como a c) indicar a central do sistema de detecção e alarme
localização do acionador manual alternativo da de incêndio;
bomba de incêndio em local de supervisão pre- d) indicar os detectores de incêndio;
dial com permanência humana constante; e) indicar a bateria de cilindros de gases;
p) indicar a capacidade e localização do reservató- f ) indicar as áreas protegidas pelo sistema fixo de
rio de incêndio; gases;
q) juntar o memorial de cálculo do sistema de chu- g) indicar o tempo de retardo para evacuação do
veiros automáticos; local;

53
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

h) deve constar o esquema isométrico somente da 23) Fogos de artifício (IT nº 30):
tubulação envolvida no cálculo; a) croqui das edificações limítrofes (ocupação
i) juntar o memorial de cálculo do sistema de gases identificada) num raio de 100 m;
limpos e CO2. b) detalhe em planta das espessuras das paredes, la-
jes de cobertura, telhados, pisos, dentre outros.
20) Armazenagem de líquidos inflamáveis e com-
bustíveis (IT nº 27): 24) Heliponto e heliporto (IT nº 31):
a) indicar os tanques, instalações, cilindros ou esfe- a) sinalização do heliponto conforme previsto na
ras considerados de maior risco para elaboração respectiva IT;
dos cálculos; b) indicar a capacidade de carga do heliponto.
b) indicar tipo de tanque (elevado, subterrâneo, ver-
tical ou horizontal); 25) Cobertura de sapé, piaçava e similares (IT nº
c) indicar tipo de superfície do tanque (teto flutuan- 33):
te ou fixo); a) especificar qual o tipo de cobertura utilizada;
d) afastamentos entre tanques, edificações, vias pú- b) afastamentos dos limites do terreno e de postos
blicas, limites de propriedades e dimensões das de abastecimento de combustíveis, gases inflamá-
bacias de contenção; veis, fogos de artifício ou seus depósitos;
e) o produto químico, sua capacidade armazenada e c) localização de fogões, coifas e similares;
ponto de fulgor; d) localização da central de GLP (quando houver).
f ) distribuição dos hidrantes, canhões monitores,
26) Hidrante de coluna (IT nº 34):
aspersores, bomba de incêndio, capacidade e
a) posicionamento dos hidrantes;
localização da reserva de incêndio, registro de
b) o raio de ação do hidrante;
recalque e forma de acionamento do sistema;
c) a vazão dos hidrantes;
g) indicar a pressão manométrica medida no topo
d) o traçado da rede de água que abastece os hi-
do tanque para que se possa utilizar as tabelas de
drantes com indicação de seus diâmetros.
afastamentos;
h) juntar a planilha de cálculos utilizadas no dimen- 27) Túnel rodoviário (IT nº 35):
sionamento da proteção dos tanques. a) indicar a interligação dos túneis paralelos (quan-
do for o caso);
21) Manipulação, armazenamento, comercializa- b) indicar o sistema de exaustão;
ção e utilização de gás liquefeito de petróleo c) indicar as defensas das laterais do túnel;
(GLP) (IT nº 28): d) indicar os detalhes dos corrimãos;
a) localização da central de GLP; f ) indicar as áreas de refúgio (quando houver);
b) indicar a capacidade dos cilindros, bem como da g) indicar as rotas de fuga e as saídas de emergência;
capacidade total da central; h) indicar as medidas de segurança contra incêndio
c) afastamentos das divisas de terrenos, áreas edifi- adotadas;
cadas no mesmo lote e locais de risco; i) indicar o sistema de drenagem de líquidos e ba-
d) local de estacionamento do veículo abastecedor, cias de contenção;
quando o abastecimento for a granel; j) indicar o sistema de comunicação interno;
e) sistema de proteção da central; l) indicar o sistema de circuito interno de televisão.
f ) localização do botijão e das aberturas previstas
para ventilação (caso de área interna em unidade 28) Pátios de contêineres (IT nº 36):
habitacional quando permitido pela Instrução Indicar as áreas de segregação de cargas e respectivas
Técnica) e forma de instalação. proteções.

22) Comercialização, distribuição e utilização de 29) Subestação elétrica (IT nº 37):


gás natural (IT nº 29): a) indicar as áreas destinadas aos reatores, transfor-
a) indicar os compressores, estocagem e unidades madores e reguladores de tensão;
de abastecimento de gás; b) indicar as vias de acesso a veículos de emergência;
b) indicar as distâncias mínimas de afastamentos c) indicar as paredes corta-fogo de isolamento de
previstos na tabela I da NBR 12236/94, para risco utilizadas no local;
postos que comercializem gás combustível com- d) indicar a bacia de contenção com drenagem do
primido; óleo isolante e a caixa separadora de óleo e
c) indicar o local de estacionamento do veículo água;
abastecedor quando o gás natural for distribuído e) detalhamento do sistema de água nebulizada para
por este meio de transporte. os casos de subestação compartilhada.

54
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

30) Proteção contra incêndio em cozinha profis- f ) o ato de anulação deve ser comunicado ao
sional (IT nº 38): proprietário/responsável pelo uso, responsável técni-
a) indicar o caminhamento dos dutos de exaustão; co, Prefeitura Municipal e, na hipótese da alínea “c”,
b) indicar o sistema fixo de extinção a ser instalado, ao Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e
quando for o caso. Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP);
g) havendo indício de crime, o responsável pelo
5.1.1.4 Apresentação do Projeto Técnico para Serviço de Segurança Contra Incêndio deve co-
avaliação junto ao CBPMESP municar o fato ao Ministério Público.
a) o Projeto Técnico deve ser apresentado na seção
5.1.1.7 Substituição ou atualização do Projeto
de protocolo do Serviço de Segurança Contra
Técnico
Incêndio do CBPMESP, em no mínimo duas vias
e no máximo três vias;
5.1.1.7.1 Substituição do Projeto Técnico:
b) o interessado deve comparecer ao CBPMESP
com o comprovante de pagamento dos emolu- A edificação e áreas de risco que se enquadrar dentro
mentos referentes ao serviço de análise; de uma das condições abaixo relacionadas deve ter o seu
c) o pagamento dos emolumentos realizado através Projeto Técnico substituído:
de compensação bancária que apresentar irregu- a) ampliação de área construída que implique o
laridades de quitação junto ao Serviço de Segu- redimensionamento dos elementos das saídas de
rança Contra Incêndio deve ter seu processo de emergência, tais como tipo e quantidade de esca-
análise interrompido; das, acessos, portas, rampas, lotação e outros;
d) o processo de análise deve ser reiniciado quando b) ampliação de área construída que implique o
a irregularidade for sanada. redimensionamento do sistema hidráulico de
segurança contra incêndio existente, tais como:
5.1.1.5 Prazos de análise
pressão, vazão, potência da bomba de incêndio e
a) o Serviço de segurança contra incêndio tem o reserva de incêndio;
prazo máximo de 30 (trinta) dias para analisar o c) ampliação de área que implique a adoção de nova
Projeto Técnico; medida de segurança contra incêndio (a medida
b) o Projeto Técnico deve ser analisado conforme não era prevista anteriormente);
ordem cronológica de entrada; d) a mudança de ocupação da edificação e áreas
c) a ordem do item anterior pode ser alterada para de risco com ou sem agravamento de risco que
o atendimento das ocupações ou atividades tem- implique a ampliação das medidas de segurança
porárias ou interesse da administração pública, contra incêndio existentes e/ou exigência de
conforme cada caso. nova medida de segurança contra incêndio;
e) a mudança de leiaute da edificação e áreas de
5.1.1.6 Cassação risco que implique a adoção de nova medida de
a) a qualquer tempo o CBPMESP pode anular o segurança ou torne ineficaz a medida de seguran-
Projeto Técnico que não tenha atendido todas ça prevista no Projeto Técnico existente;
as exigências da legislação vigente à época da f ) o aumento da altura da edificação e áreas de
aprovação; risco que implique a adoção de nova medida de
b) o Projeto Técnico anulado deve ser substituído segurança contra incêndio e/ou redimensiona-
por novo Projeto Técnico baseado na legislação mento do sistema hidráulico de segurança contra
vigente à época da elaboração do Projeto Técni- incêndio existente e/ou rotas de fuga;
co anulado; g) sempre que, em decorrência de várias amplia-
c) constatada a inabilitação técnica do responsável ções ou diversas alterações, houver acúmulo de
técnico que atuou no Projeto Técnico para o ato plantas que dificultem a compreensão e o manu-
praticado, ao tempo da aprovação, deve ser pro- seio do Projeto Técnico por parte do Serviço de
cedida a anulação do Projeto Técnico; Segurança contra Incêndio, a decisão para subs-
d) o ato de anulação de Projeto Técnico deve ser tituição do Projeto Técnico cabe ao Comando da
publicado na Imprensa Oficial do Estado; Unidade ou chefe da Divisão de Atividades Técni-
e) o ato de anulação nos setores de segurança cas, em atenção a pedido fundamentado do chefe
contra incêndio dos Grupamentos de Bombei- do Serviço de Segurança Contra Incêndio.
ros do Interior do Estado pode ser publicado na
5.1.1.7.2 Atualização do Projeto Técnico:
imprensa oficial local, onde houver, e nas demais
hipóteses seguir o princípio da publicidade pre- a) é a complementação de informações ou altera-
visto na legislação comum; ções técnicas relativas ao Projeto Técnico apro-

55
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

vado, por meio de documentos encaminhados 5.1.2.3 Apresentação para solicitação de vistoria
ao Serviço de Segurança Contra Incêndio, via
a) o Projeto Técnico Simplificado deve ser apresen-
Formulário para Atendimento Técnico, que ficam
tado por meio de sua pasta na seção de protoco-
apensos ao Projeto Técnico;
lo do Serviço de Segurança contra Incêndio;
b) são aceitas as modificações ou complementações
desde que não se enquadrem nos casos previstos b) o interessado deve comparecer ao Corpo de
no item 5.1.1.7.1– Substituição do Projeto Técnico. Bombeiros com o comprovante de pagamento
do emolumento correspondente;
c) o emolumento dá direito a uma vistoria e um re-
5.1.2 Projeto Técnico Simplificado
torno, caso haja comunicação de irregularidades.
5.1.2.1 Características da edificação e áreas de
5.1.2.4 Condições gerais
risco:
O Projeto Técnico Simplificado é utilizado para apresenta- a) o responsável pela edificação que se enquadre
ção das medidas de segurança contra incêndio das edifica- no presente procedimento poderá obter orien-
ções e áreas de risco com área construída de até 750 m² tações no Serviço de Segurança contra Incêndio
e/ou altura de até 6 m, nas condições abaixo: do Grupamento de Bombeiros quanto à pro-
teção necessária, podendo inclusive apresentar
a) edificação e áreas de risco na qual não se exija plantas para melhores esclarecimentos;
proteção por sistema hidráulico de combate a b) as edificações definidas no item 5.1.1 não podem
incêndio; ser apresentadas, para fins de regularização no
b) edificação que não necessite de proteção de suas CBPMESP, por meio de Projeto Técnico de Baixo
estruturas contra a ação do calor (IT nº 08 – Se-
Risco, Projeto Técnico, Projeto Técnico para Ins-
gurança estrutural nas edificações);
talação e Ocupação Temporária ou Projeto Téc-
c) posto de serviço e abastecimento cuja área cons-
nico para Ocupação Temporária em Edificação
truída não ultrapasse 750 m², excetuada a área de
Permanente.
cobertura exclusiva para atendimento de bomba
de combustível, conforme exigências do Decreto
Estadual nº 46.076/01; 5.1.3 Projeto Técnico de Baixo Risco (PTBR)
d) locais de revenda de gases inflamáveis cuja pro-
teção não exija sistemas fixos de combate a in- 5.1.3.1 Características da edificação e áreas de
cêndio, devendo ser observado os afastamentos risco:
e demais condições de segurança exigidos por O Projeto Técnico de Baixo Risco deve ser utilizado
legislação específica; para apresentação de forma simplificada das medidas de
e) locais com presença de inflamáveis com tanques segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco
ou vasos aéreos cuja proteção não exija siste- descritas abaixo:
mas fixos de combate a incêndio, devendo ser
observado os afastamentos e demais condições a) com área construída acima de 750 m² e inferior ou
de segurança exigidos por legislação específica; igual a 1.500 m², altura inferior ou igual a 12 m e com
g) locais de reunião de público cuja lotação não carga de incêndio inferior ou igual a 300 MJ/m²;
ultrapasse 100 (cem) pessoas e não exija sistema b) divisões F-2, F-3, F-4, F-6, F-8 e F-9 com as seguin-
fixo de combate a incêndio; tes características:
h) não é permitida a apresentação de PTS onde a 1) térrea (com ou sem mezanino);
edificação e áreas de risco haja a necessidade 2) área acima de 750 m² e inferior ou igual a
de comprovação da situação de separação entre 1.500 m²;
edificações e áreas de risco, conforme IT nº 07. 3) caminhamento máximo de 30 m para atingir a
saída;
5.1.2.2 Composição 4) lotação máxima de 1.500 pessoas;
a) pasta do Projeto Técnico em uma via; 5) saídas dimensionadas de acordo com Norma
b) cartão de identificação (Anexo A); ou Lei pertinente;
c) formulário de segurança contra incêndio para 6) portas de saídas de emergência com aberturas
PTS (Anexo C); no sentido de fuga, conforme Norma ou Lei
d) anotação de responsabilidade técnica (ART) do pertinente.
responsável técnico sobre os riscos específicos c) divisão G-3 (garagens e postos de serviço e abas-
existentes na edificação, instalação ou área de tecimento de combustíveis líquidos com tanques
risco, tais como: gases inflamáveis e vasos sob enterrados ou que possuam abastecimento de
pressão entre outros. combustíveis gasosos), cuja área esteja entre 750 m²

56
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

e 1.500 m², excetuada a área de cobertura exclusiva Segurança contra Incêndio deve ter seu processo
para atendimento das bombas de combustível. de análise interrompido;
d) não há necessidade de apresentação do esquema
5.1.3.2 Para todas as edificações, os subsolos devem ser isométrico da rede de hidrantes, memorial de cál-
destinados exclusivamente a estacionamento, sanitários culo e detalhes específicos, sendo apenas neces-
e/ou áreas frias. sária a identificação da capacidade da reserva de
5.1.3.3 Não é permitida a aplicação de PTBR nas edifica- incêndio e das características de pressão e vazão
ções e áreas de risco: da bomba de incêndio no memorial e plantas;
a) que necessitam de proteção de suas estruturas e) as características das demais medidas de seguran-
contra a ação do calor (IT nº 08 – Segurança ça contra incêndio previstas em planta devem ser
estrutural nas edificações); compatíveis com as padronizadas no formulário de
b) destinadas a comercialização, industrialização, segurança contra incêndio para PTBR (Anexo D);
manuseio ou depósito de gases ou líquidos f ) por se tratar de um processo para edificações
inflamáveis/combustíveis com tanques, cilindros de baixo risco, quando atendidas às exigências
ou vasos aéreos ou de superfície; do item 5.1.3.4 (composição), deve ser sempre
c) formadas por conjuntos habitacionais com múlti- aprovado (em primeira análise) e, se necessário,
plos blocos de prédios de apartamentos; o analisador deve emitir as orientações para a
d) onde a rota de fuga (escada) seja do tipo protegi- correta instalação dos sistemas e equipamentos
da enclausurada (EP) ou à prova de fumaça (PF); de segurança contra incêndio, de acordo com
e) pertencentes ao Grupo J com área total construí- formulário específico, conforme Anexo D.
da entre 750 m² e 1500 m²;
f ) quando da solicitação de isenção de alguma me- 5.1.4 Projeto Técnico para Instalação e
dida de segurança contra incêndio e Ocupação Temporária
g) onde necessite comprovar situação de separação
entre edificações e áreas de risco, conforme IT nº 5.1.4.1 Características da instalação
07. Instalações como circos, parques de diversão, feiras de
exposições, feiras agropecuárias, rodeios, shows artísticos,
5.1.3.4 Composição entre outros, devem ser desmontadas e transferidas para
a) pasta do Projeto Técnico em duas vias; outros locais após o prazo máximo de 6 (seis) meses, e
b) cartão de identificação (Anexo A); após este prazo a edificação e áreas de risco passam a ser
c) formulário de segurança contra incêndio para regidas pelas regras do item 5.1.1.
PTBR (Anexo D);
d) planta das medidas de segurança contra incêndio 5.1.4.2 Composição
(Anexo G); a) cartão de identificação, conforme Anexo A;
e) procuração do proprietário, quando este transfe- b) pasta do Projeto Técnico;
rir seu poder de signatário; c) formulário de segurança contra incêndio de Pro-
f ) anotação de responsabilidade técnica (ART) do jeto Técnico, conforme Anexo B;
responsável técnico pela elaboração do Projeto d) procuração do proprietário, quando este trans-
Técnico de Baixo Risco, que deve ser juntada na ferir seu poder de signatário;
via arquivada no Serviço de Segurança contra e) ART do responsável técnico sobre:
Incêndio. 1) lona de cobertura com material específico,
conforme determinado na IT nº 10 para ocu-
5.1.3.5 Apresentação do PTBR para avaliação
pação com lotação superior a 100 pessoas;
junto ao CBPMESP
2) arquibancadas e arenas desmontáveis;
a) o PTBR deve ser apresentado na seção de pro- 3) brinquedos de parques de diversão;
tocolo do Serviço de Segurança contra Incêndio 4) palcos;
do CBPMESP em no mínimo duas vias e no má- 5) armações de circos;
ximo três vias; 6) instalações elétricas;
b) o interessado deve comparecer ao CBPMESP 7) outras montagens mecânicas ou eletroeletrô-
com o comprovante de pagamento dos emolu- nicas;
mentos referentes ao serviço de análise; 8) grupo motogerador.
c) o pagamento dos emolumentos realizado atra- f ) Planta das medidas de segurança contra incêndio
vés de compensação bancária que apresentar ou planta de instalação e ocupação temporária, a
irregularidades de quitação junto ao Serviço de critério do interessado.

57
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

5.1.4.3 Planta de instalação e ocupação g) nos demais municípios, em cada vez que for
temporária montada a instalação ou ocupação, não há ne-
cessidade de se refazer a documentação, exceto
A planta deve conter:
o cartão de identificação, o formulário de segu-
a) toda a área contendo as cotas de todos os pe-
rança contra incêndio e a ART. Esses documentos,
rímetros, áreas e larguras das saídas em escala
juntamente com a pasta, devem ser apresentados
padronizada;
no Serviço de Segurança contra Incêndio, onde
b) lotação da edificação e áreas de risco;
devem ser conferidos e liberados para a realiza-
c) a indicação de todas as dependências, áreas de
ção da vistoria;
risco, arquibancadas, arenas e outras áreas desti-
h) a pasta deve ser devolvida ao interessado que
nadas a permanência de público, instalações, equi-
deve apresentá-la ao vistoriador quando da reali-
pamentos, brinquedos de parques de diversões,
zação da vistoria no local;
palcos, centrais de gases inflamáveis, enfim, tudo
i) devido à peculiaridade do tipo de instalação ou
o que for fisicamente instalado, sempre com a
ocupação, o Serviço de Segurança Contra Incên-
identificação das medidas da respectiva área;
dio pode declinar do princípio da cronologia e
d) os símbolos gráficos dos sistemas e equipamen-
realizar a análise no menor prazo possível.
tos de segurança contra incêndio conforme IT
04 - Símbolos gráficos para projeto de segurança
contra incêndio; 5.1.5 Projeto Técnico de Ocupação
e) a apresentação em folha tamanho até A1, à caneta Temporária em Edificação Permanente
ou por meios digitais, assinada pelo proprietário É o procedimento adotado para evento temporário em
e responsável técnico. edificação e áreas de risco permanente e deve atender às
seguintes exigências:
5.1.4.4 Apresentação para avaliação junto ao a) o evento temporário deve possuir o prazo máxi-
CBPMESP mo de 6 (seis) meses de duração;
a) o Projeto Técnico deve ser apresentado na seção b) a edificação e áreas de risco permanente deve
de protocolo do Serviço de Segurança contra atender às medidas de segurança contra incên-
Incêndio do Corpo de Bombeiros, em duas vias; dio previstas no Decreto Estadual nº 46.076/01,
b) a pasta contendo a documentação deve ser for- juntamente com as exigências para a atividade
mada quando do início das atividades ou quando temporária que se pretende nela desenvolver;
da primeira vez que houver presença no Estado c) a edificação e áreas de risco permanente deve
de São Paulo. Isso se fará diante do Serviço de Se- estar devidamente regularizada junto ao CBP-
gurança contra Incêndio do Corpo de Bombeiros MESP;
com atribuições no município; d) se for acrescida uma instalação temporária em
c) nesta primeira ocasião, o Serviço de Segurança área externa junto da edificação e áreas de risco
Contra Incêndio deve orientar o interessado permanente, esta instalação deve ser regularizada
sobre todas as condições de segurança contra de acordo com o item 5.1.1;
incêndio exigidas, bem como, a respectiva docu- e) se no interior da edificação e áreas de risco
mentação necessária; permanente for acrescida instalação temporária,
d) completada a orientação, todos os documentos tais como boxe, estande, entre outros, prevalece
devem receber carimbo padrão de aprovação, a proteção da edificação e áreas de risco per-
sendo que uma das pastas deve ser devolvida ao manente desde que atenda aos requisitos para a
interessado e a outra pasta deve ficar arquivada atividade em questão.
no Serviço de Segurança Contra Incêndio do
5.1.5.1 Composição
município de origem;
e) a pasta do interessado deve acompanhar a ins- Conforme seções 5.1.1.2 e/ou 5.1.4.2.
talação ou a ocupação em todo o Estado de
São Paulo e deve ser apresentada no Serviço de 5.1.5.2 Apresentação do procedimento para
Segurança Contra Incêndio do Corpo de Bom- avaliação junto ao CBPMESP
beiros da localidade, em toda solicitação de nova Conforme seções 5.1.1.3 ou 5.1.4.4.
vistoria;
f ) depois de instalada toda a proteção exigida deve
5.1.6 Disposições gerais para apresentação
ser realizada a vistoria e emitido o respectivo
de Projeto Técnico
Auto de Vistoria, caso não haja irregularidades,
com validade somente para o endereço onde es- a) cada medida de segurança contra incêndio deve
teja localizada a instalação na época da vistoria; ser dimensionada conforme o critério existente

58
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

em uma única norma, vedando o uso de mais de m) a apresentação de Projeto Técnico ao Serviço
um texto normativo para uma mesma medida de de Segurança Contra Incêndio, enquadrado na
segurança contra incêndio; tabela 4 do Decreto Estadual nº 46.076/01, deve
b) é permitido o uso de norma estrangeira quando seguir os critérios de apresentação estabelecidos
o sistema de segurança estabelecido oferecer nesta Instrução Técnica;
melhor nível de segurança; n) o pagamento do emolumento de análise dá
c) se o responsável técnico fizer uso de norma es- direito a realização de quantas análises forem
trangeira, deverá apresentá-la obrigatoriamente necessárias dentro do período de um ano a con-
anexada ao Projeto Técnico no ato de sua entre- tar da data de emissão do primeiro relatório de
ga para análise; irregularidades;
d) a norma estrangeira deve ser apresentada sem- o) Nos casos de extravio do protocolo de análise, o
pre em seu texto total e traduzida para a língua responsável técnico, proprietário ou responsável
portuguesa, por um de tradutor juramentado; pelo uso deve encaminhar uma solicitação por
e) a medida de segurança contra incêndio não exi- escrito ou Formulário para Atendimento Técnico
gida ou dimensionada acima dos parâmetros nor- (FAT) ao Serviço de Segurança contra Incêndio,
matizados deve ser orientada por escrito, pelo esclarecendo o fato ocorrido.
analista, ao proprietário ou responsável pelo uso,
quanto a não obrigatoriedade daquela medida ou 5.2 Procedimentos de vistoria
parte dela;
f) devem ser adotados todos os modelos de do- 5.2.1 Solicitação de vistoria
cumentos exemplificados nas Instruções Téc- 5.2.1.1 A vistoria do Serviço de Segurança contra Incên-
nicas para apresentação nos Projetos Técnicos, dio do CBPMESP na edificação e áreas de risco é realizada
porém, é permitida a fotocópia e a reprodução mediante solicitação do proprietário, responsável pelo
por meios eletrônicos, dispensando símbolos e uso ou responsável técnico com a apresentação dos do-
brasões neles contidos; cumentos constantes do item 5.2.5.
g) todas as páginas dos documentos onde não haja
campo para assinatura devem ser rubricadas pelo 5.2.1.2 Qualquer pessoa munida dos documentos pré-
responsável técnico e proprietário ou responsá- estabelecidos pode protocolar a solicitação de vistoria da
vel pelo uso; edificação e áreas de risco.
h) quando for emitido relatório de irregularidades
5.2.1.3 O interessado solicita o pedido de vistoria na
constatadas na análise do Projeto Técnico pelo seção de protocolo do Serviço de Segurança contra In-
Serviço de Segurança contra Incêndio, o interes- cêndio do Corpo de Bombeiros indicando o número do
sado deve encaminhar resposta circunstanciada, último Projeto Técnico aprovado.
por meio de carta resposta sobre os itens emiti-
dos, esclarecendo as providências adotadas para 5.2.1.4 Caso o interessado não saiba informar o número
que o Projeto Técnico possa ser reanalisado pelo do Projeto Técnico, o Serviço de Segurança contra Incên-
Serviço de Segurança contra Incêndio até a sua dio deve realizar a pesquisa pelo endereço.
aprovação final;
i) quando houver a discordância do interessado em 5.2.1.5 É facultativa a assinatura da ART pelo contratante
(proprietário ou responsável pelo uso) e obrigatória pelo
relação aos itens emitidos pelo Serviço de Segu-
responsável técnico.
rança Contra Incêndio e esgotadas as argumen-
tações técnicas na fase de análise, o interessado 5.2.1.6 Podem ser apresentadas cópias dos documentos
pode solicitar recurso em Comissão Técnica, especificados nos itens 5.2.5.1.
conforme item 5.5;
j) a edificação e áreas de risco com área de cons- 5.2.1.7 Deve ser recolhido o emolumento junto a ins-
trução inferior a 100 m2, com saída direta para tituição bancária estadual autorizada de acordo com a
a via pública, é dispensável da apresentação de área construída especificada no Projeto Técnico a ser
Projeto Técnico junto ao Corpo de Bombeiros, vistoriado.
exceto os locais de reunião de público e locais
5.2.1.8 O pagamento dos emolumentos realizado através
que contenham a presença de produtos perigo-
de compensação bancária que apresentar irregularidades
sos, inflamáveis e/ou fogos de artifício; de quitação junto ao Serviço de Segurança contra Incên-
l) o Serviço de Segurança Contra Incêndio deve dio deve ter seu processo de vistoria interrompido.
orientar o interessado para cumprimento das
disposições do Decreto Estadual nº 46.076/01 5.2.1.9 O processo de vistoria deve ser reiniciado quando
no caso da letra anterior); a irregularidade for sanada.

59
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

5.2.1.10 Para a solicitação de vistoria de área parcial- 5.2.2 Durante a vistoria


mente construída deve ser encaminhado ao Serviço de
5.2.2.1 O responsável pela edificação e áreas de risco a
Segurança contra Incêndio uma solicitação por escrito
ser vistoriada deve prover de pessoa habilitada com co-
ou através de Formulário para Atendimento Técnico,
nhecimento do funcionamento das medidas de segurança
especificando a área a ser vistoriada.
contra incêndio para que possa manuseá-los quando da
5.2.1.11 O pagamento do emolumento para área par- realização da vistoria.
cialmente construída será correspondente a área soli-
5.2.2.2 Se durante a realização de vistoria for constatada
citada.
uma ou mais das alterações constantes do item 5.1.1.7.1,
5.2.1.12 É permitida a vistoria para áreas parcialmente tal fato deve implicar a apresentação de novo Projeto
construídas, desde que atendam aos critérios de risco Técnico.
isolado previstos na IT nº 07 - Separação entre edifica-
ções ou as áreas em construção estejam protegidas con- 5.2.2.3 Se durante a realização de vistoria for constatada
forme tabela 6.M.4 do Decreto Estadual nº 46.076/01. uma ou mais das alterações constantes do item 5.1.1.7.2,
tal fato deve implicar a atualização do Projeto Técnico.
5.2.1.13 Quando um Projeto Técnico englobar várias
edificações que atendam aos critérios de risco isolado e 5.2.2.4 Nos casos de Projeto Técnico regido por legisla-
que possuam medidas de segurança contra incêndio ins- ção anterior a 11/3/1983, quando constatado em vistoria
taladas e independentes, e que não haja vínculo funcional a existência de medidas de segurança contra incêndio
ou produtivo, deve ser permitida a vistoria para áreas instaladas na edificação e áreas de risco que não estejam
parciais desde que haja condição, de acesso às viaturas previstas no Projeto Técnico original e que seja possível
do Corpo de Bombeiros e às respectivas guarnições, tais avaliar no local, que atendam às exigências de segurança
como condomínio de edifícios residenciais, condomínio contra incêndio vigentes à época, deve ser emitido o Auto
de edifícios comerciais, condomínio de edifícios de es- de Vistoria mediante a apresentação de termo de com-
critórios, condomínio de edifícios industriais e condomí- promisso do proprietário, conforme Anexo N, para apre-
nios de depósitos. sentação de novo Projeto Técnico atualizado de acordo
com a tabela 4 do Decreto Estadual nº 46.076/01.
5.2.1.14 Quando da vistoria em edificação e áreas de
risco que possua critério de isolamento através de pa- 5.2.2.5 No caso do item anterior, quando constatado
rede corta-fogo de isolamento de risco, a vistoria deve em vistoria que as medidas de segurança contra incêndio
ser executada nos ambientes que delimitam a parede instaladas conforme o Projeto Técnico não atendem as
corta-fogo de isolamento de risco no mesmo lote e que exigências de segurança contra incêndio vigentes à época,
tenham medidas de segurança contra incêndio indepen- deve ser emitido o relatório de vistoria ao interessado
dentes. comunicando as irregularidades. Neste caso não será
emitido o Auto de Vistoria até o atendimento dos itens
5.2.1.15 Após o pagamento do respectivo emolumento, pendentes.
o CBPMESP deve fornecer um protocolo de acompanha-
mento da vistoria que contenha um número seqüencial 5.2.2.6 O Projeto Técnico aprovado anteriormente a
de entrada. 15/12/1993 e que foi substituído por iniciativa do interes-
sado somente para regularizar em planta as medidas de
5.2.1.16 Deve ser observado pelo Serviço de Segurança segurança contra incêndio que não constavam do Projeto
Contra Incêndio a ordem cronológica do número se- Técnico anterior, deve ser substituído caso não atenda às
qüencial de entrada para a realização da vistoria. condições de segurança previstas no Decreto Estadual nº
20.811/83 (vigente à época). Neste caso não será emitido
5.2.1.17 Devido à peculiaridade do tipo de instalação ou
o Auto de Vistoria.
ocupação, o Serviço de Segurança contra Incêndio deve
declinar do princípio da cronologia e realizar a vistoria 5.2.2.7 Quando constatado em vistoria que o Projeto
do Projeto Técnico para Instalações e Ocupações Tem- Técnico possui alguma irregularidade passível de cassa-
porárias e do Projeto Técnico de Ocupação Temporária
ção, o vistoriador deve encaminhar o Projeto Técnico
em Edificação Permanente no menor prazo possível.
ao Serviço de Segurança contra Incêndio, onde deve ser
5.2.1.18 Para solicitação de vistorias, referentes ao Pro- submetido à reanálise.
jeto Técnico para Instalações e Ocupações Temporárias
e do Projeto Técnico de Ocupação Temporária em Edifi- 5.2.2.8 A irregularidade ou a aprovação da vistoria deve
cação Permanente, o interessado deve solicitar a vistoria ser anotada no relatório de vistoria, que deve ser deixa-
com antecedência mínima de 10 dias antes da realização do pelo vistoriador na edificação e áreas de risco com o
do evento. acompanhante.

60
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

5.2.2.9 Quando ocorrer a necessidade do primeiro re- o nome de um profissional, obedecida a ordem alfabética,
torno da vistoria na edificação e áreas de risco devido seguido do termo “e outros”.
às irregularidades constatadas em vistoria anterior, o
5.2.3.4 A retirada do AVCB no protocolo do Serviço de
interessado deve apresentar na seção de protocolo o
Segurança Contra Incêndio só é permitida com a apresen-
último relatório de vistoria (original ou cópia) emitido
tação do respectivo protocolo de vistoria.
pelo vistoriador ou solicitar através de correio eletrônico
ou por meio de sistema informatizado desenvolvido para 5.2.3.5 Nos casos de extravio do protocolo da vistoria, o
esta finalidade. responsável técnico, proprietário ou responsável pelo uso
deve encaminhar uma solicitação por escrito ou Formulá-
5.2.2.10 Caso a solicitação do retorno de vistoria seja rio para Atendimento Técnico (FAT) ao Serviço de Segu-
realizada diretamente no Serviço de Segurança Contra rança Contra Incêndio, esclarecendo o fato ocorrido.
Incêndio, com a apresentação do relatório de irregulari-
dades da vistoria (original ou cópia) ou o protocolo de 5.2.3.6 Nos casos de extravio da primeira via do AVCB,
desde que o prazo de validade não tenha expirado, deve
vistoria, estes devem ser carimbados pelo Serviço de Se-
o proprietário ou responsável pelo uso encaminhar uma
gurança, comprovando a solicitação de nova vistoria.
solicitação por escrito ou FAT ao Serviço de Segurança
5.2.2.11 O responsável apresentará suas argumentações Contra Incêndio esclarecendo o motivo do pedido, onde
por meio do Formulário para Atendimento Técnico, de- o respectivo Serviço de Segurança deve emitir a fotocópia
vidamente fundamentadas nas referências normativas, com autenticação do Corpo de Bombeiros.
quando houver discordância do relatório emitido pelo 5.2.3.7 A via original do AVCB deve ser devolvida ao
vistoriador ou havendo necessidade de regularização de Serviço de Segurança Contra Incêndio quando houver a
alguma pendência. necessidade de reemissão por mudança de dados apre-
sentados erroneamente pelo interessado
5.2.2.12 As medidas de segurança contra incêndios instala-
dos na edificação e áreas de risco e não previstas no Projeto 5.2.3.8 O AVCB somente pode ser emitido para edifi-
Técnico podem ser aceitos como medidas adicionais de se- cação e áreas de risco que tenha todas as medidas de
gurança, desde que não interfiram na cobertura das medidas segurança contra incêndio instaladas e em funcionamento,
originalmente previstas no Projeto Técnico.Tais medidas não de acordo com o Projeto Técnico aprovado.
precisam seguir os parâmetros previstos em normas, porém,
5.2.3.9 Após a emissão do AVCB para a edificação e áreas
se não for possível avaliar no local da vistoria a interferência de risco o responsável pelo uso e/ou proprietário deve
da medida de proteção adicional, o interessado deve esclare- manter o AVCB original ou cópia na entrada da edificação
cer posteriormente por meio de Formulário de Atendimen- e áreas de risco em local visível ao público.
to Técnico (FAT) a medida adotada para avaliação no Serviço
de Segurança Contra Incêndio. 5.2.3.10 Quando houver edificação e áreas de risco onde
seja solicitado a emissão de AVCB para áreas construídas
5.2.2.13 Em local de reunião de público, o responsável e endereços distintos, dentro do mesmo Projeto Técnico,
pelo uso e/ou proprietário deve manter, na entrada da podem ser emitidos os AVCB para as respectivas áreas.
edificação e áreas de risco, uma placa indicativa contendo
5.2.3.11 Os AVCB devem ser emitidos especificando a
a lotação máxima permitida.
área total aprovada no Projeto Técnico e a área parcial
referente a subdivisão de área requerida.
5.2.3 Emissão do Auto de Vistoria do
CBPMESP
5.2.4 Cassação do Auto de Vistoria do
5.2.3.1 Após a realização da vistoria na edificação e áre- CBPMESP
as de risco e aprovação pelo vistoriador, deve ser emitido
5.2.4.1 Quando constatado pelo CBPMESP que ocor-
pelo Serviço de Segurança Contra Incêndio o respectivo
Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). reram alterações prejudiciais nas medidas de segurança
contra incêndio da edificação e áreas de risco que possua
5.2.3.2 O responsável técnico que deve ter seu nome AVCB com prazo de validade em vigência, deve ser ins-
incluso no Auto de Vistoria deve ser o profissional que taurado o procedimento administrativo pelo Serviço de
se responsabilizou pela emissão da ART das medidas de Segurança Contra Incêndio, verificando a necessidade ou
segurança contra incêndio. não da cassação do AVCB.

5.2.3.3 Quando houver mais de um responsável técnico 5.2.4.2 Para a avaliação da irregularidade constatada na
pelas medidas de segurança contra incêndios existentes instalação ou funcionamento da medida de segurança con-
na edificação e áreas de risco, apenas é incluído no AVCB tra incêndio deve ser levado em consideração a possibili-

61
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

dade da reparação imediata e ininterrupta pelo proprietá- ser emitida para os serviços específicos de instalação e/ou
rio ou responsável pelo uso, respeitando a complexidade manutenção das medidas de segurança contra incêndio
da medida de segurança. previstas na edificação e áreas de risco.

5.2.4.3 Verificado que o proprietário e/ou responsável 5.2.5.1.2 A Anotação de Responsabilidade Técnica de
pelo uso da edificação e áreas de risco não tomou as pro- instalação é exigida quando da solicitação da primeira
vidências necessárias para a reparação da irregularidade, o vistoria da edificação e áreas de risco.
Serviço de Segurança contra Incêndio deve emitir ofício
ao interessado informando a cassação do AVCB. 5.2.5.1.3 A Anotação de Responsabilidade Técnica de
manutenção é exigida quando da renovação do Auto de
5.2.4.4 O proprietário ou responsável pelo uso poderá Vistoria do Corpo de Bombeiros.
recorrer do ato de cassação por meio de recurso junto
ao Serviço de Segurança contra Incêndio do Corpo de 5.2.5.1.4 Pode ser emitida uma única ART, quando
Bombeiros. houver apenas um responsável técnico pelas medidas de
segurança contra incêndio instaladas.
5.2.4.5 Constatadas as alterações nas medidas de se-
gurança contra incêndio, previstas no Projeto Técnico 5.2.5.1.5 Podem ser emitidas várias ART desmembradas
aprovado de acordo com a legislação pertinente, que ve- com as respectivas responsabilidades por medidas especí-
nham a diminuir as condições de segurança da edificação ficas, quando houver mais de um responsável técnico pelas
e áreas de risco e que não foram sanadas no prazo estipu- medidas de segurança contra incêndio instaladas.
lado pelo Serviço de Segurança contra Incêndio, deve ser
providenciada a cassação do AVCB, publicando o ato no 5.2.5.2 Atestado de brigada contra incêndio
Diário Oficial do Estado, na imprensa local ou outros. Documento que atesta que os ocupantes da edificação re-
ceberam treinamentos teóricos e práticos de prevenção e
5.2.4.6 A Prefeitura e o Ministério Público devem ser
combate a incêndio.
informados, por ofício, sobre o ato de cassação do AVCB,
após a conclusão do procedimento.
5.2.5.3 Plano de intervenção de incêndio (quando
da renovação do AVCB)
5.2.5 Documentos necessários para a solicitação
de vistoria de acordo com o risco e/ou medida de Plano estabelecido em função dos riscos da edificação e
segurança existente na edificação e áreas de risco áreas de risco para definir a melhor utilização dos recur-
sos materiais e humanos em uma situação de emergência.
5.2.5.1 Anotação de Responsabilidade Técnica:
a) de instalação e/ou de manutenção das medi- 5.2.5.4 Termo de responsabilidade das saídas de
das de segurança contra incêndio (hidrantes e emergência
mangotinhos, iluminação de emergência, alarme Documento que atesta que as portas de saídas de emer-
de incêndio, extintores, saídas de emergência, gência da edificação estão instaladas com sentido de
sinalização de emergência e compartimentação abertura no fluxo da rota de fuga e permanecem abertas
horizontal e vertical; durante a realização do evento.
b) de instalação e/ou de manutenção dos sistemas
de utilização de gases inflamáveis; 5.2.5.5. Atestado de abrangência do grupo
c) de instalação e/ou manutenção do grupo moto- motogerador (GMG)
gerador;
d) de instalação e/ou manutenção do sistema de Documento que contém informações sobre a abrangên-
pressurização da escada de segurança; cia, autonomia e automatização.
e) de instalação e/ou manutenção do revestimento dos
elementos estruturais protegidos contra o fogo; 5.2.5.6. Atestado do emprego de materiais de
f) de inspeção e/ou manutenção de vasos sob pressão; acabamento e revestimento
g) de instalação e/ou de manutenção dos sistemas Documento que atesta o emprego dos materiais de re-
de chuveiros automáticos; vestimento e acabamento existentes, conforme anexo Q
h) de instalação e/ou manutenção do sistema de e tabela A da IT nº 10 - Controle de materiais de acaba-
detecção de incêndio; mento e revestimento.
i) de instalação e/ou manutenção do sistema de
controle de fumaça; 5.2.5.7. Memorial de Segurança contra Incêndio
j) de instalação e/ou manutenção do emprego de das Estruturas
material de acabamento e revestimento.
Memorial descritivo dos cálculos realizados para dimen-
5.2.5.1.1 A Anotação de Responsabilidade Técnica deve sionamento dos revestimentos das estruturas contra ação

62
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

do calor e outros conforme IT nº 08 - Segurança estrutu- encaminhadas por meio de Formulário para Atendimento
ral nas edificações. Técnico juntamente com cópias de documentos autenti-
cadas que comprovem o teor da solicitação.
5.2.6 Modelos 5.2.8.3 O interessado deve comparecer na Unidade do
1.1.1.1 Atestado de brigada contra incêndio (anexo L). CBPMESP com atribuição no município onde se localiza a
edificação e áreas de risco com o comprovante do paga-
1.1.1.2 Termo de responsabilidade das saídas de emer- mento do emolumento referente ao serviço de vistoria.
gência (Anexo O).
5.2.8.4 O pagamento do emolumento de vistoria dá
1.1.1.3 Atestado de abrangência do grupo motogerador direito a realização de uma vistoria e de um retorno
(Anexo P). de vistoria, caso sejam constatadas irregularidades pelo
vistoriador.
1.1.1.4 Atestado do emprego de materiais de acaba-
5.2.8.5 O prazo máximo para realização de vistoria pelo
mento e revestimento (Anexo Q).
Serviço de Segurança contra Incêndio é de 30 (trinta) dias.
1.1.1.5 Memorial de segurança contra incêndio das es-
5.2.8.6 O prazo máximo para solicitação de retorno de
truturas (Anexo S) vistoria é de 6 (seis) meses a contar da data de emissão
do relatório de vistoria apontando as irregularidades. Após
5.2.7 Prazos de auto de vistoria este prazo é exigido o recolhimento de novo emolumento.
5.2.7.1 O AVCB terá prazo de validade de 3 (três) anos. 5.2.8.7 Não deve ser recolhido novo emolumento, quan-
do o retorno de vistoria for provocado pelo Serviço de
5.2.7.2 Para a edificação e áreas de risco cuja ocupação
Segurança contra Incêndio.
seja de local de reunião de público, o AVCB deve ter prazo
de validade de 2 (dois) anos. 5.2.8.8 Ficam dispensados do pagamento de emolumentos:

5.2.7.3 Para edificação e áreas de risco que esteja deso- a) órgão da administração pública direta (municipal,
cupada e que não possa ser fornecido o Atestado de Bri- estadual e federal);
gada contra incêndios, o AVCB deve ter prazo de validade b) entidade filantrópica declarada oficialmente
de 1 (um) ano. como de utilidade pública (asilo, creche, entre
outros);
5.2.7.4 Para Projeto Técnico de Instalação e Ocupação c) outros que as legislações determinarem.
Temporária e Projeto Técnico de Ocupação Temporária em
5.2.8.9 As entidades citadas no item 5.2.8.8 ficam dis-
Edificação Permanente, o prazo de validade do AVCB deve
pensadas de pagamento de emolumentos, devendo en-
ser para o período da realização do evento, não podendo caminhar o pedido por escrito ao Corpo de Bombeiros
ultrapassar o prazo máximo de 6 (seis) meses e só deve ser solicitando tal dispensa.
válido para o endereço onde foi efetuada a vistoria.
5.2.8.10 O proprietário e/ou responsável pelo uso da
5.2.7.5 Quando houver a necessidade de cancelar o edificação e áreas de risco é responsável pela manutenção
AVCB emitido para retificação de dados, o prazo de vali- e funcionamento das medidas de segurança contra incên-
dade do novo AVCB deve se restringir ao mesmo período dio sob pena de cassação do AVCB, conforme previsto no
de validade emitido no AVCB cancelado, mediante devolu- art. 18 do Decreto Estadual nº 46.076/01.
ção do AVCB original.
5.3 Formulário para atendimento
5.2.7.6 Para edificação e áreas de risco com ocupação
técnico
mista, onde haja local de reunião de público, cuja lotação
seja superior a 100 pessoas, o prazo de validade do AVCB 5.3.1 O Formulário para Atendimento
é de 2 (dois) anos. Técnico deve ser utilizado nos seguintes
casos:
5.2.8 Disposições gerais da vistoria a) para solicitação de substituição e retificação do
5.2.8.1 Para renovação do AVCB, o responsável deve so- AVCB;
licitar nova vistoria ao Corpo de Bombeiros. b) para solicitação de retificação de dados do Pro-
jeto Técnico;
5.2.8.2 As alterações de dados referentes ao Projeto c) para esclarecimento de dúvida quanto a procedi-
Técnico, que não impliquem a substituição, devem ser mentos administrativos e técnicos;

63
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

d) para solicitação de revisão de ato praticado pelo 5.4.2 Prazo de solicitação de vistoria por
Serviço de Segurança Contra Incêndio (relató- autoridade pública
rios de vistorias);
e) para atualização de Projeto Técnico; A contar da data de entrada do ofício no Serviço de Segu-
f ) outras situações a critério do Serviço de Segu- rança Contra Incêndio do CBPMESP, a administração deve
rança contra Incêndio.
responder nos prazos legais das requisições e as demais
5.3.1.1 O interessado quando do preenchimento do For- solicitações em 30 (trinta) dias.
mulário para Atendimento Técnico deve propor questão
específica sobre a aplicação da legislação, ficando vedado
5.5 Comissão Técnica
as perguntas genéricas que deixem a cargo do Serviço
de Segurança contra Incêndio quanto à busca da solução 5.5.1 A Comissão Técnica do CBPMESP é o instrumento
específica. administrativo em grau de recurso que funciona como
instância superior de decisão de assunto relacionado ao
5.3.1.2 Durante a fase de análise do Projeto Técnico, Serviço de Segurança Contra Incêndio.
quando da necessidade de responder ao Serviço de Se-
gurança contra Incêndio sobre qualquer irregularidade ou 5.5.2 A Comissão Técnica é utilizável nas fases de análise,
dúvida, a comunicação deve ser feita por carta resposta, vistoria ou quando há necessidade de estudo de casos es-
anexada no interior do Projeto Técnico. peciais como forma de garantir ao interessado a manuten-
ção de exigências de futuro Projeto Técnico, a exemplo de:
5.3.2 Apresentação a) solicitação de isenção de medidas de segurança
A solicitação do interessado pode ser feita conforme contra incêndio;
Anexo J ou modelo semelhante confeccionado com re- b) utilização de normas internacionais;
cursos da informática, datilografado ou manuscrito com c) utilização de novos sistemas construtivos ou de
letra de forma legível, em três vias, e pode ser acompanha- novos conceitos de medidas de segurança contra
do de documentos que elucidem a dúvida ou comprovem incêndio;
os argumentos apresentados. d) casos em que o Serviço de Segurança Contra
Incêndio não possua os instrumentos adequados
5.3.3 Competência para a avaliação em análise e/ou vistoria.
Podem fazer uso do presente instrumento o proprietário,
seu procurador ou o responsável técnico. 5.5.3 Competência e procedimentos para
impetrar a Comissão Técnica
5.3.4 Prazo do FAT
5.3.4.1 A contar da data do protocolo, o Serviço de Segu- 5.5.3.1 O proprietário ou responsável pelo uso, ou seu
rança contra Incêndio deve responder no prazo máximo procurador, ou o responsável técnico pode recorrer por
de 10 (dez) dias úteis, respeitando a ordem cronológica de meio de Comissão Técnica.
entrada do pedido.
5.5.3.2 O pedido de instauração de Comissão Técnica de
5.3.4.2 Em caso do FAT ser encaminhado para instância Primeira ou Última Instância deve ser apresentado no Ser-
superior, o prazo para resposta fica prorrogado para 30 viço de Segurança Contra Incêndio no prazo 60 (sessenta)
(trinta) dias. dias a contar da data em que tomarem conhecimento da
decisão da qual pretendem recorrer, conforme art. 14, § 2º
5.4 Solicitação de vistoria por autoridade do Decreto Estadual nº 46.076/01.
pública
5.5.4 A Comissão Técnica funciona em duas
A solicitação de vistoria pode ser encaminhada ao
instâncias:
CBPMESP por autoridade da administração pública, via
ofício, desde que tenha competência legal para tal. a) Comissão Técnica de Primeira Instância;
b) Comissão Técnica de Última Instância.
5.4.1 Apresentação
5.5.4.1 Comissão Técnica de primeira instância;
A solicitação de vistoria pode ser feita via ofício com tim-
bre do órgão público, contendo endereço da edificação e É a comissão composta por 3 (três) Oficiais do CBPMESP,
áreas de risco, endereço e telefone do órgão solicitante, sendo um Oficial Intermediário e dois Oficiais Subalter-
motivação do pedido e identificação do funcionário públi- nos, que tem a finalidade de julgar o primeiro recurso no
co signatário. âmbito de atribuição do Grupamento de Bombeiros.

64
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

5.5.4.2 Comissão Técnica de última instância 5.5.4.9 O responsável técnico da Comissão Técnica pode
ser substituído durante o seu andamento, desde que seja
É a comissão composta por 1 (um) oficial superior e 2
comprovada a anuência do proprietário e/ou responsável
(dois) oficiais intermediários do CBPMESP, que tem a fi-
pelo uso e acompanhada da respectiva anotação de res-
nalidade de julgar o recurso sobre decisão da Comissão
ponsabilidade técnica (ART).
Técnica de primeira instância no âmbito de atribuição do
CBPMESP. 5.5.4.10 A Comissão Técnica pode solicitar, além do
levantamento fotográfico, documentos complementares
5.5.4.3 A Comissão Técnica inicia-se com a apresentação
diversos para seu convencimento.
do requerimento de Comissão Técnica (Anexo M).

5.5.4.4 Quando se solicita a análise do Projeto Técnico 5.5.4.11 O resultado da Comissão Técnica deve ser pu-
em Comissão Técnica, deve ser pago novo emolumento, blicado em Diário Oficial do Estado ou, seguindo o princí-
cujo valor é igual ao critério adotado para a análise do pio da publicidade, na imprensa regional ou outros.
Projeto Técnico. 5.5.4.12 O prazo para solução de uma Comissão Técnica
5.5.4.4.1 Quando a Comissão Técnica for apresentada por não poderá ser superior a:
exigência específica do Decreto Estadual nº 46.076/01 e/ou a) 60 (sessenta) dias, para Comissão Técnica de Pri-
Instruções Técnicas não pode ser cobrado emolumento, meira Instância;
sendo necessário que seja apresentado preliminarmente b) 60 (sessenta) dias, para Comissão Técnica de Úl-
o Projeto Técnico para avaliação do Serviço de Segurança tima Instância.
contra Incêndio.
5.5.5 Requerimento de Comissão Técnica
5.5.4.5 Dado início a Comissão Técnica, cessa-se o
cômputo de prazo da análise e/ou vistoria, recomeçando É o documento essencial para solicitação de Comissão
a nova contagem após o retorno da documentação ao Técnica que deve conter as informações necessárias para
Serviço de Segurança contra Incêndio. a avaliação, conforme Anexo M.

5.5.4.6 A solicitação de reavaliação da solução apresenta- 5.5.5.1 Quando a edificação e áreas de risco não pos-
da pelas diversos níveis de Comissão Técnica, não acarreta suir Projeto Técnico com plantas junto ao Serviço de
novo pagamento de emolumento. Segurança contra Incêndio, deverá ser apresentado no
requerimento de Comissão Técnica as informações sobre
5.5.4.7 Toda e qualquer solicitação de Comissão Técnica, a proteção ativa e passiva exigidas pelo Decreto Estadual
deve possuir a assinatura do proprietário ou responsável nº 46.076/01, bem como deverá ser especificado o pro-
pelo uso e do responsável técnico. cesso industrial e qualquer risco específico existente (ex.:
caldeira, alto forno, produtos perigosos etc).
5.5.4.8 Podem ser signatários diversos responsáveis téc-
nicos em cada nível da Comissão Técnica, desde que seja 5.5.5.2 No caso do subitem 5.5.5.1, pode também ser
comprovada a anuência do proprietário e/ou responsável apresentado um croqui, fotos ou mesmo planta para me-
pelo uso. lhor elucidação do pedido.

65
66
VISTORIAS RETIRADA DO PROJETO

Rua:
Bairro:
Protocolo nº data ___/___/___ Atendente APRO-
COMUNICADO

Ocupação:
VADO
Vistoriante: data ___/___/___ Parecer

Aprovado em

____/____/____
Em
Em
Em
Em
Protocolo nº data ___/___/___ Atendente

Áreas - Existente:
Técnico Responsável:

__/__/__
Vistoriante: data ___/___/___ Parecer

__/__/__
__/__/__
__/__/__
Protocolo nº data ___/___/___ Atendente

Vistoriante: data ___/___/___ Parecer

Nome:
Nome:
Nome:
Nome:
Proprietário ou responsável p/ uso:
Instrução Técnica nº 01/2004 -

Protocolo nº data ___/___/___ Atendente

Assinatura:
Assinatura:
Assinatura:
Assinatura:
m2

Vistoriante: data ___/___/___ Parecer

Protocolo nº data ___/___/___ Atendente

Vistoriante: data ___/___/___ Parecer


A construir:

Protocolo nº data ___/___/___ Atendente

Oficial Analisador
Vistoriante: data ___/___/___ Parecer
CARTÃO DE IDENTIFICAÇÃO
CORPO DE BOMBEIROS

AVCB

Risco:_________ ( _____MJ/m²)
Município:

Protocolo nº AVCB nº
Em
Procedimentos Administrativos

____________________________________
m2
Crea:

Anexo A - verso
Anexo A - frente

Em ___/___/___ Ch S Vistoria
Protocolista

Reitrado por: Ass.


E-mail:
Total :

RG: Fone:
Projeto Técnico Nº

Protocolo nº AVCB nº
Fone:
Compl.:

Fone:

Em ___/___/___ Ch S Vistoria
_____/_____/________

Reitrado por: Ass.


UF:

RG:
RG:
RG:
RG:

Fone:
Fone:
Fone:
Fone:
m2

RG: Fone:

Protocolo nº AVCB nº
Ch Seç de Análise

Em ___/___/___ Ch S Vistoria

Reitrado por: Ass.


____________________________________

RG: Fone:
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo B – fl. 1/2

Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORPO DE BOMBEIROS

FORMULÁRIO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO DE PROJETO TÉCNICO


1. IDENTIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO E/OU ÁREA DE RISCO
Logradouro Público:
Nº Complemento:
Bairro: Município: UF: SP
Proprietário: e-mail:
Responsável pelo uso: Fone: ( )
Responsável Técnico: CREA: Fone: ( )
Nº do Projeto anterior: Decreto Estadual adotado (nº e ano):
Áreas(m²): Existente A construir: Total:
Detalhes : Altura: m nº de pav.: Ocupação do subsolo:
Uso, divisão e descrição: Risco: MJ/m²
2. ELEMENTOS ESTRUTURAIS
Estrutura portante (concreto, aço, madeira, outros):
Estrutura de sustentação da cobertura (concreto, aço, madeira, outros):
3. FORMA DE APRESENTAÇÃO Protocolo (uso do Corpo de Bombeiros)
Projeto Técnico
Projeto Técnico p/Instalação e Ocupação Temporária
Projeto Técnico para Ocupação Temporária em Edificação Permanente
4. MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
Acesso de viatura do Corpo de Bombeiros Iluminação de emergência
Separação entre edificações Detecção de incêndio
Segurança estrutural nas edificações Alarme de incêndio
Compartimentação horizontal Sinalização de emergência
Compartimentação vertical Extintores
Controle de material de acabamento Hidrantes e mangotinhos
Saídas de emergência Chuveiros automáticos
Elevador de emergência Resfriamento
Controle de fumaça Espuma
Gerenciamento de risco de incêndio Sistema fixo de gases limpos e CO2
Brigada de incêndio Plano de intervenção de incêndio
5. RISCOS ESPECIAIS
Armazenamento de líquidos inflamáveis/combustíveis Fogos de artifício
Gás Liqüefeito de Petróleo Vaso sob pressão (caldeira)
Armazenamento de produtos perigosos Outros (especificar)

_____________________________________ _____________________________________
Ass.: Responsável Técnico Ass.: Proprietário ou Responsável pelo uso

_____________________________________ _____________________________________
Ass.: Analisador Ass.: Chefe do Setor de Análise

67
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo B – fl. 2/2

VISTORIAS
Protocolo nº _______________________ data _____/_____/_______ Atendente ___________________________________

Vistoriante_________________________ data ____/_____/________ Parecer______________________________________

Protocolo nº _______________________ data _____/_____/_______ Atendente ___________________________________

Vistoriante_________________________ data ____/_____/________ Parecer______________________________________

Protocolo nº _______________________ data _____/_____/_______ Atendente ___________________________________

Vistoriante_________________________ data ____/_____/________ Parecer______________________________________

Protocolo nº _______________________ data _____/_____/_______ Atendente ___________________________________

Vistoriante_________________________ data ____/_____/________ Parecer______________________________________

Protocolo nº _______________________ data _____/_____/_______ Atendente ___________________________________

Vistoriante_________________________ data ____/_____/________ Parecer______________________________________

Protocolo nº _______________________ data _____/_____/_______ Atendente ___________________________________

Vistoriante_________________________ data ____/_____/________ Parecer______________________________________

AVCB
Protocolo nº ____________Ch S Vistoria _________________________ AVCB nº _____________ Em ____/____/______

Retirado por: _________________________ RG _________________ Ass. _____________________Fone: _____________

Protocolo nº ____________Ch S Vistoria _________________________ AVCB nº _____________ Em ____/____/______

Retirado por: _________________________ RG _________________ Ass. _____________________Fone: _____________

Protocolo nº ____________Ch S Vistoria _________________________ AVCB nº _____________ Em ____/____/______

Retirado por: _________________________ RG _________________ Ass. _____________________Fone: _____________

FORMULÁRIO PARA ATENDIMENTO TÉCNICO


FAT nº _________________ Data _____/____/_____ Atendente___________________

Resumo da consulta _________________________________________________________________________________

Em ____/_____/_____Parecer__________________________________________ Ch da Seção_____________________

FAT nº _________________ Data _____/____/_____ Atendente___________________

Resumo da consulta _________________________________________________________________________________

Em ____/_____/_____Parecer__________________________________________ Ch da Seção_____________________

FAT nº _________________ Data _____/____/_____ Atendente___________________

Resumo da consulta _________________________________________________________________________________

Em ____/_____/_____Parecer__________________________________________ Ch da Seção_____________________

68
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo C

Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORPO DE BOMBEIROS
FORMULÁRIO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO PARA PTS
1. IDENTIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO E/OU ÁREA DE RISCO
Logradouro Público: Nº Complemento:
Bairro: Município: UF: SP
Proprietário: e-mail: Fone: ( )
Responsável pelo uso: e-mail: Fone: ( )
Áreas(m²): Existente A construir: Total:
Detalhes : Altura: m nº de pav.: Ocupação do subsolo:
Uso, divisão e descrição: Risco: MJ/m²)
2. ELEMENTOS ESTRUTURAIS
Estrutura portante (concreto, aço, madeira, outros):
Estrutura de sustentação da cobertura (concreto, aço, madeira, outros):
3. FORMA DE APRESENTAÇÃO Protocolo (uso do Corpo de Bombeiros)

Projeto Técnico Simplificado


4. MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
Controle de materiais de acabamento Sinalização de emergência
Saídas de emergência Extintores
Iluminação de emergência
5. RISCOS ESPECIAIS
Armazenamento de líquidos inflamáveis/combustíveis Fogos de artifício
Gás Liqüefeito de Petróleo Vaso sob pressão (caldeira)
Armazenamento de produtos perigosos Outros (especificar)

_______________________________________ _____________________________________
Ass.: Proprietário ou Responsável pelo uso Ass.:Vistoriador do Corpo de Bombeiros
VISTORIAS
Protocolo nº _______________________ data _____/_____/_______ Atendente ___________________________________
Vistoriante_________________________ data ____/_____/________ Parecer______________________________________
Protocolo nº _______________________ data _____/_____/_______ Atendente ___________________________________
Vistoriante_________________________ data ____/_____/________ Parecer______________________________________
AVCB
Protocolo nº ____________Ch S Vistoria _________________________ AVCB nº _____________ Em ____/____/______
Retirado por: _________________________ RG _________________ Ass. _____________________Fone: _____________
Protocolo nº ____________Ch S Vistoria _________________________ AVCB nº _____________ Em ____/____/______
Retirado por: _________________________ RG _________________ Ass. _____________________Fone: _____________
FORMULÁRIO PARA ATENDIMENTO TÉCNICO
FAT nº _________________ Data _____/____/_____ Atendente___________________
Resumo da consulta _________________________________________________________________________________
Em ____/_____/_____Parecer__________________________________________ Ch da Seção_____________________
FAT nº _________________ Data _____/____/_____ Atendente___________________
Resumo da consulta _________________________________________________________________________________
Em ____/_____/_____Parecer__________________________________________ Ch da Seção_____________________
69
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo D - fls. 1/3

Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORPO DE BOMBEIROS
FORMULÁRIO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO PARA PTBR
1. IDENTIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO E/OU ÁREA DE RISCO
Logradouro Público: Nº Complemento:
Bairro: Município: e-mail:
Proprietário/Resp. pelo uso:
Responsável Técnico: Crea: Fone: ( )
Áreas(m²): Existente A construir: Total:
Detalhes : Altura: m nº de pav.: Ocupação do subsolo:
Uso, divisão e descrição: Risco baixo: (MJ/m²)
2. ELEMENTOS ESTRUTURAIS
Estrutura portante (concreto, aço, madeira, outros):
Estrutura de sustentação da cobertura (concreto, aço, madeira, outros):
3. FORMA DE APRESENTAÇÃO Protocolo (uso do Corpo de Bombeiros)

Projeto Técnico de Baixo Risco


4. RISCOS ESPECIAIS
Armazenamento de líquidos inflamáveis/combustíveis Vaso sob pressão (caldeira)
5. EXIGÊNCIAS (ver instruções fl. 2/3)
1 Controle de Material de Acabamento e Revestimento: Atende à IT 10? ( ) sim ( ) não
Saídas de Emergência: atende à IT 11? ( ) sim ( ) não
a) Lotação Total:____ pessoas; b) Nº pavimentos:___;
2
c) Lotação no pavimento de maior população:____pessoas;
d) Largura total das saídas da edificação:_____ m; e) Dist. máx. para se atingir uma saída (térreo):___m.
3 Brigada de Incêndio: atende à IT 17? ( ) sim ( ) não
4 Sinalização de emergência: Atende à IT 20? ( ) sim ( ) não
GLP ou GN (IT 28 e IT 29):
a) Há GLP ou GN na edificação? ( ) sim ( ) não;
5 b) Quantidade: ___ cilindros tipo ________
c) Os afastamentos e ventilação da Central atendem às IT 28 e IT 29? ( ) sim ( ) não
d) Há proteção por extintores ( ) sim ( ) não
Extintores: atende à IT 21? ( ) sim ( ) não
Quantidades:
6 a) Água Pressurizada ____; b) CO2 (gás carbônico)____; c) Pó especial________;
d) Extintores sobre rodas: tipo __________ quantidade _____ quantos extintores: _______
Caminhamento máximo: ( ) 25m para risco baixo.
7 Iluminação de Emergência: Atende à IT 18? ( ) sim ( ) não
8 Detecção e Alarme de Incêndio: Atende a IT-19? ( ) sim ( ) não
Hidrantes, conforme IT 22. Tipo 1 - mangotinho ( ) Tipo 2- esguicho 13mm ( )
a) Reserva de incêndio (m³): Tipo 1 = 5m³ ( ) Tipo 2 = 8m³ ( )
9 b) Pressão da BI: 35 mca RI baixa (somente tipo 2) ( ) 20 mca RI elevada ( );
c) Mangueiras / Diâmetro: ___ mm, Comprimento: ____m; d) Esguichos: Tipo1____mm ( ) Tipo2 = 13mm ( )
d) Diâmetro da tubulação: 63 mm ( ) aço carbono ( ) aço galvanizado; 54mm ( ) cobre ( ) aço ( )

_______________________________________ _______________________________________
Ass.: Responsável Técnico Ass.: Proprietário ou Responsável pelo uso

_______________________________________ _______________________________________
Ass.: Analisador Ass.: Chefe do Setor de Análise
70
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo D - fls. 2/3

INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO PARA PTBR


(para edificações e áreas de risco baixo de carga de incêndio até 300 MJ/m²)

ITEM Observação: As exigências padronizadas estão marcadas com asterisco (*)


O controle de materiais nas rotas de fuga deve estar de acordo com a IT 10. O engenheiro responsável deve anexar ates-
1
tado sobre a classe dos materiais, conforme anexo Q. Podem ser anexados também laudos de ensaio dos materiais.
Deve haver barra antipânico para restaurantes com lotação superior a 100 pessoas. Segundo IT 11, Anexo O, admite-se
para igrejas o compromisso de portas abertas em substituição à barra antipânico, conforme O da IT 01. Os corrimãos
2 devem ser contínuos nos patamares, devem ter as extremidades voltadas para parede, altura entre 80 cm e 92 cm, ter
largura entre 38 mm e 63 mm, resistência de carga de 90 kgf verticalmente, ser fixados na parte inferior e com afastamento
mínimo de 4 cm da parede. Para escadas com largura superior a 2,20 m deve haver corrimão intermediário.
Anexar Atestado de Brigada de Incêndio, conforme anexo L e segundo a IT 17 (somente para área construída maior de
3
750m² ).
4 A sinalização dos equipamentos e das rotas de fuga devem estar de acordo com a IT 20.
5 Afastamentos da central: vide tabelas das respectivas IT 28 e IT 29.
A altura máxima de fixação é de 1,60 m. Os extintores devem estar desobstruídos e sinalizados. Cada pavimento deve ser
protegido no mínimo por 2 unidades extintoras distintas, sendo uma para incêndio de classe A e outra para classes B:C. É
6
permitida a instalação de 2 unidades extintoras iguais quando os extintores forem de Pó ABC. Até 50m² de área é aceito
um extintor de Pó ABC.
Pontos de Iluminação de Emergência a cada 15 m (no mínimo) e nas mudanças de direção. Um ponto em cada lance de
escada. As baterias devem estar em local com ventilação. Deve haver ponto de teste do sistema. As luminárias de aclara-
mento com altura inferior a 2,50 m e as luminárias de balizamento devem ter tensão máxima permitida de 30V, conforme
7 IT 18. O sistema pode ser por bloco autônomo, por central de baterias, por gerador ou misto (quando por gerador, anexar
Atestado de Abrangência, conforme anexo P da IT 01). Os circuitos devem ser independentes da rede geral. No caso de
central de baterias e gerador, os eletrodutos devem ser exclusivos para sistema de incêndio e quando aparentes serem do
tipo metálico ou PVC rígido antichama. Não pode haver corrente contínua em conjunto com corrente alternada.
Um ponto de alarme manual em cada hidrante ou caminhamento máx. de 30 m. Um ponto de detector de fumaça em
cada quarto para hospitais e assemelhados. A central de alarme deve ficar em local de vigilância e possuir identificação do
local de acionamento. As baterias devem estar em local ventilado. O som do alarme deve ser audível em toda a edificação.
8
Ponto de teste do sistema. Os eletrodutos devem ser exclusivos para sistemas de incêndio e quando aparentes serem do
tipo metálico ou PVC rígido antichama. Não pode haver corrente contínua em conjunto com corrente alternada. Altura
máxima do acionador manual do alarme é de 1,60 m.
Caminhamento máximo da mangueira: 30 m. Diâmetro da mangueira para Tipo 1 é de 25 mm ou 32 mm, para o Tipo 2 é
de 40 mm. Deve haver um ponto a menos de 5 m da entrada principal da edificação e dos pavimentos elevados. Altura do
registro de ângulo: 1 m a 1,5 m. Na saída da bomba deve ter uma válvula de retenção e registro de paragem. O registro
de recalque pode ser de coluna ou enterrado e quando enterrado deve possuir dreno. A conexão do recalque deve ser
de 63 mm, engate rápido. A tubulação e a tampa do registro de recalque devem ser pintadas na cor vermelha (ver IT 20).
9 O reservatório de incêndio deve ser de material incombustível ou encapsulado por alvenaria ou laje (exceção: quando o
reservatório estiver isolado da edificação).
Notas:
1) Para valores diferentes no cálculo de hidrantes, anexar Memorial de Cálculo conforme IT 22;

2) Para sistema Tipo 1 (mangotinho), apresentar Memorial de Cálculo.

71
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo D - fls. 3/3

VISTORIAS
Protocolo nº _______________________ data _____/_____/_______ Atendente ___________________________________

Vistoriante_________________________ data ____/_____/________ Parecer______________________________________

Protocolo nº _______________________ data _____/_____/_______ Atendente ___________________________________

Vistoriante_________________________ data ____/_____/________ Parecer______________________________________

Protocolo nº _______________________ data _____/_____/_______ Atendente ___________________________________

Vistoriante_________________________ data ____/_____/________ Parecer______________________________________

Protocolo nº _______________________ data _____/_____/_______ Atendente ___________________________________

Vistoriante_________________________ data ____/_____/________ Parecer______________________________________

Protocolo nº _______________________ data _____/_____/_______ Atendente ___________________________________

Vistoriante_________________________ data ____/_____/________ Parecer______________________________________

Protocolo nº _______________________ data _____/_____/_______ Atendente ___________________________________

Vistoriante_________________________ data ____/_____/________ Parecer______________________________________

AVCB
Protocolo nº ____________Ch S Vistoria _________________________ AVCB nº _____________ Em ____/____/______

Retirado por: _________________________ RG _________________ Ass. _____________________Fone: _____________

Protocolo nº ____________Ch S Vistoria _________________________ AVCB nº _____________ Em ____/____/______

Retirado por: _________________________ RG _________________ Ass. _____________________Fone: _____________

Protocolo nº ____________Ch S Vistoria _________________________ AVCB nº _____________ Em ____/____/______

Retirado por: _________________________ RG _________________ Ass. _____________________Fone: _____________

FORMULÁRIO PARA ATENDIMENTO TÉCNICO


FAT nº _________________ Data _____/____/_____ Atendente___________________

Resumo da consulta _________________________________________________________________________________

Em ____/_____/_____Parecer__________________________________________ Ch da Seção_____________________

FAT nº _________________ Data _____/____/_____ Atendente___________________

Resumo da consulta _________________________________________________________________________________

Em ____/_____/_____Parecer__________________________________________ Ch da Seção_____________________

FAT nº _________________ Data _____/____/_____ Atendente___________________

Resumo da consulta _________________________________________________________________________________

Em ____/_____/_____Parecer__________________________________________ Ch da Seção_____________________

72
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo E (Informativo)

73
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo F - Implantação - fls. 1/2 (Informativo)

74
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo F - Implantação - fls. 2/2 (Informativo)

75
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo G - fls. 1/10 (Informativo)

76
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo G - fls. 2/10 (Informativo)

77
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo G - fls. 3/10 (Informativo)

78
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo G - fls. 4/10 (Informativo)

79
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo G - fls. 5/10 (Informativo)

80
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo G - fls. 6/10 (Informativo)

81
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo G - fls. 7/10 (Informativo)

82
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo G - fls. 8/10 (Informativo)

83
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo G - fls. 9/10 (Informativo)

84
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo G - fls. 10/10 (Informativo)

85
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo H (Informativo)

Quadro Resumo das Medidas de SeguranÁa

86
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo I

Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORPO DE BOMBEIROS

MEMORIAL INDUSTRIAL DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


1. IDENTIFICAÇÃO
EMPRESA: Nº DO PROCESSO:
ATIVIDADE INDUSTRIAL:
ENDEREÇO:
MUNICÍPIO: e-mail:
2. MATÉRIA(S)-PRIMA(S) UTILIZADA(S)

3. PRODUTO(S) ACABADO(S)

4. PROCESSO INDUSTRIAL
(Obs.: pode ser anexado também o fluxograma de produção)

5. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

6. ESPECIFICAR QUANTIDADE DO PROCESSO DE LÍQUIDOS E GASES INFLAMÁVEIS

____________________________ _________________________________
Ass. do Técnico Responsável Ass. do Proprietário ou Resp. p/uso

87
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo J

Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORPO DE BOMBEIROS

FORMULÁRIO PARA ATENDIMENTO TÉCNICO


DATA: ___/___/___ Nº:
Solicitante: e-mail:
Proprietário Resp. pelo uso Procurador Resp. Técnico
Finalidade da Consulta:

INFORMAÇÕES SOBRE A EDIFICAÇÃO E ÁREAS DE RISCO


Endereço:
Área (m2): Altura (m): Ocupação:
Projeto Técnico nº: Vistoria nº:

88
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo L

ATESTADO DE BRIGADA DE INCÊNDIO

Atesto, para os devidos fins, que as pessoas abaixo relacionadas participaram com bom aproveita-
mento do treinamento de “Brigada de Incêndio” ministrado na Edificação localizada na ________
__________ nº _____ – bairro ___________ – município de ___________ -SP e estão aptas ao
manuseio dos equipamentos de prevenção e combate a incêndio da edificação:

NOME R.G.
JOSÉ SOARES DA SILVA 1.000.000-1 SSP/SP
PEDRO PAULO JOSÉ 2.000.000-2 SSP/PE
LUIZ ANDRÉ GUERREIRO DE ASSIS 3.000.000-3 SSP/RJ
SANTIAGO MARIANO DA SILVA 4.000.000-4 SSP/PB

Município, ____ de __________ de 200___.

NOME COMPLETO
Qualificação Profissional
Registro Nº 00000

Só é válido com a comprovação da capacitação técnica do signatário


(anexar cópia da credencial)

89
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo M

Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORPO DE BOMBEIROS

REQUERIMENTO DE COMISSÃO TÉCNICA


Solicitante:
Unidade Operacional Recurso ao CCB Outros
INFORMAÇÕES SOBRE A EDIFICAÇÃO E ÁREAS DE RISCO
Endereço:
Proprietário/Resp. p/uso: e-mail:
2
Área (m ): Altura (m): Ocupação:

Projeto Técnico____________________ nº: Vistoria nº:


Documento de referência:
Pedido:

Motivo do pedido: (incluir fundamentação legal, quando for o caso)

Local: Data:

_________________________________ _________________________________

Assinatura do proprietário/Resp. p/uso Assintura do Responsável Técnico

90
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo N

TERMO DE COMPROMISSO DO PROPRIETÁRIO

Visando à concessão do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros da PMESP, a edificação


situada na ____________________________ nº, bairro _________________ - município de __________________
-SP, que possui Projeto Técnico aprovado nesse Corpo de Bombeiros sob o nº ____________, ora desatualizado
devido à não-previsão em planta das medidas de segurança contra incêndio exigidas na Tabela 4 do Decreto Estadual
nº 46.076/01, de acordo com o previsto no item 5.2.2.4. da IT 01/04.

Comprometo-me a substituir o atual Projeto Técnico acima descrito, nos moldes previstos
na IT nº 1/04 - Procedimentos Administrativos, prevendo as medidas de segurança contra incêndio exigidas na Tabela 4
do Decreto Estadual nº 46.076/01.

_____________, ____ de ______________ de 200___.

________________________________

Nome:

Endereço:

Proprietário/Responsável legal pelo imóvel

91
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo O

Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORPO DE BOMBEIROS

TERMO DE RESPONSABILIDADE DAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

Visando à concessão do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, atestamos que as PORTAS DE


SAÍDAS DE EMERGÊNCIA da edificação classificada no Grupo F, situada na _____________________-________
___________ nº _________-, bairro _________________ - município de __________________ -SP, que possui
Projeto Técnico aprovado nesse Corpo de Bombeiros sob o nº ___________, estão instaladas com sentido de
abertura no fluxo da rota de fuga e permanecem abertas durante a realização do evento.

Assumo toda a responsabilidade civil e criminal quanto à permanência das portas abertas.

____________, ____ de ______________ de 200__.

__________________________________

Nome:

Endereço:

Proprietário/Responsável pelo uso

Obs: Válido para os itens 5.5.4.6.1 e 5.5.4.6.2 da IT 11, respectivamente, ocupações do Grupo F,
térreas (com ou sem mezaninos), com área máxima construída de 1.500 m² ou quando a porta de
segurança da edificação for do tipo de enrolar ou de correr.

92
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo P

Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORPO DE BOMBEIROS

ATESTADO DE ABRANGÊNCIA DO GRUPO MOTOGERADOR

Eu,______________________________________________Registrado no Crea sob o nº


__________________, visando à concessão do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros da PMESP, atesto que o
Grupo Motogerador existente na edificação situada na ______________________________________________
____________________, encontra-se instalado de acordo com as exigências da NBR 10.898/99, tendo as seguintes
características:

Motor ( marca e modelo):

Potência:

Tensão:

Tipo de acionamento:

Combustível:

Capacidade do Tanque:

Autonomia:

Abrangência:

Local: Data:

_____________________________________

Assinatura do Responsável Técnico Nº da ART:

93
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo Q

Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORPO DE BOMBEIROS

ATESTADO DO EMPREGO DE MATERIAIS DE ACABAMENTO E REVESTIMENTO

Eu, ___________________________, responsável técnico, registrado no Crea sob o nº ___________,


atesto para os devidos fins que os materiais de acabamento e revestimento foram aplicados na edificação locali-
zada na ________________________nº _____, Bairro ______________, cidade de __________________, confor-
me Projeto Técnico nº____________ , atendendo aos parâmetros técnicos do Decreto Estadual nº 46.076/01 e
IT 10/04.

______________, ______ de ______________ de 200__.

Observações:

1) Anexar ART descrevendo no campo 17: “Refere-se à responsabilidade técnica de aplicação de materiais de acabamento e
revestimento, conforme Dec. Est. 46.076/01”) e IT 10 e

2) A manutenção dos Materiais de Acabamento e Revestimento fica sob responsabilidade do usuário ou responsável
pela uso da edificação.

____________________________________ ____________________________________

Responsável Técnico Proprietário/Resp. pelo uso

Crea:____________________ RG:____________________

94
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo R (Informativo)

95
Instrução Técnica nº 01/2004 - Procedimentos Administrativos

Anexo S

Memorial de Segurança contra Incêndio das Estruturas

Nome da Empresa, registrada no Crea sob n° ______________, atendendo o disposto no item 5.19 da Instrução
Técnica n° 08 do Corpo de Bombeiros de São Paulo e no Decreto Estadual n° 46.076/01, visando à concessão do
Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros, atesta que os SISTEMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
DAS ESTRUTURAS (metálicas, de concreto, de maderia...) existentes na edificação em referência encontram-se
instalados em conformidade com as informações abaixo.
Edificação: (Nome da Edificação)
Logradouro Público/n°: (Endereço)
Responsável pelo Uso: (nome)
Altura(s) da Edificação (m): (altura)
Ocupação:
Data: (Data)

METODOLOGIA PARA SE ATINGIR OS TRRF DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS


[citar norma(s) empregada(s)]
A metodologia adotada foi... [(descrever a metodologia, seja por ensaios, cartas de coberturas, métodos analíticos
etc. e norma(s)] ...
Os ensaios de resistência ao fogo adotado foram o Relatório (IPT nº, ou UL nº etc. – citar os ensaios e especificar
se é para pilares, vigas etc.).

DETERMINAÇÃO DO TEMPO REQUERIDO DE RESISTÊNCIA AO FOGO (TRRF)


CRITÉRIOS PARA DETERMINAÇÃO DO TRRF: para a definição dos TRRF’s foi adotada ... (por exemplo:
Tabela A da Instrução Técnica n° 08, conforme o item “5. Procedimentos” da referida Instrução Técnica; ou método
do tempo equivalente ou outros devidamente comprovados, tudo conforme IT 08).

Tempo de Resistência Requerido ao Fogo (TRRF):

Exemplo:
• As estruturas principais terão TRRF de 90 min para colunas, contraventamentos e vigas principais conforme Tabela A, Grupo
D, Classe P4 da Instrução Técnica n° 08.
• As vigas secundárias terão TRRF de 60 min, conforme Anexo A, item A2.5 a da Instrução Técnica n° 08.
• As compartimentações, escadas de segurança, selagens de shafts e divisórias entre unidades autônomas serão executadas
conforme segue: _______________________________________, com os seguintes TRRF: ________________________
____________.Tudo conforme item 5.7 da IT 08.
• Observações: _______________________________________________

ISENÇÕES OU REDUÇÕES DE TRRF


Exemplos: (Não foi adotada nenhuma condição para redução ou isenção de TRRF na presente edificação... Ou isenção
de TRRF para os pilares externos protegidos por alvenaria cega... Ou Isenção dos perfis confinados em área frias,
conforme folhas ...)

MATERIAIS DE PROTEÇÃO CONTRA FOGO E RESPECTIVAS ESPESSURAS DE PROTEÇÃO


[citar cartas de cobertura adotadas]
Materiais utilizados: (citar todos materiais utilizados na proteção)
Espessuras adotadas: (vide Tabela em anexo x carta de cobertura). As espessuras foram calculadas com base nos
ensaios laboratoriais acima mencionados, de acordo com os procedimentos da Norma ...

CONTROLE DE QUALIDADE
Verificar a necessidade de Controle de Qualidade por empresa qualificada, conforme item 5.18 da Instrução Técnica
n° 08. Anexá-lo a este memorial.

96
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 17/2004

Brigada de Incêndio

Brigada de Incêndio
SUMÁRIO ANEXOS
1 Objetivo A Tabela de porcentual de cálculo para composição da Brigada
de Incêndio
2 Aplicação
B Currículo básico do curso de formação da Brigada de
3 Referências normativas e bibliográficas Incêndio
4 Definições C Questionário de avaliação de brigadista
5 Procedimentos D Questionário de avaliação de bombeiro profissional civil
423
Instrução Técnica nº 17/2004 - Brigada de Incêndio

1 OBJETIVO 1ª condição: Determinar a população fixa da edificação,


ou seja, aquela que regularmente permanece na edificação,
1.1 Esta Instrução Técnica estabelece as condições míni- conforme definição da IT nº 03.
mas para a formação, treinamento e reciclagem da brigada Obs: Há casos especiais para a base de cálculo, no qual
de incêndio para atuação em edificações e áreas de risco o número de brigadistas está descrito na própria tabela
no Estado de São Paulo. do Anexo A. Ex.: prédios residenciais necessitam treinar
todos os funcionários do condomínio e um morador (ou
2 APLICAÇÃO empregado) por pavimento.

2.1 Esta Instrução Técnica se aplica a todas as edificações 2ª condição: Se a população fixa (PF) for menor que 10
ou áreas de risco enquadradas na Tabela 1 do Decreto pessoas:
Estadual nº 46.076/01. Número de brigadistas por pavimento ou compartimento
= [população fixa por pavimento ] X [% de cálculo da co-
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E luna “1” (C1) do Anexo A (coluna “até 10”)], ou seja:
BIBLIOGRÁFICAS Nº Brigadistas = PF x % C1 do Anexo A (“até 10”)

Para complementação desta Instrução Técnica recomen- 3ª condição: Se a população fixa for maior que 10 pessoas:
da-se consultar as seguintes normas: Número de brigadistas por pavimento ou compartimento
= [(população fixa por pavimento de 10 pessoas) X (% de
3.1 Normativas cálculo da coluna “1” do Anexo A] + [(população fixa por
NBR 9443 – Extintor de incêndio classe A – Ensaio de pavimento menos 10 pessoas ) X (% de cálculo da coluna
fogo em engradado de madeira “2” (C2) do Anexo A )], ou seja:
Nº Brigadistas = [10 x % C1] + [(PF – 10) x % C2], onde:
NBR 9444 – Extintor de incêndio classe B – Ensaio de
Nº Brigadistas (Nº Brig) = número de brigadistas por pa-
fogo em líquido inflamável
vimento ou compartimento.
NBR 14023 – Registro de atividades de bombeiros % C1 = porcentagem de cálculo da coluna “1” da tabela
do Anexo A
NBR 14096 – Viaturas de combate a incêndio
PF (população fixa) = número de pessoas que permane-
NBR 14276 – Programa de brigada de incêndio cem regularmente na edificação, considerando os turnos
de trabalho, conforme IT nº 3.
NBR 14277 – Campo para treinamento de combate a
% C2 = porcentagem de cálculo da coluna “2” da tabela
incêndio
do Anexo A.
NBR 14561 – Veículos para atendimento a emergências Obs.: Portanto, para dimensionamento do número de
médicas e resgate brigadistas quando a população fixa for maior que 10 pes-
soas, deve-se proceder conforme exemplo:
NBR 14608 – Bombeiro profissional civil
Ex: Edificação com ocupação de agência bancária (D-2)
3.2 Bibliográficas tendo uma população fixa de 60 pessoas.

Manual de Fundamentos do Corpo de Bombeiros da Polí- 1º passo: aplicar a porcentagem da coluna “1” (até 10)
cia Militar do Estado de São Paulo do Anexo A para as primeiras 10 pessoas, ou seja, 10 x
40% = 4.
4 DEFINIÇÕES 2º passo: em seguida pegaremos a população fixa e sub-
traímos de 10 pessoas, ou seja, 60 – 10 = 50 pessoas.
Para os efeitos desta Instrução Técnica aplicam-se as defi-
nições constantes da IT nº 3 - Terminologia de segurança 3º passo: com o resultado obtido no 2º passo, multiplica-
contra incêndio. mos este valor pela porcentagem da coluna “2” (acima de
10) do anexo A, ou seja, 50 x 10% = 5.
5 PROCEDIMENTOS
4º passo: portanto, o número de brigadistas será a soma
5.1 Composição da brigada de incêndio do valor obtido no 1º passo com o valor obtido no 3º
passo, ou seja, 4 + 5 = 9.
5.1.1 A brigada de incêndio deve ser composta pela po-
Nº Brig = [ 10 x 40% ] + [ ( 60 - 10 ) x 10% ]
pulação fixa e o porcentual de cálculo do Anexo A, que é
obtido levando-se em conta o grupo e a divisão de ocupa- Nº Brig = 4 + ( 50 x 10%)
ção da planta, conforme condições descritas a seguir: Nº Brig = 4 + 5 = 9 brigadistas

423
Instrução Técnica nº 17/2004 - Brigada de Incêndio

5.1.2 Para os números mínimos de brigadistas, devem-se Nº de brigadistas por pavimento = 10 x 50% +
prever os turnos, a natureza de trabalho e os eventuais (19-10) x 7% = 5 + 9 x 7% = 5 + 0,63 = 5,63
afastamentos. Nº de brigadistas por pavimento = 6 pessoas
5.1.3 Sempre que o resultado obtido no cálculo do núme- Área Industrial
ro de brigadistas por pavimento for fracionário, deve-se População fixa = 116 pessoas
arredondá-lo para mais. Exemplo:
Nº de brigadistas por pavimento = 10 x 50% + (116
Loja - 10) x 7% = 5 + 106 x 7% = 5 + 7,42 = 12,42
População fixa = 9 pessoas Nº de brigadistas por pavimento = 13 pessoas
Nº de brigadistas por pavimento = [população
Nº total de brigadistas (área administrativa + área
fixa por pavimento] x [% de cálculo da tabela A]
industrial)
Nº de brigadistas por pavimento = (9 x 40%) = 3,6
No total de brigadistas = (6 x 3) + 13 = 18 + 13 = 31
Nº de brigadistas por pavimento = 4 pessoas
Nº total de brigadistas = 31 pessoas
5.1.4 Quando em uma planta houver mais de um grupo
de ocupação, o número de brigadistas deve ser calculado 5.1.5 A composição da brigada de incêndio deve levar em
levando-se em conta o grupo de ocupação de maior risco. conta a participação de pessoas de todos os setores.
O número de brigadistas só é calculado por grupo de
ocupação se as unidades forem compartimentadas e os 5.2 Critérios básicos para seleção de can-
riscos forem isolados. Exemplo: planta com duas ocupa- didatos a brigadista
ções, sendo a primeira uma área de escritórios com três
pavimentos e 19 pessoas por pavimento e a segunda uma Os candidatos a brigadista devem atender preferencial-
indústria de médio potencial de risco com um pavimento mente aos seguintes critérios básicos:
e 116 pessoas: a) Permanecer na edificação;
b) Preferencialmente possuir experiência anterior
a) Edificações com pavimentos compartimentados
como brigadista;
e riscos isolados, calcula-se o número de briga-
distas separadamente por grupo de ocupação: c) Possuir boa condição física e boa saúde;
d) Possuir bom conhecimento das instalações;
Área administrativa e) Ter responsabilidade legal;
População fixa = 19 pessoas por pavimento (três f) Ser alfabetizado.
pavimentos)
Nº de brigadistas por pavimento = 10 x 30% + Nota: Caso nenhum candidato atenda aos critérios básicos relaciona-
dos, devem ser selecionados aqueles que atendam ao maior número
(19-10) x 10% = 3 + 0,9 = 3,9 de requisitos.
Nº de brigadistas por pavimento = 4 pessoas
Área Industrial 5.3 Organização da brigada
População fixa = 116 pessoas
5.3.1 Brigada de incêndio
Nº de brigadistas por pavimento = 10 x 50% + (116
- 10) x 7% = 5 + 106 x 7% = 5 + 7,42 = 12,42 A brigada de incêndio deve ser organizada funcionalmen-
Nº de brigadistas por pavimento = 13 pessoas te, como segue:
Nº total de brigadistas (área administrativa + área a) Brigadistas: membros da brigada que executam as
industrial) atribuições de 5.5;
No total de brigadistas = (4 x 3) + 13 = 12 + 13 b) Líder: responsável pela coordenação e execução
= 25 das ações de emergência em sua área de atuação
(pavimento/compartimento). É escolhido dentre
No total de brigadistas = 25 pessoas
os brigadistas aprovados no processo seletivo;
b) Edificações sem compartimentação dos pavi- c) Chefe da brigada: responsável por uma edificação
mentos e sem isolamento dos riscos, calcula-se com mais de um pavimento/compartimento. É
o número de brigadistas através do grupo de escolhido dentre os brigadistas aprovados no
ocupação de maior risco:
processo seletivo;
No caso utiliza-se o grupo da Área Industrial d) Coordenador geral: responsável geral por todas
Área Administrativa as edificações que compõem uma planta. É es-
População fixa = 19 pessoas por pavimento (três colhido dentre os brigadistas que tenham sido
pavimentos) aprovados no processo seletivo.

424
425
Instrução Técnica nº 17/2004 - Brigada de Incêndio

5.3.2 Organograma da brigada de incêndio 5.4.5 O profissional habilitado na formação de brigada


de incêndio é toda pessoa com formação em Higiene,
a) O organograma da brigada de incêndio da empre-
Segurança e Medicina do Trabalho, devidamente registrado
sa varia de acordo com o número de edificações,
nos conselhos regionais competentes ou no Ministério do
o número de pavimentos em cada edificação e
Trabalho e os militares das Forças Armadas, das Polícias
o número de empregados em cada pavimento/ Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, com
compartimento; ensino médio completo e que possua especialização em
b) As empresas que possuem em sua planta somen- Prevenção e Combate a Incêndio (carga horária mínima
te uma edificação com apenas um pavimento/ de 60 horas-aula) e técnicas de emergências médicas
compartimento, devem ter um líder que deve (carga horária mínima de 40 horas-aula).
coordenar a brigada (ver exemplo 1);
c) As empresas que possuem em sua planta 5.4.5.1 Para as edificações enquadradas no risco alto,
somente uma edificação, com mais de um o profissional habilitado é toda pessoa com curso de
pavimento/compartimento, devem ter um líder engenharia de segurança ou pessoa com curso de nível
para cada pavimento/compartimento, que é co- superior, devendo possuir também curso de no mínimo
ordenado pelo chefe da brigada dessa edificação 100 horas-aula de primeiros socorros e 400 horas-aula de
(ver exemplo 2); prevenção e combate a incêndios.
d) As empresas que possuem em sua planta mais de 5.4.6 A avaliação teórica é realizada na forma escrita, pre-
uma edificação, com mais de um pavimento/com- ferencialmente dissertativa, conforme parte A do anexo B,
partimento, devem ter um líder por pavimento/ e a avaliação prática é realizada de acordo com o desem-
compartimento e um chefe da brigada para cada penho do aluno nos exercícios realizados, conforme parte
edificação, que devem ser coordenados pelo co- B do Anexo B.
ordenador geral da brigada (ver exemplo 3).
5.4.7 Para fins de pedido de vistoria, a data do Atestado
de Formação de Brigada de Incêndio deverá ser de seis
5.4 Programa do curso de formação de meses retroativos à data do protocolo da vistoria.
brigada de incêndio
Os candidatos a brigadista, selecionados conforme item 5.5 Atribuições da brigada de incêndio
5.2, devem freqüentar curso com carga horária mínima
5.5.1 Ações de prevenção:
de 12 h, abrangendo as partes teórica e prática, conforme
Anexo B. Exceção para o grupo A e divisões G-1 e G-2, a a) Avaliação dos riscos existentes;
carga horária mínima deve ser de 4 h, enfocando apenas a b) Inspeção geral dos equipamentos de combate a
parte de prevenção e combate a incêndio. incêndio;
c) Inspeção geral das rotas de fuga;
5.4.1 O curso deve enfocar principalmente os riscos ine- d) Elaboração de relatório das irregularidades en-
rentes ao grupo de ocupação. contradas;
e) Encaminhamento do relatório aos setores com-
5.4.2 O Atestado de Formação de Brigada de Incêndio petentes;
será exigido na solicitação de renovação do AVCB. f) Orientação à população fixa e flutuante;
5.4.2.1 A periodicidade do treinamento deve ser de g) Exercícios simulados.
12 meses ou quando houver alteração de 50% dos mem- 5.5.2 Ações de emergência:
bros da brigada. a) Identificação da situação;
b) Alarme/abandono de área;
5.4.2.2 Para as edificações enquadradas no risco alto o
c) Acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou aju-
curso deve ter carga horária mínima de 16 horas-aula.
da externa;
5.4.3 Aos componentes da brigada que já tiverem fre- d) Corte de energia;
qüentado o curso anterior será facultada a parte teórica, e) Primeiros socorros;
desde que o brigadista seja aprovado em pré-avaliação f) Combate ao princípio de incêndio;
com 70% de aproveitamento. g) Recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros;
h) Preenchimento do formulário de registro de tra-
5.4.4 Após a formação da brigada de incêndio, o profis- balho dos bombeiros;
sional habilitado emitirá o respectivo atestado, conforme i) Encaminhamento do formulário ao Corpo de
anexo da IT nº 01. Bombeiros para atualização de dados estatísticos.

425
Instrução Técnica nº 17/2004 - Brigada de Incêndio

5.6 Procedimentos básicos de emergência 5.6.10 Com a chegada do Corpo de Bombeiros, a brigada
deve ficar à sua disposição.
5.6.1 Alerta
5.6.11 Para a elaboração dos procedimentos básicos de
Identificada uma situação de emergência, qualquer pessoa
emergência deve-se consultar o fluxograma constante no
pode alertar, através dos meios de comunicação disponí-
exemplo 4.
veis, os ocupantes e os brigadistas.

5.6.2 Análise da situação 5.7 Controle do programa de brigada de


incêndio
Após o alerta, a brigada deve analisar a situação, desde o
início até o final do sinistro; havendo necessidade, acionar 5.7.1 Reuniões ordinárias
o Corpo de Bombeiros e apoio externo, e desencadear os Devem ser realizadas reuniões mensais com os membros
procedimentos necessários, que podem ser priorizados da brigada, com registro em ata, onde são discutidos os
ou realizados simultaneamente, de acordo com o número seguintes assuntos:
de brigadistas e os recursos disponíveis no local. a) Funções de cada membro da brigada dentro do
plano;
5.6.3 Primeiros socorros b) Condições de uso dos equipamentos de combate
a incêndio;
Prestar primeiros socorros às possíveis vítimas, mantendo
c) Apresentação de problemas relacionados à pre-
ou restabelecendo suas funções vitais com SBV (Suporte
venção de incêndios encontrados nas inspeções
Básico da Vida) e RCP (Reanimação Cardiopulmonar) até para que sejam feitas propostas corretivas;
que se obtenha o socorro especializado. d) Atualização das técnicas e táticas de combate a
incêndio;
5.6.4 Corte de energia e) Alterações ou mudanças do efetivo da brigada;
Cortar, quando possível ou necessário, a energia elétrica f) Outros assuntos de interesse.
dos equipamentos, da área ou geral.
5.7.2 Reuniões extraordinárias
5.6.5 Abandono de área Após a ocorrência de um sinistro ou quando identificada
uma situação de risco iminente, fazer uma reunião extra-
Proceder ao abandono da área parcial ou total, quando
ordinária para discussão e providências a serem tomadas.
necessário, conforme comunicação preestabelecida,
As decisões tomadas são registradas em ata e enviadas às
removendo para local seguro, a uma distância mínima
áreas competentes para as providências pertinentes.
de 100 m do local do sinistro, permanecendo até a
definição final.
5.7.3 Exercícios simulados
5.6.6 Confinamento do sinistro Deve ser realizado, a cada 6 meses, no mínimo um exercí-
cio simulado no estabelecimento ou local de trabalho com
Evitar a propagação do sinistro e suas conseqüências. participação de toda a população. Imediatamente após o
simulado, deve ser realizada uma reunião extraordinária
5.6.7 Isolamento da área para avaliação e correção das falhas ocorridas. Deve ser
elaborada ata na qual conste:
Isolar fisicamente a área sinistrada, de modo a garantir os
a) Horário do evento;
trabalhos de emergência e evitar que pessoas não autori-
b) Tempo gasto no abandono;
zadas adentrem ao local.
c) Tempo gasto no retorno;
d) Tempo gasto no atendimento de primeiros so-
5.6.8 Extinção corros;
Eliminar o sinistro, restabelecendo a normalidade. e) Atuação da brigada;
f) Comportamento da população;
5.6.9 Investigação g) Participação do Corpo de Bombeiros e tempo
gasto para sua chegada;
Levantar as possíveis causas do sinistro e suas conseqüên- h) Ajuda externa (PAM - Plano de Auxílio Mútuo);
cias e emitir relatório para discussão nas reuniões extra- i) Falhas de equipamentos;
ordinárias, com o objetivo de propor medidas corretivas j) Falhas operacionais;
para evitar a repetição da ocorrência. l) Demais problemas levantados na reunião.

426
427
Instrução Técnica nº 17/2004 - Brigada de Incêndio

5.8 Procedimentos complementares 5.9 Recomendações gerais


5.8.1 Identificação da brigada Em caso de simulado ou incêndio, adotar os seguintes
procedimentos:
a) Devem ser distribuídos em locais visíveis e de
a) Manter a calma;
grande circulação quadros de aviso ou similar,
b) Caminhar em ordem sem atropelos;
sinalizando a existência da brigada de incêndio e
c) Não correr e não empurrar;
indicando seus integrantes com suas respectivas
d) Não gritar e não fazer algazarras;
localizações; e) Não ficar na frente de pessoas em pânico, se não
b) O brigadista deve utilizar constantemente em puder acalmá-las, evite-as. Se possível avisar um
lugar visível um crachá que o identifique como brigadista;
membro da brigada; f) Todos os empregados, independente do cargo
c) No caso de uma situação real ou simulado de que ocupar na empresa, devem seguir rigorosa-
emergência, o brigadista deve usar braçadeira, mente as instruções do brigadista;
colete ou capacete para facilitar sua identificação g) Nunca voltar para apanhar objetos; ao sair de um
e auxiliar na sua atuação. lugar, fechar as portas e janelas sem trancá-las;
h) Não se afastar dos outros e não parar nos andares;
5.8.2 Comunicação interna e externa i) Levar consigo os visitantes que estiverem em seu
local de trabalho;
a) Nas plantas em que houver mais de um pavimen-
j) Sapatos de salto alto devem ser retirados;
to, setor, bloco ou edificação, deve ser estabeleci-
l) Não acender ou apagar luzes, principalmente se
do previamente um sistema de comunicação en- sentir cheiro de gás;
tre os brigadistas, a fim de facilitar as operações m) Deixar a rua e as entradas livres para a ação dos
durante a ocorrência de uma situação real ou bombeiros e do pessoal de socorro médico;
simulado de emergência; n) Ver como seguro local pré-determinado pela
b) Essa comunicação pode ser feita através de te- brigada e aguardar novas instruções.
lefones, quadros sinópticos, interfones, sistemas
Em locais com mais de um pavimento:
de alarme, rádios, alto-falantes, sistemas de som o) Nunca utilizar o elevador;
interno etc; p) Não subir, procurar sempre descer;
c) Caso seja necessária a comunicação com meios q) Ao utilizar as escadas de emergência, descer
externos (Corpo de Bombeiros ou Plano de Au- sempre utilizando o lado direito da escada.
xílio Mútuo), a telefonista ou o rádioperador é
Em situações extremas:
a(o) responsável por ela. Para tanto, faz-se neces- r) Nunca retirar as roupas, procurar molhá-las a
sário que essa pessoa seja devidamente treinada fim de proteger a pele da temperatura elevada
e que esteja instalada em local seguro e estraté- (exceto em simulados);
gico para o abandono. s) Se houver necessidade de atravessar uma bar-
reira de fogo, molhar todo o corpo, roupas,
5.8.3 Ordem de abandono sapatos e cabelo. Proteger a respiração com um
O responsável máximo da brigada de incêndio (coorde- lenço molhado junto à boca e o nariz, manter-se
sempre o mais próximo do chão, já que é o local
nador-geral, chefe da brigada ou líder, conforme o caso)
com menor concentração de fumaça;
determina o início do abandono, devendo priorizar o(s)
t) Sempre que precisar abrir uma porta, verificar
local(is) sinistrado(s), o(s) pavimento(s) superior(es)
se ela não está quente, e mesmo assim só abrir
a este(s), o(s) setor(es) próximo(s) e o(s) local(is) de
vagarosamente;
maior risco.
u) Se ficar preso em algum ambiente, procurar
inundar o local com água, sempre se mantendo
5.8.4 Ponto de encontro molhado;
Devem ser previstos um ou mais pontos de encontro dos v) Não saltar, mesmo que esteja com queimaduras
brigadistas, para distribuição das tarefas, conforme item 5.6. ou intoxicações.

5.8.5 Grupo de apoio 5.10 Certificação e avaliação


O grupo de apoio é formado com a participação da Segu- 5.10.1 Os integrantes da brigada de incêndio podem ser
rança Patrimonial, de eletricistas, encanadores, telefonistas avaliados pelo Corpo de Bombeiros, durante as vistorias téc-
e técnicos especializados na natureza da ocupação. nicas, de acordo com o Anexo C desta Instrução Técnica.

427
Instrução Técnica nº 17/2004 - Brigada de Incêndio

5.10.1.1 Para esta avaliação, o vistoriador deve escolher 5.11 Centro esportivo e de exibição
um brigadista e fazer 6 perguntas dentre as 23 constantes
Nas edificações enquadradas na Divisão F-3, onde se
do Anexo C. O avaliado deve acertar no mínimo 3 das
aplica a IT nº 12, devem ainda ser observadas as seguintes
perguntas feitas. Quando isso não ocorrer, deve ser
condições:
avaliado outro brigadista e, caso este também não acerte
o mínimo estipulado acima, deve ser exigido um novo 5.11.1 Considerando que a população fixa (funcionários
treinamento. a serviço do evento) faz parte das atrações e normal-
5.10.2 Os profissionais habilitados para formação de bri- mente não estarão permanentemente junto ao público,
gada de incêndio deverão apresentar, junto com o atesta- é permitida a contratação de brigadistas ou bombeiros
do de formação da brigada, a sua habilitação específica. profissionais civis, desde que atendam, no mínimo, aos
requisitos desta IT.
5.10.3 O descumprimento dos requisitos estabelecidos
por esta Instrução Técnica será motivo para o órgão téc- 5.11.2 Considerando o especificado no item anterior, em
nico do Corpo de Bombeiros não fornecer ou cassar o instalações temporárias ou em edificações classificadas
Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). como F 3, o nº de brigadistas deverá ser calculado de
acordo com o previsto no Anexo A para locais com lo-
5.10.4 Recomenda-se para os casos isentos de brigada de tação de até 500 pessoas, sendo que acima deste valor
incêndio a permanência de pessoas capacitadas a operar populacional deve-se levar em conta a população máxima
os equipamentos de combate a incêndio existentes na prevista para o local, na razão de:
edificação. a) locais com lotação entre 500 e 5.000 pessoas, o
nº de brigadistas deve ser no mínimo 15;
5.10.5 As edificações que possuem bombeiro profissional b) locais com lotação entre 5.000 e 10.000 pessoas,
civil, que execute exclusivamente serviços de prevenção e o nº de brigadistas deve ser no mínimo 20;
proteção contra incêndio, terão decréscimo na proporção c) locais com lotação acima de 10.000 pessoas, acres-
de 20% na quantidade mínima de brigadistas, para cada centar 1 brigadista para grupo de 500 pessoas.
bombeiro, por turno de 24 horas, até o limite de 60%.
5.11.3 A fim de atender ao prescrito no item acima, é
5.10.5.1 Os bombeiros profissionais civis, computados
permitido definir o número de brigadistas em função da
para decréscimo, conforme exposto acima, devem ser
quantidade efetiva de ingressos colocados à venda, deven-
avaliados pelo Corpo de Bombeiros, durante as visto-
do esta informação ficar à disposição da fiscalização.
rias técnicas, de acordo com o Anexo D desta Instrução
Técnica. 5.11.4 Os componentes da brigada deverão apresentar
certificado que comprove a sua participação em treina-
5.10.5.2 Para esta avaliação, o vistoriador deve escolher
mentos específicos ministrado por profissional habilitado,
um bombeiro civil e fazer 8 perguntas dentre as 30 cons-
conforme esta IT.
tantes do Anexo D. O avaliado deve acertar no mínimo 4
das perguntas feitas. Quando isto não ocorrer, deve ser 5.11.5 Por ocasião da vistoria do Corpo de Bombeiros
avaliado outro bombeiro e, caso este também não acerte devem ser apresentadas relações nominais dos brigadistas
o mínimo estipulado acima, deve ser exigido a reciclagem que estarão presentes ao evento, com as respectivas có-
nos termos da NBR 14608. pias dos certificados de treinamento.
5.10.5.3 A formação e reciclagem do bombeiro profissio- 5.11.6 O administrador do local deve ter a relação nomi-
nal civil deve atender às exigências da NBR 14608. nal dos brigadistas presentes no evento afixada em local
visível e de acesso público.
5.10.6 A edificação que possuir Posto de Bombeiro in-
terno, com efetivo mínimo de 5 (cinco) bombeiros pro- 5.11.7 O brigadista deve utilizar, durante o evento, um co-
fissionais civis (por turno de 24 horas) e viatura de com- lete refletivo que permita identificá-lo como membro da
bate a incêndio devidamente equipada, nos parâmetros da brigada e que possa ser facilmente visualizado a distância.
NBR 14096 - Viaturas de combate a incêndio – poderá
ficar isenta da brigada de incêndio, desde que o bombeiro 5.11.8 O sinal sonoro emitido para acionamento da brigada
profissional ministre treinamento periódico aos demais de incêndio deve ser inconfundível com qualquer outro e audí-
funcionários, nos parâmetros desta IT. vel em todos os pontos do recinto suscetíveis de ocupação.

428
429
Instrução Técnica nº 17/2004 - Brigada de Incêndio

Anexo A
Porcentual de cálculo para composição da brigada de incêndio
(Ver item 5.10.6 quando existir Posto de Bombeiros interno na edificação)

População fixa
por pavimento
Coluna 1 Coluna 2
Grupo Divisão Descrição Até 10 Acima de 10
A-1 Habitação unifamiliar Isento
todos os funcionários da
A edificação mais um brigadista
A-2 Habitação multifamiliar
Residencial (morador ou funcionário (5))
por pavimento
A-3 Habitação coletiva (1) 50% 10%
B B-1 Hotel e assemelhado 50% 10%
Serviço de Hospedagem B-2 Hotel residencial (2) 50% 10%
C-1 Comércio com baixa carga incêndio 40% 10%
C
C-2 Comércio com média e alta carga incêndio 40% 10%
Comercial
C-3 Shoppings centers 50% 20%
Local para prestação de serviço profissional ou con-
D-1 30% 10%
dução de negócios

D-2 Agência bancária 40% 10%

D
Serviço profissional D-3 Serviço de reparação (exceto os classificados em G4) 40% 10%

D-4 Laboratório 40% 10%

E-1 Escola em geral 40% 20%


E-2 Escola especial 40% 20%
E-3 Espaço para cultura física 40% 20%
E-4 Centro de treinamento profissional 40% 20%
E
Educacional e cultura física Faz parte da brigada de incên-
E-5 Pré-escola dio todos os funcionários da
edificação
Faz parte da brigada de incên-
E-6 Escola para portadores de deficiências
dio toda a população fixa
F-1 Local onde há objeto de valor inestimável 100% 50%
F-2 Local religioso e velório 100% 50%
F-3 Centro esportivo e de exibição (3) 100% 50%
F-4 Estação e terminal de passageiro 60% 20%
F
F-5 Arte cênica e auditório 100% 50%
Local de Reunião de Público
F-6 Clube social e diversão (4) 100% 50%
F-7 Construção provisória 100% 50%
F-8 Local para refeição 60% 20%
F-9 Recreação pública 40% 10%
F-10 Exposição de objetos e animais 100% 50%

429
Instrução Técnica nº 17/2004 - Brigada de Incêndio

Faz parte da brigada de incên-


G-1 Garagem sem acesso de público e sem abastecimento
dio toda a população fixa
Garagem com acesso de público e sem abastecimen- Faz parte da brigada de incên-
G-2
G to dio toda a população fixa
Serviço automotivo Faz parte da brigada de incên-
G-3 Local dotado de abastecimento de combustível
dio toda a população fixa
G-4 Serviço de conservação, manutenção e reparos 50 % 10 %
G-5 Hangares 100 % 50 %
H-1 Hospitais veterinários e assemelhados 50% 10%
Faz parte da brigada de incên-
Local onde pessoas requerem cuidados especiais por
H-2 dio todos os funcionários da
limitações físicas ou mentais
edificação
H-3 Hospital e assemelhado. 60% 20%
H
Repartição pública, edificações das forças armadas e
Serviço de saúde e institucional H-4 30% 10%
policiais
Faz parte da brigada de incên-
H-5 Local onde a liberdade das pessoas sofre restrições dio todos os funcionários da
edificação
H-6 Clínica e consultório médico e odontológico 40% 20%
Locais onde as atividades exercidas e os materiais
I-1 utilizados apresentam baixo potencial de incêndio. Lo- 40% 5%
cais onde a carga de incêndio não chega a 300 MJ/m2
I Locais onde as atividades exercidas e os materiais uti-
Indústria I-2 lizados apresentam médio potencial de incêndio. Lo- 50% 7%
cais com carga de incêndio entre 300 a 1.200 MJ/m2
Locais onde há alto risco de incêndio. Locais com
I-3 60% 10%
carga de incêndio superior a 1.200 MJ/m2
J-1 Depósitos de material incombustível 40% 10%
J-2 Todo tipo de depósito (baixa carga incêndio) 40% 10%
J
J-3 Todo tipo de depósito (média carga incêndio) 50% 20%
Depósito
Faz parte da brigada de incên-
J-4 Todo tipo de depósito (alta carga incêndio)
dio toda a população fixa
Faz parte da brigada de incên-
L-1 Comércio
dio toda a população fixa
L Faz parte da brigada de incên-
L-2 Indústria
Explosivos dio toda a população fixa
Faz parte da brigada de incên-
L-3 Depósito
dio toda a população fixa
M-1 Túnel Isento
Faz parte da brigada de incên-
M-2 Tanques ou Parque de tanques
dio toda a população fixa
Faz parte da brigada de incên-
M M-3 Central de comunicação e energia
dio toda a população fixa
Especial
M-4 Propriedade em transformação 30% 5%
M-5 Processamento de lixo 50% 7%
M-6 Terra selvagem Isento
M-7 Pátio de contêineres 60% 10%

Notas:
(1)
Na divisão A-3 não se aplica o índice à população fixa com idade acima de 60 anos e abaixo de 18 anos.
(2)
Na divisão B-2 o índice aplica-se somente aos funcionários da edificação.
(3)
Na divisão F6, quando houver evento em edificação permanente, além do previsto para a população fixa, deverá ser
atendido o porcentual do Anexo A para os seguranças e porteiros contratados.
(4)
Ver item 5.11.
(5)
Funcionário por pavimento deve ser pessoa que desenvolva suas atividades em apartamento, por exemplo,
empregada doméstica.

430
431
Instrução Técnica nº 17/2004 - Brigada de Incêndio

Exemplos de organogramas de brigadas de incêndio

Exemplo 1: Empresa com uma edificação, um pavimento e cinco brigadistas.

LÍDER

BRIGADISTA BRIGADISTA BRIGADISTA BRIGADISTA

Exemplo 2: Empresa com uma edificação, três pavimentos e três brigadistas por pavimento.

CHEFE DA BRIGADA

LÍDER LÍDER LÍDER

BRIGADISTA BRIGADISTA BRIGADISTA BRIGADISTA BRIGADISTA BRIGADISTA

Exemplo 3: Empresa com duas edificações, a primeira com três pavimentos e dois brigadistas por pavimento, e a segunda
com um pavimento e quatro brigadistas por pavimento.

COORDENADOR-GERAL

CHEFE DA BRIGADA CHEFE DA BRIGADA

LÍDER LÍDER LÍDER LÍDER

BRIGADISTA BRIGADISTA BRIGADISTA BRIGADISTA BRIGADISTA BRIGADISTA

431
Instrução Técnica nº 17/2004 - Brigada de Incêndio

Exemplo 4: Fluxograma de procedimento de emergência da brigada de incêndio (recomendação).

432
433
Instrução Técnica nº 17/2004 - Brigada de Incêndio

Anexo B
Currículo básico do curso de formação de brigada de incêndio

OBJETIVO: Proporcionar aos alunos conhecimentos básicos sobre prevenção, isolamento e extinção de princípios de
incêndio, abandono de local com sinistro, além de técnicas de primeiros socorros.

INSTRUTORES E AVALIADORES: Profissionais habilitados.

A - Parte Teórica

Módulo Assunto Objetivos


Conhecer os objetivos gerais do curso, responsabilidades
01 Introdução Objetivos do curso e o Brigadista
e comportamento do brigadista.
02 Teoria do fogo Combustão e seus elementos Conhecer o tetraedro do fogo
03 Propagação do fogo Condução, irradiação e convecção Conhecer os processos de propagação do fogo.
04 Classes de incêndio Classificação e características Conhecer as classes de incêndio.
Isolamento, abafamento, resfriamento
05 Métodos de extinção Conhecer os métodos e suas aplicações.
e extinção química
Conhecer os métodos e técnicas de ventilação de
06 Ventilação Técnicas de ventilação
ambientes em chamas e sua importância.
Água (jato/neblina), PQS, CO2, espu-
07 Agentes extintores Conhecer os agentes, suas características e aplicações.
mas e outros
Extintores, hidrantes, mangueiras e
08 Equipamentos de combate a Conhecer os equipamentos suas aplicações e
acessórios, EPI, corte, arrombamen-
incêndio manuseio.
to, remoção e iluminação
09 Equipamentos de detecção, Conhecer os meios mais comuns de sistemas e
Tipos e funcionamento
alarme e comunicações manuseio.
Conhecer as técnicas de abandono de área, saída
10 Abandono de área Procedimentos organizada, pontos de encontro e chamada e controle
de pânico.
11 Análise de vítimas Avaliação Primária Conhecer as técnicas de exame primário (sinais vitais)
Conhecer os sintomas de obstruções em adultos ,
12 Vias aéreas Causas de obstrução e liberação
crianças e bebês conscientes e inconscientes
13 RCP (Reanimação Cardio- Ventilação artificial e compressão Conhecer as técnicas de RCP com 1 e 2 socorristas
Pulmonar) cardíaca externa para adultos, crianças e bebês
Reconhecimento e técnicas de hemostasia em
14 Hemorragias Classificação e tratamento
hemorragias externas

B – Parte Prática

Módulo Assunto Objetivos


Praticar as técnicas de combate a incêndio, em local
01 Prática Combate a incêndios
adequado.
02 Prática Primeiros Socorros Praticar as técnicas dos módulos 11 a 14 da parte A

C – Avaliação

Módulo Assunto Objetivos


Avaliar individualmente os alunos conforme descrito
01 Avaliação Geral
no item 5.4.6.

433
Instrução Técnica nº 17/2004 - Brigada de Incêndio

Anexo C
Questionário de avaliação de brigadista

O presente questionário deve ser aplicado, durante a realização das vistorias, aos integrantes da brigada de incêndio que
constam no atestado fornecido.
O bombeiro vistoriador deve assinalar CERTO, quando a resposta estiver correta, e ERRADO, quando o brigadista
errar ou não responder.
As perguntas devem estar limitadas aos sistemas de proteção contra incêndio existentes na edificação.

1 – Onde se localizam as escadas de segurança existentes na edificação?

CERTO ERRADO

2 – As portas corta fogo de uma escada de segurança podem permanecer abertas?

CERTO ERRADO

3 – Onde se localiza a central de alarme?

CERTO ERRADO

4 – Onde se localiza a central de iluminação de emergência?

CERTO ERRADO

5 – Onde se localiza a central de detecção de incêndio?

CERTO ERRADO

6 – Cite uma forma correta de acondicionamento da mangueira de incêndio no interior do abrigo:

CERTO ERRADO

7 – Solicito que aponte um acionador manual do sistema de alarme instalado na edificação:

CERTO ERRADO

8 – Solicito que demonstre a localização do registro de recalque:

CERTO ERRADO

9 – Solicito que demonstre a forma de acionamento de um hidrante existente na edificação:

CERTO ERRADO

10 – Solicito que demonstre a forma de funcionamento do sistema de espuma existente na edificação:

CERTO ERRADO

11 – Cite três elementos que formam o tetraedro do fogo?

CERTO ERRADO

12 – Quais são os métodos de extinção do fogo?

CERTO ERRADO

13 – Qual o tipo de extintor existente na edificação ideal para combater incêndio classe A?

CERTO ERRADO

14 – Qual o tipo de extintor existente na edificação ideal para combater incêndio classe B?

CERTO ERRADO

434
435
Instrução Técnica nº 17/2004 - Brigada de Incêndio

15 – Qual o tipo de extintor existente na edificação ideal para combater incêndio classe C?

CERTO ERRADO

16 – Solicito que demonstre a forma de utilização de um extintor de incêndio existente na edificação:

CERTO ERRADO

17 – Qual o telefone para acionamento do Corpo de Bombeiros?

CERTO ERRADO

18 – Qual a seqüência para análise primária de uma vítima?

CERTO ERRADO

19 – Como deve ser realizado a RCP em um adulto?

CERTO ERRADO

20 – Onde se localiza a chave geral de energia elétrica da edificação?

CERTO ERRADO

21- O comando seccional (CS) do sistema de chuveiros automáticos deve permanecer aberto ou fechado?

CERTO ERRADO

22- Solicito que demonstre o procedimento para acionamento manual da bomba de incêndio:

CERTO ERRADO

23- Como é o acionamento e/ou desativação manual do sistema fixo de gás (CO2 ou outros)?

CERTO ERRADO

Ocupação: _____________________End.:_________________________________________

Nº Vistoria:_______________ Nº Proposta:______________

Nome do avaliado (1) ___________________________________Nº de acertos____ ( ) aprovado ( ) reprovado

Nome do avaliado (2) ___________________________________Nº de acertos____ ( ) aprovado ( ) reprovado

Data :____/____/_________

___________________________________ _______________________________

Avaliado (1) Avaliado (2)

____________________________________ ______________________________

Vistoriador (Avaliador) Testemunha

435
Instrução Técnica nº 17/2004 - Brigada de Incêndio

Anexo D
Questionário de avaliação de bombeiro profissional civil

O presente questionário deve ser aplicado, durante a realização das vistorias, aos integrantes da brigada de incêndio que
constam no atestado fornecido.
O bombeiro vistoriador deve assinalar CERTO, quando a resposta estiver correta, e ERRADO, quando o brigadista
errar ou não responder.
As perguntas devem estar limitadas aos sistemas de proteção contra incêndio existentes na edificação.

1 – Quais os elementos que formam o tetraedro do fogo?

CERTO ERRADO

2 – Quais os métodos de extinção do fogo?

CERTO ERRADO

3 – Cite um extintor existente na edificação ideal para incêndio classe C?

CERTO ERRADO

4 – Cite um extintor existente na edificação ideal para incêndio classe A?

CERTO ERRADO

5 – Cite um extintor existente na edificação ideal para incêndio classe B?

CERTO ERRADO

6 – Quais são os pontos e/ou temperaturas do fogo?

CERTO ERRADO

7 – Para que serve o registro de recalque instalado na calçada da edificação?

CERTO ERRADO

8 – Cite dois cuidados que se deve ter com as mangueiras de incêndio:

CERTO ERRADO

9 – Cite qual o número de telefone usado para acionamento do Corpo de Bombeiros:

CERTO ERRADO

10 – Demonstre a forma de utilização de um extintor de incêndio de CO2 :

CERTO ERRADO

11 – Demonstre, a partir do hidrante, como deve ser armada uma linha de combate a incêndio, quando operada por uma
única pessoa:

CERTO ERRADO

12 – Quais são os métodos de extinção do fogo?

CERTO ERRADO

13 – Qual o tipo de extintor existente na edificação ideal para combater incêndio classe A?

CERTO ERRADO

436
437
Instrução Técnica nº 17/2004 - Brigada de Incêndio

14 – Qual a seqüência da análise primária de uma vítima?

CERTO ERRADO

15 – Demonstre o emprego do respirador manual (ambu) em uma vítima com parada respiratória:

CERTO ERRADO

16 – Descreva dois sintomas de uma vítima com ataque cardíaco:

CERTO ERRADO

17 – Demonstre a aplicação de massagem cardíaca e respiração em um adulto com auxílio do respirador manual (ambu):

CERTO ERRADO

18 – Como se procede a RCP em uma vítima atendida por dois socorristas?

CERTO ERRADO

19 – Como deve ser tratada uma vítima com hemorragia venosa no braço?

CERTO ERRADO

20 – Cite dois cuidados que se deve ter com uma vítima de queimadura de 2º grau:

CERTO ERRADO

21- Como deve ser tratada uma vítima de ataque epiléptico?

CERTO ERRADO

22- Cite duas providências que devem ser tomadas em caso de vítima de choque elétrico:

CERTO ERRADO

23- O que significa um X junto ao número da ONU numa placa de identificação de produtos perigosos?

CERTO ERRADO

24- Para que serve o sistema de pressurização em escada de emergência?

CERTO ERRADO

25- O que significa um extintor com capacidade 2A e 20B?

CERTO ERRADO

26- Onde se localiza o barrilete do sistema de combate a incêndio da edificação?

CERTO ERRADO

27- Qual a primeira providência a ser tomada antes da retirada de uma pessoa retida em um elevador?

CERTO ERRADO

28- Para que serve a válvula de governo e alarme do sistema de chuveiro automático?

CERTO ERRADO

29- Demonstre a colocação da máscara autônoma contra gases:

CERTO ERRADO

437
Instrução Técnica nº 17/2004 - Brigada de Incêndio

30- Explique dois processos para se efetuar ventilação em um ambiente tomado por fumaça:

CERTO ERRADO

Ocupação: _____________________End.:_________________________________________

Nº Vistoria:_______________ Nº Proposta:______________

Nome do avaliado (1) ___________________________________Nº de acertos____ ( ) aprovado ( ) reprovado

Nome do avaliado (2) ___________________________________Nº de acertos____ ( ) aprovado ( ) reprovado

Data :____/____/_________

___________________________________ _______________________________

Avaliado (1) Avaliado (2)

____________________________________ ______________________________

Vistoriador (Avaliador) Testemunha

438
Página 1 de 8

NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais (111.000-4)

11.1. Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e


máquinas transportadoras.

11.1.1. Os poços de elevadores e monta-cargas deverão ser cercados, solidamente, em toda sua altura,
exceto as portas ou cancelas necessárias nos pavimentos. (111.001-2 / I2)

11.1.2. Quando a cabina do elevador não estiver ao nível do pavimento, a abertura deverá estar protegida
por corrimão ou outros dispositivos convenientes. (111.002-0 / I2)

11.1.3. Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de


carga, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes,
transportadores de diferentes tipos, serão calculados e construídos demaneira que ofereçam as
necessárias garantias de resistência e segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho.
(111.003-9 / I2)

11.1.3.1. Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos que deverão
ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes defeituosas. (111.004-7 / I2)

11.1.3.2. Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida.
(111.005-5 / I1)

11.1.3.3. Para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal serão exigidas condições


especiais de segurança. (111.006-3 / I1)

11.1.4. Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mãos. (111.007-1 / I1)

11.1.5. Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador dever á receber
treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função. (111.008-0 / I1)

11.1.6. Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão


dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com o nome e fotografia,
em lugar visível. (111.009-8 / I1)

11.1.6.1. O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a revalidação, o empregado
deverá passar por exame de saúde completo, por conta do empregador. (111.010-1 / I1)

11.1.7. Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência sonora


(buzina). (111.011-0 / I1)

11.1.8. Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as peças


defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente substituídas. (111.012-8 / I1)

11.1.9. Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos, por máquinas
transportadoras, deverá ser controlada para evitar concentrações, no ambiente de trabalho, acima dos
limites permissíveis. (111.013-6 / I2)

11.1.10. Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de máquinas transportadoras,


movidas a motores de combustão interna, salvo se providas de dispositivos neutralizadores adequados.

http://www.mte.gov.br/Temas/SegSau/legislacao/NormasRegulamentadoras/Conteudo/test... 12/2/2004
Página 2 de 8

(111.014-4 / I3)

11.2. Normas de segurança do trabalho em atividades de transporte de sacas.

11.2.1. Denomina-se, para fins de aplicação da presente regulamentação a expressão "Transporte manual
de sacos" toda atividade realizada de maneira contínua ou descontínua, essencial ao transporte manual
de sacos, na qual o peso da carga é suportado, integralmente, por um só trabalhador, compreendendo
também o levantamento e sua deposição.

11.2.2. Fica estabelecida a distância máxima de 60,00m (sessenta metros) para o transporte manual de
um saco. (111.015-2 / I1)

11.2.2.1. Além do limite previsto nesta norma, o transporte descarga deverá ser realizado mediante
impulsão de vagonetes, carros, carretas, carros de mão apropriados, ou qualquer tipo de tração
mecanizada. (111.016-0 / I1)

11.2.3. É vedado o transporte manual de sacos, através de pranchas, sobre vãos superiores a 1,00m (um
metro) ou mais de extensão. (111.017-9 / I2)

11.2.3.1. As pranchas de que trata o item 11.2.3 deverão ter a largura mínima de 0,50m (cinqüenta
centímetros). (111.018-7 / I1)

11.2.4. Na operação manual de carga e descarga de sacos, em caminhão ou vagão, o trabalhador terá o
auxílio de ajudante. (111.019-5 / I1)

11.2.5. As pilhas de sacos, nos armazéns, terão a altura máxima correspondente a 30 (trinta) fiadas de
sacos quando for usado processo mecanizado de empilhamento. (111.020-9 / I1)

11.2.6. A altura máxima das pilhas de sacos será correspondente a 20 (vinte) fiadas quando for usado
processo manual de empilhamento. (111.021-7 / I1)

11.2.7. No processo mecanizado de empilhamento, aconselha-se o uso de esteiras-rolantes, dadas ou


empilhadeiras.

11.2.8. Quando não for possível o emprego de processo mecanizado, admite-se o processo manual,
mediante a utilização de escada removível de madeira, com as seguintes características:

a) lance único de degraus com acesso a um patamar final; (111.022-5 / I1)

b) a largura mínima de 1,00m (um metro), apresentando o patamar as dimensões mínimas de 1,00m x
1,00m (um metro x um metro) e a altura máxima, em relação ao solo, de 2,25m (dois metros e vinte e
cinco centímetros); (111.023-3 / I1)

c) deverá ser guardada proporção conveniente entre o piso e o espelho dos degraus, não podendo o
espelho ter altura superior a 0,15m (quinze centímetros), nem o piso largura inferior a 0,25m (vinte e
cinco centímetros); (111.024-1 / I1)

d) deverá ser reforçada, lateral e verticalmente, por meio de estrutura metálica ou de madeira que
assegure sua estabilidade; (111.025-0 / I1)

http://www.mte.gov.br/Temas/SegSau/legislacao/NormasRegulamentadoras/Conteudo/test... 12/2/2004
Página 3 de 8

e) deverá possuir, lateralmente, um corrimão ou guarda-corpo na altura de 1,00m (um metro) em toda a
extensão; (111.026-8 / I1)

f) perfeitas condições de estabilidade e segurança, sendo substituída imediatamente a que apresente


qualquer defeito. (111.027-6 / I1)

11.2.9. O piso do armazém deverá ser constituído de material não escorregadio, sem aspereza,
utilizando-se, de preferência, o mastique asfáltico, e mantido em perfeito estado de conservação.
(111.028-4 / I1)

11.2.10. Deve ser evitado o transporte manual de sacos em pisos escorregadios ou molhados. (111.029-
2 / I1)

11.2.11. A empresa deverá providenciar cobertura apropriada dos locais de carga e descarga da sacaria.
(111.030-6 / I1)

11.3. Armazenamento de materiais.

11.3.1. O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga calculada para o piso.
(111.031-4 / I1)

11.3.2. O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas,
equipamentos contra incêndio, saídas de emergências, etc. (111.032-2 / I1)

11.3.3. Material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a uma distância de pelo
menos 0,50m (cinqüenta centímetros). (111.033-0 / I1)

11.3.4. A disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, e o acesso às saídas de
emergência. (111.034-9 / I1)

11.3.5. O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a cada tipo de material.

11.4. Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Chapas de Mármore, Granito e outras rochas.

11.4.1. A movimentação, armazenagem e manuseio de chapas de mármore, granito e outras rochas deve
obedecer ao disposto no Regulamento Técnico de Procedimentos constante no Anexo I desta NR.”

Anexo I ao item 11.4.1 da NR-11

REGULAMENTO TÉCNICO DE PROCEDIMENTOS PARA MOVIMENTAÇÃO,


ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE CHAPAS DE MÁRMORE, GRANITO E OUTRAS
ROCHAS

1. Fueiros

1.1. As chapas serradas, ainda sobre o carro transportador e dentro do alojamento do tear, devem
receber proteção lateral para impedir a queda das mesmas - proteção denominada L ou Fueiro,
observando-se os seguintes requisitos mínimos:

a) os equipamentos devem ser calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias

http://www.mte.gov.br/Temas/SegSau/legislacao/NormasRegulamentadoras/Conteudo/test... 12/2/2004
Página 4 de 8

garantias de resistência e segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho;

b) em todo equipamento será indicado, em lugar visível, o nome do fabricante, o responsável técnico e a
carga máxima de trabalho permitida;

c) os encaixes dos L (Fueiros) devem possuir sistema de trava que impeça a saída acidental dos mesmos.

2. Carro porta-bloco e Carro transportador

2.1. O uso de carros porta-bloco e carros transportadores devem obedecer aos seguintes requisitos
mínimos:

a) os equipamentos devem ser calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias


garantias de resistência e segurança e serem conservados em perfeitas condições de trabalho, atendendo
as instruções do fabricante;

b) em todo equipamento deve ser indicado, em lugar visível, o nome do fabricante, o responsável
técnico e a carga máxima de trabalho permitida;

c) tanto o carro transportador como o porta-bloco devem dispor de proteção das partes que ofereçam
risco para o operador, com atenção especial aos itens:

- condições dos cabos de aço;

- ganchos e suas proteções;

- proteção das roldanas;

- proteção das rodas do carro;

- proteção das polias e correias;

- proteção das partes el étricas.

d) operador do carro transportador e do carro porta-bloco, bem como a equipe que trabalhar na
movimentação do material, deve receber treinamento adequado e específico para a operação;

e) além de treinamento, informações e instruções, os trabalhadores devem receber orientação em


serviço, que consistirá de período no qual desenvolverão suas atividades sob orientação de outro
trabalhador experiente ou sob supervisão direta, com duração mínima de trinta dias;

f) para operação de máquinas, equipamentos ou processos diferentes daqueles a que o operador estava
habituado, deve ser feito novo treinamento, de modo a qualificá-lo à utilização dos mesmos;

g) após a retirada do carro porta-bloco do alojamento do tear, as proteções laterais devem permanecer
até a retirada de todas as chapas;

h) nenhum trabalho pode ser executado com pessoas entre as chapas;

i) devem ser adotados procedimentos para impedir a retirada de chapas de um único lado do carro

http://www.mte.gov.br/Temas/SegSau/legislacao/NormasRegulamentadoras/Conteudo/test... 12/2/2004
Página 5 de 8

transportador, com objetivo de manter a estabilidade do mesmo;

j) a operação do carro transportador e do carro porta -bloco deve ser realizada, por no mínimo duas
pessoas treinadas conforme a alínea “d”.

3. Pátio de Estocagem

3.1. Nos locais do pátio onde for realizada a movimentação e armazenagem de chapas, devem ser
observados os seguintes critérios:

a) piso não deve ser escorregadio, não ter saliências e ser horizontal, facilitando o deslocamento de
pessoas e materiais;

b) piso deve ser mantido em condições adequadas devendo a empresa garantir que o mesmo tenha
resistência suficiente para suportar as cargas usuais;

c) recomenda-se que a área de armazenagem de chapas seja protegida contra intempéries.

3.2. As empresas que estejam impedidas de atender ao prescrito no item 3.1 devem possuir projeto
alternativo com as justificativas técnicas da impossibilidade além de medidas acessórias para garantir
segurança e conforto nas atividades de movimentação e armazenagem das chapas.

4. Cavaletes

4.1. Os cavaletes devem estar instalados sobre bases construídas de material resistente e impermeável,
de forma a garantir perfeitas condições de estabilidade e de posicionamento, observando-se os seguintes
requisitos:

a) os cavaletes devem garantir adequado apoio das chapas e possuir altura m ínima de um metro e
cinqüenta centímetros;

b) os cavaletes verticais devem ser compostos de seções com largura máxima de vinte e dois
centímetros;

c) os palitos dos cavaletes verticais devem ter espessura que possibilite resistência aos esforços das
cargas usuais e serem soldados, garantindo a estabilidade e impedindo o armazenamento de mais de dez
chapas em cada seção;

d) cada cavalete vertical deve ter no máximo seis metros de comprimento com um reforço nas
extremidades;

e) deve ser garantido um espaço, devidamente sinalizado, com no mínimo oitenta centímetros entre
cavaletes verticais;

f) a distância entre cavaletes e as paredes do local de armazenagem deve ser de no mínimo cinqüenta
centímetros;

g) os cavaletes devem ser conservados em perfeitas condições de uso;

h) em todo cavalete deve ser indicado, em lugar visível, o nome do fabricante, o responsável técnico e a

http://www.mte.gov.br/Temas/SegSau/legislacao/NormasRegulamentadoras/Conteudo/test... 12/2/2004
Página 6 de 8

carga máxima de trabalho permitida;

i) a área de circulação de pessoas deve ser demarcada e possuir no mínimo um metro e vinte
centímetros de largura;

j) espaço destinado para carga e descarga de materiais deve possuir largura de, no mínimo, uma vez e
meia a largura do maior veículo utilizado e ser devidamente demarcado no piso;

k) os cavaletes em formato triangular devem ser mantidos em adequadas condições de utilização,


comprovadas por vistoria realizada por profissional legalmente habilitado;

l) as atividades de retirada e colocação de chapas em cavaletes devem ser realizadas sempre com pelo
menos uma pessoa em cada extremidade da chapa.

4.2. Recomenda-se a adoção de critérios para a separação no armazenamento das chapas, tais como cor,
tipo do material ou outros critérios de forma a facilitar a movimentação das mesmas.

4.3. Recomenda-se que as empresas mantenham, nos locais de armazenamento, os projetos, cálculos e as
especificações técnicas dos cavaletes.

5. Movimentação de chapas com uso de ventosas

5.1. Na movimentação de chapas com o uso de ventosas devem ser observados os seguintes requisitos
mínimos:

a) a potência do compressor deve atender às necessidades de pressão das ventosas para sustentar as
chapas quando de sua movimentação;

b) as ventosas devem ser dotadas de válvulas de segurança, com acesso facilitado ao operador,
respeitando os aspectos ergonômicos;

c) as mangueiras e conexões devem possuir resistência compatível com a demanda de trabalho;

d) as ventosas devem ser dotadas de dispositivo auxiliar que garanta a contenção da mangueira, evitando
seu ricocheteamento em caso de desprendimento acidental;

e) as mangueiras devem estar protegidas, firmemente presas aos tubos de saída e de entrada e,
preferencialmente, afastadas das vias de circulação;

f) fabricante do equipamento deve fornecer manual de operação em português, objetivando treinamento


do operador;

g) as borrachas das ventosas devem ter manutenção periódica e imediata substituição em caso de
desgaste ou defeitos que as tornem impróprias para uso;

h) empregador deve destinar área específica para a movimentação de chapas com uso de ventosa, de
forma que o trabalho seja realizado com total segurança; esta área deve ter sinalização adequada na
vertical e no piso;

i) procedimentos de segurança devem ser adotados para garantir a movimentação segura de chapas na

http://www.mte.gov.br/Temas/SegSau/legislacao/NormasRegulamentadoras/Conteudo/test... 12/2/2004
Página 7 de 8

falta de energia elétrica.

5.2. Recomenda-se que os equipamentos de movimentação de chapas, a vácuo, possuam alarme sonoro
e visual que indiquem pressão fora dos limites de segurança estabelecidos.

6. Movimentação de chapas com cabos de aço, cintas, correias e correntes

6.1. Na movimentação de chapas, com a utilização de cabos de aço, cintas, correias e correntes, deve ser
levada em conta a capacidade de sustentação das mesmas e a capacidade de carga do equipamento de
içar, atendendo as especificações técnicas e recomendações do fabricante.

6.2. Correntes e cabos de aço devem ser adquiridos exclusivamente de fabricantes ou de representantes
autorizados, sendo proibida a aquisição de sucatas, em especial de atividades portuárias.

6.3. O empregador deve manter as notas fiscais de aquisição dos cabos de aço e correntes no
estabelecimento à disposi ção da fiscalização.

6.4. Em todo equipamento deve ser indicado, em lugar visível, o nome do fabricante, o responsável
técnico e a carga máxima de trabalho permitida.

6.5. Os cabos de aço, correntes, cintas e outros meios de suspensão ou tração e suas conexões, devem ser
instalados, mantidos e inspecionados conforme especificações técnicas do fabricante.

6.6. O empregador deve manter em arquivo próprio o registro de inspeção e manutenção dos cabos de
aço, cintas, correntes e outros meios de suspensão em uso.

6.7. O empregador deve destinar área específica com sinalização adequada, na vertical e no piso, para a
movimentação de chapas com uso de cintas, correntes, cabos de aço e outros meios de suspensão.

7. Movimentação de Chapas com Uso de Garras

7.1. A movimentação de chapas com uso de garras só pode ser realizada pegando-se uma chapa por vez
e por no mínimo três trabalhadores e observando-se os seguintes requisitos mínimos:

a) não ultrapassar a capacidade de carga dos elementos de sustentação e a capacidade de carga da ponte
rolante ou de outro tipo de equipamento de içar, atendendo as especificações técnicas e recomendações
do fabricante;

b) todo equipamento de içar deve ter indicado, em lugar visível, o nome do fabricante, o responsável
técnico e a carga máxima de trabalho permitida;

c) as áreas de movimentação devem propiciar condições de forma que o trabalho seja realizado com
total segurança e serem sinalizadas de forma adequada, na vertical e no piso.

7.2. As empresas devem ter livro próprio para registro de inspe ção e manutenção dos elementos de
sustentação usados na movimentação de chapas com uso de garras.

7.2.1. As inspeções e manutenções devem ser realizadas por profissional legalmente habilitado e dado
conhecimento ao empregador.

http://www.mte.gov.br/Temas/SegSau/legislacao/NormasRegulamentadoras/Conteudo/test... 12/2/2004
Página 8 de 8

8. Disposições Gerais

8.1. Durante as atividades de preparação e retirada de chapas serradas do tear devem ser tomadas
providências para impedir que o quadro inferior porta lâminas do tear caia sobre os trabalhadores.

8.2. As instruções, visando a informação, qualificação e treinamento dos trabalhadores, devem ser
redigidas em linguagem compreensível e adotando metodologias, técnicas e materiais que facilitem o
aprendizado para preservação de sua segurança e saúde.

8.3. Na construção dos equipamentos utilizados na movimentação e armazenamento de chapas devem


ser observadas no que couber as especificações das normas da ABNT e outras nacionalmente aceitas.

8.4. Fica proibido o armazenamento e a disposição de chapas sobre paredes, colunas, estruturas
metálicas ou outros locais que não sejam os cavaletes especificados neste Regulamento Técnico de
Procedimentos.

Glossário:

Carro porta-bloco: Carro que fica sob o tear com o bloco;

Carro transportador: Carro que leva o carro porta-bloco at é o tear.

Cavalete triangular: Peça metálica em formato triangular com uma base de apoio usado para
armazenagem de chapas de mármore, granito e outras rochas.

Cavalete vertical: Peça metálica em formato de pente colocado na vertical apoiado sobre base
metálica, usado para armazenamento de chapas de mármore, granito e outras rochas.

Fueiro: Peça metálica em formato de L (para os carros porta-bloco mais antigos), ou simples, com um
de seus lados encaixados sobre a base do carro porta-bloco, que tem por finalidade garantir a
estabilidade das chapas durante e após a serrada e enquanto as chapas estiverem sobre o carro.

Palitos: Hastes metálicas usadas nos cavaletes verticais para apoio das chapas de mármore, granito e
outras rochas.

Chapas de mármore ou granito: Produto da serragem do bloco, com medidas variáveis podendo ser
de três metros por um metro e cinqüenta cent ímetros com espessuras de dois a três centímetros.

Tear: Equipamento robusto composto de um quadro de lâminas de aço, que apoiadas sobre o bloco de
pedra; quando acionadas, fazem um movimento de vai e vem, serrando a pedra de cima para baixo
sendo imprescindível o uso gradual de areia, granalha de aço e água para que seja possível o
transpasse do bloco de rochas.

Cintas: Equipamento utilizado para a movimentação de cargas diversas.

Ventosa: Equipamento a vácuo usado na movimentação de chapas de mármore, granito e outras


rochas.

http://www.mte.gov.br/Temas/SegSau/legislacao/NormasRegulamentadoras/Conteudo/test... 12/2/2004
NR 12 - Máquinas e Equipamentos (112.000-0)

12.1. Instalações e áreas de trabalho.

12.1.1. Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos devem ser vistoriados e
limpos, sempre que apresentarem riscos provenientes de graxas, óleos e outras substâncias que os tornem
escorregadios. (112.001-8 / I1)

12.1.2. As áreas de circulação e os espaços em torno de máquinas e equipamentos devem ser dimensionados
de forma que o material, os trabalhadores e os transportadores mecanizados possam movimentar-se com
segurança. (112.002-6 / I1)

12.1.3. Entre partes móveis de máquinas e/ou equipamentos deve haver uma faixa livre variável de 0,70m
(setenta centímetros) a 1,30m (um metro e trinta centímetros), a critério da autoridade competente em
segurança e medicina do trabalho. (112.003-4 / I1)

12.1.4. A distância mínima entre máquinas e equipamentos deve ser de 0,60m (sessenta centímetros) a 0,80m
(oitenta centímetros), a critério da autoridade competente em segurança e medicina do trabalho. (112.004-2
I1)

12.1.5. Além da distância mínima de separação das máquinas, deve haver áreas reservadas para corredores e
armazenamento de materiais, devidamente demarcadas com faixa nas cores indicadas pela NR 26. (112.005-0
/ I1)

12.1.6. Cada área de trabalho, situada em torno da máquina ou do equipamento, deve ser adequada ao tipo de
operação e à classe da máquina ou do equipamento a que atende. (112.006-9 / I1)

12.1.7. As vias principais de circulação, no interior dos locais de trabalho, e as que conduzem às saídas devem
ter, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) de largura e ser devidamente demarcadas e mantidas
permanentemente desobstruídas. (112.007-7 / I1)

12.1.8. As máquinas e os equipamentos de grandes dimensões devem ter escadas e passadiços que permitam
acesso fácil e seguro aos locais em que seja necessária a execução de tarefas. (112.008-5 / I1)

12.2. Normas de segurança para dispositivos de acionamento, partida e parada de máquinas e equipamentos.

12.2.1. As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivos de acionamento e parada localizados de modo
que:
a) seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho; (112.009-3 / I2)
b) não se localize na zona perigosa de máquina ou do equipamento; (112.010-7 / I2)
c) possa ser acionado ou desligado em caso de emergência, por outra pessoa que não seja o operador;
(112.011-5 / I2)
d) não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo operador, ou de qualquer outra forma
acidental; (112.012-3 / I2)
e) não acarrete riscos adicionais. (112.013-1 / I2)

12.2.2. As máquinas e os equipamentos com acionamento repetitivo, que não tenham proteção adequada,
oferecendo risco ao operador, devem ter dispositivos apropriados de segurança para o seu acionamento.
(112.014-0/ I2)

12.2.3. As máquinas e os equipamentos que utilizarem energia elétrica, fornecida por fonte externa, devem
possuir chave geral, em local de fácil acesso e acondicionada em caixa que evite o seu acionamento acidental
e proteja as suas partes energizadas. (112.015-8 / I2)

12.2.4. O acionamento e o desligamento simultâneo, por um único comando, de um conjunto de máquinas ou


de máquina de grande dimensão, devem ser precedido de sinal de alarme. (112.016-6 / I2
12.3. Normas sobre proteção de máquinas e equipamentos.

12.3.1. As máquinas e os equipamentos devem ter suas transmissões de força enclausuradas dentro de sua
estrutura ou devidamente isoladas pôr anteparos adequados. (112.017-4 / I2)

12.3.2. As transmissões de força, quando estiverem a uma altura superior a 2,50m (dois metros e cinqüenta
centímetros), podem ficar expostas, exceto nos casos em que haja plataforma de trabalho ou áreas de
circulação em diversos níveis. (112.018-2 / I2)

12.3.3. As máquinas e os equipamentos que ofereçam risco de ruptura de suas partes, projeção de peças ou
partes destas, devem ter os seus movimentos, alternados ou rotativos, protegidos. (112.019-0 / I2)
12.3.4. As máquinas e os equipamentos que, no seu processo de trabalho, lancem partículas de material,
devem ter proteção, para que essas partículas não ofereçam riscos. (112.020-4 / I2)

12.3.5. As máquinas e os equipamentos que utilizarem ou gerarem energia elétrica devem ser aterrados
eletricamente, conforme previsto na NR 10. (112.021-2 / I2)

12.3.6. Os materiais a serem empregados nos protetores devem ser suficientemente resistentes, de forma a
oferecer proteção efetiva. (112.022-0 / I1)

12.3.7. Os protetores devem permanecer fixados, firmemente, à máquina, ao equipamento, piso ou a qualquer
outra parte fixa, por meio de dispositivos que, em caso de necessidade, permitam sua retirada e recolocação
imediatas. (112.023-9 / I1)

12.3.8. Os protetores removíveis só podem ser retirados para execução de limpeza, lubrificação, reparo e
ajuste, ao fim das quais devem ser, obrigatoriamente, recolocados. (112.024-7 / I1)

12.3.9. Os fabricantes, importadores e usuários de motosserras devem atender ao disposto no Anexo I desta
NR.

12.3.10. Os fabricantes, importadores e usuários de cilindros de massa devem atender ao disposto no Anexo II
desta NR.

12.3.11 Os fabricantes e impotadores de máquinas injetoras de plástico, ao disposto na norma NBR 13536/95.

12.3.11.1 Os fabricantes e importadores devem afixar, em local visível, uma identificação com as seguintes
características:

ESTE EQUIPAMENTO ATENDE AOS


REQUISITOS DE SEGURANÇA DA NR-12

• Subitens 12.3.11 e 13.3.11.1 acrescentados pela Portaria n.º 9, de 30-03-2000

12.4. Assentos e mesas.

12.4.1. Para os trabalhos contínuos em prensas e outras máquinas e equipamentos, onde o operador possa
trabalhar sentado, devem ser fornecidos assentos conforme o disposto na NR 17. (112.025-5 / I1)

12.4.2. As mesas para colocação de peças que estejam sendo trabalhadas, assim como o ponto de operação
das prensas, de outras máquinas e outros equipamentos, devem estar na altura e posição adequadas, a fim de
evitar fadiga ao operador, nos termos da NR 17. (112.026-3 / I1)

12.4.3. As mesas deverão estar localizadas de forma a evitar a necessidade de o operador colocar as peças em
trabalho sobre a mesa da máquina. (112.027-1 / I1)
12.5. Fabricação, importação, venda e locação de máquinas e equipamentos.

12.5.1. É proibida a fabricação, a importação, a venda, a locação e o uso de máquinas e equipamentos que não
atendam às disposições contidas nos itens 12.2 e 12.3 e seus subitens, sem prejuízo da observância dos demais
dispositivos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. (112.028-0 / I2)

12.5.2. O Delegado Regional do Trabalho ou Delegado do Trabalho Marítimo, conforme o caso, decretará a
interdição da máquina ou de equipamento que não atender ao disposto no subitem 12.5.1.

12.6. Manutenção e operação.


12.6.1. Os reparos, a limpeza, os ajustes e a inspeção somente podem ser executados com as máquinas
paradas, salvo se o movimento for indispensável à sua realização. (112.029-8 / I2)

12.6.2. A manutenção e inspeção somente podem ser executadas por pessoas devidamente credenciadas pela
empresa. (112.030-1 / I1)

12.6.3. A manutenção a inspeção das máquinas e dos equipamentos devem ser feitas de acordo com as
instruções fornecidas pelo fabricante e/ou de acordo com as normas técnicas oficiais vigentes no País.
(112.031-0 / I1)

12.6.4. Nas áreas de trabalho com máquinas e equipamentos devem permanecer apenas o operador e as
pessoas autorizadas. (112.032-8 / I1)

12.6.5. Os operadores não podem se afastar das áreas de controle das máquinas sob sua responsabilidade,
quando em funcionamento. (112.033-6 / I1)

12.6.6. Nas paradas temporárias ou prolongadas, os operadores devem colocar os controles em posição neutra,
acionar os freios e adotar outras medidas, com o objetivo de eliminar riscos provenientes de deslocamentos.
(112.034-4 / I1)

12.6.7. É proibida a instalação de motores estacionários de combustão interna em lugares fechados ou


insuficientemente ventilados. (112.035-2 / I2)

ANEXO I

MOTOSSERRAS

1. FABRICAÇÃO, importação, venda, locação e uso de motosserras. É proibida a fabricação, importação,


venda, locação e uso de motosserras que não atendam às disposições contidas neste Anexo, sem prejuízo dos
demais dispositivos legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho. (112.036-0 / I4).

2. PROIBIÇÃO DE USO DE MOTOSSERRAS. É proibido o uso de motos serras à combustão interna em


lugares fechados ou insuficientemente ventilados. (112.037-9 / I4).

3. DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA. As motosserras, fabricadas e importadas, para comercialização no


País, deverão dispor dos seguintes dispositivos de segurança: (112.038-7 / I4)
a) freio manual de corrente;
b) pino pega-corrente;
c) protetor da mão direita;
d) protetor da mão esquerda;
e) trava de segurança do acelerador.

3.1. Para fins de aplicação deste item, define-se:


a) freio manual de corrente: dispositivo de segurança que interrompe o giro da corrente, acionado pela mão
esquerda do operador;
b) pino pega-corrente: dispositivo de segurança que, nos casos de rompimento da corrente, reduz seu curso,
evitando que atinja o operador;
c) protetor da mão direita: proteção traseira que, no caso de rompimento da corrente, evita que esta atinja a
mão do operador;
d) protetor da mão esquerda: proteção frontal que evita que a mão do operador alcance, involuntariamente, a
corrente, durante a operação de corte;
e) trava de segurança do acelerador: dispositivo que impede a aceleração involuntária.

4. RUÍDOS E VIBRAÇÕES. Os fabricantes e importadores de motosserras instalados no País introduzirão,


nos catálogos e manuais de instruções de todos os modelos de motosserras, os seus níveis de ruído e vibração
e a metodologia utilizada para a referida aferição. (112.039-5 / I4)

5. MANUAL DE INSTRUÇÕES. Todas as motosserras fabricadas e importadas serão comercializadas com


Manual de Instruções contendo informações relativas à segurança e à saúde no trabalho especialmente:
a) riscos de segurança e saúde ocupacional; (112.040-9 / I4).
b) instruções de segurança no trabalho com o equipamento, de acordo com o previsto nas Recomendações
Práticas da Organização Internacional do Trabalho - OIT;
c) especificações de ruído e vibração;
d) penalidades e advertências.

6. TREINAMENTO obrigatório para operadores de mo tosserra. Deverão ser atendidos os seguintes:

6.1. Os fabricantes e importadores de motosserra instalados no País, através de seus revendedores, deverão
disponibilizar treinamento e material didático para os usuários de motosserra, com conteúdo programático
relativo à utilização segura de motosserra, constante no Manual de Instruções. (112.041-7 / I4)

6.2. Os empregadores deverão promover a todos os operadores de motosserra treinamento para utilização
segura da máquina, com carga horária mínima de 8 (oito) horas, com conteúdo programático relativo à
utilização segura da motosserra, constante no Manual de Instruções. (112.042-5 / I4)

6.3. Os certificados de garantia dos equipamentos contarão com campo específico, a ser assinado pelo
consumidor, confirmando a disponibilidade do treinamento ou responsabilizando-se pelo treinamento dos
trabalhadores que utilizarão a máquina. (112.043-3 / I4)

7. ROTULAGEM. Todos os modelos de motosserra deverão conter rotulagem de advertência indelével


resistente, em local de fácil leitura e visualização do usuário, com a seguinte informação: “O uso inadequado
da motosserra pode provocar acidentes graves e danos à saúde”. (112.044-1 / I4)

8. PRAZO. A observância do disposto nos itens 4, 6 e 7 será obrigatória a partir de janeiro de 1995.
a.1) proteção fixa instalada a 117 cm (± 2,5 cm) de altura e a 92 cm ( 2,5 cm) da extremidade da mesa baixa,
para evitar o acesso à área de movimento de riscos; (112.045-0 / I4)

ANEXO II

CILINDROS DE MASSA

1. É proibido a fabricação, a importação, a venda e a locação de cilindros de massa que não atendam às
disposições contidas neste Anexo, sem prejuízo dos demais dispositivos legais e regulamentares sobre a
segurança e saúde no trabalho. (112.045-0 / I4)
a.) proteção fixa instalada a 177 cm (± 2,5 cm) de altura e a 77 cm (± 2,5 cm) da extremidade da mesa baixa,
para evitar o acesso à área de movimento de riscos.
2. Dispositivos de Segurança
Os cilindros de massa fabricadas e importadas para comercialização no País deverão dispor dos seguintes
dispositivos de segurança:

a.1) proteção fixa instalada a 117 cm (± 2,5 cm) de altura e a 92 cm (± 2,5 cm) da extremidade da mesa baixa,
para evitar o acesso à área de movimento de riscos; (112.046-8 / I4)
a.2) proteção fica na laterais /da prancha de extensão traseira., para eliminar a possibilidade de contato com a
área de movimentação de ricos, pôr outro local, além da área de operação; (112.046-8/ I4)
a.3) prancha de extensão traseira, com inclinação de 50 a 55 graus e distância entre zona de prensagem
(centro e cilindro inferior) e extremidade superior da prancha 80 cm (± 2,5 cm); (112.048-4 /L4)
a.4) mesa baixa com comprimento de 80 cm (± 2,5 cm), medidas do centro do cilindro inferior à extremidade
da mesa e altura de 75 cm (± 2,5 cm); (112.049-2 / I4)
a.5) chapa de fechamento do vão ente tolete obstrutivo e cilindro superior. (112.050-6 / I4)

b. Segurança e Limpeza:

b.1) para o cilindro lâmpada de limpeza em contato com a superfície inferior do cilindro; (11.053-0 / I4)
b.2) para o cilindro inferior chapa de fechamento do vão entre cilindro e mesa baixa. (112.052-2 /I4)

c. Proteção Elétrica

c.1) dispositivo eletrônico que impeça a inversão de fases; (112.053-0 /I4)


c.2) sistema de parada instantânea de emergência, acionado por botoeiras posicionadas lateralmente, à prova
de poeira, devendo funcionar com freio motor ou similar, de tal forma que elimine o movimento de inércia
dos cilindros. (112. 054-9 / I4)

d. Proteção das polias:

d.1) proteção das polias com tela de malha, no máximo, 0.25 cm², ou chapa. (112.055-7 /I4)

e. Indicador visual:

e.1) indicador visual para regular visualmente a abertura dos cilindros durante a operação de cilindrar a
massa, evitando o ato de colocar as mãos para verificar a abertura dos cilindros. (112.056-5 /I4)

3. Para fins de aplicação deste item, define-se:

• Cilindro de Massa: máquina utilizada para cilindrar a massa de fazer pães.


Consiste principalmente de mesa baixa, prancha de extensão traseira, cilindros superior e inferior, motor
e polias.
• Mesa Baixa: prancha de madeira revestida de fórmica, na posição horizontal, utilizado como apoio para o
operador manusear a massa.
• Prancha de Extensão Traseira: prancha de madeira revestida com fórmica, inclinada em relação À base,
utilizada para suportar e encaminhar a massa até os cilindros.
• Cilindros Superior e Inferior: cilindram a massa, possuindo ajuste de espessura e posicionam-se entre a
mesa baixa e a prancha.
• Distância de Segurança: mínima distância necessária para impedir o acesso à zona de perigo.
• Movimento de Risco: movimento de partes da máquina que podem causar danos pessoais.
• Proteções: dispositivos mecânicos que impedem o acesso às áreas de movimentos de risco.
• Proteções Fixas: proteções fixadas mecanicamente, cuja remoção ou deslocamento só é possível com o
auxílio de ferramentas.
• Proteções Móveis: proteções móveis que impedem o acesso à área dos movimentos de risco quando
fechadas.
• Segurança Mecânica: dispositivo que, quando acionado, impede mecanicamente o movimento da
máquina.
• Segurança Elétrica: dispositivo que, quando acionado, impede eletricamente o movimento da máquina.

Você também pode gostar