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sistema de gestão da qualidade JAN - 2020

CURSO: PRIMEIROS PASSOS PARA UM SISTEMA DE


GESTÃO DA QUALIDADE APLICADA
Palestrante: Fernando Soares

O PORQUÊ DA QUALIDADE?

• O Cliente x Sistema. Um grau de excelência;


• O cliente “quase” sempre tem razão mas é a razão do sistema existir. Consumidores satisfeitos;
• É importante saber e entender a real necessidade da Qualidade em qualquer segmento, em
especial no segmento de saneantes. Adequação ao uso e ao propósito;
• Todo sistema de Gestão é específico no tocante à empresa, porém, é generalizado como um
todo. Satisfação das necessidades implícitas ou não;
• É trabalhoso, cansativo, estressante, mas é, sobretudo, gratificante. Conformidade com os
requerimentos/legislação;
• Cuidado: o mérito é de todos, mas a responsabilidade pelo fracasso é nossa!

DEFINIÇÕES

Podemos definir a Qualidade de um produto como sendo o grau de satisfação dos


requisitos dado por um conjunto de características intrínsecas, ou seja, de uma combinação de
características do projeto e da produção, determinante na satisfação que o produto possa
proporcionar ao consumidor, durante o seu uso Esta definição leva-nos a pensar em termos como,
confiabilidade, adequabilidade, durabilidade, que na realidade são características individuais que
em conjunto constituem a qualidade do produto.
Então para haver gestão da qualidade, esta deve começar por ser definida ou especificada
Três grandes divisão podem ser consideradas para simplificar a exposição CONCEPÇÃO, FABRICO E
USO.
A qualidade da concepção deve ser a medida que o projeto incorpore as necessidades e
expectativas do consumidor, quer em termos funcionais, quer em termos técnicos. A qualidade do
fabrico/Produto deve ser na medida em que o produto esteja de acordo com as Especificações.
A qualidade na utilização deve ser na medida em que o produto desempenhe as tarefas ou
preste os serviços que o consumidor espere dele Uma quarta divisão tem a ver com a qualidade
relacional, medida da eficácia dos contatos com os clientes (a qualidade é afetada por todas as
pessoas que têm contato com os clientes) Neste conceito, estão incluídos os clientes internos
(Pires,2007,p.p.21).

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Qualquer que seja a definição de Qualidade, esta deve implicar respostas às necessidades
do cliente pelo produto comprado atuando de diferente forma e intensidade, segundo o tipo de
produto que se está a produzir ou serviço que se está a prestar. A aplicação da Qualidade, nunca
deve estar desagregada da Melhoria Contínua a qual é entendida como um processo de mudanças
continuadas que melhoram a organização e lhe agregam valor.

O Sistema de Gestão da Qualidade é a estrutura organizacional criada para gerir e garantir


a Qualidade, os recursos necessários, os
procedimentos operacionais e as
responsabilidades estabelecidas. O SGQ
deve ser documentado e formalizado
através do Manual da Qualidade (ISO 9001
2008) devendo incluir os elementos que
identifiquem claramente a forma de gestão
que possa ter influência na Qualidade do
produto ou serviço final.
A Estrutura da Documentação pode
ser expressa por diversas formas, uma
pirâmide (conforme se apresenta na figura
seguinte), uma árvore, um diagrama ou
outras.

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A FAMÍLIA ISO 9000

A família de normas NBR ISO 9000:1994 (9001, 9002 e 9003) foi cancelada e substituída
pela série de normas ABNT NBR ISO 9000:2000, que é composta de três.
• ABNT NBR ISO 9000:2015: Descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e
estabelece a terminologia para estes sistemas.
• ABNT NBR ISO 9001:2015: Especifica requisitos para um Sistema de Gestão da Qualidade, onde
uma organização precisa demonstrar sua capacidade para fornecer produtos que atendam aos
requisitos do cliente e aos requisitos regulamentares aplicáveis e objetivas aumentar a satisfação
do cliente.
• ABNT NBR ISO 9004:2010: Fornece diretrizes que consideram tanto a eficácia como a eficiência
do sistema de gestão da qualidade. O objetivo desta norma é melhorar o desempenho da
organização e a satisfação dos clientes e das outras partes interessadas. A norma já existe desde
1987 e a sua última atualização foi agora em 2018, no mês de Abril. A ISO 9004 não possui
certificação em específico, mas possui uma ótima ferramenta de gestão de assessment que ajuda
a organização a elevar o nível de maturidade de vários componentes de seus sistema, como
identificar e priorizar áreas para melhorias. Isso ajudará a organização a alcançar um nível além da
ISO 9001, nela serão abordado tópicos importantíssima. Tais como: alinhamento e desdobramento
de estratégias, políticas e objetivos dentro de uma visão mais ampla de organização, missão,
valores e cultura. Não existe certificação para as normas ABNT NBR ISO 9000:2000 e ABNT NBR
ISO 9004:2010.

HISTÓRIA DA QUALIDADE

Dentre as várias linhas de pensamento a cerca da temática qualidade, Juran e Deming


foram os dois pioneiros do movimento Os nipônicos os consideram inspiradores do milagre
industrial japonês iniciado na década de 50 Os norte americanos só os descobriram nos anos 80 As
suas ideias foram a base de uma revolução da qualidade que restabeleceu a confiança na indústria
nacional e, mais tarde se propagou pelo Mundo.
Mas seria injusto associar o movimento a estes dois gurus Do lado norte americano, Walter
Shewhart ficou conhecido como os pais do controle estatístico do processo (carta CEP). Philip
Crosby deu uma preciosa ajuda com a sua teoria do zero defeito e Armand Feigenbaum foi o
grande impulsionador do conceito de controle total da qualidade. Do lado japonês, Kaoru
Ishikawa e Genichi Taguchi são dois nomes sonantes Ishikawa foi o pioneiro que deu um cunho
japonês aos ensinamentos de Deming e Juran e criou as sete famosas ferramentas do controle
estatístico da qualidade. Foi também o grande inspirador dos círculos de qualidade Taguchi
prestou um forte impulso à promoção do design industrial que marcou a segunda vaga do
movimento da qualidade no Japão após a primeira fase assente no CONTROLE estatístico.

• WALTER A SHEWHART, o “do Controle Estatístico de Processo desenvolveu umas das


ferramentas mais utilizadas até hoje no controle da qualidade os gráficos ou cartas de controle
Você pode perguntar, “Mas o que tinha de revolucionário nessa ferramenta”? Shewart fundiu
conceitos de estatística em um método gráfico de fácil utilização no chão de fábrica e os aplicou a
realidade produtiva da Bell Telephones Laboratories empresa onde trabalhava Essa ferramenta

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possibilitava analisar os resultados das inspeções, que até o momento eram realizadas apenas
para separar produtos com defeito, através de gráficos que permitiam distinguir entre causas de
variação comuns ao processo e aquelas causas especiais que deveriam ser investigadas. Com essa
ferramenta foi possível sair de um comportamento reativo para um proativo que evitasse novas
ocorrências Shewart também propôs o Ciclo PDCA conceito depois lapidado por um discípulo
chamado Deming Segundo uma de suas definições de qualidade: “A qualidade é subjetiva e
objetiva”

• WILLIAN EDWARD DEMING, Segundo Deming a Qualidade de um produto ou serviço apenas


pode ser definida pelo cliente A Qualidade é, assim, um termo relativo que vai mudando de
significado à medida que as necessidades dos clientes evoluem Para corresponder ou exceder as
expectativas dos clientes os gestores têm de compreender a importância das pesquisas junto dos
consumidores, as teorias e o pensamento estatístico e a aplicação dos métodos estatísticos aos
processos.
Nas definições extraídas dos seus escritos nota se a ênfase posta nos métodos
quantitativos cujos resultados, aplicados aos produtos, resultarão em: Grau previsível de
uniformidade devido a uma reduzida variabilidade; Custos menores; Adequação ao mercado.

No seu livro "Out of the Crisis Deming é cauteloso na definição de Qualidade e, em 1989 os 14
princípios a que a gestão devia obedecer São eles:

1. Criar constância de propósitos, ou seja, recursos permanentes para a melhoria dos


produtos e serviços de forma a que a organização seja competitiva permaneça no mercado
e proporcione empregos.
2. Adotar uma nova filosofia. Os atrasos, os erros e a falta de uma política de formação já não
podem ser tolerados sendo necessária uma transformação na abordagem da gestão
ocidental Podemos entender por treinamentos in company capacitação externa, Semanas
da Qualidade e etc.
3. Cessar com a dependência da inspeção como forma de atingir a qualidade, pois, o
corolário dessa prática é a aceitação do defeito Deve se antes prevenir e investir na
eliminação dos defeitos e colocar a qualidade do produto em primeiro lugar controlando
por amostragem.
4. Acabar com a prática da escolha dos fornecedores através de um único critério O PREÇO.
É comum o Programa de Qualificação de Fornecedores serem aplicado por empresas para
seus fornecedores e terceiros.
5. Melhorar constante e permanentemente o sistema de produção.
6. Instituir a formação usando métodos modernos. Exigem-se sempre novas capacidades que
se harmonizam com as alterações respeitantes aos materiais, métodos, desenho,
equipamentos e serviços.
7. Instituir a liderança - Estabelecer novas formas de dirigir com base em relatórios sobre a
qualidade.
8. Eliminar o medo - Evitar um estilo autoritário de gestão para que todos possam trabalhar
com eficiência. Encorajar a comunicação e dar liberdade aos colaboradores para questionar,
propor e reportar dificuldades.
9. Derrubar as barreiras entre os departamentos. As pessoas devem trabalhar em equipe e a
comunicação entre os serviços é indispensável.

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10. Eliminar slogans e metas numéricas A maioria dos problemas de qualidade tem a ver com
os processos e sistemas que são criados pelos gestores.
11. Abandonar a gestão por objetivos com base em indicadores quantitativos. Esses
indicadores realçam a quantidade em detrimento da qualidade É bem melhor usar métodos
estatísticos para melhoria contínua da qualidade e da produtividade, porém normalmente o
primeiro passo é dado com esses indicadores quantitativos.
12. Não classificar nem ordenar o desempenho dos trabalhadores.
13. Instituir um programa de educação e auto melhoramento.
14. Estruturar a gestão de forma a cumprir os 13 pontos anteriores. Obter o empenho de todos
os trabalhadores no sentido da mudança e, em especial da Alta Direção.

Adotou um método de abordagem sistemática para a resolução de problemas conhecido como


PDCA (Plan Do, Check Action) ou ciclo de Shewhart em homenagem a seu criador.

• JOSEPH MOSES JURAN, Considerado um dos responsáveis pelo milagre japonês Juran define
Qualidade como adequação ao uso.

• ARMAND VALLIN FEIGENBAUM, é o pai do conceito de Controle da Qualidade Total (Total


Quality Control TQC). De acordo com a sua abordagem, a qualidade é um instrumento estratégico
que deve preocupar todos os trabalhadores. Mais do que uma técnica de eliminação de defeitos
nas operações industriais, a qualidade é uma filosofia de gestão e um compromisso com a
excelência. É voltada para o exterior da empresa, baseado na orientação para o cliente e não para
o seu interior, na redução de defeitos.

CUSTOS DA QUALIDADE E NÃO QUALIDADE

Dentro do custo da qualidade e não qualidade é importante saber que pequenas perdas
num somatório acabam gerando uma perda grande, que muitas das vezes não são percebidas por
estarem diluídas ao longo do processo.

COMO IDENTIFICAR OS PONTOS DE GARGALO


• MAPEANDO o processo
• Avaliando as ENTRADAS e SAÍDAS no processo
• Conversando com quem “PÕE A MÃO NA
MASSA!”

INDICADORES
•Número de Não conformidades
•Número de Peças defeituosas ou quantidade de
produto abadado que será descartado
•Número de Pedidos não atendidos LEAD TIME
•Número de Devoluções
•Número de Reclamações dos Clientes*

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*NOTA: Vale lembrar que o termo cliente pode se entender por clientes internos e externos.

 PHILIP CROSBY A abordagem de Crosby baseia se na PREVENÇÃO A ideia de que os erros


são inevitáveis é falsa Compete aos gestores através das suas atitude e práticas, nomeadamente
através do reconhecimento, desenvolver o compromisso com a prevenção e eleger como objetivo
principal "zero defeitos". Se, por exemplo, for privilegiado o prazo de execução em relação à
qualidade então o trabalho vai ser focado nesse parâmetro Para Crosby, Qualidade está associada
aos seguintes conceitos: "zero defeitos", "fazer certo à primeira",”os quatro absolutos da
qualidade", "o processo de prevenção", "a vacina da qualidade" e os 6 C's
Crosby definiu a Política da Qualidade como o estado de espírito dos funcionários de uma
organização sobre a forma como devem fazer o trabalho Se não existir uma política formal
estabelecida pela gestão cada um estabelece a sua Sequência de passos para um programa de
melhoria da qualidade:

1. Compromisso da Alta Direção em relação à qualidade A Direção deve estar convencida da


necessidade da melhoria da qualidade e exprimi-la claramente através de um documento
escrito que defina a Política de Qualidade da organização Deve exprimir o que cada um
deve fazer para responder às necessidades dos clientes
2. Equipes de melhoria da qualidade A Direção deve estabelecer uma equipe para
supervisionar a melhoria da qualidade em todos os departamentos O papel da equipe é
avaliar o que é necessário em cada departamento e levar em consideração tudo o que diz
respeito à política geral da qualidade da organização
3. Medida da qualidade Os Indicadores de Qualidade devem ser introduzidos de forma a
identificar as necessidades de melhoria

POLÍTICA DA QUALIDADE EXEMPLOS

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FERRAMENTAS DA QUALIDADE

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VANTAGENS E CUSTOS
A Certificação da Qualidade é o processo de reconhecimento formal, levado a sério por
entidade externa, atestando que um Sistema da Qualidade respeite a NBR ISO 9001 2015. Entende
se por certificação como sendo um procedimento através do qual uma terceira parte,
independente, dá garantia escrita de que um processo, um produto ou um serviço, está conforme
com as exigências especificadas.
Quando uma empresa implementa um Sistema de Qualidade, os custos de implementação
podem parecer muito elevados para a mesma, no entanto, verifica se que na maior parte dos
casos, após o sistema ter sido implementado, há uma diminuição dos custos de produção, bem
como um aumento da produtividade. Em muitos casos basta apenas reformular o processo e
métodos de trabalho para que sejam economizados custos que pareciam fixos. Como benefícios
decorrentes da implementação de um SGQ e consequente certificação do referido sistema,
podemos dividi-los em duas categorias:

1. Benefícios Internos - os benefícios que irão afetar diretamente as questões internas da


organização, tais como:
 Melhoria da organização interna da empresa com definição clara de responsabilidades;
 Redução de refugo, rejeições, desperdícios e reclamações, o que permite uma melhoria de
produtividade e uma redução de custos.

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2. Benefícios Externos ou Estratégicos - os benefícios que irão melhorar a imagem e o valor da


organização perante os parceiros de negócios e seus clientes, nomeadamente:
• Satisfação dos clientes através da prevenção de não conformidades;
• Maior valor atribuído ao produto/serviço;
• Melhoria da competitividade da empresa;

A avaliação contínua do SGQ por técnicos independentes contribui para:

• Assegurar a qualidade e fomentar a melhoria contínua;

• Melhoria de imagem da empresa e da posição negocial;

• Melhoria da competitividade da empresa potenciando o acesso a mercados e a clientes mais


exigentes.

REQUISITOS DO SISTEMA DE GESTÃO DO SISTEMA DE GESTÃO


DA QUALIDADE (NBR/ISO 9001:2015)

Requisitos gerais

A implementação de um SGQ pode encontrar


a sua origem em duas razões principais, na decisão
da gestão da organização e na imposição de clientes
ou outras partes interessadas Em qualquer dos
casos, a organização deve encarar o SGQ como um
subsistema do sistema de gestão global e deve
ajudar a gerir de uma forma mais eficaz as
atividades mais relevantes para a qualidade.

Requisitos da documentação

Generalidades - A organização deve definir a


estrutura da documentação usada no sistema da
qualidade e em todas as atividades associadas Esta estrutura deve ser lógica com uma hierarquia
de documentos e assegurar a coerência do conjunto da documentação Para isso, a estrutura deve
ser concebida de modo a identificar todos os tipos de documentos usados no controle e gestão da
qualidade, de tal forma que qualquer novo documento a criar se enquadre na estrutura definida.
Os documentos devem ter uma codificação/referência que os identifique inequivocamente
e que permita. saber quantos documentos existem de cada tipo. O conteúdo e a linguagem da
documentação devem ter evidenciado os respectivos utilizadores ou áreas produtivas. A extensão
e detalhe devem estar de acordo com a complexidade do trabalho e a formação dos utilizadores.
Manual da qualidade

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O Manual da qualidade deve, no mínimo, conter os seguintes elementos:

• O campo de aplicação do SGQ;


• As exclusões aos requisitos da norma de referência, mesmo que não estejam em processo de
acreditação;
• Os procedimentos do SGQ, ou pelo menos a referência aos mesmos;
• A descrição dos processos e das suas interações.

O Manual da qualidade deve descrever o SGQ indicando toda a documentação do mesmo. Este
objetivo pode ser conseguido de diversas formas:
• Os procedimentos documentados do SGQ referem os outros documentos relacionados;
• Identificação das práticas adotadas para cumprir os requisitos;
• Lista dos procedimentos técnicos;
• Lista dos impressos, Relatórios, Fichas de controle, etc.

A NBR ISO 9001 2015 não fala da obrigatoriedade do Manual da Qualidade, mas é unânime a
manutenção dele pelos especialistas. #ficadica

CONTROLE DE DOCUMENTOS

O controle dos documentos implica três conceitos muito usuais elaboração/preparação,


verificação e validação A preparação indica quem elaborou o texto inicial concebeu o documento e
recolheu a informação.
A verificação deve ser feita por quem tenha uma visão ampla de pelo menos, um tipo de
documentos e deve consistir na análise da compatibilidade desse documento com os restantes do
mesmo tipo e/ou com outros tipos de documentos com objetivos complementares.
Embora, seja desejável que os documentos possuam as rubricas de quem preparou e verificou
um documento não se encontra validado se não exibir a assinatura/rubrica aprovado de quem
está autorizado a fazê-lo, porém não é necessário que o documento presente na área o tenha,
basta em outro local a validação com a versão definida Isso é o que chamamos de CÓPIA
CONTROLADA.
A questão da
validade e/ou versão
é facilmente
controlada quando
em uma planilha
determinamos o local
de ação do
Documento, a
Periodicidade e a
versão do mesmo,
conforme exemplo.

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O sistema de controle de documentos deve possibilitar saber em qualquer momento e


facilmente o estado de revisão de todos os documentos controlados e onde está o original de cada
documento a partir do qual são feitas as cópias controladas e necessárias para sua emissão e
distribuição.

CONTROLE DE REGISTROS - Este requisito obriga à existência de um procedimento


documentado. Os registos são documentos que expressam resultados obtidos ou fornecem
evidências das atividades realizadas.

RESPONSABILIDADES E HIERARQUIA

Comprometimento da gestão o comprometimento e implementação do SGQ pode ser visto no


conjunto dos seguintes aspectos.
•Comunicação à organização da importância dos requisitos dos clientes e dos requisitos legais e
Regulamentares.

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•Estabelecimento da política da qualidade assegurando que os objetivos da qualidade são


estabelecidos e são coerentes com a política;
•Revisão do SGQ;
•Disponibilização dos recursos necessários.

Foco no cliente: A orientação do SGQ para o cliente está explícita, nomeadamente nos seguintes
Aspectos:
•Os requisitos dos clientes devem ser identificados;
•A sua obtenção deve ser acompanhada;
•A satisfação do cliente deve ser aumentada.

Política da Qualidade cabe à Alta direção de qualquer organização estabelecer orientações de


caráter organizacional e é da sua responsabilidade definir uma política acima de tudo, apropriada
à organização.
A política da qualidade deve evidenciar o compromisso o vínculo da organização à
qualidade, bem como a forma de concretizar. Dada à flexibilidade do mercado, nem sempre as
estratégias definidas são possíveis de se cumprir, por isso, devem ser providenciadas revisões
periódicas para avaliar a aplicabilidade e adequabilidade da política em relação à organização.

Planejamento
Objetivos da qualidade são os são resultados desejados num espaço de tempo
determinado que implicam sempre uma quantificação, embora esta não tenham que seguir a risca
em termos de indicadores numéricos de desempenho ( ou outros, pode também tomar a forma,
por exemplo, de tempos ou prazos.
Os objetivos estabelecidos podem ser de melhoria e/ou de manutenção do nível de
desempenho existente Os objetivos de melhoria devem ser estabelecidos com uma periodicidade
definida e de acordo com formas estabelecidas.
A política e os objetivos quando definidos, em cada momento, devem apresentar coerência
e serem consistentes com o sistema da qualidade.
Os objetivos gerais devem ser desdobrados em objetivos menores ou parcelados ou metas
a diversos níveis funcionais e até ao nível individual Não pode ser aceitável que os objetivos não
alcançados sejam simplesmente abandonados, sem uma justificativa. Podemos enumerar alguns
pontos importantes:

1. Breve descrição das atividades de planejamento, remetendo para a eventual


documentação existente;
2. Descrição da documentação de suporte ao SGQ, justificando as opções tomadas, a
estrutura resultante e as inter-relações.
3. Abordagem por processos em que a organização deve descrever as formas de
funcionamento e interligações da rede de processos e como através dela consegue
atingir os objetivos pretendidos nomeadamente a qualidade dos produtos e a
satisfação dos clientes;
4. O planeamento do SGQ deve permitir abranger todos os requisitos da norma bem
como os objetivos da qualidade.
5. A integridade/adequabilidade e eficácia do sistema são asseguradas pela introdução de
alterações/melhorias no SGQ, através das decorrentes revisões do sistema pela gestão;

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Responsabilidade, autoridade e comunicação.

Responsabilidade e autoridade é essencial a definição clara da autoridade e das


responsabilidades a todo o pessoal que gere, efetua e verifica o trabalho isto é, praticamente a
todas as funções.
Compete ainda à Alta Direção facultar os meios internos de verificação do projeto, do
processo e do produto (inspeções e ensaios) independentemente dos executantes diretos dos
trabalhos em análise AUDITORIAS INTERNAS!
Os aspectos relacionados com a comunicação são cada vez mais importantes numa
organização para que se consiga a identificação de todos os colaboradores com os objetivos a
atingir, a difusão dos valores e da cultura. Um conhecimento mais preciso das atividades, assim
como, um nível de consciencialização quanto aos aspectos legais e regulamentares e quanto à
importância da satisfação dos requisitos dos clientes.

Revisão pela gestão

Generalidades – pretende-se uma avaliação mais profunda, global e integrada do


desempenho, adequabilidade e eficácia do sistema. Esta deve ser efetuada em intervalos de
tempo definidos e ter um escopo suficientemente amplo para avaliar o cumprimento da política e
dos objetivos da qualidade, os requisitos da norma de referência, a satisfação do cliente, as
oportunidades de melhoria e as necessidades de alterar o SGQ.
Diversos processos podem se inter-relacionar sendo a entrada de um a saída de outro
podendo formar uma cadeia de
fornecimento Conforme exemplo a
seguir.
Entrada para a revisão a revisão
do sistema é a tarefa mais reveladora da
integração e alinhamento do SGQ com o
sistema da gestão global da organização
Esta revisão ajuda a mostrar a
maturidade do sistema. Pode se
considerar dados de entrada para a
revisão, as seguintes informações:

 Resultados de auditorias internas/externas;


 Não conformidades internas;
 Reclamações dos clientes;
 Desempenho do processo e conformidade do produto;
 Resumo das ações de melhoria corretivas e preventivas;
 Seguimento de ações resultantes de anteriores revisões pela gestão;
 Alterações que possam afetar o sistema de gestão da qualidade;
 Oportunidade de melhoria.

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Saída da revisão - os dados de saída da revisão pela gestão deverão atender às conclusões da
análise dos dados de entrada, resultando daí, as adequadas alterações ao sistema da qualidade, os
grandes objetivos de melhoria e a identificação dos recursos necessários.

RECURSOS

Gestão de recursos - Provisão de


recursos a organização deve determinar
e proporcionar os recursos necessários
para implementar e manter o SGQ e
melhorar continuamente a sua eficácia e
aumentar a satisfação do cliente.

Recursos humanos - Generalidades


definição clara das competências,
exigências para um bom desempenho
das funções (formação escolar, experiência profissional, capacidades específicas, atributos
pessoais, etc) que a empresa considera como mínimas para uma pessoa poder desempenhar uma
função sem pôr em causa a qualidade do produto.

Competência, formação e consciencialização - a organização deve determinar e proporcionar os


recursos necessários para implementar e manter o SGQ e melhorar continuamente a sua eficácia.
A organização deve assegurar que os seus colaboradores tenham conhecimentos detalhados das
consequências das falhas na qualidade para que os possam executar corretamente as suas tarefas.
Os colaboradores que desempenham o trabalho que afeta a qualidade do produto deve ter
competências, formação, saber fazer (know how) e experiência apropriadas.

COMPRAS

O processo no setor de compras se dá


da seguinte forma ilustrada:
No processo de compra, a qualidade do
produto final é influenciada de uma maneira
determinante pela qualidade dos materiais que
vão ser utilizados na realização do produto,
pelo que é necessário implementar um sistema
de controle que minimize os riscos de entrada
na organização de materiais que não estão de
acordo com os requisitos exigidos ou
especificados
A organização deve assegurar que o
produto comprado está em conformidade com
as especificações como parte do processo para o assegurar, os itens devem ser adquiridos a
fornecedores que tenham demonstrado possuir capacidades técnicas e organizacionais adequadas
Um exemplo é o Programa de Qualificação de Fornecedores

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OBS: Os registos dos resultados de avaliação e de quaisquer ações necessárias resultantes das
avaliações, devem ser mantidos

CICLO DO PDCA

O ciclo da qualidade ou ciclo PDCA (Em inglês


Plan Do, Check Act ou seja planejar, executar,
verificar, agir é um instrumento básico de controle
gerencial, e constitui o fundamento da gestão da
qualidade total
O ciclo da qualidade foi originalmente
concebido por Shewhart e Deming, como PDSA Plan
Do, Study Act. Posteriormente, popularizou se no
Japão, onde assumiu sua forma atual, descrita por Ishikawa
O ciclo da qualidade combina ação e aprendizagem exigindo agir de acordo com o
pensamento e pensar de acordo com as ações Assim, ele leva a uma melhoria contínua dos
padrões de desempenho, conforme ilustração abaixo:

OS 5s

O 5S é um conjunto de conceitos simples que, ao serem praticados, são capazes de


modificar o seu humor, o ambiente de trabalho, a maneira de conduzir suas atividades e as suas
atitudes. O termo 5S é derivado de cinco palavras japonesas iniciadas com a letra S.
A melhor forma encontrada para expressar a abrangência e profundidade dessas palavras
foi acrescentar o termo "Senso de" antes de cada palavra em português. Assim, o termo original
5S foi mantido, mesmo na língua portuguesa.

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O termo "Senso de' significa "exercitar a capacidade de apreciar, julgar e entender".


Significa ainda a "aplicação correta da razão para julgar ou raciocinar em cada caso particular.

DÚVIDAS E CONTATO

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