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Objetivo de aprendizagem:
2006: PROGRAMA
1992: GQT 1998: GECON
NETUNO
Figura 1.1
1.2 –CONCEITUAÇÕES
1.2.1 - Gestão por Excelência
É um conjunto de princípios e conceitos, apoiados por ferramentas e
procedimentos, oriundos da evolução do pensamento da administração e
fundamentados nas melhores práticas de gestão identificadas em diversas
organizações de sucesso. Visa que as organizações envidem seus esforços para
alcance, eficaz, eficiente e efetivo, dos resultados.
1.2.2 - Qualidade
Por qualidade deve-se entender “a totalidade em propriedades e
características de um produto ou serviço, que confere sua habilidade para
atender às necessidades explícitas ou implícitas do usuário”. Segundo este
conceito, torna-se imprescindível que a organização mantenha constantes
contatos com os seus usuários, no sentido de extrair destes, e manter
atualizados, os requisitos técnicos desejados dos produtos fornecidos e serviços
prestados pela organização, com o propósito de maximizar um outro conceito
derivado, qual seja a Qualidade Percebida.
1.2.3 - Qualidade percebida
É a qualidade que resulta da interseção entre a qualidade oferecida nos
produtos/serviços prestados pela organização, sob sua própria ótica, e a
qualidade esperada pelos seus usuários. Se esta interseção não é total, como
visto na figura 1.2, verificam-se as seguintes situações:
a) quando parte da qualidade oferecida pela organização não é compatível com a
esperada por seus usuários, esta transforma-se em desperdício e custo; e
b) quando parte da qualidade esperada não é atendida pela qualidade oferecida
pela organização, esta transforma-se em insatisfação por parte dos usuários.
Figura 1.2
1.2.4 – Produtividade
É a relação entre os insumos utilizados por um processo e os produtos/serviços
resultantes desse mesmo processo (Fig. 1.3). Há uma tendência equivocada de
se associar a produtividade ao esforço dos trabalhadores ou ao maior
desempenho das organizações, frequentemente confundindo-a com
rentabilidade, eficiência, efetividade ou custos. Em termos operacionais, a
Produtividade pode ser definida por:
INSUMOS
PRODUTIVIDADE = = TAXA DE VALOR AGREGADO
PRODUTOS
Figura 1.3
d) Cadeia Usuário-Processo-Fornecedor
CONTABILIDADE MAT.
ESTOCADO
Figura 1.4
e) Indicador de Desempenho
É instrumento de quantificação, avaliação e controle dos
resultados ou desempenho de uma ação planejada, de modo a fornecer
elementos para o gerenciamento eficaz de processos. Tem o propósito de
comparar suas medidas (índices) com metas numéricas preestabelecidas.
Basicamente, pode se desdobrar em indicadores de qualidade e indicadores de
produtividade (Tabela 1.2).
CULTURA ORGANIZACIONAL
Constituem um conjunto de crenças, valores, percepções e
práticas compartilhados por uma comunidade que forma
uma visão particular da realidade, que é a base da maneira
PARADIGMAS
1.3 – FUNDAMENTOS
Os fundamentos que norteiam a excelência em gestão são intrínsecos aos
princípios da vida militar alinhando-se, também, aos fundamentos que regem o
Programa Netuno expostos adiante. Estes fundamentos encerram padrões de
conduta a serem observados tanto pelos servidores civis, como pelos militares,
devendo ser incorporados a todas as atividades executadas pela organização. Por
isso, é importante conhecer e entender os 14 fundamentos componentes:
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BRASIL. Marinha do Brasil. Secretaria –Geral da Marinha. SGM-107. Normas gerais de administração. 6ª Rev. Vol. I.
Brasília, 2015. Cap. 1 e 3. Disponível em: <http://www.sgm.mb/PUB/Normas/SGM-107-REV6.pdf>. Acesso em: 3 jan.
2019.
______. Estado-Maior da Armada. EMA-134. Manual de Gestão Administrativa da Marinha. Brasília, 2018. Cap. 1 e 3.
Disponível em: http://www.ema.mb/publicações. Acesso em: 3 jan. 2019.
Objetivo de aprendizagem:
2 - GESTÃO DA QUALIDADE
O princípio básico da Gestão da Qualidade é a melhoria contínua. Para que a
organização consiga aprimorar e manter a qualidade de seus produtos,
atendendo às necessidades atuais e futuras de seus clientes, é necessário que ela
tenha seu foco voltado sempre para a melhoria contínua dos seus processos e
produtos/serviços. Originária do termo japonês Kaizen, a melhoria contínua tem
por base que os métodos de trabalho sempre podem ser aprimorados e, deste
modo, a busca constante da excelência deve ser aplicada nas OM por meio do
envolvimento ativo de toda a tripulação.
O instrumento de gestão mais conhecido e adequado para a implementação da
melhoria contínua nas organizações é o ciclo PDCA (Plan – Do – Check – Act). É
aplicável a qualquer problema ou processo organizacional para o alcance de
melhores resultados. Constitui-se na razão do Sistema de Gestão da Qualidade,
de modo que todas as ações da Organização deverão ter como orientação básica
o cumprimento deste ciclo dinâmico e contínuo entre suas fases, numa espécie
de “giro do ciclo do PDCA”.
Como existem resultados na OM que devem ser melhorados e resultados que
devem ser mantidos, na figura abaixo, elaborada por Vicente Falconi, além do
ciclo PDCA para melhorar os resultados, é detalhado o ciclo SDCA (S de
Standardize - Padronização) para manter os resultados já alcançados.
2.1.2 – FLUXOGRAMA
O fluxograma é uma representação gráfica de uma sequência lógica de
etapas por meio de símbolos padronizados. Mostra-se bastante útil na
investigação de oportunidades para a melhoria de um processo e na obtenção
de um entendimento detalhado de como o processo realmente funciona. Ao
examinar o modo como as várias etapas do processo se relacionam umas com
as outras, podem-se descobrir fontes potenciais de problemas.
Essa ferramenta, muito utilizada em softwares de gestão, serve ainda,
para documentar um órgão ou seção específica envolvida em cada etapa do
processo, permitindo que se identifiquem as interfaces. O fluxo do processo
desenhado deve retratar com clareza as relações entre as áreas funcionais da
organização, pois o maior potencial de melhoria muitas vezes é encontrado nas
interfaces das áreas funcionais.
2.1.3 – BENCHMARKING
Assim como o ambiente interno é fundamental para a gestão de uma
OM, a análise do ambiente externo se faz imprescindível, pois ele influência de
várias formas a OM ao trazer ameaças e oportunidades, que devem ser
monitoradas, conforme metodologia para elaboração do PEO. Benchmarking
pode ser definido como a procura contínua de melhores métodos e práticas que
produzem um maior desempenho quando adaptados na própria organização. É
conhecido pela comparação entre processos semelhantes e, a partir deles, a
promoção de melhorias que permitam que uma determinada atividade tenha
excelência quando comparada com outras equivalentes em organizações do
mesmo setor ou de outros setores. Auxilia as organizações a definir metas, a
estimular novas ideias e oferecer um método formalizado de gerenciamento de
mudança.
Embora o foco possa variar, um processo padrão de benchmarking
passa, necessariamente, pela identificação e priorização dos processos, e pela
seleção dos indicadores de desempenho a serem comparados. É um processo
que pode ser utilizado pelas OM ao empregar práticas de sucesso de outras
organizações da MB ou extra-MB.
A comparação dos processos de uma organização com outra que é
reconhecida por possuir excelência naquilo que faz nos permite levantar
questões como: “por que a organização X tem sucesso?”, “qual a diferença
entre os nossos produtos e o deles?” ou “por que nós não fazemos de modo
semelhante?”
O Benchmarking deve ser constantemente praticado, pois mantém a
organização sempre voltada para o crescimento e os desafios da superação dos
problemas.
Por fim, deve-se analisar o gráfico para tomar as ações necessárias a fim de
corrigir o problema apresentado. Como no exemplo, deve-se primeiramente,
aprimorar o formulário, pois é responsável por 39,4% das falhas.
2.1.6 – MATRIZ DE GUT
É uma boa ferramenta para priorizar as ações que serão realizadas para
resolver problemas. Deve ser utilizada pelas OM para a priorização das ações
para a elaboração do PMGes e na Matriz SWOT para a elaboração do PEO. Leva
em conta a Gravidade, a Urgência e a Tendência (GUT), conforme detalhado no
Capítulo 7.
A Matriz GUT trata de problemas com o objetivo de priorizá-los, levando
em conta a Gravidade, a Urgência e a Tendência (GUT) de cada um deles.
2.1.7 – BRAINSTORMING
Técnica utilizada para gerar ideias espontaneamente a respeito de um
determinado assunto. A sessão de “brainstorming” deve ser organizada e
conduzida de forma a gerar muitas ideias.
Na execução do Brainstorming, duas fases estão envolvidas:
a) Fase de geração
O facilitador repassa as diretrizes e o objetivo da sessão de
brainstorming, e os membros da equipe elaboram uma relação das ideias. O
objetivo é gerar o maior número possível de ideias (problemas, causas, soluções
etc.).
b) Fase de esclarecimento
A equipe analisa a lista de ideias para certificar-se de que cada um
entendeu todas as ideias. A avaliação dessas ideias será feita depois de
terminada a sessão de brainstorming.
a) As diretrizes para a realização da atividade de brainstorming
incluem:
1) identificar o facilitador;
2) estabelecer claramente o objetivo do brainstorming;
3) sequencialmente, cada membro da equipe apresentar uma única ideia
por vez;
4) quando possível, membros da equipe trabalham sobre as ideias dos
outros membros.
b) Neste estágio, as ideias não são criticadas, nem discutidas:
1) registrar as ideias onde todos os membros da equipe possam vê-las;
2) continuar o processo até que não haja mais geração de ideias; e
3) ao final, criticar/classificar todas as ideias para mais esclarecimentos.
c) Após a sessão, as ideias devem ser organizadas, com ações
como:
1) numerar as ideias;
2) filtrar ideias impossíveis de serem usadas;
3) eliminar as repetições;
4) juntar, agrupar ideias da mesma natureza e completar ideias;
5) selecionar e priorizar por meio de técnica apropriada; e
6) apresentar as causas identificadas por intermédio de um diagrama de
causa e efeito.
2.1.8 – DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO
Esse diagrama torna possível a rápida identificação de todas as causas
relacionadas a um determinado problema (efeito) e sua imediata correlação
com um assunto global (família).
Para facilitar o agrupamento das causas em família ou grupos, pode-se
utilizar a técnica conhecida como 7M: mão de obra, máquinas e equipamentos,
método, materiais, finanças (money), gerenciamento (management) e meio
ambiente, em que se relacionam causas afins a espaço físico, layout,
temperatura, iluminação, ruído, gases, resíduos etc.
Na identificação das causas, ao utilizar a ferramenta 7M, para cada família
de causas, devem-se fazer indagações como:
2.1.9 – HISTOGRAMA
Esta ferramenta de gestão facilita a visualização dos dados obtidos em
qualquer atividade. É representada por um gráfico de barras que apresenta a
distribuição de frequência de dados agrupados estatisticamente por categoria.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
3.1 – PROPÓSITO
Contribuir para o aprimoramento da gestão das organizações de modo a
permitir que nossas OM possam cumprir suas missões em elevados padrões de
qualidade, com eficiência, eficácia e efetividade é a razão da existência do
Programa Netuno. Trata-se de um Programa de caráter institucional que
simboliza e referencia as iniciativas da Marinha em sua empreitada no caminho
da excelência em gestão.
Objetivo de aprendizagem:
3.4.3 – OBJETIVOS
Os objetivos foram elaborados a partir das diretrizes básicas expostas no
item anterior, visando a estabelecer um estilo de gestão para as OM da
Marinha, com base nas disposições do Decreto nº 5.378/2005 – GESPÚBLICA:
a) instrumentalizar as OM com ferramentas de análise e melhoria de processos,
promovendo a eficiência por meio do melhor aproveitamento dos recursos;
b) acompanhar e avaliar as ações de melhoria da qualidade dos serviços da OM
alinhadas com os conceitos da GESPÚBLICA, premiando aquelas que se
destacarem;
c) incentivar a capacitação e participação do pessoal por meio de
treinamentoscontínuos e premiar as iniciativas de destaque; e
d) sensibilizar os diversos níveis da estrutura naval para a importância da conquista
da excelência em gestão como valor fundamental em nosso cotidiano e no preparo
da Marinha que almejamos no futuro.
Tabela 3.3 – Objetivos do Programa Netuno
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BRASIL. Marinha do Brasil. Secretaria –Geral da Marinha. SGM-107. Normas gerais de administração. 6ªRev. Vol. I.
Brasília, 2015. Cap. 4 e 5. Disponível em: http://www.sgm.mb/PUB/Normas/SGM-107-REV6.pdf. Acesso em: 3 jan. 2019.
Objetivo de aprendizagem:
CAUSA DO
PROPRIET
DESCRIÇÃ
DE RISCO
DE RISCO
P/IDENT.
IMPACTO
ÁRIO DO
EVENTO
RISCO
RISCO
RISCO
RESP.
DATA
O DO
N°
IMPACTO
BAIXO (1) MÉDIO (2) ALTO (3)
ALTO (3)
PROBABILIDADE
MÉDIO (2)
BAIXO (1)
Tabela 4.5 – Análise e avaliação de riscos
Transferir que alguns riscos não são totalmente transferíveis (em particular
não é geralmente possível transferir risco de reputação e imagem,
mesmo se a entrega dos serviços foi contratada para um terceiro). O
relacionamento com o terceiro para o qual o risco foi transferido
deve ser muito bem gerenciado para assegurar a transferência do
risco. As contratações por meio de Licitações poderão conter
cláusulas específicas que comportem essa transferência para o
licitante, contudo esse tipo de prática acarreta em ônus para o
contratante.
Alguns riscos podem ser tratados somente pela alteração dos
objetivos envolvidos como a redução de escopo, alteração de
requisitos e do cronograma, e até término da atividade, processo ou
Eliminar
projeto. Esta opção pode ser particularmente adotada em projetos
em que a relação custo/benefício coloca o projeto em nível de risco
inaceitável.
Aceitar A exposição ao risco é tolerada sem que nenhuma ação específica
seja tomada. Mesmo se o risco não for tolerável, a capacidade para
fazer alguma coisa com relação ao risco pode ser limitada, ou o
custo de tomar uma ação pode ser desproporcional ao benefício
potencial gerado. Nesses casos, a resposta pode ser tolerar o nível
de risco. Esta opção, é claro, pode ser suplementada por um plano
de contingência para conter os impactos que adviriam caso a
ameaça acorra.
Tabela 4.8 – Estratégias de riscos
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BRASIL. Marinha do Brasil. Secretaria –Geral da Marinha. SGM-107. Normas gerais de administração. 6ªRev.
Vol. I. Brasília, 2015. Cap. 11. Disponível em: http://www.sgm.mb/PUB/Normas/SGM-107-REV6.pdf. Acesso
em: 3 jan. 2019.
- Após a marcação de sua resposta surgirá a opção RESPOSTA CORRETA ou a indicação do texto que precisará ser
estudado novamente. Ao final é calculado o percentual de acertos.
- Volte ao texto correspondente a questão errada para reler o que você não assimilou.
- Para esta atividade não será atribuído grau de avaliação.
Boa sorte!
UNIDADE DE ENSINO 5 – AVALIAÇÃO DE GESTÃO DA OM
Olá aluno,
No campo da excelência em gestão na busca de resultados, o modelo amplamente utilizado por
diversos países para a avaliação da gestão é o Modelo de Excelência em Gestão (MEG), oriundo de
estudos realizados, em meados dos anos 1980 nos Estados Unidos, por especialistas que analisaram
organizações privadas que se destacavam, denominadas de “classe mundial”, em busca de
características comuns que as diferenciassem das demais.
O Programa Netuno possui como base a utilização da dinâmica de avaliação para identificar
necessidades de melhoria constantes nas OM, utilizando-se de um modelo próprio de excelência,
adaptado do MEGP para a cultura naval. O processo de avaliação da gestão foi customizado na
Marinha por meio de uma dinâmica institucionalizada e de uso contínuo nas OM – a Inspeção
Administrativo-Militar (IAM). A união da cultura tradicional da IAM com a prática da avaliação da
gestão, preconizada pelo Programa Gespública, pretende levar a Marinha a alcançar patamares
superiores nos assuntos de gestão.
Objetivo de aprendizagem:
O Programa Netuno possui como base a utilização da dinâmica de avaliação para identificar
necessidades de melhoria constantes nas OM, utilizando-se de um modelo próprio de excelência,
adaptado do MEGP para a cultura naval. O processo de avaliação da gestão foi customizado na
Marinha por meio de uma dinâmica institucionalizada e de uso contínuo nas OM – a Inspeção
Administrativo-Militar (IAM). A união da cultura tradicional da IAM com a prática da avaliação da
gestão, preconizada pelo Programa Gespública, pretende levar a Marinha a alcançar patamares
superiores nos assuntos de gestão.
Ao final da Validação será possível fazer uma análise comparativa a partir de cada critério
avaliado da organização, com base nos dados obtidos, conforme tabela abaixo, apresentada como
exemplo:
Boa sorte!
UNIDADE DE ENSINO 6 – PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ORGANIZACIONAL (PEO)
Olá aluno,
Em um mundo caracterizado pela turbulência e pela incerteza, no qual os recursos
disponibilizados às organizações são escassos, é imprescindível que haja um planejamento voltado
para a melhoria da eficiência de nossas OM e para a otimização de seus resultados.
6.1 – PROPÓSITO
Esse planejamento permitirá à organização melhor aplicação de seus recursos na direção
institucional que lhe é estabelecida nos planos superiores da MB. A materialização desse planejamento
é o estabelecimento de um plano estratégico, que preveja essas instabilidades externas e traga análises
dos ambientes internos e externos, resultando em objetivos estratégicos a serem perseguidos por essa
organização, os quais devem ter ampla divulgação para todos da OM.
O PEO se constitui em um processo que abrange o estabelecimento das estratégias
organizacionais, a sua implementação e monitoramento.
Objetivo de aprendizagem:
desempenho.
Nas organizações, uma estratégia corresponde a uma escolha, adotada a partir da análise dos
caminhos prováveis a seguir no rumo dos objetivos propostos.
As estratégias devem associar os recursos humanos e outros recursos de uma organização aos
desafios e riscos apresentados pelo mundo exterior.
Toda a organização tem uma estratégia – nem sempre necessariamente boa – mesmo que esta
nunca tenha sido formulada explicitamente. Ou seja, toda organização tem uma relação com seu
ambiente, que pode ser estudada e descrita.
Traçar o planejamento de qualquer organização é essencial, pois é por meio dele que os
objetivos são estabelecidos, levando cada membro da OM a trabalhar em uma única direção.
Antes de conceituarmos o planejamento, devemos ter conhecimento do que é objetivo e o que é
meta dentro das organizações. Objetivo é o alvo que se pretende atingir. Meta é um objetivo
quantificado com prazo de duração.
Visão é a imagem que a organização tem a respeito de si mesma e do seu futuro. É a descrição de
um estado futuro ambicioso difícil, porém passível de ser alcançado exprimindo uma conquista de
grande valor estratégico para a organização. É a busca da excelência nas organizações diretamente
relacionada à sua capacidade de estabelecer um estado futuro desejado, que dê coerência ao processo
decisório e que permita à organização antecipar-se às novas necessidades e expectativas dos seus
usuários.
A Visão vai além da declaração da missão para prover uma perspectiva em relação ao
direcionamento da empresa e em que a organização pode vir a se transformar. Deve ainda, estabelecer
uma identidade comum quanto aos propósitos da organização, e que todos os membros da organização
trabalhem em conjunto e em consonância para que isso ocorra efetivamente.
A Visão de Futuro indica uma intenção da OM para seu desempenho futuro ou para uma
conquista futura almejada por seus dirigentes. É necessário que haja um período de tempo
determinado, de 5 a 10 anos.
A Visão deve representar, simultaneamente, um desafio possível, bem como um incentivo, que
conduzam a OM no rumo da busca de soluções e oportunidades de maneira mais criativa e benéfica,
devendo ser monitorada diuturnamente, a fim de que a OM realize um acompanhamento efetivo
quanto ao seu alcance. Sugere-se que a OM, ainda no início do último ano previsto para o alcance de
sua Visão de Futuro, elabore a sua revisão de acordo com suas intenções futuras (objetivos e metas), a
qual passará a vigorar em um período subsequente ao determinado para o alcance da anterior.
Usualmente a avaliação estratégica é realizada por meio da análise SWOT. O termo SWOT é
uma sigla oriunda do idioma inglês, e é um acrônimo de Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses),
Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).
Essa análise busca identificar as Forças e Fraquezas internas, bem como as Oportunidades e
Ameaças externas. Nesse sentido, aproveitam-se as Forças internas e as Oportunidades externas, ao
mesmo tempo em que se corrigem as Fraquezas internas e se minimizam os impactos das Ameaças
externas, sempre com o foco no cumprimento da Missão e no alcance da Visão. É importante ressaltar
que as Forças e Fraquezas são da OM, ou seja, passíveis de serem corrigidas; já as Oportunidades e
Ameaças estão fora do alcance de atuação direta da OM.
A literatura apresenta algumas ferramentas que podem ser úteis na priorização desses fatores,
como é o caso das matrizes GUT e BASICO, servindo de apoio à tomada de decisão (VER
UNIDADE DE ENSINO 2).
6.4.5 – ESTABELECIMENTO DE OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
São resultados prioritários, que devem ser alcançados ou mantidos no horizonte do Plano
Estratégico, para que a organização cumpra a sua Missão e atinja a sua Visão.
Os objetivos estratégicos relacionados a um mesmo tema podem ser agrupados por, conforme
a metodologia do Balanced Scorecard (BSC), que também realiza o acompanhamento do alcance dos
objetivos por meio de indicadores integrados. Os objetivos estratégicos devem atender aos seguintes
critérios:
Para possibilitar o alcance dos objetivos, é necessário que sejam estabelecidas diversas
iniciativas estratégicas, também denominadas de ações, direcionando os esforços para os resultados
almejados.
Cada objetivo estratégico deverá ser detalhado em iniciativas estratégicas que, quando
realizadas, levarão ao cumprimento do objetivo. Devem ser atribuídos indicadores, metas,
responsáveis e prazos para cada iniciativa, de modo a permitir um melhor gerenciamento pelo
Conselho de Gestão da OM. Abaixo segue um exemplo:
Objetivo Iniciativa
Indicador Meta Responsável Prazo
Estratégico Estratégica
Aumentar
Realizar a % de pessoal
em 10% o
Capacitação do capacitação capacitado/ Enc. Da Divisão
pessoal Até Dez/20XX
pessoal do pessoal total de de Pessoal
capacitado a
existente. pessoal
cada ano
Realizar
Aumentar a pedido de Viaturas da Chefe do
capacidade de compra de OM/ Alcançar Departamento
Até Dez/20XX
deslocamento viaturas para Viaturas da 100% de
do pessoal recompletar a dotação Administração
dotação.
Tabela 6.4 – Iniciativas estratégicas
A OM deve, então, iniciar o desenvolvimento das iniciativas estratégicas prioritárias, para que
cada objetivo se torne realidade. No PEO devem ser colocadas as iniciativas sem um maior
detalhamento, apontando se as mesmas são para um curto prazo (até 12 meses), médio prazo (1 a 2
anos) ou longo prazo (acima de 2 anos), e o respectivo responsável. O detalhamento das atividades não
deverá integrar o corpo do Planejamento, devendo fazer parte do PAG, de acordo com o disposto no
art. 7.11.
A colocação em prática das ações é o que permite que o PEO seja efetivamente
implementado. De nada adianta fazer planos complexos, se esses não culminarão em ações que podem
conduzir ao alcance dos objetivos.
Boa sorte!
UNIDADE DE ENSINO 7 – CONSELHO DE GESTÃO
Olá aluno,
O Conselho de Gestão integra-se à estrutura organizacional da OM como órgão de
assessoramento, sendo responsável pela promoção da qualidade de sua gestão, em conformidade com
os conceitos e fundamentos disseminados por meio do programa de excelência gerencial da Marinha.
Possui composição variável em função dos temas a serem discutidos.
7.1 – PROPÓSITO
O Conselho de Gestão, criado como aperfeiçoamento do Conselho Econômico, ampliando o
escopo dos assuntos tratados nas reuniões mensais das OM, tem a finalidade de assessorar o Comando
ou a Direção da OM na administração econômico-financeira egerencial e no desenvolvimento
organizacional, mediante planejamento, programação, controle e fiscalização da aplicação de recursos
orçamentários, financeiros e patrimoniais colocados à disposição da OM ou pelos quais seja
responsável, bem como promover o desenvolvimento e a implementação de melhores práticas de
gestão e avaliação dos seusprocessos administrativos em uma estratégia de aprimoramentos contínuos.
Objetivo de aprendizagem:
7.2 – ORGANIZAÇÃO
Toda OM terá um Conselho de Gestão em sua estrutura organizacional, em consonância com o Manual
de Gestão Administrativa da Marinha (EMA-134), o qual deverá ser constituído, no mínimo, por três
membros, tendo a seguinte estrutura:
7.6.12 - Atuar como célula avançada do Programa Netuno, mantendo a DAdM informada
sobre as atividades desenvolvidas pela OM atinentes às iniciativas e boas práticas de gestão,
inclusive quanto aos relacionamentos extra-MB nos assuntos afetos. Cabe assinalar a
importância de se desenvolver continuamente a rede de comunicações do Netuno, facilitando
as trocas de experiências e o aprimoramento organizacional conjunto. Em decorrência, os
contatos realizados, as dificuldades detectadas, a superação dos óbices, as oportunidades
aproveitadas, enfim, todos os assuntos relacionados aos sistemas de gestão das OM, ao
Programa Netuno e ao Gespública devem ser compartilhados para que os registros pertinentes
possam ser efetuados, os auxílios possam ser prestados, e a disseminação das boas práticas
implementadas seja abrangente e efetiva. Para tanto, o canal de comunicação preferencial a
ser utilizado é o sítio do Programa na intranet (http://netuno.dadm.mb). Objetivando facilitar
as comunicações e contribuir para a fluidez do fluxo de informações, é recomendável o
estabelecimento de elementos de contato e eventuais substitutos na OM para atuarem como
interlocutores nos assuntos relacionados ao Programa Netuno.
7.6.13 - Efetuar o acompanhamento dos indicadores de gestão e das recomendações do
Controle Interno e do TCU referentes ao Relatório de Gestão da OM e/ou UJ.
Boa sorte!
DISCIPLINA II: LIDERANÇA E GESTÃO DE PESSOAS
Ol@ Aluno!
Objetivo da Aprendizagem
2 – GESTÃO DE PESSOAS
1
da Gestão do Pessoal; Aprimoramento da Capacitação; Saúde Integrada; e Família
Naval. Uma das iniciativas em execução é o Programa de Gestão de Pessoal (PROPES).
Histórico
A Gestão por Competências é utilizada no setor público de muitos países-
membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico OCDE*.
No Brasil, o governo começou recentemente a introduzir a Gestão por Competências
como parte de uma estratégia para fortalecer a capacidade do serviço público. Desta
forma, em 2006, foi instituída uma Política de Desenvolvimento de Pessoal da
Administração Pública Federal Direta, Autárquica e Fundacional, com foco na Gestão
por Competências.
A adoção da Gestão por Competências pelos países membros da OCDE,
ministérios e organizações estatais brasileiras sugere que ela não deve ser vista como
um modismo gerencial, mas sim como um modelo de gerenciamento que já apresenta
resultados suficientemente positivos para justificar os esforços e os custos necessários
para a sua implantação.
2
Conceito de competências
A Gestão por Competências é uma metodologia de gestão estratégica que busca
garantir que os objetivos organizacionais sejam atingidos, por meio do desenvolvimento
do pessoal e da racionalização dos processos produtivos e gerenciais. Ela se difundiu,
tanto no setor público quanto no privado porque tem provado ser uma forma eficaz de:
Histórico
3
Nesse contexto, o Setor de Pessoal envidou esforços para a implementação da
Gestão de Pessoas por Competências (GPC), que é um modelo de gestão estratégica
capaz de garantir que os objetivos organizacionais sejam atingidos, por meio da
capacitação e desenvolvimento de pessoal e pela racionalização dos processos
produtivos e gerenciais.
A implementação dos princípios e fundamentos da GPC datam de longa data no
âmbito do Sistema de Pessoal da Marinha do Brasil. A base da gestão de pessoal está
fundamentada na função logística Recursos Humanos, comum as três Forças Armadas.
As atividades de planejamento, execução e controle na gestão de pessoal
observam o tripé da logística constituída pelas fases básicas: determinação de
necessidades, obtenção e distribuição.
4
Tabela Mestra de Força de Trabalho
Com a rapidez da evolução tecnológica e das técnicas de gestão, cada vez mais,
são exigidas ações planejadas e dirigidas para impulsionar a implementação organizada
de novas técnicas e processos, como foi realizado pelo PROPES, que teve como
propósito otimizar a gestão de pessoal da Marinha, observando a cultura naval.
O PROPES utilizou instrumentos administrativos já existentes na MB e, quando
aplicável, as modernas técnicas observadas pela gestão de competências, cujo o objetivo
primordial ficou definido em alocar “a pessoa certa, no lugar certo, no momento
certo.”
A nova filosofia na gestão de pessoal se pautou na implementação de novas
Tabelas de Pessoal denominadas Tabelas Mestras de Forca de Trabalho (TMFT), com
ênfase na parte qualitativa, constituindo um novo parâmetro básico para a gestão do
pessoal da Marinha.
No processo de gestão do pessoal, definir as tabelas de força de trabalho
associadas às competências necessárias aos cargos, funções e incumbências essenciais
para o cumprimento da missão das OM, foi de fundamental importância para o Sistema
de Pessoal.
O processo de construção das Tabelas de Força de Trabalho (TFT) se
desenvolveu a partir do mapeamento dos processos permanentes das OM. A partir dos
referidos processos, identificou-se as tarefas a serem executadas. Em função das tarefas
e do agrupamento de tarefas, determinou-se a necessidade de pessoal requerida por uma
organização.
Esse processo de gestão possibilitou, primordialmente, a determinação prévia
das qualificações que devem ser promovidas, visando ao atendimento de necessidades
futuras de pessoal. Assim, poderá se obter maior precisão na distribuição do pessoal
pelos diversos cursos, estágios e comissões, com o propósito de promover
competências. Em suma, gerir o preparo do pessoal para garantir que se tenha,
permanentemente, pessoas certas para atender às necessidades de pessoal
qualitativamente.
Para cumprimento das múltiplas atividades inerentes a gestão de pessoal, o Setor
conta com o apoio de um conjunto de sistemas corporativos, que se apoiam nos Bancos
de Dados onde estão registrados os dados do pessoal militar e civil.
O SisTMFT é o sistema onde são criados, registrados e controlados todos os
cargos, funções e incumbências da MB, consolidados em Tabelas Mestras que refletem
uma visão integrada de toda a necessidade de FT de cada OM.
Desde sua entrada em operação, o sistema passou por várias manutenções
evolutivas para adequá-lo às novas necessidades gerenciais do Setor de Pessoal.
No SisTMFT são criados, registrados e controlados todos os cargos, funcões e
incumbências da MB, consolidados em Tabelas Mestras que refletem uma visão
integrada de toda a necessidade de FT de cada OM.
NEO (Número de Elemento Organizacional) foi introduzido para controlar os
registros dos cargos, funções e incumbências dentro do sistema.
A visão integrada de todas as TMFT das OM permitem que se visualize as
necessidades de Forca de Trabalho de militares e civis para a MB.
5
Exemplo de uma tela do SisTMFT
6
Banco de Dados Agregados de Pessoal (BDAg) - coleção de dados específicos e
diretamente relacionados ao escopo de atuação de cada OM envolvida no processo de
gestão de pessoal.
Banco de Dados Integrador do Pessoal (BDI) - coleção de dados (biográficos,
endereço e vínculos), que permitem identificar, de forma unívoca, as pessoas de
interesse para os sistemas de controle da MB.
Banco de Dados do Pessoal da Marinha (BDPes) - constituído pelo Banco de
Dados Integrador do Pessoal (BDI) e os diversos Bancos de Dados Agregados de
Pessoal (BDAg).
Capacidade - referente à condição de quem está apto a desempenhar determinada
atividade.
Capacitação - atividade deliberada, planejada, permanente e sistemática, que tem
como principal propósito a preparação, o desenvolvimento e a integração das pessoas
dentro de um processo de aquisição de competências.
Cargo - conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades, previstos em uma
estrutura organizacional, cujo propósito é contribuir para a missão de uma OM.
Cargo Militar - conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades, cometidos
ao militar em serviço ativo. (EM, cap. IV, art. 20)
Cargo Público - conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. (Lei nº 8.112/1990, tit.
I, art. 3º)
Certificação - ato formal, documental, que atesta a capacitação, habilitação ou
qualificação de um profissional, emitido por autoridade investida de poder legal para
fazê-lo.
Competência - combinação sinérgica de conhecimentos, habilidades e atitudes,
que confere ao indivíduo a capacidade de executar determinadas atividades com
eficiência e eficácia.
Competências Comportamentais - aquelas competências diretamente
relacionadas às atitudes; à exteriorização das emoções, dos sentimentos e dos valores
pessoais.
Competências Técnicas - conjunto de conhecimentos e habilidades necessários
ao desempenho de uma profissão.
Conhecimento - conjunto de informações obtido por um indivíduo ou
organização, que contribui para a formação da competência e visa a execução de suas
atividades, com eficiência e eficácia. Decorre de disseminação formal e é certificado por
meio de avaliação.
Encargo - obrigações ou responsabilidades não previstas em tabelas de pessoal
ou organização administrativa, em razão de sua generalidade, peculiaridade, duração,
vulto ou natureza.
Encargo Militar ou de natureza militar - obrigações que, pela generalidade,
peculiaridade, duração, vulto ou natureza, não são catalogadas como posições tituladas
em “Quadro de Efetivo”, “Quadro de Organização”, “Tabela de Lotação” ou dispositivo
legal, são cumpridas como encargo, incumbência, comissão, serviço ou atividade,
militar ou de natureza militar. (EM, cap. IV, art. 26)
Encargo colateral - aquele exercido por pessoal militar ou civil cumulativamente
com qualquer cargo, função ou incumbência para os quais hajam sido designados e
assim especificado no documento normativo de organização da OM.
Especialização - processo de capacitação destinado à habilitação de Oficiais e
Praças para o desempenho de atividades que necessitem do domínio de conhecimentos e
técnicas específicas.
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Estágio - ato educativo supervisionado que visa a aplicação prática de
conhecimentos adquiridos.
Estagiário - aquele que cumpre estágio em ambiente adequado à atividade
profissional.
Força de Trabalho - conjunto dos recursos humanos, com competências
específicas, autorizado para cada Organização Militar, visando ao cumprimento de sua
missão. Compreende a totalidade dos militares da ativa, incorporados ou convocados,
servidores civis, militares da Reserva da Marinha exercendo Tarefa por Tempo Certo e
pessoal contratado que desempenha atividades e serviços.
Formação - preparo de pessoal para o desempenho de atividades peculiares aos
graus hierárquicos iniciais de oficiais e praças das diversas carreiras.
Função - exercício de atribuição específica, de âmbito delimitado e de natureza
permanente, com as inerentes obrigações, cometido aos militares e civis, cuja
promulgação do ato formal de designação compete ao Titular de OM, por meio de
Ordem de Serviço.
Função Militar - exercício das obrigações inerentes ao cargo militar. (EM, cap.
IV, art. 23)
Função Comissionada - atribuída ao servidor para o desempenho de atividades
de chefia, assessoramento ou direção, mediante retribuição adicional.
Gratificação de Habilitação Militar - referente à parcela da remuneração devida
ao militar pelos cursos realizados, com aproveitamento, inerentes à sua progressão na
carreira militar. (Lei nº 8.237/1991, art. 23)
Habilidade - aplicação produtiva do conhecimento, ou seja, capacidade de
empregar conhecimentos armazenados e utilizá-los em uma ação. É o saber fazer.
Habilitação - titulação recebida após um processo de capacitação que confere as
prerrogativas e responsabilidades inerentes ao exercício de uma profissão e ao
provimento de um cargo, função ou incumbência.
Incumbência - especificada em Tabela de Lotação, é o exercício de atribuição
específica, de âmbito delimitado e de natureza permanente, com as inerentes obrigações,
cometido às praças, de acordo com as habilitações correspondentes às suas graduações e
às suas especialidades, cuja designação é formalizada por meio de Ordem de Serviço ou
por lançamento nos registros de carreira (Caderneta-Registro).
Incumbência militar ou de natureza militar - obrigações que, pela generalidade,
peculiaridade, duração, vulto ou natureza, não são catalogadas como posições tituladas
em Quadros de Efetivo, Quadros de Organização, Tabelas de Lotação ou dispositivo
legal. (redação ajustada do EM, cap. IV, art. 26)
Itinerário de Carreira - exercício sequenciado de atividades, realizado por
Oficiais e Praças, em cada posto e graduação, visando o exercício futuro de atividades
mais complexas.
Itinerário Formativo - conjunto de etapas que compõem a organização da
educação profissional em uma determinada área e possibilita a acumulação contínua e
articulada do conhecimento.
Matriz de Competências (MC) - instrumento no qual são relacionados os
requisitos de capacitação, experiências profissionais, certificações e requisitos de
desempenho, necessários à realização de um determinado conjunto de atividades.
Mapeamento de Processos - identificação e descrição dos processos de uma
organização.
Modelagem de processos - conjunto de atividades necessárias para a criação de
representações de processos existentes, que ainda estão em planejamento ou sendo
projetados.
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Motivação - disposição para a realização de uma ação, condicionada à
capacidade desta ação satisfazer o indivíduo dentro dos objetivos da organização.
Perfil Profissional - descrição, de forma concisa, das atividades e características
de um profissional.
Processos - conjunto de atividades inter-relacionadas e necessárias à realização
de um trabalho visando atender objetivos específicos.
Programa de Capacitação da Força Tipo - preparação direcionada para o
desempenho de cargos, funções e incumbências das unidades de uma Força Tipo e que
proporciona a necessária capacitação para a progressão profissional.
Qualificação - processo de capacitação, em geral de curta duração, que
proporciona a aquisição ou atualização de competências requeridas para a execução de
serviços e atividades específicas de uma OM.
Referencial de Competências - descrição da atividade técnico-profissional de
Oficiais e Praças de um determinado posto, graduação, quadro e especialidade. Define o
perfil profissional e relaciona as competências profissionais necessárias ao exercício de
uma determinada atividade.
Requisitos de Capacitação - condições, de natureza formativa, necessárias ao
exercício de um determinado cargo, função, incumbência ou atividade.
Servidor - pessoa legalmente investida em cargo público para provimento em
caráter efetivo ou em comissão.
Sistema de Pessoal da Marinha (SISPES) - conjunto constituído de órgãos,
processos e recursos, interligados e interdependentes, com o propósito de organizar,
planejar, executar e controlar a gestão de pessoal na MB.
Tabela Mestra (TM) - detalha a distribuição do pessoal por cargos, funções,
encargos e incumbências que permitem a uma OM operar/funcionar em qualquer
situação.
Tabela de Lotação (TL) - documento que representa a determinação de
necessidades quantitativas e qualitativas de militares permanentes da ativa para o
guarnecimento de cargos, funções e incumbências de uma OM, visando ao
cumprimento de suas atribuições regulamentares.
Tabela de Alocação (TA) - documento que representa o conjunto de militares da
reserva remunerada desempenhando Tarefa por Tempo Certo e, da reserva não
remunerada, quando em serviço ativo, distribuídos para o guarnecimento de funções,
incumbências ou encargos militares ou de natureza militar, a fim de compor a força de
trabalho de uma OM.
Tabela de Servidores Civis (TS) - representação da distribuição de Servidores
Civis permanentes para guarnecimento de cargos públicos em Organizações Militares.
Tabela de Contratados (TC) - representação da distribuição de Pessoal que
executa atividades, ainda que eventualmente, por força de contrato, convênio ou acordos
congêneres com empresas ou organizações públicas ou privadas, em Organizações
Militares.
Tabela de Força de Trabalho (TFT) - composta por todo o pessoal que guarnece
ou trabalha de forma permanente ou temporária em uma OM.
Tabela Mestra da Força de Trabalho (TMFT) - representação da distribuição
autorizada de todo o pessoal considerado essencial para guarnecer ou trabalhar, de
forma permanente ou temporária visando ao cumprimento das atribuições
regulamentares de uma OM.
9
2.2 - Gestão de Desempenho
10
ModEAD. Esses instrumentos constituem-se no veículo para a coleta dos dados
necessários para a gestão de desempenho na MB.
Em 2013, iniciou-se um projeto piloto para implantação de uma nova sistemática
de avaliação, inicialmente, só para os Oficiais. Com a implantação da ModFAO-2, atual
Sistema de Avaliação de Oficiais, foi possível aperfeiçoar a metodologia de orientação
ao Oficial avaliado, no sentido de melhorar seu rendimento nos pontos considerados
deficientes e motivá-lo para que ele atinja melhores resultados. Além disso, com essa
nova sistemática, também foi possível aprimorar os processos seletivos que necessitam
de informações da ModFAO-2.
Em 2016, após a aprovação da ModFAO-2, iniciaram os estudos para a
modificação do antigo modelo de avaliação de desempenho das Praças, ainda muito
focado em pautas comportamentais. Em 2017, foi aprovada pelo Comandante da
Marinha, a implementação da ModEAD, novo sistema de avaliação de Praças. Essa
nova sistemática, à semelhança do que ocorreu com os Oficiais, propõe uma avaliação
focada em pautas que possam mensurar os atributos morais e profissionais das Praças,
além de seu desempenho na incumbência. Foram realizados dois eventos teste, em
2017, e a implantação do novo sistema ocorreu em 2018.
a) Identificação do Avaliado
NIP, Graduação, Especialidade/Aperfeiçoamento, Subespecialidade e Nome do
Avaliado.
b) Período da Avaliação e OM
Período; Tipo da Avaliação; e OM.
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Na ModEAD, a avaliação é composta por vinte e sete (27) itens, classificados em três
tipos (Atributos Morais, Atributos Profissionais e Desempenho na Incumbência), onde
serão atribuídos, pelo avaliador, graus de zero (0) a dez (10). Os itens a avaliar são
distribuídos conforme abaixo.
- - Zelo
b) CB - Total de 19 itens
Desempenho na
Atributos Morais Atributos Profissionais
Incumbência
Caráter Apresentação Pessoal Adaptação ao Serviço
- - Expressão Oral
c) SG - Total de 21 itens
Desempenho na
Atributos Morais Atributos Profissionais
Incumbência
Caráter Apresentação Pessoal Adaptação ao Serviço
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Equilíbrio Emocional Higidez Física Atitude Militar
d) SO - Total de 24 itens
Desempenho na
Atributos Morais Atributos Profissionais
Incumbência
Caráter Apresentação Pessoal Adaptação ao Serviço
DESCRITIVO
Habilidades:
Ser honesto e ter boa índole;
Agir de maneira digna e com retidão em relação a si mesmo e à Instituição;
Manter, com firmeza de propósito, a correção de seus procedimentos, mesmo
sob influências ambientais, sociais e culturais adversas;
Demonstrar comportamento norteado pelos valores e costumes da organização;
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Cumprir as regras de conduta, mesmo que não sofra qualquer sanção pela
desobediência a estas; e
Demonstrar comportamento ético adquirido ou conquistado, por hábito das
obrigações profissionais e de cidadão.
2. LEALDADE
É a correção de procedimentos, que vem sendo demonstrada pela Praça, com seus
pares, seus superiores e subalternos. Fidelidade à palavra dada. Honestidade de
propósito e franqueza. Empenho no cumprimento de decisões de seus superiores, ainda
que, no íntimo, não esteja de acordo com elas.
Habilidades:
Ser sincero, franco, honesto e fiel aos seus compromissos assumidos;
Expor com propriedade suas opiniões, mesmo que contrárias ao desejo ou à
visão do grupo ou do chefe;
Respeitar os princípios e regras que norteiam a honra e a probidade; e
Fazer tudo quanto for possível para bem cumprir uma ordem, ou missão.
3. COERÊNCIA DE ATITUDES
É o atributo, que vem sendo demonstrado pela Praça, de manter relação lógica e
harmônica entre suas ações e entre estas e suas ideias expressas.
Habilidades:
Apresentar relações lógicas entre ideias e ações;
Ser consistente em suas exposições;
Agir de acordo com suas ideias; e
Ter sensibilidade para saber expor ideias e opiniões.
4. EQUILÍBRIO EMOCIONAL
É a capacidade, que vem sendo demonstrada pela Praça, de manter controle sobre
suas reações emocionais, de modo a não comprometer o seu desempenho profissional,
nem afetar seu relacionamento pessoal e social, agindo de forma a possibilitar decisões
e atitudes corretas e justas. Sobrepor-se com controle racional e promover, por atos e
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palavras, soluções desprovidas de conteúdo emocional, que possam prejudicar o
interesse do serviço.
Habilidades:
Conseguir manter o controle emocional em fainas que se prolonguem além do
horário do expediente ou ausência de casa;
Diante de situações adversas, atuar com serenidade e equilíbrio;
Não deixar que as emoções prejudiquem o serviço;
Manter a cortesia, mesmo em situações críticas;
Manter a calma em situações críticas que exigem decisão sob pressão;
Receber bem críticas e sugestões, avaliando-as de forma isenta, de modo a
melhorar os processos sob sua responsabilidade; e
Manter o controle emocional, sem ponderar as ordens recebidas.
5. ESPÍRITO DE COOPERAÇÃO
É a capacidade, que vem sendo demonstrada pela Praça, de auxiliar e contribuir
espontaneamente, com as atividades de outrem, esforçando-se em benefício de uma
causa comum. Capacidade de compreender as necessidades e prioridades da
organização, globalmente, sem ater-se apenas aos problemas peculiares e limitados de
seus afazeres.
Habilidades:
Estar sempre pronto a cooperar, voluntariamente, com os colegas;
Saber trabalhar em grupo;
Ter boa vontade com as pessoas em prol do mesmo fim; e
Capacidade de relacionar-se bem com as demais pessoas, em proveito do serviço
e da harmonia interpessoal.
6. COMPORTAMENTO SOCIAL
É a facilidade, que vem sendo demonstrada pela Praça, de conviver e integrar-se
socialmente, com correção de atitude e cortesia, em todos os círculos sociais que
frequenta. Capacidade de tratar e resolver habilmente questões com outrem,
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manifestando-se de forma comedida, em atitudes, maneiras e linguagem. Cumprimento
dos deveres de cidadão.
Habilidades:
Capacidade de integrar-se com a sociedade;
Respeitar as regras de convivência social;
Zelar por sua imagem pessoal e de seus dependentes;
Prestar assistência moral e material devida aos seus dependentes;
Honrar seus compromissos financeiros;
Conseguir abster-se de efetuar comentários sobre aspectos reservados do
serviço; e
Frequentar lugares compatíveis com o decoro de sua classe.
7. CORAGEM MORAL
É a capacidade, que vem sendo demonstrada pela Praça, de agir em conformidade
com sua convicção do certo e do errado em proveito do interesse do serviço, mesmo que
possa desagradar a outras pessoas, ou gerando impopularidade.
Habilidades:
Assumir responsabilidade e consequências por seus atos;
Enfrentar e superar obstáculos e defender os interesses que considera legítimos;
Arriscar interesses pessoais em prol da Instituição;
Defender crenças baseado em valores e princípios morais. Admitir erros e mudar
o comportamento, mesmo que esse ato contrarie os próprios interesses;
Ter senso de responsabilidade no cumprimento de suas atribuições; e
Ser consciente das consequências de seus atos e omissões e estar sempre pronto
a responder por eles.
8. SENSO DE JUSTIÇA
É a capacidade, que vem sendo demonstrada pela Praça, de julgar, com critério e
isenção de ânimo, atos e procedimentos individuais, ou coletivos, e de agir de forma
coerente com esse entendimento.
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Habilidades:
Ter senso de medida na aplicação de elogios, recompensas, punições e na
atribuição de tarefas e responsabilidades;
Tratar as pessoas de forma justa;
Usar as mesmas regras para lidar com todos;
Não fazer aos outros o que não quer que façam para si; e
Agir em conformidade com os princípios da justiça, uma das atribuições
requeridas de um Suboficial-Mor.
Habilidades:
Mostrar apresentação pessoal compatível com a condição de militar;
Possuir cuidados com a aparência física; e
Manter apuro nos uniformes diariamente, não somente por ocasião de inspeções.
2. DISCIPLINA
É a capacidade, que vem sendo demonstrada pela Praça, de cumprir e de fazer
cumprir ordens e respeitar regulamentos, a despeito de suas ideias e concepções
pessoais. Faculdade de imbuir-se do espírito das ordens dadas e dos propósitos a serem
alcançados, mesmo diante de condições adversas e situações desmotivantes.
Habilidades:
Compreender e cumprir ordens, independente de suas convicções;
Possuir uma conduta exemplar, mesmo em situações adversas;
Imbuir-se dos propósitos a serem alcançados;
Agir dentro das normas;
Observar os preceitos e valores da instituição; e
17
Empregar de forma correta e apropriada os sinais de respeito previsto nas
relações entre militares.
3. MOTIVAÇÃO
É a capacidade, que vem sendo demonstrada pela Praça, de dedicar-se com paixão,
vibração e entusiasmo nas tarefas que lhe são confiadas, buscando alcançar os melhores
resultados na sua execução, mesmo diante de situações adversas ou que exijam
sacrifício pessoal. Demonstrar intenso amor à Marinha, devotamento pela grandeza da
sua profissão e verdadeira vocação e um sadio patriotismo.
Habilidades:
Estar sempre pronto para atuar no interesse do serviço, mesmo em situações que
exijam sacrifício pessoal;
Atuar com entusiasmo e de forma permanente para o cumprimento de metas
relativas às suas atividades;
Contagiar positivamente os militares do seu ambiente de trabalho; e
Ser vibrador em todas as tarefas realizadas.
4. HIGIDEZ FÍSICA
É a capacidade, que vem sendo demonstrada pela Praça, de manter-se saudável
fisicamente, permitindo-a executar tarefas diárias com vigor e vitalidade, sem fadiga
excessiva e com energia, realizar as atividades militares e enfrentar imprevistos.
Habilidades:
Esforçar-se para manter e aprimorar sua higidez física;
Suportar grande quantidade de trabalho físico;
Resistir à fadiga, mesmo diante de esforços prolongados;
Recuperar-se rapidamente de uma jornada de trabalho extenuante;
Obter resultados compatíveis com a sua faixa etária nos testes de avaliação
física; e
Apresentar Índice de Massa Corporal (IMC) dentro dos limites considerados
aceitáveis.
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5. INTERESSE PELA CARREIRA
É a capacidade, que vem sendo demonstrada pela Praça, de empenhar-se em
cumprir com suas obrigações e deveres militares, demonstrando interesse permanente
de continuar servindo à MB.
Habilidades:
Exercer, com probidade, as funções que lhe couberem em sua incumbência;
Cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades
competentes; e
Apresentar interesse de permanecer no Serviço Ativo da Marinha.
6. LIDERANÇA MILITAR
É a capacidade, que vem sendo demonstrada pela Praça, de influenciar pessoas no
sentido de que ajam, voluntariamente, em prol dos objetivos da Instituição.
Habilidades:
Obter obediência, confiança, respeito e cooperação, pelo exemplo;
Exercer a autoridade com responsabilidade;
Elevar o moral e fortalecer a disciplina consciente e o espírito de corpo das
pessoas de seu convívio;
Ter poder de persuasão para convencer pessoas a adotar ideias e atitudes
esperadas pela MB;
Evidenciar uma capacidade de ouvir e acatar sugestões;
Preocupar-se com o bem-estar de todos, conhecendo seus problemas, qualidades
e limitações;
Assegurar-se de que as tarefas são compreendidas e executadas da melhor
forma;
Promover a realização pessoal dos liderados;
Manter seu pessoal devidamente treinado e informado, como uma equipe
vitoriosa; e
Buscar o autoaperfeiçoamento, cultivando as virtudes e os valores da MB.
7. CAPACIDADE DECISÓRIA
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É a capacidade, que vem sendo demonstrada pela Praça, de, em tempo hábil e
dentro do seu limite de autoridade, optar, entre diversas alternativas, pela mais
apropriada para solucionar um problema. Avaliar corretamente o emprego de sua
equipe/grupo, seja em tarefas de combate, como administrativas.
Habilidades:
Decidir dentro do limite de sua autoridade;
Analisar e priorizar as ações de maneira a alcançar os resultados previstos; e
Capacidade de decidir, adequadamente, em situações críticas.
8. CULTURA GERAL
É a capacidade, que vem sendo demonstrada pela Praça, de acompanhar e analisar
situações e fatos, de natureza individual e de âmbito nacional e internacional, decorrente
de acervo de conhecimentos e experiências acumulados. Grau de conhecimento de
assuntos alheios à profissão.
Habilidades:
Manter-se atualizado a respeito dos principais acontecimentos que se destacam
na atualidade.
Possuir familiaridade com as diferentes produções da cultura;
Possuir uma base de conhecimento adequada, que lhe possibilite compreender a
conjuntura social, econômica e política do país e do mundo;
Valer-se de conhecimentos de toda ordem que agreguem valor ao seu trabalho e
promovam a evolução da própria Instituição;
Possuir conhecimento de outros idiomas; e
Apresentar um acervo de conhecimentos e experiências acumulados compatíveis
com as atribuições exercidas por um Suboficial-Mor.
O Desempenho na Incumbência é composto por até oito (8) dos onze (11) itens
abaixo:
1. ADAPTAÇÃO AO SERVIÇO
É a capacidade, demonstrada pela Praça no desempenho de sua incumbência, de
adaptar-se facilmente aos diferentes tipos de trabalho e às condições desfavoráveis.
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Habilidades:
Rever posturas e atitudes diante de situações desfavoráveis, mostrando-se aberto
a receber “feedback”;
Ajustar-se rapidamente aos diferentes tipos e condições de trabalho;
Conseguir manter o ânimo em fainas que se prolonguem além do horário do
expediente; e
Adaptar-se com facilidade por ocasião da atribuição de novas tarefas.
2. INICIATIVA
É a capacidade, demonstrada pela Praça no desempenho de sua incumbência, de
agir, prontamente, frente a uma situação que se apresente, sem necessidade de ordem ou
decisão superior. Buscar sua solução imediata e antecipar-se aos fatos, sempre que
possível.
Habilidades:
Produzir novas ideias na busca de uma solução eficiente e eficaz, mesmo em
situações difíceis e imprevisíveis;
Na ausência de superior, é capaz de resolver problemas que não eram previstos;
Demonstrar capacidade empreendedora; e
Capacidade de apresentar sugestões em fainas que estejam em andamento.
3. CONHECIMENTO PROFISSIONAL
É a capacidade, demonstrada pela Praça no desempenho de sua incumbência, de
possuir e aplicar conhecimento profissional adequado à execução de tarefas e solução de
problemas. Identificar os principais equipamentos, sistemas, materiais e armamentos
utilizados no serviço diário da OM, sendo capaz de cumprir bem as tarefas atinentes ao
mesmo.
Habilidades:
Utilizar, adequadamente, os equipamentos/instrumentos que lhe são confiados,
obtendo dos mesmos o máximo rendimento;
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Possuir e aplicar conhecimento profissional adequado à solução de
problemas/avarias;
Utilizar-se das precauções de segurança;
Manter-se profissionalmente atualizado; e
Estimar tempo e recursos necessários à execução de uma faina.
4. ATITUDE MILITAR
É a capacidade, demonstrada pela Praça no desempenho de sua incumbência, de
bem executar movimentos de Ordem Unida, bem como participar de cerimônias
militares, demonstrando garbo e marcialidade. Capacidade de bem empregar a
Legislação Militar Naval (RDM, OGSA, CPM, CPPM e Estatuto dos Militares).
Habilidades:
Consegue ter boa desenvoltura em formaturas;
Apresentar postura militar correta por ocasião de formaturas, cerimônias e
ordem unida, destacando-se positivamente pela sua marcialidade; e
Demonstrar conhecimento da Legislação Militar Naval e capacidade de bem
empregá-la.
5. PRONTIDÃO
É a capacidade, demonstrada pela Praça no desempenho de sua incumbência, de
prontificar as tarefas que lhe são confiadas, dentro do prazo determinado, mantendo seu
superior informado do trabalho que está sendo executado.
Habilidades:
Cumprir suas tarefas dentro dos prazos estabelecidos;
Informar seu superior do andamento e pronto das fainas; e
Capacidade de estar sempre disposto a desempenhar suas tarefas e de agir com
presteza.
6. ZELO
É a capacidade, demonstrada pela Praça no desempenho de sua incumbência, de
não poupar esforços para o bom desempenho das funções que lhe são atribuídas.
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Realizar suas tarefas com cuidado e atenção, sendo capaz de apresentar um resultado
adequado.
Habilidades:
Administrar bens e recursos da Administração Naval;
Empregar os recursos alocados na execução do trabalho, de forma que os
resultados apresentados dispensem a preocupação com a possibilidade de ter que refazê-
los;
Capacidade de realizar suas tarefas com esmero, de maneira a produzir,
continuamente, bons resultados; e
Manter sua incumbência organizada, dentro dos padrões estabelecidos,
possibilitando seu reconhecimento como padrão a ser seguido.
7. EXPRESSÃO ORAL
É a capacidade, demonstrada pela Praça no desempenho de sua incumbência, de
apresentar, oralmente, ideias, pensamentos, fatos e situações com organização, clareza,
precisão, objetividade e propriedade de linguagem.
Habilidades:
Compreender e empregar com proficiência as normas de português na
comunicação oral;
Saber expressar-se com clareza e precisão;
Possuir estilo apurado de linguagem;
Apresentar fatos e situações com organização, clareza e objetividade;
Possuir capacidade de ministrar palestras esclarecedoras, utilizando recursos
audiovisuais eficazes; e
Capacidade de transformar suas ideias em palavras, a fim de expô-las ao grupo.
8. EXPRESSÃO ESCRITA
É a capacidade, demonstrada pela Praça no desempenho de sua incumbência, de
apresentar, por escrito, ideias, pensamentos, fatos e situações com correção,
organização, clareza, precisão, objetividade, concisão e estilo apurado.
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Habilidades:
Desenvolver trabalhos com alto padrão de qualidade, tanto na forma como no
conteúdo;
Expressar-se, por escrito, com clareza e precisão; e
Capacidade de aperfeiçoar normas e legislações.
9. CAPACIDADE ADMINISTRATIVA
É a capacidade, demonstrada pela Praça no desempenho de sua incumbência, de
identificar problemas e dificuldades e de planejar, clara e inteligentemente, as suas
soluções; capacidade de organizar suas tarefas e colaborar com as da sua
incumbência/OM, permitindo que os prazos estabelecidos sejam cumpridos.
Habilidades:
Capacidade de organização e planejamento;
Capacidade de identificar problemas e solucioná-los;
Capacidade de trabalhar com foco;
Capacidade de delegar tarefas;
Capacidade de orientação e controle da ação planejada;
Aprender, fazer uso e manter-se receptivo a novos conhecimentos;
Cumprir prazos e assessorar para o bom andamento dos serviços;
Elaborar soluções que redundem em melhoramento ou aperfeiçoamento
administrativo;
Ter zelo e não poupar esforços para o bom desempenho das funções que lhe são
atribuídas; e
Otimizar processos de atividades rotineiras.
24
Habilidades:
Conhecer com clareza a Legislação Militar Naval;
Estar apta a orientar seus pares e subordinados sobre assuntos diversos da
Legislação Militar; e
Capacidade de conduzir uma formatura com marcialidade, extraindo do grupo o
máximo de seu potencial.
11. AUTONOMIA
É a capacidade, demonstrada pela Praça no desempenho de sua incumbência, de
decidir adequadamente, apresentando resultados positivos para o serviço, sem
necessidade de supervisão constante.
Habilidades:
Decidir dentro do limite de sua autoridade;
Analisar e priorizar as ações de maneira a alcançar os resultados previstos;
Representar ou responder por assuntos afetos de seu setor, na ausência de um
Oficial; e
Apresentar características compatíveis com as atribuições de Suboficial-Mor.
25
A Aptidão Média para a Carreira (AMC) é obtida por intermédio do somatório
de todas as AC, dividido pelo somatório de todos os semestres, desde o ingresso no
Corpo de Praças da Armada (CPA), no Corpo Auxiliar de Praças (CAP) ou no Corpo de
Praças de Fuzileiros Navais (CPFN). As Praças nomeadas/promovidas à graduação de
3ºSG iniciam novo cômputo de AMC. A AMC é expressa com duas casas decimais.
Recomendações (SO/SG)
Nota Conceito Equivalente
8 a 10 Recomendo com Empenho
5a7 Recomendo
0a4 Não Recomendo
g) Justificativa
26
Item onde o avaliador deverá justificar as avaliações das Praças que obtiverem
AC com conceitos equivalentes a “Aceitável” e “Deficiente”. Será obrigatório o
preenchimento de, no mínimo, duzentos (200) caracteres na justificativa.
h) Reunião de Aconselhamento
Item onde o avaliador deverá registrar a realização da Reunião de
Aconselhamento, com base na Aptidão para Carreira (AC) das Praças:
a) de caráter obrigatório - para Praças que obtiverem AC com conceitos
equivalentes a “Aceitável” e “Deficiente”; e
b) de caráter discricionário - para Praças que obtiverem AC com conceitos
equivalentes a “Bom” e “Muito Bom”.
27
Assessorar o Oficial Avaliador que a Praça deverá ser avaliada (avaliação
extraordinária) na atual OM, sendo o período de avaliação de 01JAN até a data do
desembarque da Praça. A ratificação da avaliação deverá ser feita antes da confecção da
MOV-S.
c) Como devo assessorar quando uma Praça tem movimentações sucessivas sem o
período mínimo de convivência nas OM anteriores (90 dias)?
A Praça deverá ser avaliada na sua OM atual, sendo o período de avaliação a partir da
data de embarque até 30JUN e a ratificação, até 10JUL, independentemente do período
de convivência.
28
g) O que fazer com as ModEAD impressas? Existe um período mínimo de
arquivamento?
O Encarregado de Pessoal da OM. Ele tem esse acesso, pois deverá consultar as
ModEAD ao término do período de avaliações, por meio do módulo “ModEAD-
Gerência”, disponível para os Oficiais nessa função. O referido módulo possibilita o
gerenciamento de todas as avaliações realizadas na OM.
a) Militares realizando cursos fora do âmbito da MB, no país ou no exterior, desde que
pela localização do estabelecimento de ensino, não seja possível uma observação direta.
b) As Praças que estiverem de licença especial, LTSPF, LTIP, LCCE, LFCFP, LTSP,
LAC ou LG, também ficarão na situação de “Sem Avaliação”, desde que não haja o
tempo mínimo de convívio, noventa dias contínuos ou não, no semestre com seu Oficial
avaliador.
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Em todos os casos citados acima, o Oficial avaliador preencherá uma nova ModEAD,
apenas com os itens 1.0- IDENTIFICAÇÃO DO AVALIADO e 2.0-PERÍODO DE
AVALIAÇÃO E OM, sendo utilizado a opção “SEM AVALIAÇÃO
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Avaliar pessoas é uma tarefa extremamente difícil, pois exige um esforço muito
grande por parte do avaliador. Sabe-se que quem avalia também é uma pessoa com
qualidades e defeitos, pontos fortes e fracos, padrões próprios de comportamento e que,
na maioria das vezes, tende a basear-se nas suas características pessoais e a não aceitar
diferentes padrões de comportamento. Entretanto, há que se ressaltar que os indivíduos
não são iguais entre si.
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