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Atualmente, no campo da historiografia, ocorre um curto período de democracia no Brasil

entre 1945 e 1964. É a chamada “República Liberal”. Eles foram presidentes por 19 anos: José
Linhares (atuando, 1945-1946) sem festa Eurico Gaspar Dutra (1946-1951) PSD Getúlio Vargas
(1951-1954) PTB João Café Filho (temporariamente, 1954-1955) PSP Carlos Luz
(temporariamente, 1955) PSD Nereu de Oliveira Ramos (temporariamente, 1955-1956) PSD
Juscelino Kubitschek (1956-1961) PSD Jânio Quadros (1961) UNN Paschoal Ranieri Mazzilli
(temporariamente, 1961) PSD João Goulart (no regime parlamentar, 1961-1963) PTB João
Goulart (restauração do regime presidencial 1963-1964) PTB Paschoal Ranieri Mazzilli
(temporariamente, 1964) PSD Humberto de Alencar Castelo Branco (1964-1967) início do
regime militar brasileiro.

Em primeiro lugar, é importante lembrar que este tempo do regime republicano brasileiro é
estudado em capítulo à parte por se tratar de um breve hiato entre as duas ditaduras que
colocaram à prova a democracia brasileira: a primeira, o Estado Novo de Getúlio Vargas, que
vigorou entre 1937 e 1945 e a segunda, a ditadura de chefes militares, considerada mais
drástica, que administrou o país entre 1964 e 1985. A razão da nomenclatura moderna para
esses 19 anos de democracia no Brasil - República Liberal - está baseada no fato de que todos
os representantes importantes da cena política do país ocuparam o poder, mesmo em breves
períodos. Tal momento democrático costumava ser rotulado de predominantemente
populista, pelos notáveis governos de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart,
Sinal simbólico desta cadeia. Apesar da excelente passagem do presidente, o fato é que
grandes grupos políticos são todos representantes nesse período. A política do Brasil é
centrada em três partidos políticos principais, que são organizados em torno de siglas
menores; os três principais são: O PTB, o Partido Trabalhista Brasileiro, é considerado um
representante das classes média e baixa da sociedade. PSD, Partido Social Democrata, cujos
representantes estão alinhados com os interesses da classe média alta, proprietários rurais e
servidores públicos. A UDN, Liga Nacional para a Democracia, partido político tido como
defensor da classe alta da pirâmide social brasileira, tem tendência ao liberalismo e ao
conservadorismo.

Em geral, os dois primeiros do PTB e do PSD se uniram na eleição porque seus procedimentos
se sobrepõem mais, o que prejudica a UDN. Além disso, esses dois partidos foram fundados
por Getúlio Vargas no final do Estado Novo, com o objetivo de formar a próxima nova proposta
democrática. Por outro lado, quem apoia o partido maioritário na Assembleia Nacional é o
Departamento do Setor Privado, que não está tão ligado à elite, mas também está longe das
classes mais pobres. O PSD confirma essa equidistância e, ao contrário da imagem tradicional
de ser mais simpático ao programa do PTB, o PSD ao final do período é mais relevante para a
agenda conservadora da UDN.

Esse fato estará vinculado à concretização do golpe de 1964, à medida que o PTB se
radicalizava cada vez mais, aliando-se cada vez mais a forças de esquerda como o PCB, que
mesmo secretamente atuava discretamente aliando-se ao Partido Trabalhista. O medo da
incerteza sobre o quanto essa virada para a esquerda do partido do presidente João Goulart
daria aos militares o apoio da classe média para lançar um golpe para restaurar o equilíbrio do
status quo político. A intervenção militar deve ser temporária, assim como a intervenção que
permitiu a Juscelino Kubitschek tomar posse como presidente eleito. Chegou ao poder o
general Castelo Branco, que tomaria provisoriamente o mandato para as eleições de 1965.
Mas prevaleceu a convicção dos militares de que deveriam permanecer no poder para
"terminar o trabalho" e uma nova ditadura que encerraria o período liberal.

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