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Disciplina: Parasitologia Clínica

Docente: Dra. Thaís Leal Silva

Roteiro de Aula prática de exame de contaminação de Hortaliças por


parasitos

Introdução
A contaminação por parasitas está diretamente relacionada com condições
insatisfatórias de saneamento básico e maus hábitos de higienização devido à pobreza e
à deficiência na educação da população. A água e os alimentos consumidos crus são
considerados os principais meios de contaminação e disseminação destas doenças, além
da rota fecal-oral.
A contaminação das frutas e verduras pode ocorrer por meio da adubação orgânica, da
irrigação com água contaminada por matéria fecal e das más condições higiênicas de
armazenamento, transporte e manuseio desses produtos (Guimarães et.al., 2003).
A Organização Mundial da Saúde propõe medidas para reduzir essas e outras
parasitoses, incluindo melhoramento dos métodos de irrigação, controle da exposição
humana e técnicas de preparação de alimentos que visem a redução de patógenos em
geral (OMS, 2003).

Objetivos:
• Executar um experimento que permita a verificação de parasitas em hortaliças;
• Conscientizar os alunos sobre a importância da higiene alimentar;

Materiais necessários:
Hortaliças (alface);
Sacos plásticos;
Vidros com bucal largo ou béquer,
Cálice de fundo cônico,
Lâminas e lamínulas
Pipeta Pasteur,
Algodão,
Pisseta com água,
Gaze ou coador fino,
Microscópio ótico,
Lugol,
Açúcar
EPI (jaleco, luva, máscara e óculos de proteção).
Álcool 70%;
Tubo Falcon de 15 ml;
Centrífuga.

Método

1. Separar cinco folhas de alface, lavá-las e colocá-las em saco plástico de primeiro uso;
2. Adicionar 200mL de água saturada com açúcar, e agitar manualmente em movimentos
de vai-e-vem, durante 3 minutos; (para melhorar a eficiência da extração de ovos de
parasitos adiciona-se no lugar da água um líquido extrator para a remoção dos parasitos da
superfície da alface. Este líquido pode ser uma solução saturada de açúcar).
3. Cortar uma das pontas do saco plástico, de modo que escoe o máximo de líquido
possível. Filtrar este líquido com uma gaze a fim de reter os fragmentos das folhas de
alface, recolhendo-o em um cálice cônico. A gaze deve ainda ser lavada com um jato de
água destilada, utilizando-se uma pisseta;
4. Deixar o líquido em repouso por 2 horas para sedimentação (deixaremos por meia hora);
5. Retirar o sobrenadante com auxílio de uma pipeta, deixando cerca de 10mL de
sedimento;
6. Com a mesma pipeta transferir este sedimento para um tubo de centrífuga de 15mL,
lavar o cálice com 5mL de água destilada, e adicionar ao mesmo tubo;
7. Centrifugar o tubo com o sedimento por 5 minutos, descartando o sobrenadante com o
auxílio de uma pipeta;
8. Com a pipeta, transferir um pouco deste sedimento para uma lâmina e pingar uma gota
de lugol para facilitar a visualização dos ovos e larvas;
9. Colocar a lamínula e analisar em microscópio óptico para detecção e possível
identificação das formas parasitárias encontradas.

Resultado esperado: Se houver um elevado grau de contaminação, deverá aparecer ovos


ou larvas de helmintos.

Referências:
Neves, DP; Melo, AL; Lenardi, PM; Vitor, RWA. Parasitologia humana, v. 13, 2016.
TAKAYANAGUI, Osvaldo M. et al. Avaliação da contaminação de hortas produtoras
de verduras após a implantação do sistema de fiscalização em Ribeirão Preto, SP.
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 40, p. 239-241, 2007.

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