O documento resume a vida e obra de Hermann Rorschach, o criador do teste projetivo de personalidade que leva seu nome. Ele nasceu na Suíça em 1884 e estudou medicina, interessando-se também por arte. Em 1917, inspirado por estudos anteriores com manchas de tinta, Rorschach começou a desenvolver seu método usando borrados controlados de tinta. Ele criou 40 imagens e publicou seu método em 1921 no livro Psicodiagnóstico, que guiou novos entendimentos sobre personalidade. Rorschach faleceu em
O documento resume a vida e obra de Hermann Rorschach, o criador do teste projetivo de personalidade que leva seu nome. Ele nasceu na Suíça em 1884 e estudou medicina, interessando-se também por arte. Em 1917, inspirado por estudos anteriores com manchas de tinta, Rorschach começou a desenvolver seu método usando borrados controlados de tinta. Ele criou 40 imagens e publicou seu método em 1921 no livro Psicodiagnóstico, que guiou novos entendimentos sobre personalidade. Rorschach faleceu em
O documento resume a vida e obra de Hermann Rorschach, o criador do teste projetivo de personalidade que leva seu nome. Ele nasceu na Suíça em 1884 e estudou medicina, interessando-se também por arte. Em 1917, inspirado por estudos anteriores com manchas de tinta, Rorschach começou a desenvolver seu método usando borrados controlados de tinta. Ele criou 40 imagens e publicou seu método em 1921 no livro Psicodiagnóstico, que guiou novos entendimentos sobre personalidade. Rorschach faleceu em
Terezinha A. de C. Amaro e Carla Luciano H. Hisatugo
PRINCIPAIS ASPECTOS - RESUMO POR FERNANDA RAT - MAIO, 2023
PARTE UM
CAPÍTULO 1 Sobre Hermann Rorschach
Nascido em Zurique, na Suíça, em 8 de novembro de 1884, Hermann Rorschach foi um grande
estudioso da natureza humana. Era poliglota, falava alemão-suíço, francês, italiano e russo. Em relação à sua vida pessoal, ficou órfão aos 18 anos. Era descrito como um homem bastante afetuoso, e casou-se com sua esposa Olga em 1910. A arte esteve presente em sua vida durante muito tempo: foi Rorschach o responsável pelo desenho da Basílica de São Basílio, O Bendito, em Moscou. A técnica do Klecksography, que consistia na dobra do papel para formar borrões de tinta, vinha sendo desenvolvida, e era de grande interesse de Rorschach. Ele considerou seguir a carreira no campo da arte, mas optou por cursar medicina. Apesar disso, a arte nunca deixou de se fazer presente ao longo de sua história; já formado, ele estimulava seus pacientes no Hospital de Munsterlinger à produção artística, e estudava seus resultados. A interpretação de manchas de tinta, ao contrário do que se costuma acreditar, não iniciaram-se com Rorschach; muito antes, Leonardo da Vinci utilizava a percepção das pessoas em relação às manchas de tinta em seu ateliê para selecionar os profissionais que trabalhariam consigo em sua carreira artística, pois acreditava que manchas de tinta estimulavam a criatividade do ser. Além disso, em 1910, os psicólogos Guy Montrose e Fyodor Ryabko, em trabalhos distintos, realizaram estudos para examinar diferenças de percepção e imaginação dos indivíduos. Em 1917, Symon Hens utilizou manchas de tinta para explorar o aspecto da fantasia em seus pacientes psicóticos e não pacientes, fator que inspirou Rorschach a retomar estudos com manchas de tinta, através da técnica do Klecksography, que já tinha sido de grande interesse seu. Reuniu-se com o psiquiatra Eugene Minkowski, e passou a colaborar em um trabalho exploratório de aplicação das manchas de tinta formadas por borrões na folha dobrada. Hermann criou 40 manchas, parcialmente modificadas e, a partir do campo da percepção, sensação, assimilação, evocação e compreensão, realizou observações que foram reunidas em sua obra “Psicodiagnóstico”, publicada em 1921. Os relatos de Rorschach acerca de seu estudo guiaram a apropriação da personalidade para fatores como inteligência, volição, humor, tipo de experiência e vivência, afetividade, disposições emocionais, caráter e talentos. Para a construção da obra, Rorschach investigou pessoas das mais diversas raças, culturas, etnias, construindo estudos interculturais e interdisciplinares. As pranchas utilizadas em 1921 são as mesmas até hoje. Em 1922, um ano após a publicação que muitos diriam ser a mais importante desde Freud, Rorschach faleceu precocemente por uma peritonite ocasionada pela ruptura do apêndice. Deixou um legado de se admirar, pela pessoa amável, altruísta, e curiosa pela natureza e espiritualidade intracultural humana que foi. Seu trabalho, cem anos depois, segue extremamente relevante, e abriu novas portas para a compreensão da personalidade.