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PERSUASÃO – BURKE

As imagens visuais ilustravam os textos ou o contrário, mas importa que eles se


influenciavam e reforçavam mutuamente. Medalhas e monumentos eram reproduzidos
em gravuras. Abundavam as representações de representações do rei e de seus feitos. A
importância dos meios passíveis de reprodução mecâneica merece destaque. As
reproduções ampliavam a visibilidade do rei. Os impressos contribuíam
consideravelmente para a difusão tanto de aspectos de Luiíz como de informações a seu
respeito. As letras de músicas dos balés e das óperas frequentemente incorporavam
referências elogiosas aos feitos do rei, sobretudo nos prólogos. Eventos que mostravam
a figura viva do rei, como sua unção e casamento, eram a tal ponto ritualizados que
podem ser vistos como minipeças teatrais.
Quanto à função da imagem, ela era exercida com a finalidade de celebrar Luís,
glorifica-lo, persuadir espectadores, ouvintes e leitores de sua grandeza. A maioria das
pinturas do rei se enquadra no gênero a que os historiadores da arte chamam de “retrato
solene”, construídas segundo a “retórica da imagem” desenvolvida durante o
Renascimento para a pintura de pessoas importantes.
Tanto em poesia como em prosa, a imagem do rei era mergulhada em retórica
triunfalista. A hipérbole é uma figura retórica constantemente empregada nessa
literatura de exaltação. Outra figura de retórica recorrente é a metáfora, como na
clássica comparação do rei com o sol. Frequentemente o rei era representado ao lado d
figuras alegóricas e personificações como Netuno ou Vitória.
Representações do passado eram outro tipo de alegoria, devendo com frequência ser
entendidas como referências indiretas ao presente. Representações do passado eram
outro tipo de alegoria, devendo com frequência ser entendidas como referência indiretas
ao presente. A imagem do rei era associada ainda aos heróis do passado.

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