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Direito Natural e Direito Positivo

O Direito é não só necessário como imprescindível para a vida em sociedade. Ele


apresente-se-nos como um conjunto de normas que estabelecem diretrizes de
comportamento e limites às liberdades individuais, sem as quais estaríamos
completamente vulneráveis e desprotegidos.

As primeiras normas que surgiram foram aquelas que nascem incorporadas ao


homem (Direito Natural), fundadas na lei natural. Posteriormente, numa fase mais
avançada da história humana, surgem as normas escritas e criadas pelo homem
(Direito Positivo), cujas fontes fundamentais são as leis, os costumes, a doutrina e
a jurisprudência. O Direito Natural e o Direito Positivo são duas formas distintas de
Direito e apresentam diversas diferenças entre si.

O direito natural, ou jusnaturalismo, é o conjunto de normas e direitos


estabelecido pela natureza da essência humana, inerente a todos os homens, sem
exigência de um processo legislativo. Ou seja, é um direito fundado na natureza, na
ordem religiosa (leis de Deus) ou na razão humana, que tem como pressuposto
fundamental um ideal de justiça, o que é justo. O direito à vida, à igualdade e à
liberdade são alguns exemplos de direito natural, que por sua vez também estão
positivados na Constituição da República Portuguesa.

Este Direito tem um caráter universal, atemporal, não-territorial e imutável, uma


vez que os seus preceitos abrangem todos os seres humanos, independentemente
das especificidades culturais; derivam de valores que antecedem e constituem o
ser humano, mantendo-se inalterados ao longo da história e do desenvolvimento
da sociedade; e não podem ser modificados por meio de decisões voluntárias. O
Direito Natural é independente da vontade humana e não depende do Estado nem
de nenhuma lei. Baseia-se nos princípios humanos e na moral.
Por outro lado, o direito positivo, ou juspositivismo, é um conjunto de normas
jurídicas, criado e aplicado pelo Estado com poder coercivo, que rege a sociedade
e as instituições dum determinado território numa determinada época. Ou seja,
este direito é criado por meio de atos voluntários, estando dependente de uma
manifestação de vontade da sociedade ou duma autoridade.
O direito positivo é formal, temporal, territorial, revogável e mutável, uma vez que
as normas jurídicas estão escritas em documentos oficiais, são válidas por um
determinado tempo num determinado território e podem ser mudadas. O Estado
pode criar novas normas jurídicas e fazer com que outras deixem de existir.

A Constituição da República Portuguesa e as leis ordinários são exemplos de


direito positivo.

Enquanto o direito natural considera o direito como um valor e por isso a


transgressão de uma regra não implica nenhuma sanção jurídica para o infrator,
pois esta não é prevista por lei, o Direito positivo considera o direito como um fator
e não apenas como um valor. Por conseguinte, é defendido por uma norma, com
caracter obrigatório e válido, independentemente do seu conteúdo moral, cuja
infração gera uma sanção jurídica para o infrator consoante o ato cometido.

As normas positivistas devem ser subordinadas às normas jusnaturalistas, mas por


vezes acontece as normas jurídicas se elevarem a normas de índole moral.

Uma lei pode ter legalidade, ou seja, pode ser imposta pelo Direito positivo mas
não ser legitima por ir contra o Direito natural. Por exemplo, o caso da pena de
morte.

isionismo – o Direito Natural não é mais do que um somatório de decisões ou


actos do poder político.
O Positivismo Jurídico – o Direito é e só pode ser Direito Positivo.
Decisionismo – o Direito Natural não é mais do que um somatório de decisões ou
actos do poder político.
O Positivismo Jurídico – o Direito é e só pode ser Direito Positivo.
Decisionismo – o Direito Natural não é mais do que um somatório de decisões ou
actos do poder político.

O direito natural é um ponto de referência importante, sendo atualmente visto


como um conjunto de princípios que os legisladores levam em consideração na
criação de novas leis, ou seja, na elaboração do direito positivo.

https://andrebona.com.br/o-que-e-e-quais-as-diferencas-entre-direito-natural-e-
direito-positivo/

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