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Viescog
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A arte mágica, por sua vez, é uma forma de entretenimento que se baseia em
truques e ilusões para enganar a percepção do público. A mágica é
frequentemente usada como uma metáfora para ilustrar os processos mentais
que envolvem o viés cognitivo. Neste artigo, discutiremos como a mágica pode
nos ajudar a entender melhor o viés cognitivo e como isso pode ter
implicações importantes para a prática clínica da psicologia.
A arte mágica pode ser usada como uma metáfora para ilustrar esses
processos cognitivos. Por exemplo, muitos truques de mágica envolvem a
manipulação de nossa atenção e percepção. Um mágico pode nos distrair com
uma mão enquanto realiza uma ação com a outra mão, fazendo com que
percamos de vista o objeto em questão. Isso pode ser usado para ilustrar como
nossa atenção pode ser manipulada e como isso pode levar a erros cognitivos.
Outro exemplo é o truque de mágica conhecido como "carta forçada". Neste
truque, o mágico faz parecer que o espectador escolheu uma carta aleatória
do baralho, quando na verdade a carta foi previamente escolhida pelo mágico.
Isso pode ser usado para ilustrar como nossas escolhas podem ser
influenciadas por sugestões e expectativas pré-existentes.
Esses exemplos mostram como a arte mágica pode nos ajudar a entender
melhor o viés cognitivo e como isso pode ter implicações importantes para a
prática clínica da psicologia.
Os psicólogos podem usar a mágica como uma ferramenta para engajar e
motivar os pacientes em sua própria terapia. Além disso, a mágica pode ser
usada para ensinar aos pacientes sobre os processos cognitivos subjacentes ao
viés cognitivo, o que pode ajudá-los a se tornar mais conscientes de suas
próprias distorções cognitivas.
Além disso, a arte mágica também pode ser usada de forma terapêutica em
conjunto com outras técnicas da psicologia comportamental, como a terapia
cognitivo-comportamental (TCC) e a terapia de exposição. A combinação
dessas abordagens pode levar a resultados mais eficazes e duradouros na
redução de sintomas de ansiedade, fobias e transtornos obsessivo-
compulsivos.
Por exemplo, um mágico pode realizar um truque que mostra como a mente
humana é facilmente enganada por ilusões de ótica, fazendo o paciente
perceber como ele mesmo pode ser enganado por suas próprias crenças
limitantes. Isso pode levar a uma maior conscientização sobre seus próprios
pensamentos e comportamentos, permitindo que o paciente trabalhe com o
terapeuta para identificar e modificar seus padrões cognitivos negativos.
Outra técnica comum é a exposição graduada, que envolve a exposição do
paciente a situações que causam ansiedade ou medo de forma gradual e
controlada, para que eles possam aprender a lidar com a situação de forma
mais eficaz. A arte mágica pode ser usada para criar simulações dessas
situações, permitindo que o paciente pratique suas habilidades de
enfrentamento em um ambiente seguro e controlado.
Além disso, a mágica pode ser usada como uma forma de distração e
relaxamento, permitindo que o paciente se afaste dos pensamentos e
sentimentos negativos por um momento e concentre sua atenção em algo
positivo e prazeroso.
Outro estudo conduzido por Gustav Kuhn e colegas investigou o uso da mágica
em terapia ocupacional, especificamente no tratamento de pacientes com
acidente vascular cerebral (AVC). Os pesquisadores descobriram que a mágica
pode ajudar a melhorar a motivação dos pacientes, aumentar sua autoestima e
ajudá-los a recuperar habilidades físicas e cognitivas.
Isso sugere que a mágica pode ter um papel importante no tratamento de
distúrbios neurológicos.
Além disso, uma revisão sistemática de 2018 de estudos sobre mágica e saúde
mental descobriu que a mágica pode ter um efeito positivo no bem-estar
psicológico. Os autores da revisão sugerem que a mágica pode ser utilizada
como uma técnica complementar para ajudar pacientes com ansiedade,
depressão e outras condições de saúde mental.
Referências: