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Isadora Tesch Ferreira

1° período de Psicologia

O período Renascentista foi marcado pela expansão do conhecimento científico, artístico e


principalmente pela valorização do homem como método de estudo e origem da verdade.
Diante disso, o indivíduo desenvolve o controle de suas próprias decisões sem pautar seu
cotidiano na crença de um Deus superior. Além de utilizar o mundo e a natureza como
objeto à serviço do ser humano. A partir de tal momento, a famigerada frase "penso, logo
existo" explica a mentalidade humana na época, no qual, compreende-se que a verdade
habita no homem, e as ciências tendem-se a estudar o seu interior com metodologias
racionais e não pautadas em religião. Mediante os estudos sobre o homem, o filósofo Hume
apoia a tese que o "eu" não é algo estável, e não permanece o mesmo ao longo das
experiências vivenciadas. Já para Kant, sua tese era contra esses ideais radicais, contudo,
acreditava na flexibilidade do indivíduo, isto é, nós somos algo que se forma e se transforma
nos embates da experiência. Para ele, as necessidades, os desejos e os impulsos nunca
poderão ser negligenciados pela razão.
O Romantismo nasceu como uma crítica ao iluminismo e teor racionalista. Tal fase
baseia-se na ideia do homem como um ser passional, o que diverge a um ser
essencialmente racional. Posto isso, o romantismo entra em conflito com a experiência da
subjetividade privada, ou seja, um reconhecimento do homem como sujeito livre com poder
próprio de escolha, com liberdade para agir e decidir mediante aos próprios sentimentos e
desejos. Todavia, a subjetividade privatizada é derrotada quando o romantismo cria uma
ideia de saudosismo aos tempos fraternos e o liberalismo engloba uma ideia de liberdade
visando os direitos iguais. E então, surge a constante angústia no meio da individualidade
hodierna.
Em segunda análise, os especialistas psicológicos e científicos desenvolvem-se marcados
pela contradição que a ciência moderna pressupõe o conceito do indivíduo ser livre, e por
outro lado, procura dominar sua individualidade para garantir a "objetividade". Porém,
diversos psicólogos são contra tal método de cercear a subjetividade, e concentram-se em
dar voz ao "eu" e sua singularidade.
Há projetos de psicologia que não contrapõem a experiência subjetiva, exemplo disso é a
Psicologia da Gestalt, que surgiu na Alemanha no século XX , e sua tradução já foi deveras
diversificada, ora por psicologia da totalidade, ora por psicologia da forma, ora por
psicologia da estrutura, entretanto, ainda é conservado o termo alemão, como a
denominação "gestaltismo". Os psicólogos gestaltistas adotavam os métodos
fenomenológicos, isto é, uma tendência filosófica de tentar extrair a essência fundamental.

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