O período Renascentista foi marcado pela expansão do conhecimento científico, artístico e
principalmente pela valorização do homem como método de estudo e origem da verdade. Diante disso, o indivíduo desenvolve o controle de suas próprias decisões sem pautar seu cotidiano na crença de um Deus superior. Além de utilizar o mundo e a natureza como objeto à serviço do ser humano. A partir de tal momento, a famigerada frase "penso, logo existo" explica a mentalidade humana na época, no qual, compreende-se que a verdade habita no homem, e as ciências tendem-se a estudar o seu interior com metodologias racionais e não pautadas em religião. Mediante os estudos sobre o homem, o filósofo Hume apoia a tese que o "eu" não é algo estável, e não permanece o mesmo ao longo das experiências vivenciadas. Já para Kant, sua tese era contra esses ideais radicais, contudo, acreditava na flexibilidade do indivíduo, isto é, nós somos algo que se forma e se transforma nos embates da experiência. Para ele, as necessidades, os desejos e os impulsos nunca poderão ser negligenciados pela razão. O Romantismo nasceu como uma crítica ao iluminismo e teor racionalista. Tal fase baseia-se na ideia do homem como um ser passional, o que diverge a um ser essencialmente racional. Posto isso, o romantismo entra em conflito com a experiência da subjetividade privada, ou seja, um reconhecimento do homem como sujeito livre com poder próprio de escolha, com liberdade para agir e decidir mediante aos próprios sentimentos e desejos. Todavia, a subjetividade privatizada é derrotada quando o romantismo cria uma ideia de saudosismo aos tempos fraternos e o liberalismo engloba uma ideia de liberdade visando os direitos iguais. E então, surge a constante angústia no meio da individualidade hodierna. Em segunda análise, os especialistas psicológicos e científicos desenvolvem-se marcados pela contradição que a ciência moderna pressupõe o conceito do indivíduo ser livre, e por outro lado, procura dominar sua individualidade para garantir a "objetividade". Porém, diversos psicólogos são contra tal método de cercear a subjetividade, e concentram-se em dar voz ao "eu" e sua singularidade. Há projetos de psicologia que não contrapõem a experiência subjetiva, exemplo disso é a Psicologia da Gestalt, que surgiu na Alemanha no século XX , e sua tradução já foi deveras diversificada, ora por psicologia da totalidade, ora por psicologia da forma, ora por psicologia da estrutura, entretanto, ainda é conservado o termo alemão, como a denominação "gestaltismo". Os psicólogos gestaltistas adotavam os métodos fenomenológicos, isto é, uma tendência filosófica de tentar extrair a essência fundamental.