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LEI DE EXECUÇÕES PENAIS - LEP (LEI Nº 7.210/84)


- Será submetido:
• condenado ao cumprimento de PPL em regime fechado
EXAME CRIMINOLÓGICO
- Poderá ser submetido:
• condenado ao cumprimento de PPL em regime semi-aberto
- Hipóteses (obrigatório):
• crime doloso praticado com violência grave contra a pessoa
• crime contra a vida
• crime contra a liberdade sexual
• crime sexual contra vulnerável

- Armazenada:
• em banco de dados sigiloso

- Autoridade policial (federal ou estadual):


• poderá requerer ao juiz competente, no caso de inquérito instaurado, o
acesso ao banco de dados de identificação de perfil genético

- Acesso aos dados do titular:


• deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus dados
constantes nos bancos de perfis genéticos, bem como a todos os documentos
da cadeia de custódia que gerou esse dado, de maneira que possa ser
contraditado pela defesa

IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL - Condenado que não foi submetido à identificação no ingresso no


GENÉTICO estabelecimento penal:
• o condenado pelos crimes que caiba a identificação, que não tiver sido
submetido à identificação do perfil genético por ocasião do ingresso no
estabelecimento prisional deverá ser submetido ao procedimento durante o
cumprimento da pena

- A amostra biológica coletada só poderá ser utilizada para o único e exclusivo


fim de permitir a identificação pelo perfil genético, não estando autorizadas as
práticas de fenotipagem genética ou de busca familiar

- Coleta da amostra biológica e elaboração do respectivo laudo:


• serão realizadas por perito oficial.

- Uma vez identificado o perfil genético, a amostra biológica recolhida deverá


ser correta e imediatamente descartada, de maneira a impedir a sua utilização
para qualquer outro fim

- Recusa do condenado em submeter-se ao procedimento de identificação do


perfil genético:
• constitui FALTA GRAVE
- Trabalho obrigatório:
• condenado em definitivo a pena privativa de liberdade

TRABALHO - Trabalho facultativo:


• preso provisório (e somente no interior do estabelecimento)
• preso político

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• Não está sujeito ao regime da CLT

- Remuneração:
• mediante tabela prévia, não podendo ser inferior a 3/4 do salário mínimo, e
deverá atender:
* indenização dos danos causados pelo crime
* assistência à família
* pequenas despesas pessoais
* indenização ao Estado com sua manutenção
Obs.1: parte restante será depositada em pecúlio
Obs.2: prestação de serviço a comunidade não é remunerada

- Trabalho Interno:
• maiores de 60 anos poderão solicitar ocupação adequada
• deficientes e doentes exercerão atividades apropriada
• Jornada de trabalho não inferior a 6 e nem superior a 8 horas, com descanso
aos domingos e feriados
• presos que trabalham na manutenção da unidade poderão trabalhar em
horários especiais

- Trabalho Externo:
• presos em regime fechado
• requisito objetivo: cumprimento mínimo de 1/6 da pena
• requisito subjetivo: aptidão e responsabilidade
• autorizado pelo Direito do estabelecimento
• trabalhar em obras da Administração direta ou indireta: condicionado ao
consentimento do preso e tomada as cautelas de fuga
• limite máximo de 10% do total de empragados da obra
• Revoga-se a autorização do trabalho externo:
* praticar fato definido como crime
* for punido com falta grave
* tiver comportamento contrário aos requisitos estabelecidos
- Falta grave do condenado à pena PRIVATIVA DE LIBERDADE:
• incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina
• fugir
• possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de
outrem
• provocar acidente de trabalho
• descumprir, no regime ABERTO, as condições impostas
• inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39:
* obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva
relacionar-se
FALTA GRAVE
* execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas
• tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou
similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente
externo
• recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético

- Falta grave do condenado à pena RESTRITIVA DE DIREITOS:


• descumprir, injustificadamente, a restrição imposta
• retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta
• inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39:

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* obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva


relacionar-se
* execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas

- Falta grave ATRAPALHA:


• Progressão: interrompe o prazo para a progressão de regime (s. 534 STJ);
• Regressão: acarreta a regressão de regime (art. 118, I);
• Remição: revoga até 1/3 do tempo remido (art. 127);
• Saídas Temporárias: revoga as saídas temporárias (art. 125, caput);
• Trabalho Externo: revoga a autorização de trabalho externo (art. 37, § único);
• RDD: pode sujeitar o condenado ao RDD (art. 52, caput);
• Monitoração Eletrônica: pode revogar a monitoração eletrônica (art. 146-D,
II);
• Conversão: se o condenado está cumprindo pena restritiva de direitos, esta
poderá ser convertida em privativa de liberdade (art. 181, § 1º, d);
• Isolamento: isolamento na própria cela ou em local adequado (art. 57, § único
c/c art. 53, IV);
• Direitos: suspensão ou restrição de direitos (art. 57, § único c/c art. 53, III).

- Falta grave NÃO ATRAPALHA:


• Livramento Condicional: não interrompe o prazo para obtenção do
livramento condicional (s. 441 STJ);
• Indulto e Comutação de Pena: não interfere no tempo para a concessão de
indulto e comutação de pena (s. 535 STJ), salvo se o requisito for
expressamente previsto no Decreto Presidencial.
- Provisório, ou condenado, nacional ou estrangeiro

- Cabimento:
• prática de fato previsto como crime doloso, quando ocasione subversão da
ordem ou disciplina internas
• presos que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do
estabelecimento penal ou da sociedade
• presos sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou
participação, a qualquer título, em organização criminosa, associação
criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de falta grave

- Duração máxima:
• até 2 anos
• sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie
RDD
- Recolhimento:
• cela individual

- Visitas:
• quinzenais
• de 2 pessoas por vez
• por pessoa da família
• no caso de terceiro, autorizado judicialmente
• duração: 2 horas
• realizadas em instalações equipadas para impedir o contato físico e a
passagem de objetos

- Banho de sol:

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• 2 horas diárias
• em grupos de até 4 presos, desde que não haja contato com presos do
mesmo grupo criminoso

- Entevistas:
• sempre monitoradas (EXCETO aquelas com seu defensor)
• em instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de
objetos (SALVO expressa autorização judicial em contrário)

- Correspondência:
• fiscalização do conteúdo da correspondência

- Audiência:
• participação em audiências judiciais preferencialmente por videoconferência
• garantindo-se a participação do defensor no mesmo ambiente do preso
- Regra Geral:
• O preso provisório ficará separado do condenado por sentença transitada em
julgado

- Separação de preso PROVISÓRIO:


• acusados pela prática de crimes hediondos ou equiparados
• acusados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à
pessoa
• acusados pela prática de outros crimes ou contravenções diversos dos
SEPARAÇÃO DE PRESOS apontados nos incisos I e II

- Separação de preso CONDENADO:


• condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados
• reincidentes condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou
grave ameaça à pessoa
• primários condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou
grave ameaça à pessoa
• demais condenados pela prática de outros crimes ou contravenções em
situação diversa das previstas nos incisos I, II e III
- Requisitos:
--Subjetivos:
• ostentar boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do
estabelecimento

--Objetivos:
• Crime sem violência à pessoa ou grave ameaça:
* primário: 16%
* reincidente: 20%
PROGRESSÃO DE REGIME • Crime com violência à pessoa ou grave ameaça:
* primário: 25%
* reincidente: 30%
• Crime hediondo ou equiparado:
* primário: 40%
* reincidente: 60%
• Crime hediondo ou equiparado com resultado morte (vedado o livramento
condicional):
* primário: 50%
* reincidente: 70%

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• Exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa


estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado: 50%
• Crime de constituição de milícia privada: 50%

- Não se considera hediondo para fins de progressão de regime:


• o tráfico privilegiado (art. 33, § 4º, lei nº 11.343/06)

- Decisão do juiz que determinar a progressão de regime:


• será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e
do defensor
• procedimento que também será adotado na concessão de livramento
condicional, indulto e comutação de penas

- Cometimento de FALTA GRAVE:


• interrompe o prazo para a obtenção da progressão
• reinício da contagem do requisito objetivo terá como base a pena
remanescente.

- Bom comportamento:
• é readquirido após 1 ano da ocorrência do fato ou
• antes, após o cumprimento do requisito temporal exigível para a obtenção
do direito.

- Mulher gestante ou mãe/responsável por crianças/pessoas com deficiência -


requisitos cumulativamente:
• não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa;
• não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente;
• ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior;
• ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor
do estabelecimento;
• não ter integrado organização criminosa.

- Não é admitida a progressão PER SALTUM (s. 691, STJ)


- Hipóteses:
• praticar fato definido como crime doloso (condenado deverá ser previamente
ouvido)
• praticar falta grave
• sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena
em execução, torne incabível o regime
REGRESSÃO DE REGIME
- O condenado será transferido do regime ABERTO se, além das hipóteses
citadas acima:
• frustrar os fins da execução ou
• não pagar, podendo, a multa cumulativamente imposta
(condenado deverá ser previamente ouvido)

- É admitida a regressão PER SALTUM


- Regime ABERTO

- Momento:
PRISÃO DOMICILIAR
• após a condenação

- Natureza jurídica:

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• espécie de prisão penal em substituição a casa de albergado ou


estabelecimento adequado (regime aberto)

- Hipóteses:
• condenado maior de 70 anos
• condenado acometido de doença grave
• condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental
• condenada gestante
AUTORIZAÇÃO DE SAÍDE: GÊNERO

ESPÉCEIS:

1 PERMISSÃO DE SAÍDA
- Condenado nos regimes fechado ou semiaberto + Preso Provisório

- Hipóteses:
• Falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente,
descendente ou irmão (CCADI)
• Necessidade de tratamento médico

- Autoridade competente:
• Diretor do Estabelecimento Prisional

- Prazo:
• inexiste prazo determinado - a duração necessária à finalidade da saída
• não há limite no número de concessões durante o ano

- Necessidade de Escolta: sim


AUTORIZAÇÃO DE SAÍDA
(PERMISSÃO DE SAÍDA
x 2 SAÍDA TEMPORÁRIA
SAÍDA TEMPORÁRIA) - Condenado no regime semiaberto

- Requisitos:
• comportamento adequado
• cumprimento mínimo de:
* 1/6 da pena (primário) ou
* 1/4 da pena (reincidente)
• compatibilidade do benefício com os objetivos da pena

- Hipóteses:
• visita à família
• freqüência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º
grau ou superior, na Comarca do Juízo da Execução
• participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social

- Autoridade competente:
• Juiz da Execução (ouvido o MP e a Administração Penitenciária)

- Prazo:
• não superior a 7 dias, em até 5 vezes durante o ano, com intervalo mínimo
de 45 dias entre uma saída e outra

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• quando se tratar de frequência a curso profissionalizante, de instrução de


ensino médio ou superior, o tempo de saída será o necessário para o
cumprimento das atividades discentes

- Necessidade de Escolta: não

- Monitoramento eletrônico: pode ocorrer


• o juiz pode determinar a fiscalização por meio de monitoração eletrônica
• a ausência de vigilância direta não impede da monitoração eletrônica

- Condições:
• fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada ou onde poderá
ser encontrado durante o gozo do benefício
• recolhimento à residência visitada, no período noturno
• proibição de frequentar bares, casas noturnas e estabelecimentos congêneres
• entre outras que o juiz entender compatíveis com as circunstâncias do caso
e a situação pessoal do condenado

- Revogação automática:
• praticar fato definido como crime doloso
• for punido por falta grave
• desatender as condições impostas na autorização ou
• revelar baixo grau de aproveitamento do curso

- Proibição:
• não tem direito o condenado que cumpre pena por praticar crime hediondo
com resultado morte
- Remição pelo TRABALHO:
• A cada 3 dias de trabalho, diminui 1 dia de pena.
Obs.: Somente poderá ser considerado para fins de remição, os dias em que o
condenado cumprir a jornada normal de trabalho, que não pode ser inferior a
6h nem superior a 8h (art. 33, da LEP).
• Somente é aplicada se o condenado cumpre pena em regime fechado ou
semiaberto.
Obs.: Não se aplica se o condenado estiver cumprindo pena no regime aberto
ou se estiver em livramento condicional.

- Remição pelo ESTUDO:


• A cada 12 horas de estudo, diminui 1 dia de pena.
Obs.: As 12 horas de estudo deverão ser divididas em, no mínimo, 3 dias.
REMIÇÃO
• Pode ser aplicada ao condenado que cumpra pena em regime fechado,
semiaberto, aberto ou que esteja em livramento condicional

- Preso impossibilitado (por acidente), de prosseguir no trabalho/estudos:


• continuará a beneficiar-se com a remição

- O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido:


• de 1/3 no caso de conclusão do ensino fundamental, médio ou superior
durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo órgão competente
do sistema de educação

- Aplica-se às hipóteses de prisão cautelar

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- Falta grave:
• juiz poderá revogar ATÉ 1/3 do tempo remido
• recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar

- O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os efeitos
- Agravo em Execução:
RECURSO • sem efeito suspensivo
• prazo: 5 dias (s. 700, STF)
- Súmula Vinculante nº 9: “O disposto no artigo 127 da Lei nº 7.210/1984 (Lei
de Execução Penal) foi recebido pela ordem constitucional vigente, e não se
lhe aplica o limite temporal previsto no caput do artigo 58.”

- Súmula Vinculante nº 26: “Para efeito de progressão de regime no


cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução
observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n. 8.072, de 25 de julho de
1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos
objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo
fundamentado, a realização de exame criminológico.”

- Súmula Vinculante nº 56: “A falta de estabelecimento penal adequado não


autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso,
devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE
641.320/RS.”

- Súmula nº 611, STF: “Transitada em julgado a sentença condenatória,


compete ao Juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna.”

- Súmula nº 700, STF: “É de cinco dias o prazo para interposição de agravo


contra decisão do juiz da execução penal.”

SÚMULAS SOBRE A LEP


- Súmula nº 715, STF: “A pena unificada para atender ao limite de trinta anos
de cumprimento, determinado pelo art. 75 do CP, não é considerada para a
concessão de outros benefícios, como o livramento condicional ou regime
mais favorável de execução.”

- Súmula nº 716, STF: “Admite-se a progressão de regime de cumprimento


da pena ou a aplicação imediata de regime menos severo nela determinada,
antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.”

- Súmula nº 717, STF: “Não impede a progressão de regime de execução da


pena, fixada em sentença não transitada em julgado, o fato de o réu se
encontrar em prisão especial.”

- Súmula nº 192, STJ: “Compete ao juizo das execuções penais do estado a


execução das penas impostas a sentenciados pela justiça federal, militar ou
eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos sujeitos a administração
estadual.”

- Súmula nº 341, STJ: “A freqüência a curso de ensino formal é causa de


remição de parte do tempo de execução de pena sob regime fechado ou semi-
aberto.”

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- Súmula nº 439, STJ: “Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades


do caso, desde que em decisão motivada.”

- Súmula nº 441, STJ: “A falta grave não interrompe o prazo para obtenção
de livramento condicional.”

- Súmula nº 491, STJ: “É inadmissível a chamada progressão per saltum de


regime prisional.”

- Súmula nº 493, STJ: “É inadmissível a fixação de pena substitutiva (art. 44


do CP) como condição especial ao regime aberto.”

- Súmula nº 520, STJ: “O benefício de saída temporária no âmbito da


execução penal é ato jurisdicional insuscetível de delegação à autoridade
administrativa do estabelecimento prisional.”

- Súmula nº 526, STJ: “O reconhecimento de falta grave decorrente do


cometimento de fato definido como crime doloso no cumprimento da pena
prescinde do trânsito em julgado de sentença penal condenatória no processo
penal instaurado para apuração do fato.”

- Súmula nº 534, STJ: “A prática de falta grave interrompe a contagem do


prazo para a progressão de regime de cumprimento de pena, o qual se reinicia
a partir do cometimento dessa infração.”

- Súmula nº 535, STJ: “A prática de falta grave não interrompe o prazo para
fim de comutação de pena ou indulto.”

- Súmula nº 562, STJ: “É possível a remição de parte do tempo de execução


da pena quando o condenado, em regime fechado ou semiaberto,
desempenha atividade laborativa, ainda que extramuros.”

- Súmula nº 637, STJ: “Não fere o contraditório e o devido processo decisão


que, sem ouvida prévia da defesa, determine transferência ou permanência de
custodiado em estabelecimento penitenciário federal.”

- Súmula nº 643, STJ: “A execução da pena restritiva de direitos depende do


trânsito em julgado da condenação.”

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CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (LEI Nº 7.492/86)


- Todos os crimes são dolosos.

- A maioria dos crimes são punidos com reclusão. Há um único crime punido
com detenção: art. 21 - Atribuir-se, ou atribuir a terceiro, falsa identidade, para
realização de operação de câmbio. Pena - Detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)
anos, e multa.

BIZUS GERAIS - Há um único crime com pena aumentada: art. 19 - Obter, mediante fraude,
financiamento em instituição financeira, tem a pena aumentada de 1/3 se é
cometido em detrimento:
• Instituição financeira oficial; ou
• por ela credenciada para o repasse de financiamento.

- Nem todos os crimes são PRÓPRIOS. Existem crimes comuns (Ex.: evasão
de divisas)
AÇÃO PENAL - Pública INCONDICIONADA
COMPETÊNCIA - Justiça Federal (MPF promove a ação)
- A pessoa jurídica de direito público ou privado, que tenha como atividade
principal ou acessória, cumulativamente ou não, a captação, intermediação ou
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA aplicação de recursos financeiros de terceiros, em moeda nacional ou
estrangeira, ou a custódia, emissão, distribuição, negociação, intermediação ou
administração de valores mobiliários.
- a pessoa jurídica que capte ou administre seguros, câmbio, consórcio,
capitalização ou qualquer tipo de poupança, ou recursos de terceiros;
EQUIPARAÇÃO À
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
- a pessoa natural que exerça quaisquer das atividades referidas neste artigo,
ainda que de forma eventual.
- nos termos da lei, o controlador e os administradores de instituição
PENALMENTE RESPONSÁVEIS
financeira, assim considerados os diretores e gerentes.
- Interventor;
EQUIPARAÇÃO À - Liqüidante; ou
ADMINISTRADOR - Síndico.
Obs.: Não abrange sócios
- colaboração espontânea;
COLABORAÇÃO PREMIADA - requisito: revelar toda a trama delituosa;
- prêmio: redução da pena de 1/3 a 2/3.
- Banco Central do Brasil (BACEN)
ASSISTENTES DE ACUSAÇÃO
- Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
- pode ser extendida até o decúplo (10x), em virtude da situação econômica
PENA DE MULTA
do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo.
- CVM ou Banco Central que no exercício de suas atribuições legais verificar a
ocorrência de crime previsto na lei, disso deverá informar ao MPF, enviando-
lhe os documentos necessários à comprovação do fato. Também deve ser
observado pelo interventor, liqüidante ou síndico que, no curso de intervenção,
OBS.: liqüidação extrajudicial ou falência, verificar a ocorrência de crime.

- O MPF, sempre que julgar necessário poderá requisitar a qualquer


autoridade, informação, documento ou diligência, relativa à prova dos crimes
previstos na lei.

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CRIMES DE PRECONCEITO (LEI Nº 7.716/89)


- É um mandado constitucional de criminalização expresso (art. 5º, XLII, CF);

- Inafiançável e imprescritível;

- Todos os crimes são:


• dolosos;
• punidos com reclusão;
• possuem um especial fim de agir, consistente na discriminação de alguém
em razão de raça, cor, etnia, religião e procedência nacional.

- Nenhum crime é IMPO;

- Cabe Suspensão condicional do processo em alguns crimes.

- Não prevê nenhuma causa de aumento de pena;

- Prevê apenas uma agravante (1/3) para o crime do art. 6º, se o crime for
praticado contra menor de 18 anos;

BIZUS GERAIS
- Prevê apenas uma qualificadora para o crime do art. 20, se é cometido por
intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer
natureza.

#JURIS
- A Lei nº 7.716/89 pode ser aplicada para punir as condutas homofóbicas
e transfóbicas.
STF. Plenário. ADO 26/DF, Rel. Min. Celso de Mello; MI 4733/DF, Rel. Min. Edson
Fachin, julgados em em 13/6/2019 (Info 944).

- A incitação de ódio público feita por líder religioso contra outras


religiões pode configurar o crime de racismo.
STF. 2ª Turma. RHC 146303/RJ, rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Dias
Toffoli, julgado em 06/03/2018 (Info 893).

- A prática do proselitismo, ainda que feita por meio de comparações entre


as religiões não configura, por si só, crime de racismo.
STF. 1ª Turma. RHC 134682/BA, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 29/11/2016
(Info 849).
AÇÃO PENAL - Pública INCONDICIONADA
- perda do cargo ou função pública;
- suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo NÃO
EFEITOS DA CONDENAÇÃO
SUPERIOR a 3 meses.
Obs.: Efeitos não automáticos!
- Forma Simples
Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia,
religião ou procedência nacional.
Pena: reclusão (1 a 3 anos) E multa.
TIPO GENÉRICO
- Forma Qualificada
(art. 20)
Se o crime é cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou
publicação de qualquer natureza:
Pena: reclusão (2 a 5 anos) E multa.
• Medida Cautelar:

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O juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, ainda


antes do inquérito policial, sob pena de desobediência:
•• o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do material
respectivo;
•• a cessação das respectivas transmissões radiofônicas, televisivas, eletrônicas
ou da publicação por qualquer meio;
•• a interdição das respectivas mensagens ou páginas de informação na rede
mundial de computadores.
• Efeito da Condenação:
Destruição do material apreendido (após o trânsito em julgado da decisão), do
delito do art. 20 cometido “por intermédio dos meios de comunicação social
ou publicação de qualquer natureza”.
Obs.: Efeito automático!
- Racismo: O agente segrega ou incentiva a segregação; Número de vítimas
indeterminadas.

- Injúria Preconceituosa: O agente atribui à vítima qualidade negativa;


Número de vítimas determinadas.

#JURIS
- O crime de injúria racial, espécie do gênero racismo, é imprescritível.
A prática de injuria racial, prevista no art. 140, § 3º, do Código Penal, traz em
RACISMO
seu bojo o emprego de elementos associados aos que se definem como raça,
x
cor, etnia, religião ou origem para se ofender ou insultar alguém. Em ambos os
INJÚRIA PRECONCEITUOSA
casos, há o emprego de elementos discriminatórios baseados na raça para a
violação, o ataque, a supressão de direitos fundamentais do ofendido. Sendo
assim, não se pode excluir o crime de injúria racial do mandado constitucional
de criminalização previsto no art. 5º, XLII, restringir-lhe indevidamente a
aplicabilidade.
STF. Plenário. HC 154248/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 28/10/2021
(Info 1036).
No mesmo sentido, já era o entendimento do STJ: AgRg no REsp 1849696/SP,
Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 16/06/2020.

LEI DE PRISÃO TEMPORÁRIA (LEI Nº 7.960/89)


- Periculum Libertatis:
• Imprescindibilidade das investigações do inquérito policial; e
FUNDAMENTOS • Indiciado sem residência fixa ou identidade certa.
- Fumus Comissi Delicti:
• Fundadas razões de autoria ou participação em um rol de crimes.
- homicídio doloso;
- seqüestro ou cárcere privado;
- roubo;
- extorsão;
- extorsão mediante seqüestro;
- estupro;
CRIMES CABÍVEIS - epidemia com resultado de morte;
- envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal
qualificado pela morte;
- quadrilha ou banco – leia-se: associação criminosa;
- genocídio;
- tráfico de drogas;
- crimes contra o sistema financeiro;

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- terrorismo.
- hediondos e equiparados.
- Juiz, à pedido
LEGITIMIDADE P/ DECRETAR
(nunca de ofício)
- MP;
LEGITIMIDADE P/ PEDIR e
- Autoridade Policial (o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público).
- Inquérito Policial
MOMENTO
(nunca no processo)
- Crime Comum: 5 + 5 dias;
PRAZO
- Crime Hediondo/Equiparado: 30 + 30 dias.

CRIMES DO ECA (LEI Nº 8.069/90)


- A maioria dos crimes são dolosos, com exceção de dois: arts. 228 e 229;
- Crimes que o sujeito passivo é apenas CRIANÇA: art. 241-D;
BIZUS GERAIS
- Crimes que o sujeito passivo é apenas ADOLESCENTE: art. 235;
- O crime de corrupção de menores é crime formal (súmula nº 500, STJ).
AÇÃO PENAL - Pública INCONDICIONADA
- Aplica-se:
APLICAÇÃO DO CP E CPP • aos crimes – as normas da Parte Geral do CP; e
• ao processo – as normas do CPP
- A infiltração de agentes ocorre apenas na internet;
- Prazo: 90 dias;
• sendo permitidas renovações, mas o prazo total da infiltração não poderá
INFILTRAÇÃO DE AGENTES NA exceder 720 dias;
INTERNET - Só poderá ser adotada se a prova não puder ser produzida por outros meios
disponíveis (ultima ratio);
- Legitimidade: MP e Delegado;
- Precedida de autorização judiciária.
- perda de cargo, função pública ou mandato eletivo
• são condicionados à ocorrência de REINCIDÊNCIA
EFEITOS DA CONDENAÇÃO
• a perda do cargo, do mandato ou da função INDEPENDERÁ da pena
aplicada na reincidência.

LEI DE CRIMES HEDIONDOS (LEI Nº 8.072/90)


CF/88, art. 5º, XLIII: “a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de
graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se
E MANDADO
omitirem.”
CONSTITUCIONAL DE
- O art. 5º, XLIII, da CF é um mandado constitucional de criminalização
CRIMINALIZAÇÃO
(expresso), porque vincula o legislador ordinário, reduzindo a sua margem de
atuação para obrigá-lo a proteger (de forma suficiente/eficiente) certos temas
(bens ou interesses).
Sistemas dizem respeito aos critérios para a definição do que é ou não crime
hediondo.

1. Sistema Legal - crimes hediondos são aqueles rotulados pelo legislador, em


SISTEMAS
um rol taxativo. ADOTADO!

2. Sistema Judicial - crimes hediondos são aqueles definidos assim pelo juiz
na análise do caso concreto.

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15

3. Sistema Misto/Híbrido - o legislador apresenta um rol exemplificativo de


crimes hediondos e o juiz encontra outras hipóteses igualmente graves
(interpretação analógica).
ABRANGÊNCIA Consumados ou Tentados
- homicídio simples (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo
de extermínio, ainda que cometido por um só agente (homicídio
condicionado);

- homicídio qualificado (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII);
Obs.: Homicídio qualificado-privilegiado (homicídio hibrido) não é
hediondo (posição majoritária)

- lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal
seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou
agente descrito nos arts. 142 (Forças Armadas) e 144 (PF, PRF, PFF, PC, PM
e BM) da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela,
ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro
grau, em razão dessa condição;

- roubo:
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V);
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou
pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B);
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º);

- extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão


corporal ou morte (art. 158, § 3º);
ROL DE CRIMES HEDIONDOS
- extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ l o,
2o e 3o);

- estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o);

- estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o);

- epidemia com resultado morte (art. 267, § 1 o);

- falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins


terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B);

- favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de


criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º);

- furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que


cause perigo comum (art. 155, § 4º-A);

- Genocídio (arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889/56); e

- Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido (art. 16 da Lei no


10.826/03);

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- Comércio ilegal de armas de fogo (art. 17 da Lei nº 10.826/03);

- Tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição (art. 18 da Lei


nº 10.826/03);

- Organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou


equiparado.
- Tráfico
CRIMES EQUIPARADOS A
HEDIONDO
- Tortura e

BIZU: TTT’s
- Terrorismo
- Fiança

- Indulto

VEDAÇÕES - Graça e

BIZU: FIGA - Anistia

#CUIDADO: Embora tortura, tráfico de drogas e terrorismo não sejam crimes


hediondos, também são insuscetíveis de fiança, anistia, graça e indulto. Não
são hediondos, são equiparados!
40%
Primário Com morte: 50%
Vedado o livramento condicional
60%
Reincidente Com morte: 70%
PROGRESSÃO DE REGIME
Vedado o livramento condicional
Comando, individual ou coletivo, de
organização criminosa estruturada
50%
para a prática de crime hediondo ou
equiparado
30 + 30 dias
PRISÃO TEMPORÁRIA
Regra Geral – 5 + 5 dias (lei de prisão temporária)
- Cumprir mais de 2/3 da pena;
- Não ser reincidene específico.
Obs.: O crime de associação para o tráfico não é hediondo, contudo, o STJ
LIVRAMENTO CONDICIONAL
decidiu que o prazo para se obter o livramento condicional será de 2/3
porque este requisito é exigido pelo parágrafo único do art. 44 da Lei de
Drogas (Inf. 568)
Não tem direito o condenado que cumpre pena por praticar crime hediondo
SAÍDA TEMPORÁRIA
com RESULTADO MORTE! #PAC
Associação criminosa para cometimento de crime hediondo ou equiparado
- Pena – 3 a 6 anos
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA P/
Obs.: Regra geral do art. 288 do CP (Pena – 1 a 3 anos)
COMETIMENTO DE CRIME
- Colaboração Premiada:
HEDIONDO OU EQUIPARADO
• Requisito - desmantelamento da associação criminosa
• Prêmio - redução da pena (1/3 a 2/3)

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CRIMES CONTRA O CONSUMIDOR (LEI Nº 8.078/90)


- Todos os crimes são punidos com detenção;

- Os crimes contra o consumidor não estão previstos apenas no CDC. Há crimes


BIZUS GERAIS em outras leis (ex.: Lei nº 8.137/90);

- Nos crimes contra o consumidor, não é necessário o efetivo dano, sendo


estes crimes de perigo.
AÇÃO PENAL - Pública INCONDICIONADA
- JECRIM (Lei nº 9.099/95);
- Todos crimes são IMPO (em todas suas modalidades);
COMPETÊCIA
- Aplicação dos institutos despenalizadores (composição civil dos danos,
transação penal e suspensão condicional do processo).
- Há crimes culposos (Apenas dois: arts. 63 e 66); Os demais são todos dolosos!
FORMA CULPOSA
BIZU: Ambos (e somente ambos) tem o verbo OMITIR!
- serem cometidos em época de grave crise econômica ou por ocasião de
calamidade;
- ocasionarem grave dano individual ou coletivo;
- dissimular-se a natureza ilícita do procedimento;
- quando cometidos:
a) por servidor público, ou por pessoa cuja condição econômico-social seja
AGRAVANTES manifestamente superior à da vítima;
(art. 76) b) em detrimento de operário ou rurícola; de menor de dezoito ou maior de
sessenta anos ou de pessoas portadoras de deficiência mental interditadas ou
não;
- serem praticados em operações que envolvam alimentos, medicamentos ou
quaisquer outros produtos ou serviços essenciais.

Obs.: Não há circunstâncias ATENUANTES!


- Dias-multa, correspondente ao mínimo e ao máximo de dias de duração da
PENA DE MULTA pena privativa da liberdade cominada ao crime;
(art. 77) - Pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da
situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo.
- Interdição temporária de direitos;
- Publicação em órgãos de comunicação de grande circulação ou audiência, às
expensas do condenado, de notícia sobre os fatos e a condenação;
PENAS RESTRITIVAS DE
- Prestação de serviços à comunidade.
DIREITO
(art. 78)
Aplicação: Podem ser aplicadas alternadamente ou CUMULATIVAMENTE
com as penas privativas de liberdade e multa (aqui, diferente do que
ocorre no CP que não pode cumular).
- Afiançáveis pelo Delegado;
FIANÇA - A fiança, se assim recomendar a situação econômica do réu, poderá ser:
(art. 79) • Reduzida até a metade do seu valor mínimo;
• Aumentada até vinte vezes pelo juiz;
- Entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que
sem personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos
interesses e direitos protegidos por este código;
ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO
- Associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam
(art. 80)
entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por
este código, dispensada a autorização assemblear.

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Também podem propor a ação penal subsidiária!

Obs.: Não são todos os legitimados para a defesa coletiva do consumidor que
serão legitimados a serem assistentes de acusação, mas apenas esses dois!

CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA (LEI Nº 8.137/90)


- Os crimes contra a ordem tributária não são apenas os previstos na Lei nº
8.137/90. Existem crimes no CP:
- Na Lei nº 8.137/90:
• Sonegação fiscal (art. 1º);
• Crimes da mesma natureza de sonegação fiscal (art. 2º);
• Crimes funcionais tributários (art. 3º).
BIZUS GERAIS - No Código Penal:
• Descaminho (art. 334);
• Sonegação de contribuição previdenciária (art. 337-A);
• Apropriação indébita previdenciária (art. 168-A);
• Excesso de exação (art. 316, § 1º);
• Facilitação de contrabando ou descaminho (art. 318);
• Falsificação de papeis públicos (art. 293, I e V).
Súmula Vinculante nº 24: “Não se tipifica crime material contra a ordem
tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do
lançamento definitivo do tributo.”
Art. 1º, I a IV: crimes materiais
Art. 1º, V: crime formal

#JURIS
SÚMULA VINCULANTE Nº 24
- A SV 24 pode ser aplicada a fatos anteriores à sua edição.
(CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA
- Para fazer a prova da constituição definitiva do crédito tributário não se exige
DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO)
a juntada integral do PAF.
- A extinção do crédito tributário pela prescrição não influencia na ação penal
por crime contra a ordem tributária.
- É possível que seja instaurado inquérito policial para apurar o crime mesmo
não tendo havido ainda a constituição definitiva do crédito tributário.
- Descaminho é crime formal e não é necessária a constituição definitiva do
crédito tributário.
- Direito Tributário Penal
DIREITO TRIBUTÁRIO PENAL Estuda as infrações e sanções administrativas ligada a sonegação de tributos.
x
DIREITO PENAL TRIBUTÁRIO - Direito Penal Tributário
Estuda os crimes contra a ordem tributária.
COMPETÊNCIA - Varia de acordo com a Competência Tributária
- Limite: R$ 20 mil (STF/STJ)
PRINCÍPIO DA
INSIGNIFICÂNCIA #JURIS
- Esse limite não se aplica para tributos MUNICIPAIS e ESTADUAIS.
AÇÃO PENAL - Pública INCONDICIONADA (Súmula nº 609, STF)
- Aplica-se aos crimes dos arts. 1º a 3º
- dias-multa: entre 10 e 360 dias-multa, conforme seja necessário e suficiente
para reprovação e prevenção do crime
MULTA
- valor do dias-multa: não inferior a 14 nem superior a 200 Bônus do Tesouro
Nacional BTN

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O juiz, considerado o ganho ilícito e a situação econômica do réu, verifique


a insuficiência ou excessiva onerosidade das penas pecuniárias, poderá
DIMINUÍ-LAS até a décima parte ou ELEVÁ-LAS ao décuplo.
- ocasionar grave dano à coletividade;
- ser o crime cometido por servidor público no exercício de suas funções;
AGRAVANTES
- ser o crime praticado em relação à prestação de serviços ou ao comércio
de bens essenciais à vida ou à saúde.
(CAUSAS DE AUMENTO =1/3
até a 1/2)
Obs.: Não se aplica aos crimes contra a ordem tributária praticados por
funcionários públicos - art. 3º!
- Requisitos: Revelar toda a trama delituosa
- Colaboração: Espontânea
COLABORAÇÃO PREMIADA - Prêmio: Redução da pena (1/3 a 2/3)

Natureza Jurídica: CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA


É admitida a modalidade culposa apenas em três crimes contra as relações de
CRIMES CONTRA AS consumo (Art. 7º, II, III e IX).
RELAÇÕES DE CONSUMO Todos os três tem o verbo VENDER ou EXPOR À VENDA
É reduzida a pena de detenção de 1/3 ou a pena de multa de 1/5.

JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL (LEI Nº 9.099/953)


- oralidade
- simplicidade
PRINCÍPIOS - informalidade
- economia processual e
- celeridade
- reparação dos danos sofridos pela vítima e
OBJETIVOS
- aplicação de pena não privativa de liberdade
IMPO - contravenções penais e
(INFRAÇÕES DE MENOR - crimes em que lei comina pena MÁXIMA NÃO SUPERIOR a 2 anos, cumulada
POTENCIAL OFENSIVO) ou não com multa
- lugar em que foi praticada a infração penal
COMPETÊNCIA
Adota a teoria da ATIVIDADE
RITO - Sumaríssimo
Pessoal
CITAÇÃO
Obs.: Não há citação por edital no Jecrim!
- citação por edital (art. 66, p. único);

- aos processos penais cuja instrução já estiver iniciada (art. 90);


NÃO APLICA
- Justiça Militar (art. 90-A);

- crimes contra mulher em situação de violência doméstica (art. 41, da Lei nº


11.340/06 e Súmula nº 536 STJ);
APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA - CP e CPP, no que não forem incompatíveis com a lei.
- Apelação
• Prazo: 10 dias
#CPP: 5 dias interposição; 8 dias razões/contrarrazões
• Casos:
RECURSOS
>Homologação de Transação Penal
>Decisão de rejeição da denúncia ou queixa
>Sentença
- Embargos de Declaração

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• Prazo: 5 dias
#CPP: 2 dias
• Casos:
> sentença/acordão houver obscuridade, contradição ou omissão
- reduzida a escrito
- homologada pelo Juiz
COMPOSIÇÃO DOS DANOS
- sentença IRRECORRÍVEL
CIVIS
- eficácia de título a ser executado no juízo civil competente
- acarreta a RENÚNCIA ao direito de queixa ou representação
- É exceção ao princípio da obrigatoriedade da ação penal pública
incondicionada

- Requisitos:
• Pena máxima cominada =/< a 2 anos;
• Não ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena
privativa de liberdade, por sentença definitiva;
• Não ter sido o agente beneficiado anteriormente pelo instituto nos últimos
5 anos;
• Não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do
TRANSAÇÃO PENAL agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a
adoção da medida.

- Consequência:
• Aplicação de uma PRD ou multa

- Revogação:
• Caso seja descumprida, a ação poderá ser proposta (Súmula Vinculante nº
35)

- Recurso da sentença que homologa a transação penal: APELAÇÃO


- Requisitos:
• Pena miníma cominada =/< a 1 ano;
• Acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por
outro crime;
• Requisitos do sursis penal:
•• não reincidente em crime doloso;
•• não seja indicada ou cabível a substituição da PPL por PRD;
•• circunstâncias judiciais favoráveis.

- Período de prova: 2 a 4 anos


SUSPENSÃO CONDICIONAL
- Consequência:
DO PROCESSO
• Reparação do dano, SALVO impossibilidade de fazê-lo;
• Proibição de freqüentar determinados lugares;
• Proibição de ausentar-se da comarca onde reside, SEM AUTORIZAÇÃO DO
JUIZ;
• Comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar
e justificar suas atividades.
• Outras condições judiciais.

- Revogação:
• Obrigatória:
•• Processado por outro crime;

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•• Não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano.


• Facultativa:
•• Processado, no curso do prazo, por contravenção;
•• Descumprir qualquer outra condição imposta.
- Súmula Vinculante nº 35: “A homologação da transação penal prevista no
artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e, descumpridas
suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao Ministério
Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de
denúncia ou requisição de inquérito policial.”

- Súmula nº 696, STF: “Reunidos os pressupostos legais permissivos da


suspensão condicional do processo, mas se recusando o Promotor de Justiça
a propô-la, o Juiz, dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral,
aplicando-se por analogia o art. 28 do CPP.”

- Súmula nº 723, STF: “Não se admite a suspensão condicional do processo


SÚMULAS SOBRE A LEI DE por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com
JUIZADOS ESPECIAIS o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano.”
CRIMINAIS
- Súmula nº 243, STJ: “O benefício da suspensão do processo não é aplicável
em relação às infrações penais cometidas em concurso material, concurso
formal ou continuidade delitiva, quando a pena mínima cominada, seja pelo
somatório, seja pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de um (01)
ano.”

- Súmula nº 337, STJ: “É cabível a suspensão condicional do processo na


desclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva.”

- Súmula nº 536, STJ: “A suspensão condicional do processo e a transação


penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da
Penha.”

INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS (LEI Nº 9.296/96)


- Interceptação telefônica
• Captação da comunicação telefônica, feita por um terceiro, SEM o
conhecimento dos interlocutores.
• Ex.: Polícia, com autorização judicial, grampeia os telefones dos membros de
uma ORCRIM e grava os diálogos mantidos entre eles.
• Para que seja realizada é indispensável a autorização judicial – cláusula de
INTERCEPTAÇÃO
reserva de jurisdição – Lei nº 9.296/96 (entendimento pacífico).
TELEFÔNICA
X
- Escuta telefônica
ESCUTA
• Captação da comunicação telefônica, feita por um terceiro, COM o
TELEFÔNICA
conhecimento de um dos interlocutores e SEM o conhecimento do outro.
X
• Ex.: Polícia grava a conversa telefônica que o pai mantém com o sequestrador
GRAVAÇÃO
de sua filha.
TELEFÔNICA
• Para que seja realizada é indispensável a autorização judicial – cláusula de
reserva de jurisdição – Lei nº 9.296/96 (entendimento majoritário).

- Gravação telefônica
• Gravação da comunicação telefônica por um dos interlocutores, SEM o
conhecimento do outro. Também conhecida por Gravação Clandestina (a

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palavra “clandestina” está empregada não na acepção de ilícito, mas sim no


sentido de “feito às ocultas”).
• Ex.: Mulher grava a conversa telefônica no qual o ex-marido ameaça matá-la.
• É válida mesmo que tenha sido realizada SEM autorização judicial. A única
exceção em que haverá ilicitude se dá o caso em que a conversa era amparada
por sigilo (ex.: advogado e clientes; padres e fiéis).
- houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal;

- a prova NÃO PUDER ser feita por outros meios disponíveis;


REQUISITOS
- fato investigado constituir infração penal punida com pena de RECLUSÃO.
#JURIS
• É possível em crime punido com pena de DETENÇÃO, desde que conexo com
crime punido com reclusão
- investigação
MOMENTO
- processo
- juiz, de ofício

LEGITIMADOS - Ministério Público (investigação e processo)

- autoridade policial (investigação)


- 15 dias

#JURIS
• Contagem do prazo = contado a partir do dia em que se iniciou a escuta
PRAZO
telefônica e não da data da decisão judicial
• Renovação = pode ser renovada por igual período, não havendo restrição
legal ao número de vezes para tal renovação (pode ser sucessivas vezes), se
comprovada a sua necessidade
CONDUÇÃO DO - Autoridade policial, dando ciência ao Ministério Público, que poderá
PROCEDIMENTO acompanhar a sua realização
#JURIS
• Não é necessária a transcrição integral das conversas interceptadas
TRANSCRIÇÃO/
• Degravação não precisa ser feita por peritos oficiais
DEGRAVAÇÃO
• É desnecessária a realização de perícia para a identificação da voz captada,
salvo quando houver dúvida plausível que justifique a medida
Ocorrerá em autos apartados, apensados aos autos do inquérito policial ou
do processo criminal
AUTOS APARTADOS
#JURIS
• Ausência de autos apartados configura mera irregularidade. Não gera
nulidade!
- Autorização judicial
- não interessar a prova
- inquérito, processo ou após
INUTILIZAÇÃO DA GRAVAÇÃO
- requerimento do MP ou da parte interessada
- assistido pelo MP
- FACULTADA a presença do acusado ou de seu representante legal
- De sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos
CAPTAÇÃO AMBIENTAL
#PAC - Momento:
• investigação ou

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• instrução criminal

- Legitimados para requerer:


• autoridade policial ou
• Ministério Público

- Pressupostos:
• a prova não puder ser feita por outros meios disponíveis e igualmente
eficazes; e
• houver elementos probatórios razoáveis de autoria e participação em
infrações criminais cujas penas máximas sejam SUPERIORES a 4 anos ou em
infrações penais conexas.

- Requerimento: deverá descrever circunstanciadamente:


• o local; e
• a forma de instalação do dispositivo de captação ambiental.

- Instalação do dispositivo: poderá ser realizada, quando necessária, por meio


de:
• operação policial disfarçada ou
• no período noturno
**EXCETO NA CASA

- Captação ambiental feita por um dos interlocutores:


.. sem o prévio conhecimento da autoridade policial ou do MP poderá ser
utilizada..
.. em matéria de defesa..
.. quando demonstrada a INTEGRIDADE da gravação.

- Prazo:
• 15 dias
• Prorrogação -> renovável por decisão judicial por iguais períodos:
> se comprovada a indispensabilidade do meio de prova; e
> quando presente atividade criminal permanente, habitual ou continuada.

- Aplicação Subsidiária: das regras previstas na legislação específica para a


interceptação telefônica e telemática.

LEI DE TORTURA (LEI Nº 9.455/97)


Salvo as exceções legais, pode ser praticado por qualquer pessoa (crime
comum), não se exigindo condição especial de funcionário público,
circunstância esta que, acaso demonstrada, determinará a incidência de causa
SUJEITO ATIVO
de aumento de pena.

#Convenção contra a Totura: é crime próprio


- Não é hediondo
- É equiparado a hediondo
CRIME EQUIPARADO A
#CUIDADO: Embora tortura, tráfico de drogas e terrorismo não sejam crimes
HEDIONDO
hediondos, também são insuscetíveis de fiança, anistia, graça e indulto. Não
são hediondos, são equiparados!
VEDAÇÕES - Fiança

BIZU: FIGA - Indulto

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- Graça e

- Anistia
AÇÃO PENAL - Pública INCONDICIONADA
Tortura-prova ou O agente causa sofrimento físico ou mental com o
persecutória fim de obter informação, declaração ou confissão
(art. 1º, I, a) da vítima ou de terceira pessoa.
Tortura-crime O agente causa sofrimento físico ou mental para
(art. 1º, I, b) provocar ação ou omissão de natureza criminosa.
Tortura-
discriminação ou O agente causa sofrimento físico ou mental em
racismo razão de discriminação racial ou religiosa.
(art. 1º, I, c)
O agente submete pessoa, sob sua guarda, poder ou
autoridade a INTENSO sofrimento físico ou mental,
como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
Tortura-castigo de caráter preventivo.
(art. 1º, II)
MODALIDADES
Obs.1: Crime próprio (STJ);
Obs.2: Única modalidade que exige INTENSO
sofrimento físico ou mental.
O agente submete pessoa presa ou sujeita a
medida de segurança a sofrimento físico ou mental,
Tortura pela tortura por intermédio da prática de ato não previsto em
(art. 1º, § 1º) lei ou não resultante de medida legal.

Obs.: Não exige especial fim de agir.


O agente se omite em face das condutas, quando
tinha o dever de evitá-las ou apurá-las.
Tortura-omissão
(art. 1º, § 2º)
Obs.: Única modalidade punida com pena de
detenção (1 a 4 anos).
- se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima = reclusão, 4 a 10
QUALIFICADORAS anos; ou
- se resulta morte = reclusão, 8 a 16 anos.
- crime é cometido por agente público;

- se o crime é cometido contra:


• criança;
CAUSAS DE AUMENTO DE
• adolescente;
PENA
• gestante;
(1/6 A 1/3)
• portador de deficiência; ou
• maior de 60 anos;

- crime é cometido mediante seqüestro.


- perda do cargo, função ou emprego público;
- interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
EFEITOS DA CONDENAÇÃO
EFEITO AUTOMÁTICO!
40%
PROGRESSÃO DE REGIME Primário Com morte: 50%
Vedado o livramento condicional

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60%
Reincidente Com morte: 70%
Vedado o livramento condicional
Comando, individual ou coletivo, de
organização criminosa estruturada
50%
para a prática de crime hediondo ou
equiparado
30 + 30 dias
PRISÃO TEMPORÁRIA
Regra Geral – 5 + 5 dias (lei de prisão temporária)
- Cumprir mais de 2/3 da pena;
LIVRAMENTO CONDICIONAL
- Não ser reincidente específico.
A Lei de Tortura aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em
EXTRATERRITORIALIDADE território nacional:
INCONDICIONADA a) sendo a vítima brasileira; ou
b) encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.

LEI DE CRIMES AMBIENTAIS (LEI Nº 9.605/98)


- Mandado constitucional de criminalização expresso (art. 225, § 3º, CF);
- Contém exemplos de delitos de acumulação;
- Traz exemplo de norma penal em branco ao quadrado (art. 38);
- É exemplo do que se convencionou chamar de Administrativização do
Direito Penal;

- Crimes Culposos:
• contra a fauna? NÃO
• contra a flora? Sim (arts. 38, 38-A, 40, 40-A, 41 e 49)
• da poluição e outros crimes ambientais? Sim (arts. 54 e 56)
• contra o ordenamento urbano e o patrimônio nacional? Sim (art. 62)
• contra a Administração Ambiental? Sim (arts. 67, 68 e 69-A)

- Causas de aumento de pena específicas:

• contra a flora:
1/6 a 1/3:
BIZUS GERAIS
••do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou a
modificação do regime climático;
••o crime é cometido:
a) no período de queda das sementes;
b) no período de formação de vegetações;
c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça ocorra
somente no local da infração;
d) em época de seca ou inundação;
e) durante a noite, em domingo ou feriado.

• da poluição e outros crimes ambientais: (apenas nos crimes DOLOSOS)


1/6 a 1/3:
••se resulta dano irreversível à flora ou ao meio ambiente em geral;
1/3 até a 1/2:
••se resulta lesão corporal de natureza grave em outrem;
Até o dobro:
••se resultar a morte de outrem.
AÇÃO PENAL - Pública INCONDICIONADA
COMPETÊNCIA Em regra, da Justiça Estadual

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26

- As PESSOAS JURÍDICAS serão responsabilizadas administrativa, civil e


PENALMENTE, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu
representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse
ou benefício da sua entidade.
RESPONSABILIZAÇÃO DA - A responsabilidade das pessoas jurídicas NÃO EXCLUI a das pessoas físicas,
PESSOA JURÍDICA autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato.
- É possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais
independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física
que agia em seu nome.
- A jurisprudência não mais adota a chamada teoria da "dupla imputação".
DESCONSIDERAÇÃO DA Sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos
PESSOA JURÍDICA causados à qualidade do meio ambiente.
- São autônomas e substituem as PPL quando:
• crime culposo: qualquer pena; ou
• crime doloso: pena INFERIOR a 4 anos;
#CUIDADO: No CP é NÃO SUPERIOR a 4 anos
• a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do
condenado, bem como os motivos e as circunstâncias do crime indicarem que
a substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do crime.

- Duração: terão a mesma duração da PPL SUBSTITUÍDA.

- PRDs:

• prestação de serviços à comunidade


> atribuição ao condenado de tarefas gratuitas junto a parques e jardins
públicos e unidades de conservação, e, no caso de dano da coisa particular,
pública ou tombada, na restauração desta, se possível.

• interdição temporária de direitos


> proibição de o condenado: contratar com o Poder Público; receber incentivos
PENAS RESTRITIVAS DE
fiscais ou quaisquer outros benefícios e participar de licitações.
DIREITO
> prazo: 5 anos (crimes dolosos); 3 anos (crimes culposos).

• suspensão parcial ou total de atividades


> aplicada quando estas não estiverem obedecendo às prescrições legais.

• prestação pecuniária
> pagamento em dinheiro à
> vítima ou entidade pública ou privada com fim social
> de importância, fixada pelo juiz
> NÃO INFERIOR a 1 salário mínimo NEM SUPERIOR a 360 salários mínimos
> O valor pago será deduzido do montante de eventual reparação civil a que
for condenado o infrator.

• recolhimento domiciliar
> baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado, que
deverá, sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer atividade
autorizada, permanecendo recolhido nos dias e horários de folga em
residência ou em qualquer local destinado a sua moradia habitual, conforme
estabelecido na sentença condenatória.
ATENUANTES - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente;

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27

- arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do


dano, ou limitação significativa da degradação ambiental causada;

- comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação


ambiental;

- colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle


ambiental.
- reincidência nos crimes de natureza ambiental;

- ter o agente cometido a infração:


a) para obter vantagem pecuniária;
b) coagindo outrem para a execução material da infração;
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio
ambiente;
d) concorrendo para danos à propriedade alheia;
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do
Poder Público, a regime especial de uso;
f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;
g) em período de defeso à fauna;
AGRAVANTES
h) em domingos ou feriados;
i) à noite;
j) em épocas de seca ou inundações;
l) no interior do espaço territorial especialmente protegido;
m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;
n) mediante fraude ou abuso de confiança;
o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental;
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas
públicas ou beneficiada por incentivos fiscais;
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das
autoridades competentes;
r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.
- condenação a PPL NÃO SUPERIOR a 3 anos
SURSIS PENAL
#CUIDADO: No CP é NÃO SUPERIOR a 2 anos
- calculada segundo os critérios do Código Penal;
- poderá ser AUMENTADA até três vezes, se revelar-se ineficaz, ainda que
MULTA
aplicada no valor máximo, tendo em vista o VALOR DA VANTAGEM
ECONÔMICA AUFERIDA.
- Sempre que possível, fixará o MONTANTE DO PREJUÍZO CAUSADO
- Para efeitos de prestação de FIANÇA e cálculo de MULTA
PERÍCIA - A perícia produzida no inquérito civil ou no juízo cível poderá ser
aproveitada no processo penal, instaurando-se o contraditório (prova
emprestada)
- Sempre que possível, fixará o VALOR MÍNIMO para reparação dos danos
causados pela infração
- Considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido ou pelo meio ambiente
SENTENÇA
- Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá efetuar-
se pelo valor fixado, sem prejuízo da liquidação para apuração do dano
efetivamente sofrido
- MULTA
PENAS DA PESSOA JURÍDICA
- RESTRITIVAS DE DIREITOS
• suspensão parcial ou total de atividades;

deltacaveira10
28

> aplicada quando estas não estiverem obedecendo às disposições legais ou


regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente.

• interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade;


> aplicada quando o estabelecimento, obra ou atividade estiver funcionando
sem a devida autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com violação
de disposição legal ou regulamentar.

• proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter


subsídios, subvenções ou doações.
> não poderá exceder o prazo de 10 anos.

- PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE


• custeio de programas e de projetos ambientais;
• execução de obras de recuperação de áreas degradadas;
• manutenção de espaços públicos;
• contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas.
- Quando a pessoa jurídica constituída ou utilizada,
PREPONDERANTEMENTE, com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a prática
LIQUIDAÇÃO FORÇADA de crime
- Seu patrimônio será considerado instrumento do crime e perdido em
favor do Fundo Penitenciário Nacional.
- Animais:
> serão prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo tal medida
inviável ou não recomendável por questões sanitárias, entregues a jardins
zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e cuidados
sob a responsabilidade de técnicos habilitados.
APREENSÃO DO PRODUTO E
- Produtos Perecíveis ou Madeiras:
DO INSTRUMENTO DE
> avaliados e doados a instituições científicas, hospitalares, penais e outras
INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA
com fins beneficentes.
OU DE CRIME
- Produtos e Subprodutos da Fauna Não Perecíveis:
> destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou educacionais.

- Instrumentos utilizados na prática da Infração:


> vendidos, garantida a sua descaracterização por meio da reciclagem.
- Somente poderá ser formulada desde que tenha havido a PRÉVIA
COMPOSIÇÃO DO DANO AMBIENTAL;
TRANSAÇÃO PENAL

- SALVO em caso de comprovada impossibilidade


- A declaração de extinção de punibilidade dependerá de laudo de
constatação de REPARAÇÃO DO DANO AMBIENTAL, ressalvada a
impossibilidade de fazê-lo;

- na hipótese de o laudo de constatação comprovar não ter sido completa


SUSPENSÃO CONDICIONAL a reparação, o prazo de suspensão do processo será prorrogado, até o
DO PROCESSO período máximo (4 anos), acrescido de mais um ano, com SUSPENSÃO DO
PRAZO DA PRESCRIÇÃO;

- no período de prorrogação, não se aplicarão as condições incialmente


impostas;

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29

- findo o prazo de prorrogação, proceder-se-á à lavratura de novo laudo de


constatação de reparação do dano ambiental, podendo, conforme seu
resultado, ser novamente prorrogado o período de suspensão, até o máximo
de 4 anos;

- esgotado o prazo máximo de prorrogação, a declaração de extinção de


punibilidade DEPENDERÁ de laudo de constatação que comprove ter o
acusado tomado as providências necessárias à reparação integral do dano.

LAVAGEM DE DINHEIRO (LEI Nº 9.613/98)


• 1ª Geração - tráfico de drogas

• 2ª Geração - rol de infrações penais

GERAÇÕES • 3ª Geração - qualquer infração penal

Qual adotada?
• inicialmente: 2ª geração
• após a lei 12.683/12 (atualmente): 3ª geração
1. Colocação (Placement) - introduz o dinheiro no sistema
FASES
2. Dissimulação/Ocultação (Layering) - movimenta o dinheiro
BIZU: CDI/PLI
3. Integração (Integration) - torna o dinheiro lícito
Nos crimes de lavagem de dinheiro, além da demonstração da justa causa
quanto ao crime de lavagem de dinheiro, também é necessário a
demonstração da justa causa do crime antecedente, por determinação
JUSTA CAUSA DUPLICADA
expressa do art. 2º, § 1º, da lei. Ou seja, justa causa duplicada é a demonstração
da justa causa da infração penal antecedente e do crime de lavagem de
dinheiro, daí porque é duplicada.
Para a defesa, será necessário comprovar a licitude dos bens, dinheiros ou
INVERSÃO DO ÔNUS DA valores apreendidos, para conseguir sua liberação, exigindo-se, assim, prova
PROVA plena, com juízo de certeza, para que se proceda à restituição do patrimônio
no curso da investigação ou da ação penal.
CITAÇÃO POR EDITAL E NÃO Citado por Edital, não comparece, nem constitui advogado:
COMPARECIMENTO DO - Prossegue o feito até o julgado;
ACUSADO OU CONSTITUIÇÃO - Nomeia defensor dativo.
DE ADVOGADO Obs.: Não aplica-se o art. 366 do CPP!
- um a dois terços
CAUSAS DE AUMENTO • cometido de forma reiterada;
• cometido por intermédio de ORCRIM.
Regra Justiça ESTADUAL
Justiça FEDERAL:
- praticados contra o sistema financeiro e a ordem econômico-
financeira;
COMPETÊNCIA
Exceção - praticados em detrimento de bens, serviços ou interesses da
União, ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas;
- quando a infração penal antecedente for de competência da
Justiça Federal.
- Apuração das infrações penais;
COLABORAÇÃO PREMIADA Requisitos - Identificação dos autores, coautores e partícipes;
- Localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime.

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30

- Redução da pena (1/3 a 2/3);


- Pena ser cumprida em regime aberto ou semiaberto;
Prêmios
- Perdão judicial;
- Substituição da PPL p/ PRD.
- Perda, em favor da União - e dos Estados, nos casos de competência da
Justiça Estadual -, de todos os bens, direitos e valores relacionados, direta ou
indiretamente, à prática dos crimes previstos nesta Lei, inclusive aqueles
utilizados para prestar a fiança, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro
EFEITOS DA CONDENAÇÃO de boa-fé;
- Interdição do exercício de cargo ou função pública de qualquer natureza e
de diretor, de membro de conselho de administração ou de gerência das
pessoas jurídicas referidas no art. 9º, pelo dobro do tempo da pena privativa
de liberdade aplicada.
Autorização judicial
AÇÃO CONTROLADA
#Lei de organizações criminosas: prévia comunicação
Com o Pacote Anticrime a lei passou a admitir, porém:
INFILTRAÇÃO DE AGENTES > não prevê prazo máximo;
> não disciplina o procedimento a ser adotado.
#JURIS
- É INCONSTITUCIONAL a previsão legal que determina o afastamento do
INDICIAMENTO E
servidor público pelo simples fato de ele ter sido indiciado pela prática de
AFASTAMENTO AUTOMÁTICO
crime.
DO SERVIDOR PÚBLICO
STF. Plenário. ADI 4911/DF, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min.
Alexandre de Moraes, julgado em 20/11/2020 (Info 1000).

CRIMES CONTRA O IDOSO (LEI Nº 10.741/03)


BIZUS GERAIS - Todos os crimes são dolosos.
AÇÃO PENAL - Pública INCONDICIONADA
> Crimes com pena máxima comida:

- </= 2 anos
• Procedimento: Sumaríssimo (Lei nº 9.099/95)
APLICAÇÃO DO
• Aplicação das Medidas Despenalizadoras
PROCEDIMENTO
SUMARÍSSIMO E DAS
- > 2 anos e </= 4 anos
MEDIDAS
• Procedimento: Sumaríssimo (Lei nº 9.099/95)
DESPENALIZADORAS DA LEI
• Não Aplicação das Medidas Despenalizadoras
Nº 9.099
- > 4 anos
• Procedimento: Ordinário (CPP)
• Não Aplicação das Medidas Despenalizadoras
ESCUSAS ABSOLUTÓRIAS E
RELATIVAS DO CP - Não aplica-se (art. 95)
(ARTS. 181 e 182)
- Apenas dois crimes têm causa de aumento de pena:
• art. 96 (discriminação): se a vítima se encontrar sob os cuidados ou
CAUSAS DE AUMENTO DE
responsabilidade do agente: 1/3;
PENA
• art. 97 (omissão): se da omissão resulta - lesão corporal de natureza grave:
de metade; morte: triplicada.
- Apenas um crime tem qualificadoras:
QUALIFICADORAS • art. 99 (expor a perigo): se resulta - lesão corporal de natureza grave:
reclusão, 1 a 4 anos; morte: reclusão, 4 a 12 anos.

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31

STJ, Info 547 – Se o funcionário do banco recebe o cartão e a senha da idosa


para auxiliá-la a sacar um dinheiro do caixa eletrônico e, ele, aproveitando a
JURIS
oportunidade, transfere quantias para a sua conta pessoal, tal conduta
configura o crime previsto no art. 102 do Estatuto do Idoso.

ESTATUTO DO DESARMAMENTO (LEI Nº 10.826/03)


- Regra: Justiça Estadual
COMPETÊNCIA
- Exceção: Justiça Federal (somente no tráfico internacional de armas – art. 18)
- Uso permitido: Polícia Federal
- Uso restrito: Exército
REGISTRO DE ARMA DE FOGO
Obs.: registro  dentro da residência ou local de trabalho, no caso de ser
proprietário ou responsável. Não confunda registro com PORTE!
- Comprovação de idoneidade
- Ocupação lícita
REQUISITOS PARA AQUISIÇÃO - Residência certa
DE ARMA - Capacidade técnica
- Aptidão psicológica
- 25 anos de idade
- integrantes das Forças Armadas (porte fora de serviço em âmbito nacional);
- policiais federais e estaduais e bombeiros (porte fora de serviço em âmbito
nacional);
- força nacional de segurança pública (porte fora de serviço em âmbito
nacional);
- guardas municipais:
• capitais e municípios com mais de 500 mil habitantes – porte segundo a lei –
porte fora de serviço apenas em âmbito estadual.
• Municípios com 50 a 500 mil habitantes – porte somente em serviço;
• Municípios/cidades com menos de 50 mil habitantes – não tem direito a
porte.
- agentes da ABIN (porte fora de serviço e validade nacional);
PORTE DE ARMA DE FOG
- agentes de segurança do gabinete da presidência (porte fora de serviço em
(QUEM PODE PORTAR)
âmbito nacional);
- policiais legislativos – Câmara e Senado (porte fora de serviço em âmbito
nacional);
- agentes prisionais (porte fora do serviço, desde que: tenha dedicação
exclusiva; formação profissional; e fiscalização e controle interno);
- guardar portuários;
- empresas de segurança privada e transporte valores (apenas em serviço);
- desportistas;
- auditores fiscais da Receita Federal;
- auditores fiscais do Trabalho;
- auditores fiscais e analistas Tributários;
- seguranças do poder judiciário e ministério publico.
IMPO - Omissão de cautela (art. 13)
- Posse (art. 12)
CABE SURSIS PROCESSUAL
- Omissão de cautela (art. 13)
- Posse (art. 12)
PENA DE DETENÇÃO
- Omissão de cautela (art. 13)
- Porte (art. 14)
- Disparo (art. 15)
PENA DE RECLUSÃO - Posse ou porte de uso restrito (art. 16, caput)
- Posse ou porte de uso proibido (art. 16, § 2º)
- Comério ilegal (art. 17)

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- Tráfico internacional (art. 18)


Art. 19
- crimes
• comércio ilegal
• tráfico internacional
- casos
• uso proibido ou restrito
- aumento
1/2

Art. 20
CAUSAS DE AUMENTO DE
- crimes
PENA
• porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
• disparo de arma de fogo
• posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
• comércio ilegal
• tráfico internacional
- casos
• praticados por integrante dos órgãos e empresas dos arts. 6º, 7º e 8º
• agente for reincidente específico em crimes dessa natureza
- aumento
1/2
Art. 25, caput - armas de fogo APREENDIDAS
• após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos
• quando não mais interessarem à persecução penal
• serão encaminhadas pelo juiz competente ao comando do exército, no prazo
de ATÉ 48 (quarenta e oito) horas
• para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças
Armadas

Art. 25, § 1o-A - armas de fogo e munições APREENDIDAS (tráfico de


ARMAS DE FOGO E
drogas)
MUNIÇÕES APREENDIDAS
• em decorrência do tráfico de drogas de abuso ou
• em decorrência de qualquer forma utilizadas em atividades ilícitas de
produção ou comercialização de drogas abusivas ou
• que tenham sido adquiridas com recursos provenientes do tráfico de drogas
de abuso,
• perdidas em favor da União e encaminhadas para o Comando do Exército
• devem ser, após perícia ou vistoria que atestem seu bom estado, destinadas
com PRIORIDADE para os órgãos de segurança pública e do sistema
penitenciário da unidade da federação responsável pela apreensão.
- Súmula nº 513, STJ: “A 'abolitio criminis' temporária prevista na Lei n.
ABOLITIO CRIMINIS 10.826/2003 aplica-se ao crime de posse de arma de fogo de uso permitido
TEMPORÁRIA com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado,
suprimido ou adulterado, praticado somente até 23/10/2005.”
- Armazenamento de dados
• os dados relacionados à coleta de registros balísticos serão armazenados no
banco
BANCO NACIONAL DE PERFIS
BALÍSTICOS
- Objetivo
#PAC
• cadastrar armas de fogo; e
• armazenar características de classe e individualizadoras de projéteis e de
estojos de munição deflagrados por arma de fogo.

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- Constituído
• registros de elementos de munição deflagrados por armas de fogo
relacionados a crimes, para subsidiar ações destinadas às apurações criminais
federais, estaduais e distritais.

- Gerência
• unidade oficial de perícia criminal

- Caráter sigiloso
• os dados terão caráter sigiloso
• aquele que permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos
previstos nesta Lei ou em decisão judicial responderá civil, penal e
administrativamente

- Vedação
• comercialização, total ou parcial, da base de dados

- Formação, Gestão e Acesso


• serão regulamentados em ato do Poder Executivo federal
1. Tornou o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido
HEDIONDO (art. 1º, p. único, II, Lei nº 8.072/90)

2. Tornou o crime de comércio ilegal de armas de fogo HEDIONDO (art. 1º, p.


único, III, Lei nº 8.072/90)

3. Tornou o crime de de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou


munição HEDIONDO (art. 1º, p. único, IV, Lei nº 8.072/90)

4. Trouxe uma distinção nas penas para o crime de posse ou porte ilegal de
arma de fogo de uso RESTRITO (art. 16, caput) e posse ou porte ilegal de arma
de fogo de uso PROIBIDO, que agora é qualificadora (art. 16, § 2º).
Obs.: Antigamente, não havia distinção entre arma de fogo de uso proibido ou
de uso restrito. Atualmente, a matéria é regulamentada pelo Decreto nº
9.845/19.
PACOTE ANTICRIME E O Em suma:
ESTATUTO DO • uso proibido: que é vedada em acordos/tratados internacionais e as armas
DESARMAMENTO de fogo dissimulada, com aparência de objeto inofensivo, por exemplo, uma
pistola dissimulada como uma carteira (art. 2º, III).
• uso restrito: armas não portáteis bem como as armas portáteis com
características e poder de fogo definidos no decreto (art. 2º, II).
Conclusão: A pena para porte de arma de uso proibido é mais grave do que
para porte de arma de uso restrito.

5. Aumentou a pena do crime de comércio ilegal de arma de fogo art. 17

6. Acrescentou o § 2º no crime de comércio ilegal de arma de fogo (incorre na


mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição,
sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar,
a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios
razoáveis de conduta criminal preexistente).

7. Dobrou a pena do crime de tráfico internacional de arma de fogo, art. 18

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8. Acrescentou o p. único no crime de tráfico internacional de arma de fogo


(incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou
munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade
competente, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente).

9. Criou uma nova causa de aumento (metade): quando o agente é reincidente


específico em crimes dessa natureza (art. 20, II)

10. Criou o banco nacional de perfis balísticos

CRIMES FALIMENTARES (LEI Nº 11.101/05)


- Apenas um crime é punido com pena de DETENÇÃO e é IMPO (art. 178 -
Omissão dos documentos contábeis obrigatórios);

- Todos os crimes são dolosos;


BIZUS GERAIS
- Existe crime próprios e crimes comuns;

- Aplica-se SUBSIDIARIAMENTE o CPP, no que não for incompatível.


EQUIPARADOS AO - sócios, diretores, gerentes, administradores e conselheiros, de fato ou de
DEVEDOR/FALIDO direito, bem como o administrador judicial
AÇÃO PENAL - Pública INCONDICIONADA
- Legitimados:
AÇÃO PENAL PRIVADA
• qualquer credor habilitado
SUBSIDIÁRIA
• administrador judicial
CONDIÇÃO OBJETIVA DE - sentença que decreta a falência, concede a recuperação judicial ou concede
PUNIBILIDADE a recuperação extrajudicial
- Compete ao juiz criminal da jurisdição onde tenha sido decretada a falência,
COMPETÊNCIA concedida a recuperação judicial ou homologado o plano de recuperação
extrajudicial
PROCEDIMENTO - Sumário
Réu Preso = 05 dias
PRAZO P/ OFERECIMENTO DA
Réu Solto = 15 dias ou 15 dias após relatório do administrador judicial,
DENÚNCIA
por decisão do MP
- inabilitação para o exercício de atividade empresarial;

- impedimento para o exercício de cargo ou função em conselho de


administração, diretoria ou gerência das sociedades sujeitas a esta Lei;

EFEITOS DA CONDENAÇÃO - impossibilidade de gerir empresa por mandato ou por gestão de negócio.

Observações:
- NÃO SÃO AUTOMÁTICOS
- PERDURARÃO até 5 anos após a extinção da punibilidade
- Podem cessar antes pela reabilitação penal
- Aplica-se a prescrição do CP

PRESCRIÇÃO - Começa a correr do dia da decretação da falência, da concessão da


recuperação judicial ou da homologação do plano de recuperação extrajudicial

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- A decretação da falência do devedor INTERROMPE a prescrição cuja


contagem tenha iniciado com a concessão da recuperação judicial ou com a
homologação do plano de recuperação extrajudicial

- Aplicam-se as causas INTERRUPTIVAS da prescrição previstas no CP


(súmula nº 592, STF)

LEI MARIA DA PENHA (LEI Nº 11.340/06)


- no âmbito da UNIDADE DOMÉSTICA, compreendida como o espaço de
convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as
esporadicamente agregadas;

- no âmbito da FAMÍLIA, compreendida como a comunidade formada por


ÂMBITO DE INCIDÊNCIA
indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais,
por afinidade ou por vontade expressa;

- em qualquer RELAÇÃO ÍNTIMA DE AFETO, na qual o agressor conviva ou


tenha convivido com a ofendida, INDEPENDENTEMENTE de coabitação.
- VIOLÊNCIA FÍSICA, entendida como qualquer conduta que ofenda sua
integridade ou saúde corporal;

- VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA, entendida como qualquer conduta que lhe cause


dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe
o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações,
comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento,
humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição
contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização,
exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe
cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;

FORMAS DE VIOLÊNCIA - VIOLÊNCIA SEXUAL, entendida como qualquer conduta que a constranja a
DOMÉSTICA E FAMILIAR presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante
CONTRA A MULHER intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou
a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer
método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou
à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que
limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;

- VIOLÊNCIA PATRIMONIAL, entendida como qualquer conduta que


configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos,
instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou
recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;

- VIOLÊNCIA MORAL, entendida como qualquer conduta que configure


calúnia, difamação ou injúria.
- Momento: até o recebimento da denúncia
#CPP: até o oferecimento
RETRATAÇÃO DA
REPRESENTAÇÃO
- Audiência específica perante o juiz
#CPP: não precisa
- garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao
PROVIDÊNCIAS
Ministério Público e ao Poder Judiciário;
QUE DEVEM SER

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ADOTADAS PELA - encaminhar a ofendida ao hospital/posto de saúde e ao Instituto Médico


AUTORIDADE POLICIAL NO Legal;
ATENDIMENTO À MULHER EM
SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA - fornecer transporte para a ofendida/dependentes para abrigo ou local
DOMÉSTICA E FAMILIAR seguro, quando houver risco de vida;

- acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local


da ocorrência ou do domicílio familiar, se necessário;

- informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços


disponíveis, inclusive os de assistência judiciária para o eventual ajuizamento
perante o juízo competente da ação de separação judicial, de divórcio, de
anulação de casamento ou de dissolução de união estável.
- Autoridade Judiciária
• Existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da mulher
em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes.

MEDIDA PROTETIVA DE - Delegado de Polícia


AFASTAMENTO DO • Existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da mulher
AGRESSOR DO LAR, em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes; E
DOMICÍLIO OU LOCAL DE • Município não for sede de comarca.
CONVIVÊNCIA COM A
OFENDIDA - Policial
• Existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da mulher
em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes;
• Município não for sede de comarca; E
• Não houver delegado disponível no momento da denúncia.
- encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou
comunitário de proteção ou de atendimento;

- determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo


domicílio, após afastamento do agressor;

MEDIDAS PROTETIVAS DE - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos
URGÊNCIA À OFENDIDA relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos;

- determinar a separação de corpos.

- determinar a matrícula dos dependentes da ofendida em instituição de


educação básica mais próxima do seu domicílio, ou a transferência deles para
essa instituição, INDEPENDENTEMENTE da existência de vaga.
- suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao
órgão competente, nos termos da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003;

- afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;


MEDIDAS PROTETIVAS DE
- proibição de determinadas condutas, entre as quais:
URGÊNCIA QUE OBRIGAM O
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o
AGRESSOR
limite mínimo de distância entre estes e o agressor;
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio
de comunicação;
c) freqüentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física
e psicológica da ofendida;

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- restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe


de atendimento multidisciplinar ou serviço similar;

- prestação de alimentos provisionais ou provisórios.

- comparecimento do agressor a programas de recuperação e reeducação; e

- acompanhamento psicossocial do agressor, por meio de atendimento


individual e/ou em grupo de apoio.
- Pena de cestas básicas, quaisquer espécies de prestação pecuniária e
substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa (art. 17);

- A ofendida não poderá entregar intimação ou notificado ao agressor (art. 21,


p. único);

VEDAÇÕES LEGAIS E - Não se aplica a Lei nº 9.099/95 – Juizados Especiais Criminais (art. 41);
JURISPRUDENCIAIS
- Suspensão condicional do processo e transação penal (Súmula nº 536, STJ);

- Princípio da Insignificância (Info 825, STF e Súmula nº 589, STJ);

- Substituição de PPL por PRD em casos de crimes e contravenções com


violência ou grave ameaça (Info 804, STF e Súmula nº 588, STJ).
- Súmula nº 536, STJ: “A suspensão condicional do processo e a transação
penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da
Penha.”

- Súmula nº 542, STJ: “A ação penal relativa ao crime de lesão corporal


resultante de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada.”

- Súmula nº 588, STJ: “A prática de crime ou contravenção penal contra a


SÚMULAS SOBRE A LEI MARIA mulher com violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita
DA PENHA a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.”

- Súmula nº 589, STJ: “É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes


ou contravenções penais praticados contra a mulher no âmbito das relações
domésticas.”

- Súmula nº 600, STJ: “Para a configuração da violência doméstica e familiar


prevista no artigo 5º da Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) não se exige
a coabitação entre autor e vítima.”

LEIS DE DROGAS (LEI Nº 11.343/06)


AÇÃO PENAL - Pública INCONDICIONADA
- Regra: Justiça ESTADUAL

COMPETÊNCIA - Exceção: Justiça FEDERAL (se caracterizado ilícito transnacional)


• Municípios que não sejam sede de vara federal serão processados e julgados
na VARA FEDERAL DA CIRCUNSCRIÇÃO RESPECTIVA
• porte para consumo pessoal (art. 28)
IMPO

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38

• oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu


relacionamento, para juntos a consumirem (art. 33, § 3º)

• prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o


paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação
legal ou regulamentar (art. 38)
• porte para consumo pessoal (art. 28)

• induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga (art. 33, § 2º)

• oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu


relacionamento, para juntos a consumirem (art. 33, § 3º)
CABE SURSIS PROCESSUAL
• prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o
paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação
legal ou regulamentar (art. 38)

• conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a


dano potencial a incolumidade de outrem (art. 39)
• prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o
CRIMES CULPOSOS paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação
legal ou regulamentar (art. 38)
- Penas:
• advertência sobre os efeitos das drogas
• prestação de serviços à comunidade
• medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo

- Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz


atenderá:
• natureza e quantidade da substância apreendida
• local e às condições em que se desenvolveu a ação
• circunstâncias sociais e pessoais
• conduta e aos antecedentes do agente

PORTE DE DROGAS PARA - prestação de serviços à comunidade e medida educativa de


CONSUMO comparecimento a programa ou curso educativo:
• primáriio: 5 meses
• reincidente: 10 meses

- Para garantia do cumprimento das medidas educativas, a que


injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo,
SUCESSIVAMENTE a:
• admoestação verbal
• multa

- Prescrição das penas (PPP e PPE):


• 2 anos
• observa-se, no tocante à interrupção do prazo, o disposto no CP
- Aplicação
• Tráfico (art. 33, caput)
TRÁFICO PRIVILEGIADO • Tráfico equiparado (art. 33, § 1º)

- Requisitos (CUMULATIVOS)

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39

• Primário;
• Bons antecedentes;
• Não se dedique à atividade criminosa; e
• Não integre organização criminosa.

- Natureza Jurídica
• Causa de diminuição de pena

- Redução
• 1/6 a 2/3
>> PORTE DE DROGA PARA CONSUMO PESSOAL
- 1ª fase (dias-multa)
• 40 a 100 dias-multa
- 2ª fase (valor)
• 1/30 até 3x o salário mínimo
- Destinação
• Fundo Nacional Antidrogas

>> TRÁFICO DE DROGAS


- 1ª fase (dias-multa)
• Os tipos penais trazem os patamares mínimo e máximo de dias-multa. Para
MULTA a fixação, será dosado levando-se em conta, com preponderância sobre o
previsto no art. 59 do CP, a NATUREZA e a QUANTIDADE da substância ou do
produto, a PERSONALIDADE e a CONDUTA SOCIAL do agente
- 2ª fase (valor)
• 1/30 até 5x o salário mínimo
- Aumento
• Pode ser aumentada até o décuplo se, em virtude situação econômica do
acusado, considerá-las o juiz ineficazes, ainda que aplicadas no máximo
- Concurso de crimes
• Aplica-se cumulativamente
- Destinação
• Fundo Penitenciário Nacional
- a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as
circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito;

- o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no


desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância;

- a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de


estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades
estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais
CAUSAS DE AUMENTO DE
de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de
PENA
qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou
(1/6 a 2/3)
de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes
públicos;

- o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma
de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;

- caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito


Federal;

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40

- sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem


tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de
entendimento e determinação;

- o agente financiar ou custear a prática do crime.


- Natureza da substância ou produto;
CIRCUNSTÂNCIAS - Quantidade da substância ou produto;
PREPONDERANTES - Personalidade do agente; e
- Conduta social do agente.
- Requisitos
• Identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime; e
• Recuperação total ou parcial do produto do crime.

COLABORAÇÃO PREMIADA - Colaboração


• Voluntária

- Benefícios
• Redução da pena (1/3 a 2/3)
- Prevê (art. 53, I)
INFILTRAÇÃO DE AGENTES • Não prevê prazo máximo
• Não disciplina procedimento a ser adotado
- Prevê (art. 53, II)
AÇÃO CONTROLADA
• Necessita de autorização judicial
- Fiança
- Indulto
VEDAÇÕES - Graça
- Anistia
- Sursis Penal
LIBERDADE PROVISÓRIA - Cabe liberdade provisória SEM fiança
SURSIS PENAL - VEDADO (art. 44)
- após o cumprimento de dois terços da pena (aplica-se ao crime de
LIVRAMENTO CONDICIONAL associação para o tráfico, embora não seja equiparado a hediondo – art. 44)
- VEDADA sua concessão ao REINCIDENTE ESPECÍFICO
- Preso: 30 dias
INQUÉRITO POLICIAL - Solto: 90 dias
(PRAZO DE CONCLUSÃO) • podem ser DUPLICADOS pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante
pedido justificado da autoridade de polícia judiciária
- Plantações ilícitas (art. 32)
• Imediatamente

DESTRUIÇÃO DE PLANTAÇÕES - Drogas apreendidas COM prisão em flagrante (art. 50, § 4º)
E DROGAS • 15 dias

- Drogas apreendidas SEM prisão em flagrante (art. 50-A)


• 30 dias (máximo)
40%
Primário Com morte: 50%
Vedado o livramento condicional
60%
PROGRESSÃO DE REGIME Reincidente Com morte: 70%
Vedado o livramento condicional
Comando, individual ou coletivo, de
50%
organização criminosa estruturada

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para a prática de crime hediondo ou


equiparado
30 + 30 dias (preso)
Inquérito Policial Art. 51
90 + 90 dias (solto)
Destruiçaõ de Plantações Ilícitas Art. 32 Imediatamente
Destruição de Drogas COM prisão em
15 dias
flagrante Art. 50, § 4º
Destruição de Drogas SEM prisão em
30 dias
flagrante Art. 50-A
Juiz certificar a regularidade formal do
laudo de constatação e determinar a 10 dias
destruiçaõ da droga Art. 50, § 3º
PRINCIPAIS PRAZOS Denúncia Art. 54, III 10 dias (réu preso ou solto)
Defesa Prévia Art. 55 10 dias
Recebimento da Denúncia Art. 55, § 4º 5 dias
Juiz determinar a apresentação do
preso, realização de diligências,
10 dias (prazo máximo)
exames e perícias, se entender
imprescindíveis Art. 55, § 5º
Audiência de Instrução e Julgamento 30 dias (se não houver perícia)
Art. 56, § 2º 90 dias (se houver perícia)
Juiz proferir sentença - se não a
10 dias
proferir de imediato Art. 58
- Súmula nº 522, STF: “Salvo ocorrência de tráfico para o exterior, quando,
então, a competência será da Justiça Federal, compete à justiça dos Estados
o processo e julgamento dos crimes relativos a entorpecentes.”

- Súmula nº 501, STJ: “É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006,


desde que o resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais
favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo
vedada a combinação de leis.”

- Súmula nº 587, STJ: “Para a incidência da majorante prevista no art. 40, V,


da Lei n. 11.343/2006, é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras
SÚMULAS SOBRE A LEI DE
entre estados da Federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da
DROGAS
intenção de realizar o tráfico interestadual.”

- Súmula nº 607, STJ: “A majorante do tráfico transnacional de drogas (art.


40, I, da Lei n. 11.343/2006) configura-se com a prova da destinação
internacional das drogas, ainda que não consumada a transposição de
fronteiras.”

- Súmula nº 630, STJ: “A incidência da atenuante da confissão espontânea no


crime de tráfico ilícito de entorpecentes exige o reconhecimento da traficância
pelo acusado, não bastando a mera admissão da posse ou propriedade para
uso próprio.”

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LEI DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL (LEI Nº 12.037/09)


• carteira de identidade;
• carteira de trabalho;
• carteira profissional;
DOCUMENTOS QUE ATESTAM • passaporte;
A IDENTIFICAÇÃO CIVIL • carteira de identificação funcional;
• outro documento público que permita a identificação do indiciado.

Obs.: ROL EXEMPLIFICATIVO


EQUIPARAM-SE AOS
DOCUMENTOS DE • documentos de identificação militares
IDENTIFICAÇÃO CIVIL
- Regra geral:
• o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo
nas hipóteses previstas em lei

- Exceções:
• documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;
• documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o
indiciado;
• indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL conflitantes entre si;
• identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo
despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou
mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da
defesa;
• constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes
qualificações;
• estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição
do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos
caracteres essenciais.
- no caso de absolvição do acusado; ou
EXCLUSÃO DOS PERFIS
GENÉTICOS DOS BANCOS DE
- no caso de condenação do acusado, mediante requerimento, após decorridos
DADOS
20 anos do cumprimento da pena.
- Autorização de criação:
• o PAC autorizou a criação do Banco, no Ministério da Justiça e Segurança
Pública

- Objetivo:
• armazenar dados de registros biométricos, de impressões digitais e,
QUANDO POSSÍVEL, de íris, face e voz, para subsidiar investigações criminais
federais, estaduais ou distritais
BANCO NACIONAL
MULTIBIOMÉTRICO E DE
- Integrado:
IMPRESSÕES DIGITAIS
• registros biométricos, de impressões digitais, de íris, face e voz colhidos em
investigações criminais ou por ocasião da identificação criminal

- Caráter sigiloso:
• os dados terão caráter sigiloso
• aquele que permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos
previstos nesta Lei ou em decisão judicial responderá civil, penal e
administrativamente

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- Vedação:
• comercialização, total ou parcial, da base de dados

- Formação, gestão e acesso:


• serão regulamentados em ato do Poder Executivo federal

- Acesso em caso de inquérito ou ação penal:


• a autoridade policial e o MP podem requerer ao juiz o acesso ao Banco, no
caso de inquérito ou ação penal instaurados

LEI DE ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS (LEI Nº 12.850/13)


- associação de 4 ou + pessoas
- estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que
CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO informalmente
CRIMINOSA - objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza
- mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores
a 4 anos, ou que sejam de caráter transnacional.
- promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente
ou por interposta pessoa, organização criminosa
Formas
Pena: reclusão, de 3 a 8 anos, e MULTA, sem prejuízo das
simples
penas correspondentes às demais infrações penais
praticadas.
Forma - impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação
equiparada de infração penal que envolva organização criminosa.
- Até a 1/2
• Emprego de arma de fogo

- De 1/6 a 2/3
Causas de • Participação de criança ou adolescente;
aumento • Concurso de funcionário público, valendo-se do cargo;
CRIME
• Produto ou proveito destina-se ao exterior;
• Organização mantém conexão com outros organizações
independentes;
• Transnacionalidade da organização.
- Quem exerce o comando da ORCRIM, individual ou
Agravante coletivo..
..ainda que não pratique pessoalmente atos de execução.
- perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo;
- interdição para o exercício de função ou cargo público
Efeitos da pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao
Condenação cumprimento da pena.

Obs.: EFEITOS AUTOMÁTICOS


- colaboração premiada;
- captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos;
- ação controlada;
- acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais
MEIOS DE OBTENÇÃO DE
constantes de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais
PROVA
ou comerciais;
- interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas;
- afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação
específica;

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- infiltração de agentes;
- cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e
municipais na busca de provas e informações de interesse da investigação ou
da instrução criminal.
- negócio jurídico processual e meio de obtenção de prova

- Legitimidade para firmar acordo: Delegado e MP (Juiz não participa)

- Requisitos (um ou mais):


• identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e
das infrações penais por eles praticadas;
• revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização
criminosa;
• prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização
criminosa;
• recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais
praticadas pela organização criminosa;
• localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada.

- Benefícios:
 Colaboração antes da sentença:
• Redução da pena em até 2/3
• Substituição da PPL p/ PRD
COLABORAÇÃO PREMIADA
• Perdão Judicial
 Colaboração após a sentença:
• Redução da pena até a metade
• Progressão de regime, ainda que ausentes os requisitos objetivos.
 Colaborador não é o líder e o primeiro a colaborar e tratar-se de
infração de cuja existência não tenha prévio conhecimento:
• MP pode deixar de oferecer denúncia.

- Direitos do Colaborador:
• usufruir das medidas de proteção previstas na legislação específica;
• ter nome, qualificação, imagem e demais informações pessoais preservados;
• ser conduzido, em juízo, separadamente dos demais coautores e partícipes;
• participar das audiências sem contato visual com os outros acusados;
• não ter sua identidade revelada pelos meios de comunicação, nem ser
fotografado ou filmado, sem sua prévia autorização por escrito;
• cumprir pena em estabelecimento penal diverso dos demais corréus ou
condenados.
• cumprir pena ou prisão cautelar em estabelecimento penal diverso dos
demais corréus ou condenados.
- Também conhecido como flagrante prorrogado, retardado, postergado,
protelado, estratégico ou diferido.

- Consiste em retardar a intervenção POLICIAL ou ADMINISTRATIVA relativa à


ação praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que
AÇÃO CONTROLADA mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se
concretize no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de
informações.

- Não é necessária autorização judicial. Apenas pévia comunicação ao juiz!


#Lei de lavagem e de drogas: necessária prévia autorização judicial

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- Natureza subsidiária: Ultima ratio (não será admitida se for possível a


obtenção da prova por outro meio)

- Cláusula de reserva de jurisdição: autorização judicial circunstanciada,


motivada e sigilosa, que estabelecerá os limites da infiltração

- Prazo: 6 meses (podendo ser sucessivamente prorrogada); Se for virtual


também terá o prazo de 6 meses, porém prorrogáveis até o limite de 720 dias.

- Legitimados: Delegado e MP
INFILTRAÇÃO DE AGENTES
- Direitos do agente infiltrado:
• recusar ou fazer cessar a atuação infiltrada;
• ter sua identidade alterada, aplicando-se, no que couber, o disposto no art.
9º da Lei nº 9.807, de 13 de julho de 1999, bem como usufruir das medidas de
proteção a testemunhas;
• ter seu nome, sua qualificação, sua imagem, sua voz e demais informações
pessoais preservadas durante a investigação e o processo criminal, salvo se
houver decisão judicial em contrário;
• não ter sua identidade revelada, nem ser fotografado ou filmado pelos meios
de comunicação, sem sua prévia autorização por escrito.

NOVA LEI DE CRIMES DE ABUSO DE AUTORIDADE (LEI Nº 13.869/19)


- Todos os crimes são:
• próprios;
• dolosos;
• punidos com detenção;
• punidos com multa CUMULATIVA.
BIZUS GERAIS
- A lei apenas trouxe crimes de menor (detenção: 6 meses a 2 anos e multa) e
médio (detenção: 1 a 4 anos e multa) potencial ofensivo

- Existem crimes comissivos e OMISSIVOS (ex.: art. 9º, p. único; art. 12, caput e
p. único)
Crime próprio: agente público

Particular pode ser sujeito ativo em coautoria ou participação com o agente


SUJEITO ATIVO
público, caso tenha conciência dessa qualidade.

Rol do art. 2º = exemplificativo


Crime de duplasubjetividade passiva:
- s. p. principal, imediato, direto ou eventual: é a pessoa física ou jurídica
diretamente atingida ou prejudicada pela conduta abusiva. Ex.: o preso, no caso
SUJEITO PASSIVO do art. 13.
- s. p. secundário, mediato, indireto ou permanente: é o Estado (Poder
Público) que tem a sua imagem, credibilidade e até patrimônio ofendidos
quando um agente seu pratica ato abusivo.
• prejudicar alguém; ou
• beneficiar a si mesmo; ou
ELEMENTO SUBJETIVO
• beneficiar a terceiro; ou
ESPECÍFICO
• mero capricho; ou
• satisfação pessoal.

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NÃO CONFIGURA ABUSO DE • interpretação de lei;


AUTORIDADE A DIVERGÊNCIA • avaliação de fatos;
NA: • avaliação de provas.

AÇÃO PENAL - Pública INCONDICIONADA


Em regra, Justiça ESTADUAL
COMPETÊNCIA Excepcionalmente, as Justiças Federal e Militar também podem julgar,
dependendo do caso.
- tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime;
• juiz, a requerimento do ofendido, deve fixar na sentença o valor mínimo

- inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública;


• prazo: 1 a 5 anos
EFEITOS DA CONDENAÇÃO
- perda do cargo, do mandato ou da função pública.

Obs.: Nos dois últimos efeitos (inabilitação e perda):


• são condicionados: reincidência em crime de abuso de autoridade;
• não são automáticos.

- prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas;


PENAS RESTRITIVAS DE
- suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato.
DIREITO
• prazo: 1 a 6 meses
• com a perda dos vencimentos e das vantagens

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