LEIS E NORMAS QUE ESCLARECEM AS DUVIDAS SOBRE A EXPOSIÇÃO AO FRIO.

INTRODUÇÃO

Este volante tem como objetivo informar em uma linguagem mais técnica e objetiva a exposição ao risco
físico, frio. Com alguns trechos de itens retirados de normas do trabalho que estão em vigor, fizemos um
apanhado geral das questões mais importantes visto que muitas empresas têm dificuldade de se precaver
diante de uma fiscalização do MTb.

FRIO

As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições
similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em
decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.

Fonte: NR-15 Anexo 9 Item 1 da Portaria 3214 de junho de 1978

TEMPO DE EXPOSIÇÃO

Frio com exposição eventual, intermitente ou continua.

4.4 - do tempo de exposição ao risco - a análise do tempo de exposição traduz a quantidade de exposições em
tempo (horas, minutos, segundos) a determinado risco operacional sem proteção, multiplicado pelo número de vezes
que esta exposição ocorre ao longo da jornada de trabalho. Assim, se o trabalhador ficar exposto durante 5 minutos,
por exemplo, a vapores de amônia, e esta exposição se repete por 5 ou 6 vezes durante a jornada de trabalho, então
seu tempo de exposição é de 25 a 30 min/dia, o que traduz a eventualidade do fenômeno. Se, entretanto, ele se
expõe ao mesmo agente durante 20 minutos e o ciclo se repete por 15 a 20 vezes, passa a exposição total a contar
com 300 a 400 min/dia de trabalho, o que caracteriza uma situação de intermitência. Se, ainda, a exposição se
processa durante quase todo ou todo o dia de trabalho, sem interrupção, diz-se que a exposição é de natureza
continua.

Fonte: http://www.trabalhoseguro.com/Portarias/port_3311.html

Câmaras frias
De acordo com a ACGIH, para os trabalhos a temperaturas de -12ºC ou inferiores de temperatura equivalente de
resfriamento devem ser tomadas as seguintes precauções: supervisão constante do trabalhador ou sistemas de
duplas de trabalho; carga de trabalho não deve ser tão intensa de forma a causar sudorese para não umedecer as
roupas (se o trabalho for pesado adotar períodos de descanso em abrigos aquecidos e oportunizar a troca de roupa
por vestimenta seca); o peso e o volume das vestimentas devem ser incluídos na estimativa da performance
requerida para o trabalho e na carga a ser transportada pelo trabalhador; não devem ser usados assentos de
cadeiras metálicas desprotegidos e deve ser aplicado programa de treinamento adequado.

Em seguida, tabela para tempo de exposição ao frio X escala de repouso.

Fonte: Revista Proteção – Edição: fevereiro de 2000

CLT

Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam mercadorias no
ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de uma hora e 40 minutos de trabalho contínuo, será
assegurado um período de 20 minutos de repouso*, computado este intervalo como de trabalho efetivo.

Fonte: CLT – Consolidação das Leis do Trabalho

(repouso*: 1. Ato ou efeito de repousar. 2. Cessação de movimento ou de trabalho. 3. Descanso, sossego,

tranqüilidade.)

OBS: O repouso deverá ser feito fora do ambiente agressor, tomando o cuidado com a exposição direta ao
calor. Então se recomenda permanecer algum tempo na antecâmara ou sala resfriada antes de fica exposto
diretamente com o ambiente natural evitando assim o choque térmico.

PENALIDADE PARA O NÃO CUMPRIMENTO DA NR 15 ANEXO 9, ITEM 1 (FRIO)

(INFRAÇÃO 2)

ANEXO I

GRADAÇAO DAS MULTAS (EM UFIR)

Numero de Segurança do Trabalho
Empregados I2
1-10 1129-1393
11-25 1394-1664
26-50 1665-1935
51-100 1936-2200
101-250 2201-2471
251-500 2472-2748
501-1000 2749-3020
Mais de 1000 3021-3284

Media de Valor da UFIR entre os meses de janeiro, fevereiro e março de 2008 é de 1,006615.

Ex.: Empresa com 500 funcionários

GRADAÇÃO DA MULTA VALOR DA UFIR VALOR EM REIAS

2748 x 1,006615 = R$ 2766, 18

Fonte: NR 28 Anexos I e II da Portaria 3214 de junho de 1978.