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Universidade Federal da Bahia

Disciplina: Dicção I
Docente: Fernanda Paquelet
Discente: Felipe Bacelar

Relatório do filme “O auto da compadecida”


O filme “O auto da compadecida” dirigido por Guel Arraes e com roteiro de Adriana
Falcão e João Falcão é baseado na peça teatral “Auto da compadecida” de 1955 de
Ariano Suassuna, com elementos de O Santo e a Porca e Torturas de um coração, ambas
do mesmo autor. O enredo do filme desenvolve-se através da história de duas
personagens: João Grilo (Matheus Nachtergale) sertanejo mentiroso e Chicó (Selton
Mello) maior covarde da região, os quais sobrevivem de pequenos negócios e golpes,
enquanto vagam pelo sertão.
Através da perspectiva da dicção, é possível perceber uma clara utilização das vozes das
personagens para caracterizar de maneira enfática a personalidade e forma de agir das
mesmas. Além disso, é possível perceber a presença das marcas regionais nas falas
(sotaques) das personagens e o uso constante da linguagem informal. Após essa síntese
das observações - de uma maneira mais ampla- dos aspectos relacionados à dicção no
filme, irei detalhar as minhas impressões sobre cada personagem, utilizando a dicção
como referencial principal.
João Grilo (Matheus Nachtergale): Voz grave, fala rápida, sotaque nordestino e
malandragem ao falar.
Chicó (Selton Mello): Voz grave, fala pausada, sotaque nordestino e fala contida.
Padre João (Rogério Cardoso): Voz muito grave, fala pausada e sotaque nordestino.
Bispo (Lima Duarte): Voz aguda, fala pausada e sotaque nordestino.
Dora (Denise Fraga): Voz muito aguda, fala rápida, sotaque nordestino e sedução ao
falar.
Eurico (Diogo Vilela): Voz muito grave, fala rápida, sotaque nordestino e submissão
ao falar.
Major Antônio Morais (Paulo Goulart): Voz muito grave, fala pausada, sotaque
nordestino e agressividade ao falar.
Rosinha (Virgínia Cavendish): Voz aguda, fala pausada, sotaque nordestino e fala
agradável.
Vicentão (Bruno Garcia): Voz muito grave, fala pausada, sotaque nordestino e
agressividade ao falar.
Cangaceiro (“Cabra”) (Enrique Diaz): Voz muito grave, fala rápida, sotaque
nordestino e rancor ao falar.
Cabo Setenta (Aramis Trindade): Voz grave, fala muito rápida e sotaque nordestino.
Jesus Cristo (“Emanuel”) (Maurício Gonçalves): Voz grave, fala pausada e
serenidade ao falar.
Nossa Senhora (Fernanda Montenegro): Voz grave, fala pausada e serenidade e força
ao falar.
Diabo (Luís Melo): Voz grave, fala pausada e variação de cortesia e agressividade na
fala.

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