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APOSTILA DE PORTUGUÊS BÁSICO PARA CONCURSO PÚBLICO

LINGUAGEM

É a capacidade que possuímos de expressar nossos pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos.


A Linguagem está relacionada a fenômenos comunicativos; onde há comunicação, há linguagem.
Podemos usar inúmeros tipos de linguagens para estabelecermos atos de comunicação, tais como:
sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais (linguagem escrita e linguagem
mímica, por exemplo). Num sentido mais genérico, a Linguagem pode ser classificada como
qualquer sistema de sinais que se valem os indivíduos para comunicar-se.

Tipos de Linguagem
A linguagem pode ser:
Verbal: a linguagem verbal é aquela que faz uso das palavras para comunicar algo.
Não Verbal: é aquela que utiliza outros métodos de comunicação, que não são as palavras. Dentre
elas estão a linguagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a linguagem corporal, uma figura,
a expressão facial, um gesto, etc.

LÍNGUA
A língua possui um caráter social: pertence a todo um conjunto de pessoas, as quais podem agir
sobre ela. Cada membro da comunidade pode optar por esta ou aquela forma de expressão. Por
outro lado, não é possível criar uma língua particular e exigir que outros falantes a compreendam.
Dessa forma, cada indivíduo pode usar de maneira particular a língua comunitária, originando a
fala.

FALA
A fala está sempre condicionada pelas regras socialmente estabelecidas da língua, mas é
suficientemente ampla para permitir um exercício criativo da comunicação.
Um indivíduo pode pronunciar um enunciado da seguinte maneira: A família de Regina era
paupérrima. Outro, no entanto, pode optar por: A família de Regina era muito pobre. As diferenças
e semelhanças constatadas devem-se às diversas manifestações da fala de cada um.

LÍNGUA FALADA E LÍNGUA ESCRITA


A escrita representa um estágio posterior de uma língua. A língua falada é mais espontânea,
abrange a comunicação linguística em toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom
de voz, algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisionomias. A língua escrita não é apenas a
representação da língua falada, mas sim um sistema mais disciplinado e rígido, uma vez que não
conta com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante.

SIGNO
O signo linguístico é um elemento representativo que apresenta dois aspectos: o significado e o
significante.

Ao escutar a palavra cachorro, reconhecemos a sequência de sons que formam essa palavra.
Esses sons se identificam com a lembrança deles que está em nossa memória. Essa lembrança

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constitui uma real imagem sonora, armazenada em nosso cérebro que é o significante do signo
cachorro.

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS

Homônimas
• homófonas: (sela/cela) (acento/assento)
• homógrafas: (gosto/gosto) (colher/colher)

Obs.: homônimas perfeitas (para) (pelo)


Parônimas: (ratificar/retificar) (emigra/imigrar)
Sinônimas: (enorme/imenso) (perguntar/questionar)
Antônimas: (alegria/tristeza) (bom/mau)
Hiperônimas: (time) (esporte)
Hipônimas: (Flamengo/Vasco) (natação/corrida)

ANÁLISE TEXTUAL I

TEXTO I

Compreensão / Interpretação
Perfil da linguagem
Variações linguísticas
Compreensão: análise do que está explícito no texto.
Interpretação: análise do pressuposto e do subentendido.

Aplicação:
O Brasil avançou significativamente nos três últimos anos, passando a triplicar o seu crescimento,
a ponto de chegar a 30% neste ano. (Folha de São Paulo, 2020)
Pressuposto: informação infalível.
Subentendido: especulação, falível.

Perfil da linguagem:
Denotação: sentido real, literal.
A população sofre com serviços públicos ruins.
Conotação: sentido figurado, literário.
Explode mais um surto de vírus no colo do mundo.
Formal: variedade padrão da norma culta.
Os problemas se agravaram em ritmo expressivo.
Informal: coloquialismo, marcas da oralidade.
Os caôs pioraram pra valer.
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Verbal: através de palavras, texto.
Não verbal: através de imagens.
Mista: imagens e palavras.

Variações linguísticas:

Variação diatópica ou regional:


Mexerica, tangerina, mandioca, macaxeira.

Variação diacrônica ou histórica:


Vossa mercê, vosmecê, paço.

Variação diastrática ou cultural:


Óia presses caras.

ANÁLISE TEXTUAL II – TIPOLOGIAS TEXTUAIS – GÊNEROS TEXTUAIS

TIPOLOGIA TEXTUAL
DESCRIÇÃO
NARRAÇÃO
DISSERTAÇÃO
INJUNTIVO
INSTRUCIONAL

DESCRIÇÃO:

(tempo estático, verbos de ligação e adjetivações).


1. Descrição Física, técnica, objetiva, denotativa;
2. Descrição subjetiva, conotativa, psicológica.

Descrição Subjetiva

“Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, serena, no seu roupão de manhã de
fazenda preta, com largos botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado,
a alma leve, com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da
cabeça pequenina, de perfil bonito.” (O Primo Basílio, Eça de Queiroz)

Descrição Objetiva

“A vítima, Solange dos Santos (22 anos), moradora da cidade de Marília, era magra, alta
(1,75), cabelos pretos e curtos; nariz fino e rosto ligeiramente alongado.”

NARRAÇÃO:
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(verbos de ação, sequenciamento, variavelmente no passado, estrutura de person agem, enredo,
tempo, ambiente e clímax).

Exemplo de excerto de texto narrativo:


“E ele, caminhando devagar sob as acácias, sentia no sombrio silêncio as pancadas
desordenadas do seu coração.

Subiu os três degraus de pedra – que lhe pareciam já de uma casa estranha. (…) Ali ficou.
Ela, com o xale na mão, veio dizer-lhe que a senhora estava na sala das tapeçarias… Carlos
entrou. (…) E correu para ele, arrebatou-lhe as mãos, sem poder falar, soluçando, tremendo
toda.” (Os Maias, Eça de Queirós).

DISSERTAÇÃO:

Exposição/argumentação
(falar sobre algo, informação, verbos de ligação e de ação, discorrer sobre um tema)
Outros nomes: informativo/explicativo/didático/referencial. (expositivo)

Texto Dissertativo Argumentativo

Em pleno século XXI é salutar refletirmos sobre a importância de preservação do meio ambiente
bem como atuarmos em prol de uma sociedade mais consciente e limpa. Já ficou mais que claro
que a maioria dos problemas os quais enfrentamos atualmente nas grandes cidades, foram gerados
pela ação humana.

Texto Dissertativo Expositivo


Os Relatórios das Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre a gestão e desenvolvimento dos
recursos hídricos alertam para a preservação e proteção dos recursos naturais do planeta,
sobretudo da água. Sendo assim, as estatísticas apontam para uma enorme crise mundial da falta
de água a partir de 2025.

Injuntivo: ordem/sugestão
(presença de comando, verbos no imperativo)

Recursos Linguísticos
A linguagem dos textos injuntivos é simples e objetiva. Um dos recursos linguísticos marcantes e
recorrentes desse tipo de texto é a utilização dos verbos no imperativo, de modo a indicar uma
“ordem”, por exemplo, na receita de bolo:

“misture todos os ingredientes”; bula de remédio


“tome duas cápsulas por dia”; manual de instruções
“aperte a tecla amarela”; propagandas
“vista essa camisa”.

Instrucional:

Organizado em tópicos, como um manual de instruções.


1. Separe as peças;
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2. Organize o tabuleiro.

ANÁLISE TEXTUAL

COESÃO TEXTUAL

Processos Endofóricos: (apontam para dentro)


Anaforismo: (aponta para antes)
Cataforismo: (aponta para depois)

Com núcleos isolados:


As alunas novatas chegaram, eu as encontrei no pátio.
Era um professor que parecia competente.
Recebemos as notas mensais.
O resultado foi entregue às pressas.

Com núcleos em enumeração:

(este, esta, isto) – retomam o termo mais próximo;


(numerais) – retomam termos intermediários;
(aquele, aquela, aquilo) – retomam o termo mais distante.
O teatro, o cinema e a música emocionam.
Daquele gosto mais, pois o segundo frequento pouco e a esta dedico pouco do meu tempo.

Com ideias:
(esse, essa, isso) – retomam uma ideia já citada.
(este, esta, isto) – referem-se ao que ainda será citado.
A salvação da humanidade está no amor e na arte, isso é inegociável.
Devemos lutar incansavelmente por isto: cultivar amigos, viver amores e construir família.

Processo exofórico: (aponta para fora)

“Hoje, que a noite está calma e que a minha alma esperava por ti, apareceste aqui afinal...”
(Torturas de amor – Valdik Soriano).

TEMPO:

ESTE/ESTA/ISTO (Presente)
Nesta semana, tudo parece tranquilo.

ESSE/ESSA/ISSO (Passado/futuro- próximo)


Ano passado fui aprovado. Nesse ano as coisas melhoraram.
Em 2021, tudo será diferente. Nesse ano, viveremos em paz.

AQUELE/AQUELA/AQUILO (Passado/futuro- distante)


Em 1922, houve a Semana de Arte Moderna. Naquele ano, a arte reinava.
Acontecerá em 2050 uma revolução. Naquele ano, tudo será melhor.
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ESPAÇO:

ESTE/ESTA/ISTO (Perto de quem fala, longe de quem ouve)


Esta minha caneta é muito boa.

ESSE/ESSA/ISSO (Perto de quem ouve, longe de quem fala)


Essa sua blusa parece nova.

AQUELE/AQUELA/AQUILO (Longe dos dois)


Veja aquele carro na esquina.

CONFRONTO E RECONHECIMENTO DE FRASES CORRETAS E INCORRETAS

Em vez de/ ao invés de:


Em vez de uma bermuda, ele escolheu um sapato.
Ela escolheu subir ao invés de descer.

A cerca de/ acerca de/ há cerca de:


Falamos a cerca de dez mil pessoas.
Falamos há cerca de três horas.
Falamos acerca de política nacional.

Ao encontro de/de encontro a


Meu pensamento vai ao encontro do seu.
Minha decisão segue de encontro à sua.

Onde/aonde:
O escritório onde trabalho será reformado.
Fica bem distante o escritório aonde iremos.

Mas/Mais
Mas é uma conjunção adversativa e indica oposição, equivalendo à “porém”, “contudo”,
“entretanto”, “no entanto”.

Exemplos:
Ele foi à aula, mas o professor faltou.
Nós precisamos da tua ajuda, mas se for de boa vontade.

Mais é um advérbio de intensidade, mas também é utilizado para indicar ideia de adição ou de
acréscimo. É oposição de menos.

Exemplos:
Ele sempre foi o mais organizado da turma.
Ele é muito bondoso, mas faria ainda mais por você!

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Mal/Mau
Mal é um advérbio ou substantivo, depende da posição na oração. Qu ando como advérbio tem
significado semelhante a “de modo errado”, “irregularmente” e como substantivo é o oposto de
bem e significa “prejudicial”:

Exemplos:
Hoje o Joãozinho se comportou mal com a professora.
Não fume, pois faz mal.

Mau é adjetivo e tem o mesmo sentido de “ruim”, “maldoso”, “de má índole”.


Possui o feminino má.

Exemplos:
Por que a professora foi tão má conosco?
João é um mau arquiteto.

Demais/ De mais
Demais pode ser advérbio de intensidade ou pronome indefinido. Quan do exerce função de
advérbio significa “muito” e quando exerce função de pronome indefinido tem sentido de “os outros”,
“os restantes”:

Exemplos:
As meninas sabem demais. (advérbio de intensidade)
Vocês podem ir, os demais ficam para conversarmos. (pron ome indefinido)
De mais é uma locução prepositiva. É o oposto de “de menos”. É empregado sempre ao lado de
substantivos ou pronomes substantivos:

Exemplos:
Eles não fizeram nada de mais.
A poupança que fizeram não rendeu de mais.

Senão/ Se não
Senão é o mesmo que “caso contrário” ou “a não ser”.

Exemplos:
Vamos terminar nosso trabalho, senão deveremos fazê-lo em dobro amanhã.
Não fazia mais nada senão estudar e estudar.
Se não aparece em orações condicionais e equivale a “caso não”:

Exemplos:
Se não terminarmos nosso trabalho hoje, não teremos tempo amanhã.
Se não procurarmos nos acalmar, não conseguiremos pensar no que fazer.

REESCRITA DE FRASES, PARÁGRAFOS E TEXTOS DE DIFERENTES GÊNEROS E NÍVEIS


DE FORMALIDADE

REESCRITA DE FRASES

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Para a análise de reescritura, é necessário investigar alguns pontos:
(grafia, acentuação, concordância, regência, crase, pontuação)
A construção, após a reescrita, deve levar em consideração os seguintes tópicos:
1. Preservar encadeamento de ideias;
2. Empregar diferentes vocábulos e expressões.

OPÇÕES PARA A REESCRITURA:

1. Sinonímia:
É necessário questionar acerca da política do Brasil.
É indispensável indagar sobre a política nacional.

2. Classes de palavras:
Desejo que os alunos alcancem a vitória.
Desejo que os alunos vençam.

3. Voz verbal:

Ouvem-se novas propostas.


Novas propostas são ouvidas.
Não se controla o impulso.
O impulso não é controlado.

4. Tempo verbal composto:

Ela havia falado toda a verdade.


Ela falara toda a verdade.

5. Discurso:

Direto: (Maria disse: - Eu estou com sede)


Indireto: (Maria disse que estava com sede)

6. Substituição de conjunções:

Ele estudava à medida que os outros brincavam.


Ele estudava à proporção que os outros brincavam.
Como era tarde, dormimos.
Uma vez que era tarde, dormimos.

TIPOS DE DISCURSOS

DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE

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Discurso Direto, Discurso Indireto e Discurso Indireto Livre são tipos de discursos utilizados no
gênero narrativo para introduzir as falas e os pensamentos dos personagens. Seu uso varia de
acordo com a intenção do narrador.

Discurso Direto

No discurso direto, o narrador dá uma pausa na sua narração e passa a citar fielmente a fala do
personagem.
O objetivo desse tipo de discurso é transmitir autenticidade e espontaneidade. Assim, o narrador
se distancia do discurso, não se responsabilizando pelo que é dito.
Pode ser também utilizado por questões de humildade - para não falar algo que foi dito por um
estudioso, por exemplo, como se fosse de sua própria autoria.

Características do Discurso Direto

Utilização dos verbos da categoria dicendi, ou seja, aqueles que têm relação com o verbo “dizer”.
São chamados de “verbos de elocução”, a saber: falar, responder, perguntar, indagar, declarar,
exclamar, dentre outros.
Utilização dos sinais de pontuação - travessão, exclamação, interrogação, dois pontos, aspas.
Inserção do discurso no meio do texto - não necessariamente numa linha isolada.

Exemplos de Discurso Direto

Os formados repetiam: “Prometo cumprir meus deveres e respeitar meus semelhantes com firmeza
e honestidade.”.
O réu afirmou: “Sou inocente!”
Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar:
— Alô, quem fala?— Bom dia, com quem quer falar?
— respondeu com tom de simpatia.

Discurso Indireto

No discurso indireto, o narrador da história interfere na fala do personagem preferindo suas


palavras. Aqui não encontramos as próprias palavras da personagem.

Características do Discurso Indireto


O discurso é narrado em terceira pessoa.
Algumas vezes são utilizados os verbos de elocução, por exemplo: falar, responder, perguntar,
indagar, declarar, exclamar. Contudo não há utilização do travessão, pois geralmente as orações
são subordinadas, ou seja, dependem de outras orações, o que pode ser marcado através da
conjunção “que” (verbo + que).

Exemplos de Discurso Indireto


Os formados repetiam que iriam cumprir seus deveres e respeitar seus semelhantes com firmeza
e honestidade.
O réu afirmou que era inocente.
Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar. Cumprimentou e perguntou quem estava falando. Do
outro lado, alguém respondeu ao cumprimento e perguntou com tom de simpatia com quem a
pessoa queria falar.
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Discurso Indireto Livre
No discurso indireto livre há uma fusão dos tipos de discurso (direto e indireto), ou seja, há
intervenções do narrador bem como da fala dos personagens.
Não existem marcas que mostrem a mudança do discurso. Por isso, as falas dos personagens e do
narrador - que sabe tudo o que se passa no pensamento dos personagens - podem ser confundidas.

Características do Discurso Indireto Livre


Liberdade sintática.
Aderência do narrador ao personagem.

Exemplos de Discurso Indireto Livre


Fez o que julgava necessário.
Não estava arrependido, mas sentia um peso
Talvez não tenha sido suficientemente justo com as crianças…
O despertador tocou um pouco mais cedo.

Vamos lá, eu sei que consigo!

ESTRATÉGIAS LINGUÍSTICAS

A estratégia linguística está intimamente ligada à intenção argumentativa presente no texto. É


possível avaliar as estratégias nesta organização textual:
Introdução: problematização do tema;

Desenvolvimento: argumentação/fundamentação/defesa do ponto de vista;


Conclusão: balanço da discussão realizada ao longo do texto.
Com essa divisão textual, podemos notar que o desenvolvimento é o maior representante da função
principal de um texto dissertativo-argumentativo, uma vez que a parte de maior concentração da
argumentação está localizada ali.

Estratégia de argumentação por exemplificação


Um exemplo é sempre um elemento que traz força para a defesa de um ponto de vista, visto que
é a melhor forma de comprovar uma opinião. Além desse benefício, há outro ganho ao fazer uso
dessa estratégia: é um mecanismo bastante acessível. O que isso quer dizer? Há, no geral, três
formas de exemplificação, e isso faz com que as possibilidades de uso pelos falantes sejam
inúmeras. Observem:

Fatos divulgados na mídia


“O artigo 5º da Constituição Federal diz que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza’’.
Com a decisão do Supremo, esse tempo vai se encurtar, mas a cela especial continua lá.
(Divulgado na mídia)

Isso é bastante paradigmático em um país em que milhares de pobres seguem presos sem
julgamento de primeira instância – um escárnio.” (argumentação)

Dados estatísticos
“Pesquisa realizada p
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elo Instituto Data Popular, encomendada pelo Catraca Livre para a campanha “Carnaval sem
assédio’’, apontou que 61% dos homens abordados afirmaram que uma mulher solteira que
vai pular carnaval não pode reclamar de ser cantada. (Dados estatísticos)

Nessa hora, não tem como não sonhar com o meteoro vindo e dando reset nas coisas.”
(Argumentação)

Situações fictícias

“Noite de quarta-feira em Ipanema, bairro carioca de classe média alta. Restaurante da moda,
repleto de jovens bem-nascidos, sofre o terceiro ‘arrastão’ do mês. Clientes e funcionários
são assaltados e ameaçados de morte. (Situação fictícia)

Eis aqui o cotidiano violento da cidade maravilhosa.’’ (Argumentação)

Argumento de autoridade
A argumentação de autoridade consiste em apresentar e interpretar a opinião de outros autores.
Os argumentos de autoridade podem ser colocados em prática por meio de:
Citações: é quando citamos, precisamente, a ideia de determinado autor. Nesse caso, as palavras
do autor devem estar entre aspas.
O sociólogo Michel Foucault afirma que ‘nada é político, tudo é politizável, tudo pode tornar-se
político’.

Paráfrases: é quando, com as nossas palavras, apresentamos a ideia de outro autor.


Frase de Karl Marx: “A religião é o ópio do povo.”
“Marx considera que a religião é uma forma de alienação.”

✓ Argumento por alusão histórica


Assim como na argumentação por citação, a intertextualidade é uma das intenções dessa estratégia. Há, além
disso, a relação com a argumentação por exemplificação, uma vez que fatos históricos também são meios que
podem comprovar determinada afirmação/reflexão crítica.

“Há exatos 122 anos, era declarada ilegal a propriedade de um ser humano sobre outro no Brasil.”

IDENTIFICAÇÃO DE IDEIA CENTRAL

PRAIA

‘’No dia 5 de julho saímos para a praia, foi um passeio incrível. Em diversos países existem belas
praias e que merecem ser conhecidas, quem o fizer certamente saberá que é um passeio relaxante
e que possibilitará ainda tirar muitas fotografias lindas. É sempre bom tirar um tempo para
recarregar as baterias e ir à praia te ajuda com isso.”

Apenas lendo o título “praia” não seria possível identificar a ideia central do texto. No entanto, você
soube que seria algo falando sobre praias. Mas ao longo do texto temos diversas informações que
nos ajudam a identificar que o tema central são “férias na praia”.

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Em muitas situações, você foi estimulado a ler um texto por sentir-se atraído pela temática resumida
no título. Pois o título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre o assunto que
será tratado no texto.

Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura porque achou o título pouco atraente ou,
ao contrário, sentiu-se atraído pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo.

É muito comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, dependendo do sexo, da


idade, escolaridade, profissão, preferências pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
As informações que são utilizadas para complementar o tema são chamadas de subtemas ou
mesmo ideias secundárias.

E todas essas informações caminham por uma mesma direção, fazendo uma integração,
contribuindo para que o texto faça sentido e sua ideia central seja destacada.
Em outras palavras, as informações secundárias servem como sustentação para a ideia central. E
ajudam o escritor a desenvolver o seu texto de forma coerente.

Em resumo, o tema central é a ideia sob a qual o texto será fundamentado. É por meio dela também
que uma pessoa consegue ler esse texto e fazer sua interpretação.

CACHORROS
Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois
os cães se juntaram aos seres humanos e se espalharam por qu ase todo o mundo. Essa amizade
começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas precisavam caçar para se alimentar.
Os cachorros perceberam que, se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a
comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros podiam ajudar a caçar, a cuidar
de rebanhos e a tomar conta da casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o
outro e a parceria deu certo.

Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o possível assunto abordado no texto.
Embora você imagine que o texto vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele
falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo do texto: a hipótese dos zoólogos
sobre a origem dos cães, a associação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães
pelo mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens.
As informações que se relacionam com o tema chamamos de subtemas (ou ideias secundárias).
Essas informações se integram, ou seja, todas elas caminham n o sentido de estabelecer uma
unidade de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto fala? Qual seu assunto,
qual seu tema? Certamente você chegou à conclusão de que o texto fala sobre a relação entre
homens e cães. Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi capaz de
identificar o tema do texto!

ACORDO ORTOGRÁFICO

MUDANÇAS NO ALFABETO

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A principal mudança no Alfabeto da Língua Portuguesa com o Acordo Ortográfica foi o retorno das
letras K, W e Y.
Embora essas letras não sejam letras originais da Língua Portuguesa, sendo inclusive retiradas
do Alfabeto do Brasil e Portugal no século XX, elas agora voltaram devido ao forte uso das
mesmas no dia a dia.

O Alfabeto Oficial do Português agora tem 26 letras:


ABCDEFGHIJ KLM NOP QR S TUVW XYZ

TREMA

Não existe mais o trema em palavras da Língua Portuguesa.

Como era: Como ficou:


freqüência frequência
lingüiça linguiça
seqüência sequência
tranqüilo tranquilo
seqüestro sequestro
delinqüente delinquente

Obs.: Haverá o uso do trema apenas em palavras estrangeiras.

MUDANÇAS NA ACENTUAÇÃO

1. Retira-se o acento dos ditongos abertos ÉI, ÓI em palavras paroxítonas.


Como era: como ficou:
idéia ideia
apóio apoio
assembléia assembleia
alcalóide alcaloide
asteróide asteroide

Obs.: Não se retiram os acentos das monossílabas, das oxítonas, nem do grupo éu.

2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem
depois de um ditongo.
Como era: Como ficou:
feiúra feiura
baiúca baiuca
Bocaiúva Bocaiuva

Obs.: as vogais devem estar no meio e antecedidas de ditongo. Se não estiverem no meio
ou não forem antecedidas de ditongo o acento continua.
Ex.: Piauí, saúde, saída, baú.

3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).


Como era: Como ficou:
Crêem creem
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vêem veem
lêem leem
dêem deem
enjôo enjoo
perdôo perdoo
vôo voo

4. Não se usa mais o acento diferencial:


Ex.:
PÊLO / PELO /PÉLO
PÁRA / PARA
FORMA / FÔRMA

Aplicação:
Ele nunca pára no sinal vermelho.
Ele nunca para no sinal vermelho.
O pêlo do animal está caindo.
O pelo do animal está caindo.
Obs.: Ainda continuam os acentos de pôr (verbo) e pôde (passado).

5. Verbos TER e VIR:


(sing.) Ele tem, vem.
(plur.) Eles têm, vêm.

Atenção: os derivados recebem agudo no singular e circunflexo no plural.


Ex.:
Ele mantém sua conduta.
Eles mantêm suas condutas.
João intervém nas atividades da empresa.
João e Pedro intervêm nas atividades da empresa.

USO DO HÍFEN

1. VOGAIS IGUAIS = SEPARA!


anti-inflamatório
contra-ataque
micro-ondas
semi-integral

2. VOGAIS DIFERENTES = JUNTA!


autoestrada
extraoficial
infraestrutura
semianalfabeto
coautor
hidroelétrico

3. VOGAL + R ou S (DUPLICA-SE A CONSOANTE)


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antissemita
semirreta
contrassenha
antirracismo
suprarrenal
ultrarromântico
neorrealismo
antirrugas

4. Qualquer prefixo = H (USA-SE HÍFEN)


ANTI-HIGIÊNICO
ANTI-HORÁRIO
EXTRA-HORÁRIO
SUPER-HOMEM
MINI-HOTEL
SUPRA-HUMANO
OBS.: DESUMANO/TRANSUMANO

5. R + R (Usa-se o hífen)
inter-relacionado
super-romântico
hiper-requintado
inter-racial

6. CIRCUM, PAN + VOGAL, M, N, H (Usa-se o hífen)


circum-navegação
circum-hospitalar
pan-americano
circum-meridiano
Obs.: circuncentro, circumboreal, pancelestial.

7. *pré, pós, ex, vice: usa-se o hífen.


Pré-projeto (preconceito, prever, predizer)
pós-graduação
ex-prefeito
vice-governador

8. além, aquém, recém, bem: usa-se o hífen.


Além-mar
aquém-mar
recém-casado
bem-amado

9. Palavras que perderam a noção de composição (não se usa o hífen).


pontapé
mandachuva
girassol
paraquedas

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10. Encadeamentos recebem hífen.
Trecho Londres-Málaga
eixo Rio – São Paulo

11. expressões negativadas não recebem hífen.


Não comparecimento
Não pagamento

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