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Henrique José Zucula

Tema: Evolucionismo na visão Antropologica-cultural

Licenciatura em Contabilidade e Auditoria

2°Ano, Laboral

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2022
Henrique José Zucula

Tema: Evolucionismo na visão Antropologica-cultural

Licenciatura em Contabilidade e Auditoria

2°Ano, Laboral

Trabalho referente a cadeira de


Antropologia Cultural de Moçambique,
a ser apresentado na Faculdade de
Economia e Gestao (FEG), para efeitos
de avaliação

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2022
Índice
Objectivo geral............................................................................................................................................4
Objectivos especificos.................................................................................................................................4
Introdução...................................................................................................................................................4
Evolucionismo.............................................................................................................................................5
Características do evolucionismo antropológico.........................................................................................5
Estagios da evolução...................................................................................................................................6
Selvageria........................................................................................................................................7
Barbárie...........................................................................................................................................7
Civilização........................................................................................................................................7
Principais pensadores do Evolucionismo Antroplogico...............................................................................8
Perpectiva de analise de Morgan............................................................................................................8
Perpectiva de analise de Tylor.................................................................................................................8
Perpectiva de analise Frazer...................................................................................................................9
Criticas ao evolocionismo..........................................................................................................................10
Conclusão..................................................................................................................................................11
Referencias Bibliograficas.........................................................................................................................12
Objectivo geral : Intepretar o evolucionismo em termos antropologicos

Objectivos especificos:

 Definir o conceito evolucionismo


 Caracteristicas do evolucionismo
 Principais defensores do evolucionismo
 Criticas do evolucionismo

Introdução
No presente trabalho falará-se-à do evolocionismo na visão antropológica.

Onde debruçará: do seu conceito, caratecterísticas,seus pensadores e sua crítica.

homem é um ser social que organiza a sua vida por meio da cultura que desenvolve. Essa é uma
definição simples e clara, porém, sua simplicidade não deve encobrir os problemas teóricos que
contém, principalmente no que se refere à definição do significado do conceito de
evolucionismo. Se a determinação do homem como um ser social não acarreta muito problema
para a compreensão, a mesma coisa não ocorre com a idéia de evolucionismo-cultura.

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Evolucionismo
O evolucionismo tem inicio no secúlo XIX e marcado pelo pensamento dicotómico que
divide as sociedade primitivas e civilizadas.
O que é evolucionismo em termos antrapológicos?
Evolocionismo é uma teoria da antropologia que afirma que toda a sociedade começa de
forma primitiva e evolui ao longo do tempo.

Características do evolucionismo antropológico


Para caracterizar o evolocionismo antropologico devemos ter em conta aspectos pre-historicos
como ilustra a figura

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Estagios da evolução
Segundo Morgan utiliza o critério do avanço tecnológico para definir o grau de evolução das
sociedades humanas. Quanto mais aprimorada e diversificada for a tecnologia manipulada pelo
agrupamento humano em questão, mais evoluído ele seria.

Segundo Morgan, os principais estágios de evolução cultural dos homens são a selvageria, a
barbárie e a civilização. As principais características tecnológicas de cada um desses perídios
são:

 Selvageria: esse é o estágio caracterizado pela prática da coleta e caça. Nesse estágio o
homem desenvolve a capacidade de produzir instrumentos de madeiras, tecidos e cestos;
a utilizar o arco e a flecha e a manipular o fogo.

 Barbárie: estágio em que se aprende a plantar, a criar animais e fabricar a cerâmica.

 Civilização: estágio no qual ocorre a presença de aglomerados urbanos, a prática da


escrita e manipulação de metais. Entre os povos civilizados haveria uma vasta gama de
variabilidade. Nele poderíamos constar desde as primeiras sociedades ditas históricas até
a moderna sociedade capitalista contemporânea.

Principais pensadores do Evolucionismo Antroplogico


 Morgan
 Tylor
 Frazer

Perpectiva de analise de Morgan


Segundo Morgan, em sua perspectiva, ressalta que o progresso humano ocorre mediante um
caminho seqüencial; um sucessivo aprimoramento das sociedades existentes em vários meios,
através de “invenções” e “descobertas”7, nos quais os resultados de uma experiência de

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adaptado. É importante observar que, para o autor, “invenções” e “descobertas” fazem parte de
sua linha de investigação científica, permitindo o estudo das instituições primitivas da vida
social. Assim, o problema essencial para Morgan é a análise das causas do desenvolvimento
desigual dos povos, que partiram de condições gerais, relativas a toda a humanidade: o autor
questiona sobre as razões do “atraso” de algumas sociedades em relação a outras, ou “por que
outras tribos e nações foram deixadas para trás na corrida para o progresso – algumas na
civilização, algumas na barbárie e outras na selvageria.” (MORGAN, 2005: 44) perspectiva de
analise de Morgansubsistência acumulada e aperfeiçoada colaboram para o conseqüente
desenvolvimento humano

Perpectiva de analise de Tylor


Tylor, em sua preocupação analítica, também focaliza o descompasso entre configurações
culturais “avançadas” e “atrasadas”, que convivem numa mesma sociedade, dentro de uma linha
de continuidade do processo de civilização. O autor apresenta esse descompasso como
“sobrevivências”, antigos conteúdos culturais que continuam a existir num estágio temporal
avançado em relação a sua origem. Tylor explica o conceito de“sobrevivências”:

Trata-se de processos, costumes, opiniões, e assim por diante, que por força do hábito,
continuavam a existir num novo estado de sociedade diferente daquele no qual tiveram a sua
origem, e então permanecem como e exemplos de uma condição mais antiga de cultura que
evoluiu em uma mais recente. (TYLOR, 2005: 87) Para Tylor, essas “sobrevivências” são
resíduos histórico-culturais de um tempo já vivido por uma sociedade, que por motivos

desconhecidos para o autor, aparecem como algo deslocado, referentes à própria multiplicidade
de modos possíveis para o desenvolvimento das sociedades. São provas históricas de um estágio
humano que não existiria de forma homogênea, possibilitando ao pesquisador ou “etnógrafo”
“(...) traçar o curso do desenvolvimento histórico.” (TYLOR, 2005: 88). Para explicar as
continuidades e descontinuidades, mudanças e permanências no processo de evolução cultural
humana, Tylor adota uma análise comparativa composta por: (1) uma visão sincrônica que
considera os distanciamentos relativos a cada sociedade em seus percursos, numa mesma escala

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de tempo; e (2) uma visão diacrônica que considera as diferenciações evolutivas de uma mesma
sociedade numa seqüência cronológica (Cf. TYLOR, 2005: 91-93).

Perpectiva de analise Frazer


Frazer (1908), ao considerar a história do pensamento e as instituições humanas como esferas
interdependentes, indica o método comparativo como um mecanismo de estudo de tais esferas.
Frazer, assim como Tylor, examina o que denomina de “vida selvagem”, de modo comparado no
tempo, demonstrando os aspectos evolutivos que mostrariam que “um selvagem está para um
homem civilizado assim como uma criança está para um adulto (...)” (FRAZER, 2005: 107).

Próxima à intenção de Tylor, a intenção de Frazer é realizar um estudo comparativo que


considere duas fases: (1) “estudo da selvageria”, que examina “os costumes e crenças dos
selvagens”; e (2) “estudo do folclore”, que abrange “aquelas relíquias e crenças tal como
sobreviveram no pensamento e nas instituições de povos cultos”, ou “as sobrevivências de idéias
e práticas mais primitivas entre povos que, em outros aspectos, ascenderam a planos mais
elevados da cultura” (FRAZER, 2005: 112). Para Frazer, as “superstições” são elementos da
cultura que criam obstáculos ao processo de civilização em sua uniformidade, contudo admite
que tais permanências se justificam por uma “natural, universal e inerradicável desigualdade dos
homens” (FRAZER, 2005: 113).

Para Frazer essas desigualdades são, no entanto, quantitativas e não qualitativas, o que
fundamenta o princípio metodológico comparativo para o autor, de acordo com a “bem
estabelecida similaridade do funcionamento da mente humana em todas as raças de homens”
(FRAZER, 2005: 120). Assim, chegamos ao terceiro ponto que aproxima as perspectivas dos três
autores citados, que é o enfoque sobre o conceito de “cultura” como elemento derivado de uma
homogeneidade qualitativa, histórica, mental, e moral da humanidade,

que pode variar em diversos estágios, mas, ao que parece, se configura de modo universal para
estes autores.

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Criticas ao evolocionismo

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Conclusão
Nesta neste presente trabalho aborda-se a perspectiva de análise do evolucionismo cultural.
Vimos que tal corrente de pensamento considera que o homem possui características inatas que
estão na base de um processo evolutivo que seria comum a todas as sociedades. Tal processo se
caracterizaria por um caminho único de evolução que levaria as sociedades humanas para formas
cada vez mais complexas de organização. Assim, por exemplo, segundo Morgan, as sociedades
humanas trilhariam um caminho evolutivo que se iniciava com o estágio da selvageria, passaria
pela barbárie e atingiria as formas de vida civilizada. O principal mecanismo utilizado por eles
para estabelecer essa gradação era o avanço tecnológico. Quanto mais elaborados eram suas
técnicas e instrumentos, mais evoluído seria o agrupamento humano. No topo dessa escala,
estaria a cultura ocidental capitalista cristã, da Europa do século XIX. Na base, as tribos
primitivas que viviam da caça e da coleta.

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Referencias Bibliograficas
CASTRO, Celso. Apresentação. In: ______. Evolucionismo Cultural. Textos de

Morgan, Tylor e Frazer. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005, pp.7-40.

CHILDE, V. Gordon. A evolução cultural do homem. Rio de Janeiro: Jorge

Zahar, 1966.

ERIKSEN, Thomas Hylland; NIELSEN, Finn Sivert. História da antropologia.

Petrópolis: Vozes, 2007.

FRAZER, James George. O escopo da antropologia social. In: CASTRO, Celso

(Org.). Evolucionismo Cultural. Textos de Morgan, Tylor e Frazer. Rio de

Janeiro: Jorge Zahar, 2005, pp.101-127

MEGGERS, Betty J. Prefácio à edição norte-americana. In: RIBEIRO, Darcy. O

Processo Civilizatório: etapas da evolução sociocultural. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 1975a, p.9-15.

MORGAN, Lewis Henry. A sociedade antiga. In: CASTRO, Celso (Org.).

Evolucionismo Cultural. Textos de Morgan, Tylor e Frazer. Rio de Janeiro:

Jorge Zahar, 2005, p.41-65.

RIBEIRO, Darcy. O Processo Civilizatório: etapas da evolução sociocultural.

Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975a.

______ . Os Brasileiros: Teoria do Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,

1975b.

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