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I

Estratégias para mitigação do consumo de cannabis sativa. (Estudo de Caso na Escola


Secundaria Samora Moisés Machel na Cidade de Chimoio 2015-2016).

Hermenegildo de Almerindo Artur Uaua


Licenciado em Psicologia Clinica
Docente do ISCTAC – Pemba
hermenegildouaua95@gmail.com

Resumo

A pesquisa tem como tema, "Estratégias para mitigação do consumo de cannabis sativa. (Estudo de
Caso na Escola Secundaria Samora Moisés Machel na Cidade de Chimoio 2015-2016)" o objectivo
principal é Definir as estratégias para a mitigação do consumo de droga conhecida por Cannabis Sativa
na Escola Secundária Samora Moisés Machel, na cidade de Chimoio, demonstrando as suas
consequências sociais, pelo consumo da cannabis sativa, realizou se na Escola Secundaria Samora
Moisés Machel, Porque é uma das maiores escola da cidade onde se constatou problema, foi realizado
em Junho até Agosto de 2018, através da técnica de inquérito que se dirigiu a 50 alunos e 10
professores, totalizando 60 indivíduos. Neste caso os resultados Demonstram a maioria dos alunos
consomem drogas e que é muito preocupante, através da sensibilização pode se mitigar esta
problemática.

Palavras-chave: Alunos, Cannabis Sativa, Consumo.

Abstract

The research has as its theme, "Strategy for mitigation of cannabis sativa consumption (Case Study at
Samora Moisés Machel High School in Chimoio City 2015-2016)", the main objective is to define
strategies for the mitigation of known drug use by Cannabis Sativa at Samora Moisés Machel
Secondary School in the city of Chimoio, demonstrating its social consequences for the consumption of
cannabis sativa, was held at Samora Moisés Machel Secondary School, because it is one of the largest
school in the city where a problem was found. conducted in June to August 2018, through a survey
technique that was addressed to 50 students and 10 teachers, totaling 60 individuals. In this case the
results demonstrate the majority of students consume drugs and that is very worrying, through
awareness can mitigate this problem.

Key Word: Students, Cannabis Sativa, Consumption.


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CAPITULO I - INTRODUÇÃO

1.1. Introdução

O presente artigo científico subordina se: Estratégias para mitigação do consumo de


Cannabis Sativa na Escola Secundária Samora Moisés Machel na cidade de Chimoio (2015-
2016).

Sendo assim é evidente que a situação do consumo de substâncias psicoactivas faz parte
da história da humanidade e está associado a diversas situações, tendo cada uma delas a sua
relevância social, política, económica e religiosa em diferentes contextos e épocas.

As drogas são substâncias que provocam alterações físicas e psicológicas nas pessoas que
consomem. Entre as drogas estão inclusas as substâncias lícitas, como álcool, tabaco e alguns
medicamentos, e as substâncias ilícitas, como a maconha, o crack, LSD, ecstasy, opiáceos, entre
outras.

Vale ressaltar que a relação dos indivíduos com cada substância psicoactiva varia em
função do contexto e de seu padrão de uso, podendo apresentar baixos riscos. Contudo,
determinados padrões de consumo podem ser altamente disfuncionais, acarretando prejuízos
biológicos, psicológicos e sociais.

O abuso e a dependência de drogas acarretam uma série de consequências negativas para


a vida, incluindo problemas de saúde e psicológicos, prejuízo nas relações sociais e familiares,
além de problema legais e com a justiça.

Nos últimos tempos nota-se que há elevado índice de consumo de droga conhecida por
Cannabis Sativa nas escolas, por parte dos alunos, particularmente os de sexo masculino, o que
leva a não se interessarem pelo seus estudos, sabotagem das aulas, nota se também que existe um
mau comportamento, fazendo com que não haja um bom relacionamento entre aluno e o seu
Professor. Portanto o que motivou o autor na escolha do tema é a inquietação que teve sobre este
problema, visto que de acordo com Bucher (1992) “o consumo das drogas traz consequências
graves para o organismo Humano tais como: O Cancro Pulmonar, Tuberculose, etc., além de
provocar alterações comportamentais”.
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Portanto perante este facto nasce o seguinte problema:

Que estratégia que podem ser adoptadas para mitigação do consumo de droga
conhecida por Cannabis Sativa na Escola Secundária Samora Moisés Machel na cidade de
Chimoio?

CAPITILO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Conceitualização

De acordo com a OMS (1981) “Droga é qualquer entidade química, ou mistura de


entidades, que altera a função biológica e possivelmente a sua estrutura a droga como Cannabis
Sativa e Psicotrópicas. Drogas psicotrópicas são aquelas que agem no sistema nervoso central
produzindo alterações de Comportamento, Humor e Cognição, possuindo grandes propriedades
reforçadoras, sendo, portanto, possíveis alto administração.

A OMS, define dependência como "um estado de necessidade física e/ou psíquica de uma
ou mais drogas, resultante do seu uso contínuo ou periódico". Considera, ainda, que a
dependência pode ser física e psicológica.

A dependência física é definida pela mesma organização como "um estado anormal,
produzido pelo uso repetido de droga".

Por sua vez, a dependência psicológica "é um estado de vontade incontrolável de ingerir
drogas periódicas ou continuamente" Segundo RIBEIRO (1995), esta dependência corresponde a
um estado mental em que há um desejo persistente de dar continuidade ao prazer conquistado
através do consumo dessa substância.

2.2. Tipos de drogas

Na perspectiva de LINHARES (2014), há dois tipos de drogas: Lícitas e Ilícitas.

Lícitas São aquelas comercializadas de forma legal, podendo ou não estar submetidas a
algum tipo de restrição. Como por exemplo, álcool (venda proibida a menores de 18 anos) e
alguns medicamentos que só podem ser adquiridos por meio de prescrição médica especial.
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Ilícitas são drogas Proibidas por lei.

2.2.1. Classificação das drogas psicotrópicas

Para (L. CHALOULT, 1971), as drogas psicotrópicas podem ser classificados em:
Depressores; Estimulantes e Perturbadores.

Depressores: referem-se ao grupo de substâncias que diminuem a actividade do cérebro,


ou seja, deprimem o seu funcionamento.

Estimulantes: referem-se ao grupo de substâncias que aumentam a actividade do


cérebro.

Perturbadores: referem-se ao grupo de substâncias que modificam qualitativamente a


actividade do cérebro.

2.2.2. Causas do consumo de droga

Segundo DINIZ (2013, p. 02): As causas do uso, abuso e dependência de drogas são
multifactoriais, elas têm uma grande participação de aspectos biológicos, psicossociais e
ambientais. Embora cada droga tenha suas características farmacológicas, todas afectam directa
ou indirectamente a mesma via de circuitos neuronais, de grande importância para o sistema de
recompensa cerebral.

Os motivos que normalmente levam alguém a provar ou a usar ocasionalmente drogas


incluem:
 Problemas pessoais e sociais;
 Influência de amigos, traficantes assim como da publicidade de fabricantes de drogas
lícitas;
 Sensação imediata de prazer que produzem;
 A facilidade de acesso e obtenção;
 Desejo ou impressão de que elas podem resolver todos os problemas, ou aliviar as
ansiedades.
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2.3. Cannabis: maconha e haxixe

A cannabis é a droga mais consumida no mundo. Apesar de ser tratada muitas vezes
como uma droga mais leve, o uso da maconha pode ser bem mais arriscado do que parece. A
cannabis está cada vez mais potente – e com isso há mais riscos de dependência (PARDO, 2003).

Maconha é o nome dado no Brasil à cannabis sativa em erva, também conhecida como
marijuana. Da compressão das flores da Cannabis Sativa também se obtém a resina chamada
haxixe. Os efeitos são parecidos com os da maconha, só que mais fortes.

De acordo com (PARDO, 2003), o princípio activo da cannabis é o THC, que causa
perturbação no funcionamento do cérebro, muda a noção de tempo e do espaço, prejudica a
coordenação motora e a capacidade de atenção e memória. Os olhos tendem a ficar vermelhos, a
saliva diminui, algumas pessoas sentem angústia, taquicardia, ansiedade e tremedeira. O uso
intenso e contínuo pode provocar falta de motivação.

2.4. Causas da toxicodependência

Como vimos anteriormente não existe uma única razão que leve ao consumo de drogas,
existem sim, um conjunto factores que podem influenciar o consumo ou não. Estes podem estar
relacionados com a influência da família, dos grupos de pares e das próprias características da
personalidade do indivíduo (CARVALHO, 1990).

A influência da família é muito importante, pois a relação entre pais e filhos pode
promover ou não o uso de drogas. Se a relação familiar é positiva, desencoraja o consumo das
substâncias, enquanto a instabilidade familiar e o divórcio pode promover o consumo. O estilo de
educação escolhido pelos pais pode também ser facilitador do consumo de drogas, como é o caso
do estilo “laissez-faire” ou um estilo extremamente controlador e rígido.

Alguns autores têm-se debruçado essencialmente nos padrões e nas estruturas que
caracterizam as famílias onde um dos seus membros apresenta um consumo compulsivo de
determinada substância psicoactiva. Como tal, esses autores têm procurado definir a “família-
tipo” do toxicodependente. Esta é frequentemente descrita como “(…) uma família em que um
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progenitor está positivamente envolvido com o consumidor de drogas, enquanto o outro é mais
punitivo, distante ou ausente.” (CARVALHO, 1990a, pp. 226 – 227).

Segundo LAUFER (2000), a adolescência pode ser caracterizada como uma etapa da vida
do indivíduo onde há um aumento da influência do grupo de pares. Por vezes, o medo de ser
excluído do grupo faz com que o adolescente imite os comportamentos aditivos dos seus amigos,
recorrendo desta forma ao efeito de modelagem. A influência da rede de pares possibilita este
consumo, pois propicia um contexto onde o adolescente possa consumir drogas legais e/ou
ilegais. Esse consumo é inicialmente experimental, podendo transformar-se num consumo
esporádico e deste para num consumo habitual tornando-se, assim, numa dependência.

2.4.1. Factores de risco

É fulcral o conhecimento dos factores precursores da toxicodependência, de modo a


desenvolver-se estratégias que dificultem ou impeçam o desenvolvimento desta. A estes factores
denominamos, factores de risco, sendo assim o factor de risco é “um atributo ou característica
individual, condição situacional e/ou contexto ambiental que aumenta a probabilidade de
uso/abuso de drogas” (CLAYTON, 1992, p.15 citado por BECONA, 1999). Temos como
factores de risco: as influências sócio-culturais, os processos interpessoais, os factores
individuais, genéticos e ambientais.

2.4.2. Factores de Protecção

Na perspectiva de MOREIRA (2001), existem quatro domínios de protecção: o


comunitário, o escolar, o familiar e o individual. Tal como os factores de risco, os factores
protectores não devem ser encarados de forma rígida. A presença de um factor protector não é
sinónima de imunidade, pois os efeitos de protecção resultam de uma combinação de factores
protectores e não da presença de um único factor específico.

Da relação entre os factores de risco e factores protectores resulta uma maior ou menor
“(…) capacidade do individuo para uma adaptação bem sucedida, funcionamento positivo ou
competência na presença de uma situação de adversidade, envolvendo múltiplos riscos e
ameaças internas e externas ou, ainda, a capacidade de recuperação na sequência de uma
experiência traumática prolongada.” (Soares, 2000, p.28). Pelas razões sublinhadas
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anteriormente, acredita-se que a identificação destes dois tipos de factores é fundamental, uma
vez que permite, por um lado, uma melhor compreensão do fenómeno e, por outro lado, uma
maior intencionalidade no desenho das intervenções preventivas, de modo a que essas
intervenções utilizem estratégias que permitam anular os factores de risco e incrementar factores
de protecção (MOREIRA, 2001).

2.4.3. A toxicodependência em contexto escolar

Realizou-se em dois mil e um, o Inquérito Nacional em Meio Escolar, no âmbito do


Programa de Estudos em Meio Escolar do Núcleo de Investigação do IPDT.

Este programa, inserido no Projecto Droga-Meio Escolar, visa a realização periódica de


estudos epidemiológicos sobre o consumo de drogas em alunos do 3º ciclo e ensino secundário
do ensino oficial.

Este estudo defende a ideia de que houve uma subida generalizada dos consumos de
drogas legais e ilegais, em particular da cocaína, comparativamente aos dados disponibilizados
pelo European School Survey Project on Alcohol and other Drugs (E.S.P.A.D.).

2.4.4. Prevenção

Em termos gerais, a prevenção consiste na capacidade de intervir por antecipação no


início do problema, de modo a que haja um evitar ou retardar dos consumos. Deste ponto de
vista, as acções preventivas visam a redução da oferta e da procura de substâncias lícitas e ilícitas
como o desenvolvimento e o reforço dos factores de protecção (ANGEL, 2002).

Os objectivos da prevenção centram-se essencialmente: na capacidade de educar os


indivíduos para que saibam manter “relações saudáveis”, na melhoria das condições
socioculturais e na oferta de alternativas de vida mais saudável (S.P.T.T., 2002).

Normalmente pode-se distinguir três tipos de prevenção: a primária, a secundária e a


terciária (S.P.T.T., 2002).
Na perspectiva GORDON (1993), a prevenção primária
surge antes das pessoas terem estabelecido um contacto
com as drogas. As estratégias utilizadas, neste tipo de
prevenção, baseiam-se especialmente em actividades de
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promoção geral, embora possa existir uma intervenção


específica sobre a temática das drogas. A prevenção
secundária corresponde a um conjunto de acções que se
dirigem a pessoas que já tiveram um contacto com
drogas. Esta prevenção tem como objectivo a
diminuição até a anulação dos consumos de drogas. A
prevenção terciária relaciona-se com o tratamento e
reabilitação das pessoas que se tornaram
toxicodependentes. O objectivo desta prevenção é
reduzir as consequências adversas do consumo de
drogas.

De um modo geral, pode considera-se que “(…) a tipologia de prevenção primária,


secundária e terciária, refere-se essencialmente ao momento da evolução da condição em que as
estratégias preventivas são implementadas; a tipologia da prevenção universal, indicada e
selectiva focaliza o tipo de população a que as intervenções preventivas se destinam.”
(MOREIRA, 2001, p.14).

2.4.5. Modelos de prevenção do consumo de drogas

Embora haja uma grande diversidade de modelos teóricos, todos eles têm em comum a
identificação na breve história da prevenção das toxicodependências, de três orientações teóricas
distintas, nomeadamente, o modelo informativo-comunicacional, o modelo humanista e as
perspectivas neobehavioristas (CARVALHO, 1990). O modelo informativo-comunicacional
surgiu nos anos 60 e 70, atribuindo um lugar de destaque aos factores cognitivos na mudança de
atitudes, isto é, o modelo valorizava a transmissão de informação sobre o uso de drogas e os seus
efeitos. Nos anos 70 e 80 surgiu o modelo humanista, este modelo, por sua vez, considerava que
para além da transmissão da informação é crucial ter-se em conta outras variáveis como a
tomada de decisão, o papel activo dos sujeitos e a clarificação dos valores. Foi nos anos 80 e 90
que apareceu as perspectivas neobehavioristas, estas defendiam a ideia de que a aprendizagem
está na base dos comportamentos e, por isso, é fundamental dotar os sujeitos de estratégias de
resistência à pressão dos pares e de competências sociais.

2.4.6. Estratégias preventivas

As estratégias de intervenção podem ser definidas “(…) como modos de intervenção que
combinam diferentes acções em torno de um ou vários eixos e em direcção a um ou vários
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alvos.” (MOREL, BOULANGER, HERVÉ & TONNELET, 2001, p. 203). Existe um conjunto
variado de estratégias preventivas, porém, apenas destaca-se algumas dessas, mais
especificamente, as estratégias informativas; as estratégias educativas, as estratégias integrativas
e as estratégias repressivas (MOREL, et al, 2001).

CAPITULO III - APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

3.1. Dados pessoais dos inquiridos

Dos 60 inquiridos, neste caso, 50 foram alunos e 10 professores, que se dedicaram no


preenchimento do inquérito, sendo do sexo Masculino 45 corresponde a (75%) e 15 do sexo
Feminino, correspondente a (25%), como pode se verificar no gráfico abaixo.
Gráfico 1. Distribuição da amostra em função da variável género

Genero
75%

25%

Masculino Feminino

Fonte: Autor (2018)

Outro dado preliminar levado em conta pelo autor na materialização da pesquisa, foi a
idade dos inqueridos, estabelecida pelo autor, desta feita, a distribuição das idades, está patente
em termos numéricos.

 18 I-I 24 anos, correspondem a 15 inqueridos (25%).


 25 I-I 31 anos, correspondem a 5 inqueridos (8,3 %).
10

 32 I-I 38 anos, correspondem a 20 inqueridos (33,33%).


 39 I-I 45 anos, correspondem a 4 inqueridos (6,67 %).
 46 I-I 51 anos, correspondem a 6 inqueridos (10%).
 52 I-I 59 anos, correspondem a 10 inqueridos (16,67%).
 60 Anos ou mais correspondem a 0 inqueridos (0%)

3.2. Resultados do inquérito dos Alunos

Olhando aquilo que foi a resposta dos inqueridos ou mesmos questionados, sobre a
questão Se você tiver algum problema ou dificuldade existe alguém com quem possa conversar?
O autor constatou que a maioria dos alunos correspondente a (90%) sim, alegando que pode
recorrer os tios mais próximos, E os que tiveram “não” como resposta correspondente a 10%,
porque tem medo de se abrir.

De acordo com MITCHELL (2010), o adolescente voltou a demonstrar receio que a irmã
soubesse do consumo de cannabis, tendo sido salvaguardada a privacidade e a confidencialidade
da consulta ou avaliação familiar, teve início com a actualização do genograma familiar,
incluindo a psicofigura.

Quando questionados, se eram ou não a favor da legalização de algum tipo de droga


ilícita em Moçambique, 30 alunos correspondente a 60% disseram que sim, e 20 alunos
inqueridos correspondente a 40%, disseram que não.

De acordo com o SENAD (2001) a maconha é a droga ilícita de maior consumo no


mundo, segundo diversas pesquisas observou-se um crescimento de 400% em seu uso entre
estudantes do ensino fundamental e médio durante a última década.

Quando inquerido, na tua opinião: em que idade média os adolescentes tem


experimentado a droga? No que diz respeito a esta questão, o autor pude notar que a maioria ou
seja (90%) dos alunos inqueridos responderam, os viciados em drogas iniciam com seus 16 a 17
anos de idade.
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Para BINDA (2009), Muitas vezes o contacto com drogas pelos adolescentes com 16 a
17, está associado ao ambiente frequentado pelos mesmos, além do surgimento de oportunidades
que proporcionem o uso continuado, acompanhado da atracção pelo ousado e desconhecido.

Após feitas as analises, sobre a questão, qual seria sua reacção ao descobrir que seu
amigo faz uso de drogas? pude notar que a maioria dos inqueridos correspondentes a 75% dos
alunos disseram, poderia deixar de brincar com o seu amigo, alegando que em algum dia pode
vir incentivar também a fumar drogas (a cannabis sativa), que em algum momento é prejudicar a
sua saúde e aos seus estudos.
Segundo CHAVES (2005), faz necessário uma acção conjunta entre a família, Governo e
a sociedade como um todo.
Quando inqueridos, quais são os motivos que levam alguém a usar drogas, também o
autor pude constatar que 10 alunos (40%) disseram que é curiosidade, 0% Famílias, 60%
disseram que são amigos, 0% problemas, e por ultimo 0% outros motivos.
Quando inqueridos, sobre a questão Quais motivos que levam alguém a se manter
afastado das drogas, constatou se que, 20% disseram que é o medo, também 20% disseram a
família, e 60% responderam que é a religião, e por ultimo 0% outros motivos.
Também olhando naquilo que foi as respostas dos alunos, sobre a questão Qual seria a
pior consequência do uso de drogas? pude analisar que disseram 50% que é a dependência, e
40% responderam que pode causar a morte, 10% disseram que o preconceito, e por último 0%
outros motivos.
De acordo com RIBEIRO & MARQUES (2002), “há evidências de que o uso prolongado
de maconha é capaz de causar prejuízos cognitivos relacionados à organização e integração de
informações complexas, envolvendo vários mecanismos de processo de atenção e memória”.
Olhando naquilo que foi as respostas dos alunos em relação a questão Qual seria a melhor
maneira de “curar” um usuário de seu vício? Constatou-se que, 40% disseram que podem ser
internados, 10% responderam a vontade própria do consumidor, 10% disseram outros alegando
que podem fazer campanhas de senilização nas escolas e nos bairro da cidade onde há maior
índice de droga concretamente a cannabis sativa.

De acordo com LINHARES (2014), Para casos mais graves, me referindo os mais
viciados em uso de drogas, e que são tão dependentes umas das melhores formas de curar é
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internamento hospitalar onde pode ter aconselhamentos de como pode se livrar no mundo das
drogas.

3.3. Resultados do inquérito dos professores

Quando questionados aos professores, no que tange na questão, O que faz com que os
alunos estejam sob efeitos de drogas nas salas de aulas, os resultados demonstram (90%), a
maioria responderam que os alunos sentem se mais a vontade estando sob efeito de consumo de
drogas, pois também faz com que os mesmos não sintam nenhum receio de falar ou participar
activamente contribuindo nas respostas dadas perante uma determinada aula, leccionada no dia.

Olhando naquilo que foi as respostas dos professores sobre a questão Quais são os efeitos
principais uso de drogas? eles disseram, que as drogas os alunos podem ficar dependentes, com
pensamento retardados.

Segundo DINIZ (2013, p. 02), as causas do uso, abuso e dependência de drogas são
multifactoriais.

Quando questionados, sobre a questão Quem são os principais responsáveis pelos alunos
a consumirem as drogas? disseram que os amigos com quem passam maior tempo em suas zonas
onde estão inseridos, é que tem incentivado a essa prática.

Olhando naquilo que foi a resposta dos professores, sobre a questão Qual é o tipo de
droga mais consumida aqui nesta escola? demonstram que 75% disseram, Cannabis sativa, de
seguida 10% Cigarro disseram, pois também 5% disseram o álcool, e por ultimo 0% outros
motivos.

Maconha é o nome popular de uma planta chamada Cannabis Sativa, que tem sido usada,
há séculos, por diferentes culturas, e em diferentes momentos da História, com fins médicos e
industriais. Desde os anos 60, a maconha ficou mais conhecida pelo seu uso recreativo, com o
propósito de alterar a consciência (CARLINI, 2010).
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CAPITULO IV - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

4.1. Conclusões

Depois de ter abordado sobre está problemática da pesquisa que foi levado a cabo,
revelam que a maioria dos inqueridos, os alunos:
 A maioria dos alunos consomem as drogas cannabis sativa, não sendo adequado para os
alunos, visto os alunos depois de ingerirem, acabam sem entrar nas salas de aulas.
 Tem como causa de consumo de drogas os amigos mais próximos que tem convivido no
seu dia pois dia, culminando com a sua principal consequência dependência e morte.
 Umas das estratégias que melhor para a mitigação deste problema constatado foi a
sensibilização dos alunos, para que parem e reduzam o consumo de drogas.

4.2. Recomendações

O autor o fim do trabalho, tendo em conta a realidade que foi observada no campo e
descritas no presente trabalho, o autor recomenda:
 A educação com treino de habilidades para melhor lidar com o estresse, detecção precoce
do uso de drogas, fornecimento de informação científica, programas de professores/tutores
(que seriam instruídos e treinados para detectar problemas dessa ordem) e maior carga
horária para as disciplinas que abordam o uso de álcool e drogas são algumas sugestões
que podem trazer mudanças para a realidade de uso de drogas dentro das Escolas. É de
salientar que a juventude como dizia o presidente Samora Moisés Machel é a seiva da
nação e uma flor que nunca murcha. São precisados jovens saudáveis no desenvolvimento
da sociedade Moçambicana.

4.2.1. Aos Professores:

 Por uma vez a outra nos dias que haver reuniões de turma deve implementar debates sobre
as drogas, neste caso no consumo e as suas principais consequências de modo a
conscientizar os alunos.
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4.3. Referências bibliográficas

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