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1-Ao tomar como base os dados do FMI da evolução do PIB(a preços constantes) entre os
anos 2021 a 2025(Gráfico abaixo) vemos uma tendência de estagnação do crescimento de
vários blocos de países em torno de 1%, em especial a zona do euro e as economias
avançadas, ao olharmos para a ásia emergente podemos observar uma estagnação, porém em
níveis mais
elevados mas
sem
apresentar
grandes
expansões de
crescimento
que retornem
ao nível
4-Ao desagregar a produção brasileira entre os anos de 2015 a 2022 observamos uma
tendência que se inicia nos anos 90 e que vêm se intensificando,a desindustrialização(gráfico
3). Trabalhos como do professor Wilson Cano(gráfico 2) demonstram não só a redução da
desindustrialização como as suas formas nas diferentes regiões do Brasil aprofundando a
desigualdade regional estrutural do Brasil. Ao passo que vemos uma redução da participação
da indústria no PIB vemos um crescimento da participação da agropecuária e
mineração(gráfico 1) e dos serviços(gráfico 4) que já compõem a maior parte do PIB(4,2%
em 2022, segundo dados do IPEA). Esse cenário aprofunda o subdesenvolvimento brasileiro
na medida em que havendo uma “troca” de atividade industrial por serviços reforçaria a
dependência do Brasil quanto a produtos industriais o que faria o Brasil regredir a um modelo
primário de pouco valor agregado e de baixa agregação tecnológica que intensificará a
relação desigual entre centro-periferia retroalimentando a condição de subdesenvolvimento
do Brasil.
5-Analisando agora como se dá a renda nacional podemos traçar um paralelo com o salário
médio mensal e o salário mínimo real(gráfico 1-IPEADATA) onde averiguamos que há um
desnível forte entre as duas curvas, porém, segundo dados do IBGE, mais de 60% dos
brasileiros recebem até dois salários mínimos o que mostra que uma pequena parcela da
sociedade está elevando o nível médio de renda mostrando uma nível de concentração de
renda relevante e crescente, que é corroborado no segundo gráfico que apresenta a evolução
do PIB per capita. A concentração de renda(como demonstrado por Celso Furtado em
“Formação econômica do Brasil” e “Desenvolvimento e subdesenvolvimento”) é alimentada
pelo subdesenvolvimento brasileiro numa relação dialética entre si dado que a concentração
da renda também alimenta o nosso subdesenvolvimento, ampliada desde 2015 com o
aprofundamento da desindustrialização e manutenção do modelo neoliberal.