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LYRICA
Sonetos e Rimas
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Luiz^Guimarães 4
SE G U N D A ED IÇÃ O R E V IS T A E A U G M E N TA D A
LISBOA
TA V A R E S CARDOSO Sf IRMÃO — EDITORES
5 e 6 — Largo do Camões — 5 e 6
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G d < o 5 JU >
LISBOA
TYPOGRAPHIA ELZEYIRIANA
50, Praça dos Restauradores, 56
C f y p ? 7 - / 7 í>
-4 memória
de
CECÍLIA GUIMARÃES
*v
LUIZ GUIMARÃES
VIII
1
IX
transcrit quelque chose de ce milieu, une portion de cette grande âme con-
temporaine dont il est une des pcnsées, un peu du vaste cceur de sa géné-
ration dont les battements retentissent en lui. 11 résulte de là que', si la poé-
sie d’un poète se trouvait absolument en dehors de toute date et de toute
époque, elle serait une oeuvre de mort, simple curiosité d’école, bonne à
divertir des scoliastes, mais incapable de servir de pâture vivante à des
liommes vivants.
Paul Bourget.
X
(i) A . Pontmartin.
XI
»
XVI
(i) Em 72, com vinte e sete annos apenas, Guimarães começou a sua pe-
regrinagem diplomática como addido á embaixada brazileira no Chile, após
uma curta vida jornalística no Rio, durante a qual deu á estampa os seguin
tes volumes em prosa:
Historias para gente alegre, 2 vol. — Filigranas, 1 vol. — Contos sem
pretençâo, 1 vol. — Nocturnos, 1 vol. — Curvas e \ig-\agues, 1 vol. —
Biographia do pintor brasileiro Pedro oAmerico, 1 vol. — Biographia do
maestro brasileiro Carlos Gomes, 1 vol.
Em via de publiçação, tem o poeta: Lyra Final, 1 vol. de versos— c'An
dré D idal, drama historico brazileiro, em verso, c 4 Palria do Ideal, im
pressões de Roma; 1 vol.
XXI
F i a l h o d ’ A l m e id a .
5
cS M Y S T IC IS M O
A
luj do teu sorriso
Meigo como o luar,
Sinto minha alma entrar
No ajul do Paraiso;
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2
Oh doce Formosura,
Pura! mil vefes pura!
Emquanto me sorris,
P etrarca .
O ESQUIFE
Londres.
8
O SOMNO DE UM ANJO
Florença.
9
FÓRA DA BARRA
1873.
10
O CRUZEIRO DO SUL
T
udo
Rio — 1876.
12
A ESM O LA
V
Ás para o baile, é hora : as fluctuantes
Gazes te envolvem como as névoas puras
Que os astros vestem nas azues alturas. . .
Vás coberta de gaze e de brilhantes;
A MORTE DA AGUIA
A
bordo
t
Um dia, emfim, o animal valente
Resistindo aos martyrips, — largamente
Respirou a amplidão. A aza possante
Abrir tentou de. novo. Aberta estava
A jaula colossal que o esperava:
Forçoso era partir. Desde esse instante,
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TEMPERAMENTOS
MEU PAI
A MINHAS IRMÃS
1875*
A, V O Z DAS ARVORES
NOITE TR O PICA L
D
esceu
1873*
23
NOSTALGIA
Q
ue tens ? Cruenta dor, maguas pungentes
Dobram-te a joven fronte esperançosa;
Do Amor acaso a garra imperiosa
Turbou-te o somno ? O que tens tu ? Que sentes ?
23 de Outubro de i 8 ?g
A NOITE DE S . JOAO
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o it e
2Ò
I
OS BOHEMIOS
Um d’elles, esfarrapado,
Meneia, aos sons da viola,
Outro, livido e esfaimado,
Faz tinir a castanhola.
As mulheres e os meninos
Seguem na frente a bailar,
Ao som dos estranhos hymnos
D’essa orchestra singular.
27
Cobertos do pó da estrada,
Semi-nús, magros, sedentos,
Lá vão, em turma agitada,
Os miseráveis, aos centos.
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3o .
LON DRES
A AVÓ
A
o nocturno clarão da lampada obscura,
A avó, tema sorri, de palpebras cerradas,
Emquanto pelo ar voam as gargalhadas
D'uma rósea criança, ardente de ventura.
SONETO ROMÂNTICO
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HORA DE AMOR
3
34.
O JAG U AR
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ARTE P O É T IC A
ROMA
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D IV A
*
Tristonho e desconsolado,
Diz o velho surdamente :
— Como era bello o passado !
JESU S
A
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SU PPLICAS MATERNAS
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qui
1876.
O PHAROL
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asga o
ID IL IO
A
o pé da cerca elevada,
Meu cavallo impaciente
Agita a crina orvalhada...
No emtanto, amorosamente,
Eu e ella caminhando
Sobre a folha adormecida,
Vamos scismando, scismando,
Gomo Fausto e Margarida.
Lentamente me fascina,
E eu beijo essa trança preta,
Qual pousam sobre a bonina
As azas da borboleta*
As luciolas fulgentes
Na sombra azul do arvoredo,
E as mornas brisas plangentes
Que passam como um segredo*
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44
i
Ao pé da cerca elevada,
Meu cavallo impaciente
Escarva a gramma orvalhada...
E a lua cai no poente.
4
45
AS E ST R ELLA S
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46
O DANÚBIO AZU L
0 ARSENAL
MADRUGADA NA ROÇA
A VOZ DE MOÊMA
V bordo do SenegaL
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D UM P O L O A O U T R O
5i
OS ALBATROZES
►
52
DIA DE FINADOS
OS ESCRAVOS
E
u os lamento, amando-os: — do passado
Nas densas névoas vejo tristemente,
Como n*um sonho,— a multidão contente
D’esses negros fieis... Ah ! desgraçado
A L uiza
Si Satanas pudiese amar *
dejara de ser maio.
S anta T heresa. .
M
eu
►
Fica porém attenta e prevenida :
Has de ouvir, muitas vezes, os medonhos
E surdos ais de uma illusao perdida.
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PAISAGEM
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Petropolis.
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p VENUS DE MILQ
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58
M ATTA VIRGEM I
E
u perdi-me na matta immensa e tenebrosa...
O vento que a principio era uma aragem pura,
Transformou-se de prompto,— e a brisa qúe murmura
Fez-se negro tufão de voz tempestuosa.
O BOM DOUTOR
O SOL NO M'AR
A
s grossas ondas quebram' n’um gemido
Gemido da alma quando está saudosa:
Uma expira após outra vagarosa
Com um leve, um frouxo, um timido ruido.
A BORRALHEIRA
M
eigos
A R. B ernardelli
Esculptor Brazileiro
*• PAULO E VIRGÍNIA
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omos
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64
O F IL H O
A CARAVANA
1S71-
66
ID A D E M E D IA
N
o seu terraço a pallida rainha
Aos clarões melancholicos do dia
Que transmontava — olhava os céos e ria
Seguindo o vôo azul de uma andorinha.
A S antinha S obral
P A R IS
A ALCOVA
O D IO
1870.
73
ERNESTO
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74
N H AN H Ã
A BORDO
Á VESTAL
A T_MA MtTLHÜIt
A BELLA
is s e o nababo amoroso:
Eu te darei do Levante
As saphyras, o diamante,
O coral que vae surgindo.»
CREDO
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82
O P IA N O
(•Artista Tipmano
REVELAÇÃO
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ueres
A A . C arlos G omes
A PRIMEIRA ENTREVISTA
HISTORIA DE UM CÀO
C ontada ao a it h o b
93
C 0 NFITE 0 R
A
o mar, aos astros, aos ventos
E á mais recatada flor,
Eu já contei meu amor
E os meus occultos tormentos.
A humanidade indiscreta
Ouviu-o dos lábios meus;
Narrei-o aos anjos e a Deus
Com minha voz de Poeta.
4
VENEZA
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Ão és a mesma, oh flor de m o r b id e fja ,
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O ENTERRO CIVIL
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O COLISEU
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derradeiro
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AS DUAS FORÇAS
OS POETAS MORTOS
Dignum laude viram Musa vetat mori.
— H oracio. — Od. IV, VIII, 2g.
1
113
CAZIMIRO D E ABREU
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H4
JUNQUEIRA FREIRE
ALVARES DE AZEVEDO
CASTRO ALVES
E
ste
AGRARIO D E M EN EZES
A
horrenda
FRA N C O D E SÁ
E
lle
A Fé — o escudo sagrado —
A Crença — a espada luzida —
Cobriam a fronte erguida
Do Pensador inspirado.
Desprendia o Sonhador
Do olhar lampejos mais vivos,
Da lyra canto melhor.
120
LAURINDO RABELLO
BRUNO SEABRA
A
v id a
JO SÉ DE A LEN C A R
N
o teu regaço, oh Patria angustiosa,
Oh grande Mae! oh Niobe! consente
Que caia minha lagrima pungente
E suspire minha alma dolorosa;
PORTO ALEGRE
%
Ora cantando plácido y tranquilo,
Ora en trivial lenguaje, ora burlando,
Conforme esté mi humor, porque á él me ajusto,
Y allá van versos donde va mi gusto.
— E spronceda. — E l Diablo Mundo. — Canto I.
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13°
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1 31
EVA
A
dão
A HORA DO REPOUSO
inteiro envôlvido
O
mundo
No silencio e no abandono,
Descança. Nenhum ruido
Vem turbar-lhe o fundo somno.
NAUFRAGIO
ENLEVO
Cintra, 1873.
35
P A G IN A IN T IM A
A minha M ulher
Q
uando
CONTRASTE
A JANGADA
OLINDA
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140
AOS ESTAD O S U N ID O S
No Centenário da Independencia
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esquinho
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Á MULHER AMERICANA
III
A VALSA
A bordo.
144
ARRULHOS DE NAMORADOS
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Ão vês aquelle riacho
Que da explanada desceu
E uniu-se á fonte lá abaixo?
Ella és tu, elle sou eu.
1*71.
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146
A CANÇÃO DA MORTA
TRANÇAS AMADAS
De uspiral-os, de sorvei-os,
E de morrer como um beijo
Nas ondas dos teus cabellos.
U) Tr;vd. de João ie Ujus.
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148
OS OLHOS DE CLEMENCIA
Os lábios mentem
Os olhos não.
. Bocage .
NOCTURNO
A GAIVOTA
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Bordo do V^iger.
15 1
ASPASIA
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152
AUTO DA FÉ
1870.
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A CAPELLA
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A S erfa Tinto
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O PENSAMENTO
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GUITARRA
O COLLAR
M E M Ó R IA S
A UMA CEGA
Imitado do italiano
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INVERNO
noites enregeladas,
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T R IS T E VO LTA
E . P anzacchi (i )
MISS PERFEGTION
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Brighton — 1874.
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O CEGO
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ontem
Á BEIRA-MAR
Nápoles.
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A ESCRAVA
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SENORITA
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Valparaiso — 1872. .
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A CARTA
A
c a r t in h a
BOA VIAGEM
CANTIGA
coração é um pobre
M
eu
A GAZELIJV
INCÓGNITA
E
u vejo-a sempre no final do dia,
Quando os purpureos flocos do occidente
Vão descorando harmoniosamente, ‘
Aos gemedores sons da Ave Maria.
A UM MILLI0 NAR 10
D
iz e s
A LUA NO MAR
O CYSNE
nivea formosura
S
ua
Encanta languidamente
Como o cysne na corrente:
Macia, ondulante e pura.
G. C arducci (i )
i9 2
(Canç Ão do N orte )
E
ü
Sertanejos, sertanejos,
Pedis debalde os meus beijos,
Em vão pedis meu amor!
Eu sou a agreste cotia,
Que se expõe á pontaria,
E ri-se do caçador!
A sertaneja morena
Bonita, forte, pequena,
Não cai na armadilha, não:
A jassanan corre e voa
Quando vê sobre a lagoa
A sombra do gavião.
Sertanejos, sertanejos,
Podeis morrer de desejos
Que eu não me temo de vós!
A sertaneja faceira
É mais que a paca ligeira,
Mais que a andorinha veloz.
i95
Ai gentes! ai boiadeiros!
Não sois decerto os primeiros
Que o meu olhar captivou:
D’esta morena a doçura
É como frecha segura:
Peito que encontra — rasgou!
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196
A C
O BERÇO E O TUMULO
E
u sou — dizia o berço ao tumulo profundo —
A mansão da innocencia, a festival guarida:
Em meu seio de neve é que resplende a vida:
Eu sou o amor! o amor! . . . E tu, sepulchro immundo,
CONFIDENCIA
SATAN AZ
Q
uando
NO DESERTO
Q
uando
SORRENTO
N
ós chegámos á tarde. . . Em molle effluvio
A tenue brisa, languida e cansada,
Serzia as ondas da dormente enseada;
Á nossa frente erguia-se o Vesuvio.
A MEU F IL H O G A B R IE L
6 de marco de 1880
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212
Á R A IN H A D E P O R T U G A L
O BEIJO DA MORTA
NUM TERRAÇO
EXTASE
GALATHÉA i
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VENUS VICTRIX
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AS MÃOS DE BELLA
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PAQUITA
A ESTATU A
A F ernando L eal
A LUCINDA SIMÕES
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PROFISSÃO DE FÉ
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O
velh o
Pag.
P r e f a c io ................................................................................................................................ v ii
M y s t ic is m o .......................................................................................................................... i
PRIMEIRA PARTE
OS POETAS MORTOS
Pag.
Gonçalves Dias............................................................... 111
Cazimiro de Abreu......................................................... 113
Junqueira Freire.............................................................. 114
Alvares de Azevedo....................................................... 11 5
Castro Alves.................................................................... 116
Varella.................................... ...................................... 117
Agrário de Menezes....................................................... 118
Franco de S á ................................................................... 1 19
Laurindo Rabello........................................................... 120
Bruno Seabra................................................................... 121
Aureliano L essa............................................................. 122
José de Alencar............................................................... 123
Porto Alegre................................................................... 124
TERCEIRA PARTE
Nota 223
«3
•4
►
I
I