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OS MELHORES
INVESTIMENTOS
DO MUNDO
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NÃO DEIXE DINHEIRO


NA MESA

Imagine um investidor que nasceu no estado de


Santa Catarina. Ele gosta tanto de sua terra-natal
que decida aplicar o próprio dinheiro apenas em
ações de empresas fundadas por catarinenses ou
com sede no Estado. Faz algum sentido investir
dessa maneira? Ainda que esse catarinense possa
ter obtido lucros elevados com a valorização das
ações da Weg ou da BRF nos últimos anos, é bem
provável que, com tão poucas possibilidades de
investimento, ele também tenha aplicado – e
perdido dinheiro – com papéis da Teka ou da
Hering, do setor têxtil. Mas a essa altura talvez você
esteja pensando: que tipo de investidor seria tão
bairrista a ponto de só comprar empresas do seu
próprio Estado? Pois saiba que, de certa forma, é
assim que investem mais de 99% dos brasileiros –
não em relação ao Estado de origem, mas em
relação à nacionalidade.

Pense em quantos dos seus amigos investem em


ações ou títulos de empresas americanas que você
perceberá que o país-sede da companhia conta
muito na hora em que um brasileiro vai montar seu
portfólio de investimentos – ainda que
inconscientemente ou por achar que investir no
exterior é muito complexo. O grande problema de
concentrar a carteira no país de origem é que nem
sempre as melhores oportunidades estão lá – o que
fica evidente nos ciclos econômicos ruins.
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PESCANDO NUM
AQUÁRIO

Por isso quem investe somente em empresas


brasileiras, acaba pescando em um aquário em se
comparando com o mar de possibilidades ao redor
do mundo. Hoje na bolsa brasileira, temos pouco
mais de 400 empresas listadas, a Bovespa é hoje
um lago bem raso, que responde por cerca de 1%
do mercado acionário mundial. Como a maioria dos
peixes nem passa por suas águas, um investidor vai
precisar de muita sorte para pescar o maior deles.

Havendo um boom de empresas de tecnologia, por


exemplo, é provável que a maior parte dos
investidores brasileiros fique a ver navios. Caso que
ocorreu nesses últimos meses com empresas
farmacêuticas, que tiveram avanços e descobertas
revolucionárias, investidores locais não ganharam
nenhum dinheiro com isso.

Além de restringir as possibilidades de lucro, a


baixa diversificação também aumenta o risco do
investidor. Nos últimos anos vimos uma bolsa
brasileira bem volátil com as tensões políticas,
fiscais e econômicas, além de vermos moedas
fortes como dólar e Euro disparando frente ao real.
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PESCANDO NUM
AQUÁRIO

A tendência de concentrar o dinheiro em empresas


locais não é exclusividade dos brasileiros, ainda
que, aqui, o fenômeno seja mais acentuado. O
percentual da poupança investida no próprio
mercado local é equivalente a 99% no Brasil, 82%
nos EUA, 58% na Alemanha e apenas 32% na
Holanda, segundo estudo da gestora de recursos
Mint Capital. Os investidores brasileiros têm até
mesmo preferências regionais. O levantamento da
Mint mostra, entre outros exemplos, que
tradicionais fundos de ações cariocas preferem
investir na empresa de educação Estácio, também
do Rio de Janeiro, enquanto os gestores paulistas
possuem uma alocação muito mais relevante na
concorrente Kroton, com sede em São Paulo. Acha
que é coincidência? Pois saiba que nas finanças
comportamentais há até um nome para isso: viés
doméstico.
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Os principais fatores que explicam o viés doméstico dos investidores brasileiros não são
apenas psicológicos. Em primeiro lugar, é preciso considerar que a maioria da população
é remunerada em reais e tem despesas em reais. Muita gente parece ignorar que
diversos preços da economia – como de eletrônicos, carros, viagens, etc. – seguem de
perto a cotação do dólar. O segundo fator é o desconhecimento do mercado. As pessoas
se sentem mais confortáveis ao investir no que conhecem. Se já é difícil para muita gente
escolher ações na Bovespa na hora de montar uma carteira, imagine quando existe a
possibilidade de investir em dezenas de milhares de empresas em âmbito global? Com
tantas opções, como escolher onde colocar o dinheiro, não é mesmo?
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SANTO DE CASA NÃO


FAZ MILAGRE

Com tantos riscos locais e ainda por cima uma


grande chance de não participar de grandes
valorizações de ações sólidas de determinados
setores, a diversificação e a análise de ativos
mundiais são a melhor solução para você
investidor, diminuir os ricos e alavancar os ganhos
com investimentos.

A diversificação é uma técnica de gerenciamento de


risco que visa distribuir o capital investido em uma
certa variedade de investimentos dentro de um
portfólio. Assim, o risco do portfólio é
consideravelmente reduzido.

Normalmente, a diversificação também é capaz de


reduzir a volatilidade de um portfólio. Isso porque
equaliza ativos de diferentes classes, setores e
geografias.

Apesar de ser uma premissa básica de


Investimentos em valores, existem vários modos de
abordar este conceito. E é justamente por isso que
existem diversas pesquisas de grandes investidores
e universidades que tentam encontrar o melhor
ponto de equilíbrio para um portfólio diversificado
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SANTO DE CASA NÃO


FAZ MILAGRE

Diversificar aumenta o potencial de retorno com


investimentos, pois estar exposto a mais ativos
(previamente analisados) da mais chance de ter na
sua carteira uma ação que venha a se multiplicar 2,
5 ou 10 vezes, o que significa um ganho
exponencial e ilimitado em um ativo, enquanto um
investimento errado no máximo leva o valor
investido a zero.

Para exemplificar, digamos que eu coloque R$


100,00 em 2 ações: a ação A e a ação B. A ação A,
declara falência e eu perdi os R$ 100 que havia
investido nela. Já a ação B tem um retorno de 200%,
e os R$ 100 se transformam em R$ 300. Ou seja,
mesmo com uma das empresas ruindo, ainda houve
um retorno de 50% em relação ao capital investido.
Esse exemplo, citou uma situação extrema, tanto de
ganho quanto de perda, mas ilustra bem o poder da
diversificação com relação ao risco x retorno.

Isso pode ser ainda mais explorado, e


potencializado, quando se tem uma diversificação a
nível mundial, e com técnicas de análise para
potencializar os retornos.
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RETORNOR REAL

No Brasil, o mercado como um todo está sujeito as


oscilações e instabilidades políticas, fiscais e
econômicas, além de um constante potencial de
inflação, que faz com que os investidores tenham
ganhos reais ainda menores.
Já em outros mercados ao redor do mundo, o
investidor tem melhores perspectivas com relação
aos seus investimentos, e como exemplo trouxemos
uma comparação entre a bolsa brasileira –
representada pelo índice Bovespa – e a bolsa
americana em reais – representada pelo ETF
IVVB11.

O IVVB11 é um ETF (Exchange-traded Fund, em


inglês), ou seja, trata-se de um fundo de índice. Seu
objetivo é refletir a performance do S&P 500, um
índice acionário global que reúne as 500 maiores
empresas de capital aberto nos EUA.

Dessa forma, o IVVB11 corresponde a uma das


maneiras de investir no mercado internacional e de
realizar operações no S&P 500. Ele permite que o
investidor tenha acesso a esse índice por meio da
B3 (bolsa de valores oficial do Brasil) de forma
direta. Isso faz o ETF ser uma boa oportunidade
para quem deseja diversificar a carteira, com
exposição ao dólar e a gigantescas companhias
globais.
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A exposição cambial e o investimento no exterior podem ajudar muito os resultados de


uma carteira em tempos bicudos de perdas tanto na Bolsa e quanto na renda fixa. Entre
2010 e 2015, o Ibovespa, principal índice de ações brasileiro, acumulou uma
desvalorização de 27,66%. Os juros pagos pelos títulos brasileiros também são bem mais
altos hoje do que eram no começo da década – o que gera perdas para quem comprou
prefixados ou papéis atrelados à inflação. Já o S&P 500, o indicador das Bolsas
americanas mais olhado pelo mercado, se valorizou 83,30% no mesmo período.
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UM ABISMO DE
POSSIBILIDADES

Muitos dos fundos de investimento brasileiros mais


rentáveis desta década carregaram durante anos na
carteira ativos negociados nos EUA ou dólares.
Então não tenha dúvida que, em alguns momentos,
mandar dinheiro para fora será muito mais rentável
que deixá-lo aqui. À medida que seu patrimônio
cresce, mais faz sentido deixar uma parte de seus
recursos no exterior.

Uma das vantagens de investir nos EUA é


diversificar a carteira com a exposição a produtos
de investimento diferentes das existentes no Brasil.
Os EUA respondem por cerca de 50% do mercado
acionário mundial. As maiores empresas de outros
países também costumam ter ADRs (american
depositary receipts) negociados nas Bolsas
americanas – Vale, Petrobras, Itaú e Bradesco estão
entre as companhias brasileiras com papéis
negociados em Nova York. O mercado de “bonds”
(dividas de empresas e países emitidas no exterior)
também é gigantesco – e, ao contrário do que se vê
no Brasil, bastante popular entre pessoas físicas. Há
ainda a possibilidade de investir em fundos
imobiliários – ou nos REITs, como são chamados
nos EUA. Se você já está meio entediado de pescar
peixinhos no lago raso, será que não chegou a hora
de experimentar o oceano?
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UM ABISMO DE
POSSIBILIDADES

O mercado de ações americano é gigantesco


quando comparado ao brasileiro. São mais de
10.000 empresas com ações negociadas em mais
de 10 diferentes Bolsas. Mas a maioria dos
investidores brasileiros sabe pouco sobre o que é
negociado além do que é mostrado nos filmes
sobre Wall Street. Um número tão grande de
empresas só torna ainda mais difícil a vida de quem
precisa escolher três ou quatro papéis para colocar
na carteira. Pessoalmente gosto muito da opção de
comprar ETFs (exchanged traded funds, ou fundos
com cotas negociadas em Bolsa) ao invés de ações
porque cada ETF já vai lhe garantir uma
diversificação em dezenas ou centenas de
empresas – reduzindo muito a chance de que uma
única escolha extremamente infeliz provoque danos
irreparáveis a sua carteira.

Com os ETFs, ao comprar uma cota o investidor na


verdade está adquirindo um conjunto de ativos, o
que permite uma maior diversificação e acesso a
ativos mais restritos com uma quantia pequena de
dinheiro. E como uma ação, esses fundos são
negociados em Bolsa e podem ser comprados e
vendidos a qualquer momento. No Brasil só existem
ETFs de ações e com estratégia passiva, que
replicam índices (Ibovespa, IbrX, S&P, etc.) ou
setores. Já nos EUA existem ETFs para todos os
gostos: renda fixa, ações, commodities, ativos de
qualquer região do mundo e com gestão ativa ou
passiva.
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UM ABISMO DE
POSSIBILIDADES

Mas também pode pensar em qualquer estratégia


de investimento que, muito provavelmente, será
possível encontrar um ETF que faça o trabalho. E o
mais legal, na minha opinião, é que o investidor
pode operar comprado ou vendido. No total, quase
30% dos negócios em Wall Street incluem ETFs e
essa é uma indústria que cresce a taxas que
alcançam 25% ao ano. No mundo todo já existem
mais de 5.000 ETFs! Vou dar alguns exemplos do
nível de desenvolvimento dessa indústria.
Suponhamos que o investidor acredite que a
volatilidade do mercado está muito baixa. Em vez
de montar uma estratégia complexa com opções,
como no Brasil, é possível comprar um ETF de
volatilidade: iPath S&P 500 VIX ST Futures ETN
(código: VXX).

Para os investidores tecnológicos que querem


surfar o crescimento no mercado de smartphones,
por exemplo, existe um ETF exclusivamente
dedicado a gadgets, incluindo fabricantes de
celulares, desenvolvedores de software e
provedores de rede do mundo todo: First Trust
Nasdaq CEA Smartphone Index Fund (código:
FONE). E por aí vai. Mas se engana quem pensa de
ETFs são apenas para investidores arrojados.
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Além da diversificação e da variedade de oferta, outro atrativo dos ETFs são as aplicações
iniciais bastante reduzidas e, principalmente, os baixos custos. As taxas de
administração/gestão de um ETFs são, em média, equivalentes a um sexto do que cobram
os fundos tradicionais.

Além do mercado americano existem mais centenas de possibilidades ao redor do mundo


e saber como aproveitar essas possibilidades pode ser uma virada de chave na sua vida
como investidor. Saber identificar os melhores ativos e fazer isso de forma global, pode
ser um divisor de águas para sua performance.

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Leonardo Cardoso - CFA


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