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GUIA DE

VIGILÂNCIA
EM SAÚDE
CAPÍTULO 8
Alunos: Maria Clara Miranda, Charles Karel e
Gabriel Alves
LEISHMANIOSE
TEGUMENTAR
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
Doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoário​
Acomete pele e mucosas

As três principais espécies de protozoário são: ​


Leishmania (Leishmania) amazonensis. ​
Leishmania (Viannia) guyanensis. ​
Leishmania (Viannia) braziliensis
OS VETORES DA
DOENÇA
Ao contrário do que é popularmente dito, não
existem evidências científicas que comprovem que
animais domésticos agem como reservatórios das
espécies de leishmanias

Os verdadeiros reservatórios são animais silvestres​

Os vetores da deste tipo de leishmaniose são insetos


denominados flebotomíneos​
MEDIDAS NECESSÁRIAS PARA O
CONTROLE DA DOENÇA​
Não são recomendadas ações objetivando a vigilância de animais
silvestres nem domésticos​
A descrição dos casos segundo idade, sexo, forma clínica, local de
transmissão (domiciliar ou extradomiciliar). ​
A distribuição espacial dos casos. ​
A investigação na área de transmissão, para conhecer e buscar
estabelecer determinantes​
A delimitação e a caracterização da área de transmissão
LEISHMANIOSE
VISCERAL
LEISHMANIOSE VISCERAL​

Doença crônica e sistêmica

Muito mortal, podendo evoluir para


óbito em mais de 90% dos casos, caso
não seja tratada

Causada por protozoários


tripanossomatídeos do gênero
Leishmania
OS VETORES DA
DOENÇA

Na área urbana, o cão funciona como principal


reservatório, já em áreas silvestres são raposas
e marsupiais ​

O mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis) é a


principal espécie transmissora, e a Lutzomyia
cruzi é considerada de importância secundária
MEDIDAS NECESSÁRIAS PARA O
CONTROLE DA DOENÇA​
Para reduzir os óbitos, é necessário diagnosticar o caso cedo ​
A prevenção pode ser feito através de, medidas direcionadas aos
humanos aos vetores (eliminar ambientes propícios para o vetor) e
aos cães (exames e proteção dos mesmos)​
A descrição dos casos segundo idade, sexo, forma clínica, local de
transmissão (domiciliar ou extradomiciliar). ​
A distribuição espacial dos casos. ​
A investigação na área de transmissão, para conhecer e buscar
estabelecer determinantes​
A delimitação e a caracterização da área de transmissão
ÁREAS MAIS AFETADAS PELAS LEISHMANIOSES​

Casos de leishmaniose tegumentar por


município, Brasil – 2015​
DOENÇA DE
CHAGAS E
MALÁRIA
CHAGAS E MALÁRIA: DOENÇAS
TROPICAIS NEGLIGENCIADAS (DTNS)​

Prevalência na África, Ásia​


e América do Sul

Endêmicas em áreas de
baixa renda
A DOENÇA DE CHAGAS E A
VULNERABILIDADE SOCIAL​

1907 – Descoberta da Chagas em Habitações precárias e


Minas Gerais​ insalubridade
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
FASE AGUDA (INICIAL)​

Febre constante, inicialmente elevada


(38,5°C a 39°C)​

Sintomas inespecíficos como prostração,


diarreia, vômitos, inapetência, cefaleia, mialgias

Sintomas específicos como miocardite difusa,


pericardite, derrame pericárdico,
tamponamento cardíaco, derrame pleural​
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
FASE CRÔNICA:​

Forma cardíaca: evidências de acometimento


cardíaco que frequentemente evoluem para
quadros de miocardiopatia dilatada e
insuficiência cardíaca congestiva (ICC)​

Forma digestiva: evidências de acometimento


do aparelho digestivo que pode evoluir para
megaesôfago e megacólon​
EPIDEMIOLOGIA APLICADA À DOENÇA
DE CHAGAS​

OBJETIVOS ​
Investigação epidemiológica ​
Programas de rastreamento​
Ações de vigilância sanitária
de controle ​
Adoção de medidas de
prevenção​


ADOÇÃO DE MEDIDAS DE PREVENÇÃO​
A prevenção da enfermidade está intimamente relacionada à
forma de transmissão.

Manter quintais limpos​
Não confeccionar coberturas para as casas com
folhas de palmeira.​
Vedar frestas e rachaduras nas paredes e usar telas
em portas e janelas. ​
Adotar medidas de proteção individual, como o uso
de repelentes​
Intensificar ações de vigilância sanitária e inspeção​
MALÁRIA

Infecção febril

Transmitida pelos mosquitos


do gênero Anopheles

Alta prevalência na região


amazônica
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Malária não complicada:

Náuseas, vômitos, astenia, fadiga e anorexia

Crise aguda (acesso malárico) com episódios de


calafrio, febre e sudorese

Pode cursar com temperatura igual ou superior


a 40ºC

Clássico padrão de febre a cada dois dias (terçã)​

Diagnóstico oportuno e tratamento correto são importantes para


reduzir a gravidade e letalidade da doença
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Malária complicada:

Dor abdominal intensa (ruptura de baço) 

Mucosas amareladas, icterícia

Vômitos persistentes que impeçam a tomada da


medicação por via oral ​

Extremidades azuladas (cianose)

Convulsão ou desorientação

Prostração (em crianças)

Comorbidades descompensadas ​
EPIDEMIOLOGIA APLICADA À MALÁRIA​

OBJETIVOS:​
Estimar a magnitude da morbidade
e da mortalidade da malária​
Identificar grupos, áreas e épocas
de maior risco. ​
Detectar precocemente epidemias.

Investigar autoctonia de casos em
áreas onde a transmissão está
interrompida. ​
Recomendar as medidas
necessárias para prevenir ou
reduzir a ocorrência da doença.​

NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
DA MALÁRIA​
Desde 1961, quando foi publicada a primeira Lista
Nacional de Doenças e Agravos de Notificação, por meio
do Decreto n.º 49.974-A​
Notificação deve ser feita às autoridades de saúde de
forma compulsória imediata, ou seja, em até 24 horas​
PREENCHIMENTO DAS FICHAS DE NOTIFICAÇÃO:
Preenchimento criterioso e sistemático, visando evitar
inconsistências de dados e garantir a qualidade da
informação​
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE​
A Estratégia Técnica Global da OMS prevê três pilares para o
combate à malária em escola global:​​

Garantir o acesso universal à prevenção, ao diagnóstico e


ao tratamento da malária.

Acelerar os esforços para a eliminação e obtenção do status


livre de malária

Transformar a vigilância de malária em uma intervenção


essencial​
PROTEÇÃO INDIVIDUAL​
O objetivo principal é reduzir a possibilidade da picada
do mosquito transmissor de malária:
Usar cortinados e mosquiteiros;​
Usar telas em portas e janelas;​
Usar repelentes, preferencialmente à base de DEET ​
Proteger as áreas do corpo que o mosquito possa
picar, com o uso de calças e camisas de mangas
compridas. ​
QUESTÕES
01
A doença de Chagas é uma doença tropical negligenciada que afeta
principalmente as populações carentes da América Latina, África e Ásia. É
causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida pelo inseto
conhecido como "barbeiro". Sobre essa doença, assinale a alternativa
correta.

A) A epidemiologia é uma das principais ferramentas no controle e


prevenção da doença de Chagas, sobretudo, nas regiões de menor
prevalência, como África, Ásia e América Latina.
B) A investigação epidemiológica é importante para a notificação
compulsória de casos suspeitos ou confirmados.
C) Entre as medidas de prevenção e controle recomendadas pelas
autoridades de saúde contra a Doença de Chagas, está o uso constante de
bactericidas e viricidas, capazes de eliminar a bactéria causadora da
Chagas.
D) Todas as alternativas estão corretas.
01
A doença de Chagas é uma doença tropical negligenciada que afeta
principalmente as populações carentes da América Latina, África e Ásia. É
causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida pelo inseto
conhecido como "barbeiro". Sobre essa doença, assinale a alternativa
correta.

A) A epidemiologia é uma das principais ferramentas no controle e


prevenção da doença de Chagas, sobretudo, nas regiões de menor
prevalência, como África, Ásia e América Latina.
B) A investigação epidemiológica é importante para a notificação
compulsória de casos suspeitos ou confirmados.
C) Entre as medidas de prevenção e controle recomendadas pelas
autoridades de saúde contra a Doença de Chagas, está o uso constante de
bactericidas e viricidas, capazes de eliminar a bactéria causadora da
Chagas.
D) Todas as alternativas estão corretas.
02
Qual é a importância de considerar os aspectos epidemiológicos
e seus determinantes para definir as estratégias e ações de
controle da Leishmaniose Tegumentar (LT)?

A) Para garantir a efetividade das medidas de controle adotadas


em todas as regiões afetadas pela LT.
B) Para identificar a forma clínica predominante da doença e a
faixa etária mais afetada.
C) Para delimitar a área de transmissão e identificar possíveis
fontes de transmissão da doença.
D) Para priorizar as atividades educativas e de conscientização
da população sobre os riscos da doença.
02
Qual é a importância de considerar os aspectos epidemiológicos
e seus determinantes para definir as estratégias e ações de
controle da Leishmaniose Tegumentar (LT)?

A) Para garantir a efetividade das medidas de controle adotadas


em todas as regiões afetadas pela LT.
B) Para identificar a forma clínica predominante da doença e a
faixa etária mais afetada.
C) Para delimitar a área de transmissão e identificar possíveis
fontes de transmissão da doença.
D) Para priorizar as atividades educativas e de conscientização
da população sobre os riscos da doença.
OBRIGADO!

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