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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUTÔNOMO DO BRASIL

DISCIPLINA: Direito Civil VII


PROFESSOR (A): Luciane Sobral

Lucas de Macedo Saldanha – 8°DIAN

HIRONAKA, Evolução do Direito de Família

O texto supracitado, de Giselda Maria Fernandes Novaes Hironaka e Romualdo


Baptista dos Santos, tem como objetivo discorrer acerca do Direito de Família
desde o Código Civil de 1916, até o Código Civil de 2002.

O Código Civil de 1916, elaborado por Clóvis Beviláqua, teve como inspiração
sistemas jurídicos modernos para a época, como o Códigos de Napoleão de
1804, o Direito Canônico, Romano, Alemão e Suiço. E, segundo ele,
expressava precisamente a sociedade brasileira da época.

No tocante a relação entre as pessoas da família, constata-se que o código em


questão se configurava de forma absolutamente patriarcal, sendo a mulher
classificada como mera colaboradora/auxiliar do marido, não podendo ela nem
ter autonomia para arrumar um emprego, sem o consentimento do mesmo. E
como se não bastasse, a mulher casada também era considerada
relativamente incapaz. Abusos esses que só foram extintos com a Lei
4.121/1962.

Com a Lei 4.121/1962, as mulheres obtiveram a capacidade completa, a


possibilidade de exercer poder familiar e a opção de exercer profissão. Outras
mudanças importantes ocorreram em 1977, com a Lei 6.515, a qual desobrigou
a mulher a inserir ao seu, o sobrenome do marido e possibilitou a ação direta
de divórcio.

Em 1988, houve a promulgação da Constituição Federal, que modernizou as


relações de família, pois adotou uma principiologia mais pluralista, flexível e
tolerante. E o mais importante, expressou a isonomia entre o homem e a
mulher.

Ainda expõe os autores, que o Código Civil de 2002 trouxe menos inovações
do que poderia, visto que foi aprovado mais de 20 anos depois de sua
elaboração. Dando como exemplo de atraso, o art. 1.790, que fazia
diferenciação entre o regime sucessório do cônjuge e do companheiro.
(Julgado inconstitucional em 2017 - Recurso Extraordinário n° 878.694 – tema
809).

Por fim, acabam por concluir que as famílias mudaram tanto de cem anos pra
cá, que as pessoas daquela época achariam um absurdo as concepções
atuais. Sendo, portanto, esse ramo do Direito mais dinâmico que os demais, o
que é um motivo de comemoração, observando-se os avanços conquistados.

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