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Luana cruz

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Direito da Familia

Bibliogra a:
- cruz, Rosana, união de facto vs casamento;
- Oliveira, Guilherme, Manual Direito da Família;
- Pereira, Margarida Silva, Direito da família;
- José Antonio de frança, responsabilidades parentais e alimentos;
- Pinheiro, Jorge Duarte, Direito da família contemporâneo;

Avaliação:

2 Testes- 24 de Outubro e 7 de Dezembro

Direito da Família e das crianças


Nós iniciamos a abordagem pela família patriarcal romana que era organizada como
um instrumento de defesa e a rmação social, portanto, as pessoas que integram o
agregado familiar, mas que era muito mais extenso, todos eles se encontravam no
domínio do pátria famílias que tinha um poder absoluto sobre este núcleo familiar,
ele era o ele de representação de todos os membros, isso signi ca que ele poderia
afastar, vender, matar qualquer membro da família ou escravos, esses eram os seus
poderes.

Depois da família romana passamos para a família medieval, ou seja, o casamento


passa a ter um peso na constituição familiar, a família deixa de constituir um
organismo e passa a ser apenas pessoas ligadas pelo casamento e parentesco. O
casamento não era nesta época um ato de afeto, era de proteção do património,
proteção da honra e interesses económicos. Eram os pais mediante os interesses
económicos familiares que combinavam os casamentos entre os lhos.

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Desde dos primórdios que não existiam os direitos das crianças, as crianças eram
braços de trabalho nas famílias mais pobres, as crianças de classe-média alta
tinham educação para um dia serem a esposa ideal mas não demasiado
inteligentes.

Segue-se a revolução industrial e a revolução Francesa, que vem a introduzir


alterações profundas no modelo familiar medieval, a revolução industrial cria a
necessidade de se trabalhar mais fora de casa, as famílias começam a reduzir-se
em números e as mulheres a terem menos lhos, a natureza da idade média
começa a desvanecer-se. Tem uma grande in uência do liberalismo. O património
que fosse construído durante o casamento, a mulher não era considerada
proprietária dele, só se o marido falecesse e não houvesse um lho para assumir a
titularidade é que era atribuído a mulher, isto começa a mudar com as revoluções,
começa a haver maior necessidade de trabalho fora de casa, uma maior liberdade
progressiva também da própria mulher e dos indivíduos entre si e começarem a
reger a sua própria vida.

A família contemporânea, um lho, dois lhos no máximo, três, o divorcio so é


permitido pela primeira vez em 1910, havia ainda muito estigma social mas foi
evoluindo, todos os membros foram evoluindo para começarem a ser autónomos a
serem reconhecidos não só como família mas individualmente. O casamento deixa
de ser visto como um contrato e passa a estar presente as relações de afeto, temos
a família moderna que passa a idealizar a família como afeto, como amor, etc… há
uma recon guração acentuada dos papeis familiares. Hoje temos uma realidade
familiar muito mais complexa e aberta, a busca do relacionamento como um projeto
de vida comum, não necessariamente ligada ao casamento mas À união de facto.

Em 1910, no decreto-lei de 3 de Novembro, sai a lei do divórcio, apenas permitia,


só o divorcio civil por mutuo consentimento era impensável um divórcio religioso.

Em 1995, permite-se o divórcio litigioso, isto porque há uma concordata da Santa


Sé (1940), que proibia, a dissolução de casamento canónico, somente com a
revolução de 1974 ( 25 de abril) é que vem ser alterado o protocolo da concordata
da Santa Sé em 1975 e vem permitir a extinção dos efeitos civis do casamento
canónico e vem então em 1977 À reforma do código civil para introduzir estas
alterações. Desde desta alteração até ao código civil de 2008, o divorcio litigioso
tinha de declarar a culpa dos cônjuges, a partir de 2008 deixa o divorcio de ser
assente na atribuição da culpa.

Em 2008 temos a lei chamada lei do casamento que vem permitir o divorcio
litigioso que passa a chamar-se sem consentimento, não há declaração da culpa,
divórcio por mutuo consentimento pode ser no tribunal ou na conservatória e
qualquer indemnização assente na violação dos deveres conjugais tem que ser

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uma ação autónoma nos tribunais comuns ( tribunais civis, regras de
responsabilidade civil contratual).

Desde dos primórdios até a atualidade, a criança não tinha direito, era objeto de
direitos alheios, em 1959 temos a declaração dos direitos das crianças com a
primeira menção à criança como um sujeito de direitos assentes na dignidade da
pessoa humana e cujos a infância devia ser protegida, vem ser implementado em
1989 com a convenção dos direitos das crianças das nações unidas, só é rati cada
por Portugal em 1990 mais precisamente no dia 2 de Setembro, e partir daqui se
inicia em Portugal um sistema de proteção de menores, portanto, no dia 1 de
janeiro arranca o sistema de proteção de crianças em Portugal, começa-se por
distinguir a criança do adulto.

Na década de 40, vem a alterar a tutoria da infância para tribunal de menores e em


1977 passa a chamar-se tribunal de família e menores.

Este sistema de proteção das crianças começa a ser alargado a partir de 1925 e é
instaurado um sistema de proteção das crianças, com este sistema é o que vai dar
origem mais tarde a lei de proteção d crianças e jovens a antiga tutelação de
proteção de menores.

Em 1991 surge a CPCJ, em 1999 surge a LTE.

O que é família? Qual a noção jurídica?


- o artigo 1576º do C.C, diz-nos que a família surge das relações familiares só
reconhecendo como fontes o código civil 1576º o casamento, parentesco,
a nidade e a liação/ adoção, este conjunto de relações familiares, será
entendido como um conjunto das relações do grupo de pessoas ligadas entre si
por estes vínculos.

O que será o Direito da família?

É conjunto de normas que regula as relações familiares. O artigo 1576º tem sido
cada mais posto em causa pois as fontes de direito da família ou das relações
familiares são taxativas. Pereira Coelho acha quem desvalorize este elenco de
forma incorreta, por exemplo.

Temos relações familiares com relevância jurídica ( casamento, adoção, parentesco


que decorre no casamento), sem relevância jurídica ( a nidades) e relações para
familiares ( tem relevância jurídica mas estão a margem da taxatividade do artigo
1576º, por exemplo a economia comum).

Fontes: 1576º, que são as relações conjugais, casamento, as relações de


parentesco que é a liação, as relações nidade que são decorrentes do

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casamento e a adoção que é o vinculo também da liação. Qual a diferença de
liação biológica e adotiva? A biológica é sempre pela sanguinidade e a adoção é
um ato jurídico constitutivo.

Quais as características do direito da família?

É uma área que tem uma evolução muito rápida, uma crescente
internacionalização, as pessoas cam separadas geogra camente, conceitos
indeterminados, normas imperativas, cariz publico-privado, permeabilidade a
realidade pessoal, estrutura das relações jurídicas familiares, imputabilidade erga
omnes. O direito da família é um ramo do direito civil privado.

Direito Matrimonial

O casamento ( 1577º) é um contrato entre duas pessoas, esse contrato é um


ato jurídico, segundo Pamplona corte real e Menezes cordeiro.

Alguns deveres conjugais são: delidade; respeito; cooperação; assistência.

Com o casamento os conjugues estão ambos vinculados aos deveres que vamos
encontrar nos artigos 1662º. O casamento é um contrato solene. É um contrato
familiar com a nalidade da comunhão de vida. É um contrato com uma vertente
funcional.

Modalidades do casamento:

São o civil e o religioso, porem no religioso temos que ver que será o casamento
canónico/católico mas existem depois outras religiões que tem as suas regras
portanto o casamento religioso no âmbito de outras religiões também é
reconhecido no código civil. Temos na doutrina uma classi cação de modalidades
de casamento que são: o sistema do casamento religioso obrigatório; o sistema de
casamento civil obrigatório; o sistema do casamento civil facultativo; o sistema do
casamento civil subsidiário.

Em Portugal o sistema vigente é o do casamento civil facultativo ( as pessoas


podem escolher livremente entre casamento civil e casamento canónico). No
entanto, o estado permite que as pessoas possam celebrar o casamento religioso
mas sujeito ao regime do casamento laico ou civil.

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Temos uma outra coisa interessante, que é a promessa de casamento. Ao contrato
de promessa vai se aplicar as regras gerais do artigo 410º do código civil que é a
promessa de um contrato futuro. Temos de seguir o artigo 1591º do código civil,
mas não dá o direito de exigir o seu cumprimento, no contrato de promessa de
casamento não posso exigir coercivamente o seu cumprimento, enato neste caso
tenho uma garantia jurídica precária isto justi ca-se pelo facto que o consentimento
tem que ser simples, puro e livre, não pode ser sujeito a condição. O
incumprimento gera responsabilidade civil ou seja indemnização mas limitada ao
que está expressamente prevista no artigo 1594º do C.C, existe o incumprimento
culposo ( não apareci no casamento) e com justo motivo ( tive um acidente).

Ao falarmos de casamento temos que falar de impedimentos matrimonias, temos 3


classi cações:

- Capacidade ( artigo 1600º, quem não tem capacidade para contrair o casamento
não deve causar e pode ser suscitada a anulabilidade quando se veri quem
impedimentos matrimoniais, é uma incapacidade matrimonial);

- Impedimentos dinimentos (absolutos ou relativos) nos absolutos (1601º) são


aqueles que impedem de casar com qualquer pessoa (ninguém com idade
menor a 16 anos pode casar; demência notória mesmo com intervalos lúcidos;
casamento anterior não dissolvido) ao passo que os relativos (1602º) impedem
apenas de casar com certas pessoas ( parentesco na linha reta; relação anterior
de responsabilidades parentais; parentesco no terceiro grau; a nidade na linha
reta; condenação anterior por qualquer nubentes como autor ou cúmplice por
homicídio doloso do cônjuge do outro) Os impedimentos dinimentos podem
implicar a aplicação de anulabilidade do casamento que haja sido celebrado com
um destes impedimentos, pode-se no âmbito do artigo 1631º requerer a
anulabilidade (287º) a legitimidade do MP esta no artigo 1639º. O artigo 1633º
considera sanada a anulabilidade se antes de transitar em julgado ( prazo de
transito em julgado 30 dias ) a sentença de anulação, enquanto não tenha
transitado em julgado podem as partes co-validar o casamento com
impedimento absoluto.

- impedientes ( artigo 1604º; podem ser dispensados por quem de direito; falta
de autorização para casar os maiores de 16 anos; parentesco no terceiro grau da
linha colateral (primos e tios); vinculo de tutela de maior acompanhado, adm legal
de bens; pronuncia pela pratica de crime de homicídio doloso ainda que não
consumado contra o cônjuge do outro enquanto não houver despronuncia ou
absolvição ).

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Os impedimentos matrimoniais são circunstancias segundo as quais não se deve
realizar um matrimonio ou casamento. Os impedimentos matrimoniais são normas
imperativas ou seja hinerrogaveis. Os impedimentos são taxativos.

Terça-feira, 26 de Setembro de 2023

Principios constitucionais:
- direito a celebrar casamento ( artigo 336º da crp, no nº1 são consagrados dois
direitos, é a própria crp que distingue o conceito de família do conceito de
casamento, não restringe o conceito de família ao casamento);
- Direito a constituir família ( por ex: é inconstitucional a castração química pois
retira o direito a constituir família);
- Competência da lei civil para regular os efeitos e dissolução do casamento
independente da sua forma de celebração ( independente da forma religiosa e da
forma em si os requisitos da lei civil aplicam-se sempre independentemente de
tudo o resto; artigo 1625º independentemente da competência dos tribunais
eclesiásticos os tribunais civis são competentes, sobre as questões canónicas,
só os tribunais eclesiásticos se podem pronunciar );
- Direito À identidade pessoal ( é um direito de grande importância, está ligado ao
direito à historicidade de Portugal. 26º/1 CRP ; este direito consiste a ter um
nome próprio a defender que nem usurpe o seu nome sem o seu consentimento
e tem direito ao conhecimento da identidade dos seus progenitores);
- Direito ao livro desenvolvimento da personalidade ( este é um dos direito mais
importantes, também consagrado no artigo 26º, cada um de nos é livre de
escolher a sua orientação de vida, é uma garantia da autonomia privada, todos
os sujeitos são titulares. Há uma ressalva em relação aos menores, este direito é
restrito aos menores; artigo 122º );
- Direito dos cônjuges em regime igualitário ( 36º/3, 1901º CC);
- Direito do lhos a um regime igualitário (não pode haver distinções materiais,
diferenças de tratamento injusti cados; 1826º e s.s; este direito tem dois sentido
o material e o mais formal, no formal por ex: não pode haver distinção entre lho
de barriga e lho adotado);
- Admissibilidade do divorcio em qualquer casamento ( vem na sequência do 3
principio, independentemente da forma e da modalidade de casamento é sempre
permitido o divorcio seria inconstitucional o recurso ao divorcio; artigo 36/2º );

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- Poder de dirigir a educação dos lhos (e um direito fundamental que esta no
artigo 36/5; trata-se de um poder que os pais tem em relação aos lhos, tem
implicações no nosso CC; O estado também tem o dever de zelar e proteger a
infância, o menor tem que ter uma educação apropriada, meios de sustentos
mínimos, condições mínimas de existência que o estado deve zelar.);
- Inseparabilidade dos lhos dos seus progenitores ( artigo 36º/5, os lhos não
podem ser separados dos pais, tem que haver uma declaração judicial que
decrete isso; os pais tem o dever de educar e criar os lhos);

- Proteção da adoção ( artigo 36º/7, o processo tem de ser célere; 1979º/1980º);

- Proteção da família ( artigo 67º da CRP, concede a família uma proteção da


sociedade e do estado, são direitos programáticos; proteção à infância pela parte
do estado);
- Proteção da maternidade e da paternidade
- Direito da infância à proteção do Estado.

Direito da Família: características

domínio de normas imperativas;

Institucionalismo;

coexistência na ordem jurídica do direito geral e direito canónico;

fragilidade da garantia dos direitos familiares pessoais;

Tipicidade dos direitos familiares pessoais;

Casamento:

O que é o casamento? É um acordo entre duas pessoas e feito segundo as


determinações da lei e tem que ter em vista uma plena comunhão de vida que
devera ser exclusiva e não é livremente dissolúvel.

Artigo 1577º CC

O sistema matrimonial português, para os católicos o estado da efeitos civis ao


casamento católico tal como para as outras religiões.

Os requisitos da lei estão no artigo 1587ª, o regime do casamento católico tem uma
modalidade especial.

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Promessa de casamento- artigo 1591º, a promessa de casamento aplica-se tanto
aos casamentos civis como aos religiosos. A promessa de casamento é quando
duas pessoas comprometem-se a casar. Por exemplo: quando pedes a noiva em
casamento, ela aceita e nesse momento celebra-se uma promessa de casamento.
Quem não comparecer no casamento tem que pagar uma indemnização. A
distinção deste contrato de promessa para os de obrigações é a incoercibilidade
deste vinculo, tem de haver consentimento.

Artigo 1594º

1593º

2 principais requisitos do casamento: Capacidade ( os nubentes não pode


incorrer nenhuma incapacidade matrimonial) e consentimento ( principio da
personalidade; principio da atualidade; princípio da liberdade; tem que ser puro e
simples; tem que ser perfeito).

Quinta-feira, 28 de Setembro de 2023

Conferencia

Alienação parental-> conduta familiar ( progenitor ou não) de interferência negativa


na manutenção e estabelecimento da efetividade com busca de 1 relação de
exclusividade c/ a criança e eliminação do outro progenitor ( e tbm família alargada)
da relação com a criança.

- boicote aos convívios e contacto;


- Con itos de lealdade com a criança;
- Falsa de imputação de crime de violência domestica ou abuso sexual;
- Necessidade da criança corresponder às expectativas do adulto.

Terça-feira, 10 de outobro de 2023

Resolução de casos práticos:

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Pronuncie-se sobre a validade dos seguintes casamentos:

A) casamento do padrasto com a viuva do seu enteado;

O casamento seria possível desde que os anteriores casamentos tivessem


dissolvidos.

B) Casamento do sogro com a viuva de um dos seus lhos;

Impedimento dirimente relativo 1602º.

C) Casamento do genro com a madrasta da sua antiga mulher.

Resposta igual à alínea a).

Maria de 14 anos e José de 25 anos vivem numa comunidade do Ribatejo, como é


culturalmente aceite nessa comunidade, Maria e Jose vão casar-se no próximo dia
11 de outobro.

A) legitimidade e fundamento para intentar uma possível ação de anulação do


casamento.

B) Prazo para intentar a ação.

C) E se nada for feito e maria atingir os 16 anos.

A) Artigo 1601º; artigo 1639º. Artigo 1643º;

B) 1643 dentro dos 3 anos seguintes à celebração do casamento;

C) Artigo 1633º a) ; artigo 1604º; artigo 1649º.

A casa com B que oculta a A que é impotente. Já não é fundamento para anulação
porque o erro não é desculpável. Pela a pratica das relações sexuais anteriores ao
casamento serem banais.

C casa com D que oculta a C que professa uma determinada religião. Não é uma
qualidade essencial da pessoa, não é um erro su cientemente grave para anular o
casamento. Não é desculpável.

E casa com F que oculta que é prosceneta ( chulo). É erro essencial sobre as
qualidades morais e intelectuais, é desculpável se era omitida e é determina porque

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estar casado com um criminoso descredibiliza o seu bom nome. Este casamento é
anulavél.

G casa com H que oculta a G que é portador de uma doença sexualmente


transmissível incurável. Devemos abrir as duas hipóteses. Devemos mencionar os
requisitos e discutir se era desculpável ou não.

Será que estes casamentos são anuláveis por erro ou não?

Base legal- Artigo 1636º.

A casa com B que só casou com A porque foi ameaçado de morte por um terceiro.
Pode A arguir a anulação do casamento com base na coação?

A casa com B que so casou com A porque foi ameaçado de morte por A.

Artigo 1631º, alínea b), artigo 1641º.

Quinta feira, 12 de Outobro de 2023

Matéria para o teste:


- principios e direitos fundamentais;
- Características e estrutura;
- Casamento- regime modalidades, etc;
- Fontes;
- Casamento por procuração;
- Convenções nupciais;
- Regime de bens;
- Dividas conjugas;
- ?? Bens;
- Deveres conjugais.

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1617º e 1618 e 1615º CC- Exige o mutuo consentimento dos nubentes para casar;
o casamento é um contrato que é um ato formal; o consentimento tem que ser puro
e simples, faltando a declaração de vontade o casamento é juridicamente
inexistente ( 1628º)

O consentimento pressupõem a aceitação não so de unir com uma determinada


pessoa mas também pressupõem a aceitação de todos os efeitos do casamento
( 1698º).

Temos uma excessão ao principio do consentimento que é o casamento por


procuração. A procuração apenas pode ser utilizada por um dos nubentes (1613º),
a procuração é sempre revogável a todo o tempo até ao momento de celebração
do casamento. O casamento celebrado após a revogação é inexistente, sem
prejuízo do nubente proceder à anulação no ultimo momento, poder ter que
indemnizar pelos danos que possa ter provocado.

A procuração é um ato formal que exige forma legal, escrita, documento


autenticado, público ou documento descrito e assinado pelo representado com
reconhecimento presencial de assinaturas, sob pena de nulidade (286º + 220º +
1628º) esta procuração para alem de ter que respeitar forma especial exige também
que sejam indicados poderes especiais de representação e tem que indicar para
casar e indicar o nome de quem representa e também a modalidade do casamento,
sob pena de nulidade ( 1620º/2 e 1628º al) d). Por exemplo, se apenas na
procuração não indicar a modalidade do casamento não implica a nulidade apenas
uma irregularidade.

A procuração pode se extinguir pela revogação ou pela caducidade, ela é sempre


livremente revogável a todo o tempo ate ao momento de celebração do casamento
e a procuração ela caduca se após emitida a procuração não for celebrado no
prazo de 1 ano seguinte. O nubente que se faz representar pela procuração pode
ser responsável pelos prejuízos que causar se por culpa sua a revogação caducar
num prazo de 1 ano.

Falta de vontade e divergências entre a vontade e a declaração:

Imaginando que o consentimento estava viciado, por exemplo: coação física,


coação moral, etc… 1635º.

Erro na declaração, erro sobre a pessoa, coação física, simulação, no âmbito do


casamento, nos vícios do consentimento, o efeito jurídico é a anulabilidade.

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A anulação pode ser requerida por qualquer dos cônjuges ou qualquer interessado
prejudicado com o casamento ( art. 1635º e 1640º ) nos restantes casos da falta da
vontade pelo cônjuge cuja vontade faltou prazo de caducidade é de 3 anos após a
celebração do casamento ( pelos próprios cônjuges) ou se for invocado pela
pessoa que foi prejudicada pelo casamento apenas o prazo de 6 meses
subsequentes ao momento que teve conhecimento do vicio ( 1644º).

A coação moral e erro vicio: o erro vicio será o erro que for relevante que recai
sobre qualidades essenciais da pessoa, que seja desculpável, que seja um erro
essencial ( sem o qual eu não teria casado) e consequência é a anulabilidade
( 1606º). Quanto ao erro vicio -> AC.TRE 12/04/2018. A coação moral é anulavél so
se a ameaça for com um mal grave ( tem de ser grave por exemplo ameaçar matar
alguém) e receio na sua consumação ( 1638º ) a ação de anulação tem um prazo
de caducidade de 6 meses após a cessação do vicio ( 1645º) e só tem legitimidade
o cônjuge cuja vontade foi viciada e não aquele que lhe deu causa ( 1641º).

Formalidades do casamento:

Civil religioso

• 1610º+ 1614º+ 134º e 135º CRC;


• Quando os nubentes se dirigem à conservatória
E expressam a sua intenção de casar , tem de ser realizada uma pesquisa a base
de dados dos nubentes para ver se existe alguns impedimentos matrimoniais. Feito
o processo preliminar de casamento deve ser proferido um despacho ou não da
celebração do casamento. A existência de impedimentos matrimoniais pode ser
entregue por qualquer pessoa ate a celebração do casamento mas é obrigatória a
declaração para o MP e para os funcionais de registo civil. Se existir alguma
situação de impedimento o processo é suspendido para averiguação, se não tiver
fundamento prossegue.

O casamento deve celebrar-se nos 6 meses seguintes à provação desse despacho.


A presença de ambos os nubentes é obrigatória sob pena de inexistência; não é

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obrigatório a presença de testemunhas nem de padrinhos no casamento civil
( 1642º só em alguns casos).

Religioso:

Tem as mesmas regras formais sob que quando termina o processo preliminar o
conservador vai enviar o despacho que autoriza ou não ao respetivo líder religioso
para que este celebre com as regras tendo a consideração a religião e o ministro
religioso após celebrar o casamento envia a consideração para o registo.

A exceção a estas formalidades será a situação de casamento urgente, aos


situações excepcionais que permite que se possa dispensar ate o conservador do
registo civil e ter apenas as testemunhas. As circunstancias é iminência de morte
ou parto.

Efeitos pessoais do casamento:

Sao os deveres conjugais ( 1672º e s.s) os deveres conjugais são normas


imperativas, os deveres conjugais são: respeito, delidade, co-habitação,
cooperação e assistência.

Respeito- o dever de respeito os cônjuges devem se tratar com urbanidade, ngm


deve insultar o outro, ngm deve intentar violentamente contra o outro. O dever de
respeito não alarga apenas a bens pessoais mas também patrimoniais;

Fidelidade- por exemplo, mensagens com teor afetivo, não se resume a ter
relações sexuais com outra pessoa, há um duplo dever de abstenção;

Co-habitação- o facto das pessoas por questões ponderosas terem que viver em
separado não constitui uma violação do dever de habitação. Mesmo que não
residam na mesma casa por razoes pro ssionais por exemplo, não é sinónimo de
violação do dever. Há uma regra de residirem ambos na morada da casa de família
mas não é um imperativo, so ha uma violação quando ha uma rotura na relação e
um sai de casa;

Cooperação- o dever de cooperação é a obrigação de socorro, de auxilio mutuo,


portanto, não será exclusivamente de caracter patrimonial, é uma relação de ajuda
mutua, de acudir ao outro numa situação de di culdade;

Assistência- tem um caráter iminente patrimonial.

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Convenção ante nupcial:

É um contrato acessório ao contrato de casamento e tem de ser celebrado antes


da celebração do casamento e que visa essencialmente escolher o regime de bens,
portanto, se os nubentes não quiserem celebrar nenhum convenção ante nupcial
não vai car sem um regime patrimonial atribuído ao seu casamento o que signi ca
que a nossa ordem jurídica não o permite de modo que nos termos do 1917º se os
nubentes não escolherem nenhum regime é xado subsidiariamente o regime de
comunhão de adquiridos.

A convenção pode ser típico ( especi camente especi cados na lei- regime da
comunhão de adquiridos; comunhão geral e separação de bens) ou atípico
( direito subjectivo; principio da autonomia privada; liberdade de estipulação; limites
de autonomia privada).

O regime de comunhão de bens é o regime supletivo.

Depois do casamento ja não é possível alterar o regime de bens escolhido ou


supletivamente aplicado, vigora o p. Da imetualidade ( artigo 1715º)

A convenção é uma ato jurídico formal e tem que ser celebrado mediante escritura
publica ou perante o funcionário do registo civil sob pena de nulidade e so produz
efeitos entre terceiros se for registada e para as partes quando for celebrado.

O regime de bens é um conjunto de regras cuja a aplicação de ne a titularidade


sobre os bens do casal ( 1717º) tem cariz essencialmente patrimonial.

Há ainda quem faça uma outra distinção há quem classi que os regimes de bens
em supletivos, convencional e imperativo.

Supletivo- comunhão de adquiridos quando nenhuma convenção tenha sido


escolhida;

Convencional- e aqueles que e xado pelas parte por acordo;

Imperativo- vigora em um casamento independentemente da vontade das partes,


quando os nubentes tenham idade igual ou superior a 60 anos.

Separação de bens (1720º/1).

O regime da comunhão de adquiridos é que sejam produtos adquiridos após a


celebração do casamento, seja o salário de cada um e os demais bens adquiridos a
titulo oneroso ( 1724º e 1722º, b) ). Isto porque por exemplo, doações ou heranças
que qualquer um dos cônjuges receba não são adquiridos a titulo oneroso portanto
são excluídos da comunhão, não são bens comuns.

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O regime da comunhão geral pode vigorar por via convencional ou por via supletiva
antes de 31 de maio de 1969 mas também pode ser excluído nas circunstancias
em que vimos que impera a separação de bens e nesse caso nunca poderá ser
este regime nem o anterior. Quem casa mas ja tem lhos não pode vigorar o regime
da comunhão geral de bens apenas da comunhão de adquiridos. O regime da
comunhão geral de bens são bens comuns todos os bens próprios mas também os
bens adquiridos após a celebração mas não signi ca que sejam todos os bens
comuns a lei excepciona bens, anos e pode a rmar a inexistência absoluta de bens
próprios, são incomunicáveis os bens do artigo 1733º mas os frutos ja são
considerados bens comuns.

No regime da separação e bens não há bens comuns, por exemplo se compram


um carro em conjunto resulta o regime da co-propriedade, se quiserem se separar
acionar uma divisão. De resto todos os bens são próprios.

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