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Abstract: The priority of early childhoold as a crucial period for the development of its
potential is emphasized in several documents that guide intersectoral policies, such as the
2030 Agenda for Sustainable Development and the National Plan for Early Childhood (2010-
2030). Among the many efforts dedicated to ensuring the integral development of children is
the National Plan for Primary Prevention of Early Sexual Risk and Adolescent Pregnancy
(2021) which encompasses actions and goals aimed at preventing and combating abuse and
sexual exploitation with a view to sector in which several áreas join efforts in the defense of
this agenda, including mainly Education, Ctitizenship and Health. Basead on this premise we
have agenda, including mainly Education, Citizenship and Health. Basead on this premise,
whe have the National Seretariat for Attention to Early Childhood – SNAPI, in the Ministry
of Citizenship, which is rseponsible for acting and coordinating actions in favor of early
childhood, mobilizing governamental and non-governmental actors to guarantee that the
rights of children to take effect. In this sense, it works in the treining of professionals through
the elabortion of relevant contente and in the qualification of visitors, multipliers, supervisors
and coordinators of the Happy Chidl Program, both in terms of guidelines to promote positive
parenting and to identify possible contexts of abuse in the intrafamilial breast.
1
Graduada em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília - UCB. Pós Graduada em Terapia Cognitivo
Comportamental, Neuroaprendizagem e Neuropsicologia. Atualmente está como Assessora Técnica na
Secretaria Nacional de Atenção à Primeira Infância do Ministério da Cidadania.
2
Graduada em Pedagogia, Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela UFRN e Mestre em
Educação pela UFP. Atuou como Coordenadora de Formação da Secretaria Nacional de Atenção à Primeira
Infância - SNAPI (2021) e atualmente professora do Núcleo de Educação da Infância - NEI/CAp - UFRN.
INTRODUÇÃO
Considerações Finais
De acordo com a projeção populacional do IBGE para 2020, 8,91% da população
brasileira seria composta por pessoas na faixa etária dos 0 aos 6 anos, ou seja,
aproximadamente 19 milhões de crianças. Juntamente com as gestantes, este é, portanto, o
público-alvo da atuação concentrada da SNAPI junto aos órgãos parceiros das áreas de saúde,
educação, justiça, assistência social e direitos humanos em todas as esferas de governo.
Na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável (NAÇÕES UNIDAS BRASIL,
2015), o Objetivo 5 contempla a eliminação de todas as formas de violência contra todas as
mulheres nas esferas públicas e privadas, incluindo o tráfico e a exploração sexual e de outros
tipos; e as Recomendações Gerais do PNPI preconizam a realização de ações de educação e
orientação às crianças para que aprendam a perceber e a se defender de insinuações, convites,
tentativas e atos de exploração sexual, dentre outras de caráter intersetorial, por exemplo a
elaboração de material educativo para os pais lerem com filhos/as de zero a oito anos e para
cuidadores, para aprenderem sobre seus corpos, os cuidados, o papel da família, quem pode
ajudar e como se proteger das investidas de abuso.
Em um tema tão sensível, permeado por tantas incertezas e julgamentos de valor, é
imprescindível trazer alguns esclarecimentos. Sabe-se que os que vitimizam, em geral, são
pessoas muito próximas das crianças e adolescentes, tanto em classes sociais abastadas quanto
nas não favorecidas, independentemente de fatores como escolaridade, condição intelectual e
cultural. Esses aspectos tornam impossível criar um perfil único do agressor, sobretudo
porque ele não é necessariamente pedófilo. No entanto, se por um prisma os abusadores não
se caracterizam por desvios aparentes ou acentuados, observa-se, em contrapartida, a
existência de um aspecto marcante que é a incapacidade de cuidar e de perceber as
necessidades da criança. (ROMERO, 2007). As famílias com dinâmica de risco, propícia ao
abuso, também são identificáveis e encaminhados para tratamento especializado. Os
treinamentos devem estar afinados para reconhecer o limite da intervenção dos visitadores,
para que não estigmatizam a família nem revitimizar a criança com a exploração de questões
inoportunas.
As consequências do abuso sexual para a criança envolvem aspectos físicos,
psicológicos, sexuais e sociais, e os efeitos físicos e psicológicos podem ser devastadores e
perpétuos, com modificações permanentes a nível biológico (ANDERSEN et al, 2008). Sabe-
se que a precipitação da puberdade nas meninas está firmemente relacionada ao trauma em
idade precoce e às experiências adversas, particularmente o abuso sexual (ref). Em outras
palavras, uma violação em tal gravidade acelera o curso de vida de uma pessoa, subtrai-lhe a
infância, prejudica seu êxito profissional (BARRETT et al, 2014) e coloca em risco a sua
vida, mesmo décadas após o incidente (RICH-EDWARDS et al, 2012).
Concluímos esse texto apontando alguns pontos importantes sobre o que se tem feito
para prevenir e combater a sexualização infantil precoce e para reflexão de todos que
defendem a atuam nessa pauta. O primeiro ponto é que a criança é sujeita de direitos e precisa
ter sua infância preservada para viver seus tempos, vivências e experiências necessárias às
suas aprendizagens e desenvolvimento.
O segundo ponto é que essa bandeira deve ser levantada por todos. A primeira infância
e suas especificidades deve ser pauta de atores governamentais, não governamentais,
sociedade civil e demais responsáveis por cuidar educar delas. As políticas públicas devem
partir de uma visão intersetorial em que todos se responsabilizam e a veem de forma integral
em suas dimensões.
O terceiro e último ponto é que a SNAPI vem cumprindo seu dever de fomentar,
coordenar, aglutinar e somar esforços para que essa pauta da primeira infância e garantia do
direito de ser criança e viver sua infância sejam efetivadas. Nas ações formativas, na produção
de conhecimento científico e prático, na conscientização que a primeira infância é prioridade
absoluta, a SNAPI cumpre sua responsabilidade enquanto agente de mudança na sociedade.
REFERÊNCIAS
ANDERSEN, S. et al. Preliminary evidence for sensitive periods in the effect of child- hood
sexual abuse on regional brain development, 2008 The Journal of Neuropsychiatry and
Clinical Neurosciences. 20 (3), 292–301.
BARRETT, A. et al. Childhood sexual abuse and later-life economic Consequences. Journal
of Behavioral and Experimental Economics, 2014. 5310–16.
MENDLE J. et al. Early childhood maltreatment and pubertal development: repli- cation in a
population-based sample. Journal of Research on Adolescence, 2015. [Online]
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/jora.12201/abstract.
REDE NACIONAL PRIMEIRA INFÂNCIA. Plano Nacional Primeira Infância: 2010 - 2022
| 2020 - 2030 / Rede Nacional Primeira Infância (RNPI); ANDI Comunicação e Direitos. - 2ª
ed. (revista e atualizada). - Brasília, DF: RNPI/ANDI, 2020