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Informações são fornecidas, como um trabalho invisível, por todos que estão
conectados à internet como usuários das empresas de plataformas.
Companhias estão faturando alto em cima da vida das pessoas
Algoritmos são sentenças matemáticas lógicas que têm uma ordem, um direcionamento
para realizar tarefas de coleta, organização, comparação, separação e combinação de
dados. Por meio de uma série de estratégias, tais como divisão, subdivisão e
modelagem, eles permitem expor, destacar e circular conjuntos de informações,
configurando perfis, temas, formas, produtos, fornecendo resultados.
Eles podem ter uma função específica ou desempenhar várias funções. Podem estar
na base de um filme de animação ou podem ser elementos de rastreamento sonoro no
fundo do mar. Estão presentes na indústria farmacêutica e de equipamentos médicos.
São a base das empresas de informação e entretenimento e das plataformas de redes
sociais. Há um leque amplo de utilização de algoritmos, que permite inserção profunda
na vida cotidiana.
COMPARTILHENEWSLETTER De fato, os algoritmos não são exatamente uma novidade. Seu desenho e uso se
INSCREVA- intensificaram, sobretudo na passagem do analógico para o digital, e continuam
SE
avançando em operacionalidades, denominadas metaforicamente de “aprendizagem”.
Os algoritmos de aprendizagem de máquina possibilitam maximizar ações e
procedimentos, com a capacidade de reorganização e redirecionamento a partir de
montanhas de dados. Essa é a chave da lucratividade de grandes oligopólios de
plataformas que se apropriam de dados pessoais, na maioria das vezes sem o
consentimento esclarecido dos cidadãos.
O arquivo de todas essas informações performa o big data, cuja mineração resulta em
planejamento, desenvolvimento de novos produtos, políticas públicas, publicidade,
propaganda política, controle social, vigilância e, para grande parte da força de
trabalho, resulta em mais precarização das condições laborais e de saúde. O processo
de estranhamento no trabalho se acelera porque as pessoas percebem-se
descartáveis, substituíveis e despersonalizadas. Há aí a formação de um contingente
de proletários em situação tão ou mais precária do que aquela dos operários do início
do século 20.
É importante salientar que essa forma de racionalização do trabalho não está restrita
aos trabalhadores desqualificados, mas estende-se para o conjunto de outras
atividades. Médicos, enfermeiros, todos os serviços relativos à saúde e ao bem-estar,
jornalistas, professores, advogados, arquitetos, entre muitas outras profissões já
atendem por aplicativo e atuam a partir da lógica da coleta de dados dos seus clientes.
Há, portanto, uma conexão entre o trabalho em toda a cadeia produtiva relacionada às
plataformas. Essa conexão precisa ser explicitada para que milhões de trabalhadores
saiam da invisibilidade.
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ideias ou opiniões do Nexo e são de responsabilidade exclusiva de seus autores. A seção Ponto de
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