Você está na página 1de 4

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (NEAD)

APLICAÇÃO PRÁTICA 3

Turma:
Professor:
Semestre:
Aluno(a):

O setor público é uma soma de muitas engrenagens que, de uma forma ou de outra,
orientam nossas vidas, seja através dos chamados bens públicos, aos quais todos nós
temos direito ao consumo e que precisam ser oferecidos de acordo com padrões de
qualidade elevada, seja quando o estado adota políticas no sentido de promover a inovação
e o desenvolvimento com sustentabilidade. Compreender o papel do governo e suas formas
de atuação é fundamental, tanto do ponto de vista individual, quanto do lado da empresa e
das nações. Entender o impacto de políticas fiscais, monetárias e cambiais pode ser o limite
entre uma trajetória regular e uma decisão que permitirá ao país ou à empresa dar um salto
na escala da competitividade. Tudo claro dentro de um sistema econômico que tem como
objetivos atingir altos níveis de emprego, nível de preços estável, eficiência, distribuição
equitativa de renda, crescimento e desenvolvimento (que são as metas da Economia),
equilibrando sempre desejos ilimitados e recursos escassos.

Em se tratando das finanças públicas e do papel do governo na Economia, pode-se dizer


que são consequências de falhas dos mercados em alcançar a alocação eficiente de
recursos e redistribuir renda de maneira mais equitativa entre os fatores de produção para
garantir o funcionamento do sistema econômico.

No âmbito da economia, o Estado tem o papel de regular e promover os meios para que as
necessidades coletivas sejam supridas, garantindo o bem comum. Esta intervenção na
economia passa pelas funções alocativa, distributiva e estabilizadora:

 Função alocativa: envolve o fornecimento de bens e serviços não oferecidos


adequadamente pelo sistema de mercado. Esses bens, denominados bens públicos,
têm por principal característica a impossibilidade de excluir determinados indivíduos
de seu consumo como rodovias, segurança, educação e saúde, infraestrutura, etc.
 Função distributiva: envolve ferramentas de tributação e canais de transferências
financeiras, subsídios à família e subvenções a determinados setores da economia.
Um bom exemplo é a destinação de parte dos recursos provenientes de tributação
ao serviço público de saúde, serviço o qual é mais utilizado por indivíduos de menor
renda.
 Função estabilizadora: envolve o estado como agente econômico para alterar o
comportamento dos preços e emprego, através de diferentes políticas econômicas
com vistas a promover o emprego, o desenvolvimento e a estabilidade.
Reportagem

Proposta de Orçamento para 2020 prevê salário mínimo de R$ 1.039

O governo terá de pedir autorização do Congresso para descumprir a “regra de ouro” pelo
segundo ano consecutivo. Em 2020, será necessário emitir títulos públicos para quitar R$
367 bilhões em despesas correntes, inclusive de pessoal

O Poder Executivo entregou nesta sexta-feira (29) ao Congresso Nacional os projetos


da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2020 e do Plano Plurianual (PPA) 2020-2023. O
primeiro texto traz a receita estimada e as despesas previstas, ao passo que o segundo
contém o planejamento estratégico da gestão Bolsonaro.

A proposta da LOA (PLN 22/19) indica que o salário mínimo passará de R$ 998 para R$
1.039. Esse valor corresponde à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC) em 2019, sem aumento real. Esse reajuste indica uma inflação neste ano de cerca
de 4%. Não foi definida regra para reajustes futuros.

A equipe econômica reduziu a expectativa de crescimento da economia. A variação


do Produto Interno Bruto (PIB) foi estimada em 2,17% em 2020, ante os 2,70%
mencionados na proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Foi mantida em R$ 124,1 bilhões a meta fiscal para o déficit primário do governo central
(Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central). Neste ano, é um déficit de R$ 139
bilhões. Desde 2014, as contas públicas estão no vermelho. A Previdência Social e a folha
de pagamento continuam as maiores despesas.

Como aconteceu neste ano, o governo terá de pedir autorização do Congresso para


descumprir a “regra de ouro”. Em 2020 será necessário emitir títulos públicos para quitar R$
367 bilhões em despesas correntes, inclusive com pessoal. A Constituição diz que
operações de crédito só podem financiar investimentos.

Discricionárias
As despesas discricionárias, que incluem gastos do dia a dia e investimentos, foram
estimadas em R$ 89,2 bilhões. Depois de contingenciamentos, o governo prevê gastar R$
94,9 bilhões com as despesas discricionárias neste ano. Esse deve ser menor patamar da
série histórica, iniciada em 2009, informou o Tesouro.

O projeto da LOA também prevê o menor nível de investimentos em uma década, com R$
19 bilhões. Em relação a este ano, a redução será de 15%. Segundo o secretário especial
da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, o aumento das despesas
obrigatórias leva à falta de recursos para investimentos.

A proposta prevê o menor nível de investimentos em uma década, com R$ 19 bilhões


Deputados criticam o contingenciamento proposto pela equipe econômica, especialmente
devido ao bloqueio de dinheiro para a educação e para bolsas de pesquisa científica. Essas
queixas afetaram a tramitação do projeto da LDO para 2020, que deveria ter sido aprovado
pelo Congresso Nacional em julho.

Emendas impositivas

Pela primeira vez, as propostas orçamentárias respeitam integralmente o teto dos gastos,
que limita a variação das despesas federais à variação da inflação em determinado período.
A partir do próximo ano, Legislativo, Judiciário e Ministério Público não poderão contar com
eventuais compensações do Executivo.

Em função da Emenda Constitucional 100, o projeto da LOA prevê como obrigatória a


execução das emendas apresentadas pelas bancadas estaduais ao Orçamento.
Excepcionalmente, esse montante será de 0,8% da Receita Corrente Líquida (RCL), cerca
de R$ 6,7 bilhões. Nos anos seguintes, chegará a 1%.

Plano Plurianual

Já a proposta do PPA (PLN 21/19) traz os objetivos da gestão Bolsonaro para os próximos
anos. Serão destinados, por exemplo, R$ 17,5 bilhões entre 2020 e 2023 para o
“compromisso absoluto com a solvência e o equilíbrio fiscal, buscando reinserir o Brasil
entre os países com grau de investimento”.

A busca de uma agropecuária sustentável receberá R$ 133,7 bilhões no mesmo período.


Três programas vinculados ao Ministério do Meio Ambiente, entre eles os que tratam das
mudanças climáticas e também da conservação e uso sustentável da biodiversidade e dos
recursos naturais, terão juntos R$ 2,2 bilhões.

Para fortalecer a empregabilidade, com “ênfase na geração de oportunidades e estímulos à


inserção no mercado de trabalho”, serão R$ 136,2 milhões no período de 2020 a 2023.
Segundo informou nesta sexta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 12,6
milhões de pessoas estavam sem trabalho em julho.

Houve alteração na metodologia do PPA, simplificada pelo governo. “No Plano Plurianual,
sob a responsabilidade do presidente da República, estão as entregas de bens e serviços
públicos com impacto direto para a sociedade”, diz o texto. A publicidade dos atos do
governo consumirá R$ 703,2 milhões de 2020 a 2023.

Relatorias
O novo Orçamento deveria ter sido elaborado com base na Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO), que ainda não foi aprovada pelo Congresso. Quando isso acontece, o governo utiliza
como base o projeto da LDO (PLN 5/19).

Na Comissão Mista de Orçamento, a proposta orçamentária será analisada por diversos


relatores. O trabalho ficará sob a condução do relator-geral, que cuida da despesa. O
deputado Domingos Neto (PSD-CE) já foi indicado para a função. O parecer dele será então
encaminhado para análise do Congresso Nacional.

O relator-geral será assessorado por 16 relatores setoriais, que ainda não foram definidos
pelos líderes partidários. Além deles, existe ainda o relator da receita, cargo que será
ocupado neste ano pelo senador Zequinha Marinho (PSC-PA). O senador Oriovisto
Guimarães (Pode-PR) será o relator do PPA 2020-2023.

Reportagem – Ralph Machado


https://www.camara.leg.br/noticias/578699-proposta-de-orcamento-para-2020-preve-salario-
minimo-de-r-1-039/

Em função dos textos apresentados anteriormente responda aos itens a seguir:

Considerando a divisão clássica das Finanças Públicas entre Despesa, Receita, Orçamento
e Empréstimo (ou Crédito Público), responda como o governo deve proceder diante dos
seguintes itens, com vistas a desempenhar suas funções e atingir as metas anteriormente
citadas:

a) Aumento da demanda por bens e serviços públicos como lazer, educação, medicina,
seja pelo aumento da renda, seja pelo contrário, quando as famílias em função de
diminuição nos rendimentos, substituem itens antes adquiridos na iniciativa privada
pelos oferecidos pela esfera pública.
b) Mudanças tecnológicas e populacionais que resultam num aumento pela demanda
por infraestrutura, como rodovias, que são realizações basicamente estatais e no
caso da população, o envelhecimento, por exemplo, demandará governos
preocupados com as cidades que precisam ser “amigas dos idosos”.
c) Mudanças na Previdência Social que precisará ser revista a despeito do
envelhecimento da população, e das condições positivas que os idosos apresentam
hoje em termos de saúde.
d) Combate à inflação para que a recessão não se instale e não reduza o poder de
compra da população e não gere instabilidade.

ORIENTAÇÕES DE COMO CONSTRUIR A ATIVIDADE:

Para responder essa atividade você deve elaborar um texto de 5 a 10 linhas para cada
um dos itens solicitados anteriormente.

O trabalho deverá conter capa simples com nome e matrícula, título do trabalho: Atividade
Online de Finanças Públicas, introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia (sites e
links). O texto deve ser redigido com fonte ARIAL ou TIMES NEW ROMAN no tamanho 12,
com espaço entrelinhas de 1,5 cm e alinhamento justificado, de acordo com as normas da
ABNT.

Critérios de avaliação
Indicadores Pontuação
Coerência da resposta ao enunciado proposto 4
Capacidade argumentativa e clareza na exposição das ideias e conceitos 4
Correção gramatical 1
Utilização das normas da ABNT na formatação, citações e referências 1

Você também pode gostar