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Universidade CEUMA
Curso: Direito Turma: DIR01N1
Professora: Valdira Barros Disciplina: Ciência Política

NOME: Gilberto Fernando; Rayssa Costa


RA:007093/
044451

Ciência Política Atividade

1 - Feres Jr., discute a formação da Ciência Política como disciplina


autônoma no contexto brasileiro, e aponta para a importância das
influências internacionais na consolidação desse campo de estudos.
Nesse sentido, destaca-se o impacto da crítica realizada pelos
intelectuais europeus que migraram para os EUA durante a Segunda
Guerra Mundial.
Esses intelectuais, em sua maioria, haviam sido perseguidos pelos
regimes totalitários da Europa e encontraram nos Estados Unidos um
ambiente propício para o desenvolvimento de suas ideias. Com isso,
eles trouxeram para a academia americana uma série de reflexões
sobre a natureza do poder e da democracia, que tiveram um impacto
significativo no campo da Ciência Política.
Entre esses intelectuais, destacam-se figuras como Hannah Arendt,
Theodor Adorno e Max Horkheimer, que desenvolveram teorias críticas
sobre o poder e o papel do Estado na sociedade. Esses pensadores
influenciaram o surgimento da Teoria Crítica, que se tornou uma das
correntes mais importantes da Ciência Política no século XX.
A influência desses intelectuais também se fez sentir no Brasil,
sobretudo a partir da década de 1960. Nesse período, houve um intenso
debate sobre a relação entre Estado, sociedade e democracia, que foi
influenciado pela crítica realizada pelos intelectuais europeus que
haviam migrado para os EUA.
Assim, pode-se afirmar que a crítica realizada pelos intelectuais
europeus que migraram para os EUA durante a Segunda Guerra
Mundial teve um impacto significativo no desenvolvimento do campo de
estudos da Ciência Política, tanto nos Estados Unidos quanto em outros
países, como o Brasil. Essa crítica contribuiu para o surgimento de
novas correntes de pensamento crítico, como a Teoria Crítica, que
trouxeram reflexões importantes sobre a natureza do poder e do Estado
na sociedade contemporânea.

2 – A) Thomas Hobbes desenvolveu uma teoria contratualista que partia


da ideia de um estado de natureza, no qual os indivíduos viviam em uma
condição de guerra permanente, sem qualquer forma de organização
social. Para Hobbes, a única forma de sair desse estado de natureza era
por meio da criação de um contrato social, no qual os indivíduos
renunciavam parte de sua liberdade em troca da proteção do Estado.
Esse Estado seria responsável por garantir a paz e a segurança da
sociedade, mesmo que isso implicasse em restrições à liberdade
individual.
Por outro lado, John Locke defendia uma concepção de contrato social
que valorizava a liberdade individual e a propriedade privada. Para
Locke, os indivíduos viviam em um estado de natureza no qual tinham
direitos naturais inalienáveis, como o direito à vida, à liberdade e à
propriedade. O contrato social seria firmado para proteger esses direitos,
e o Estado teria como função principal garantir a segurança e a proteção
dos direitos individuais.
Em resumo, enquanto Hobbes defendia que o Estado deveria ter um
poder amplo e irrestrito para garantir a segurança e a ordem social,
Locke defendia que o poder do Estado deveria ser limitado, a fim de
preservar as liberdades individuais. Ambas as teorias contratualistas são
importantes para a compreensão da formação do Estado moderno e
suas implicações para a organização política e social.
2 – B) A visão negativa sobre o Estado é uma corrente de pensamento
que enfatiza a limitação e a crítica do papel do Estado na sociedade.
Essa visão considera que o Estado é um ente que age em favor de
interesses próprios e não do bem comum, e que, portanto, é necessário
limitar o seu poder para proteger a liberdade e os direitos individuais dos
cidadãos.
De acordo com Streck e Bolzan, a visão negativa sobre o Estado teve
uma grande contribuição para a configuração do Estado na
contemporaneidade, especialmente em relação à sua dimensão
constitucional e ao fortalecimento do Estado Democrático de Direito. A
partir da crítica e da limitação do poder do Estado, foi possível
estabelecer mecanismos que garantem a proteção dos direitos e das
liberdades individuais dos cidadãos.
Ainda segundo os autores, a visão negativa sobre o Estado também
contribuiu para a consolidação do pluralismo político, ou seja, a
possibilidade de convivência de diferentes ideologias e pensamentos
políticos na sociedade. Essa perspectiva crítica do Estado permitiu a
construção de um ambiente político democrático e plural, que valoriza a
diversidade e a tolerância como pilares fundamentais para a construção
de uma sociedade justa e livre.
Porém, é importante destacar que a visão negativa sobre o Estado
também pode ter efeitos colaterais, especialmente quando leva a uma
demonização excessiva do Estado e à negação da sua importância para
a garantia do bem-estar social e da proteção dos direitos fundamentais
dos cidadãos. É necessário, portanto, buscar um equilíbrio entre a crítica
ao Estado e a valorização da sua importância para a construção de uma
sociedade justa e democrática.
2 – C) O liberalismo surgiu no século XVIII, durante a Ilustração, como
uma crítica às estruturas políticas absolutistas e como uma defesa da
liberdade individual e da limitação do poder do Estado.
Os núcleos estruturais do liberalismo político são: a defesa da liberdade
individual, a proteção da propriedade privada, a limitação do poder do
Estado e a defesa do livre mercado. O liberalismo político defende que o
Estado deve garantir a liberdade individual e proteger a propriedade
privada, mas também deve ter sua atuação limitada, para que não
interfira na vida das pessoas além do necessário.
A defesa da liberdade individual é um dos principais pilares do
liberalismo político. Os liberais acreditam que as pessoas devem ter o
direito de pensar, falar e agir livremente, desde que não prejudiquem os
outros. Essa liberdade individual também deve ser protegida pelo
Estado, garantindo que as pessoas não sejam coagidas ou ameaçadas
por outras pessoas ou instituições.
A proteção da propriedade privada é outro princípio importante do
liberalismo político. Os liberais acreditam que a propriedade privada é
um direito natural dos indivíduos e que o Estado deve garantir esse
direito, protegendo as pessoas contra a expropriação ou a invasão de
suas propriedades.
A limitação do poder do Estado é um princípio fundamental do
liberalismo político. Os liberais acreditam que o Estado deve ser
limitado, para que não tenha poderes arbitrários ou autoritários. O
Estado deve ter poder suficiente para garantir a segurança e a ordem
social, mas deve ser limitado em sua atuação, para que não interfira nas
liberdades individuais.
Por fim, a defesa do livre mercado é uma característica marcante do
liberalismo político. Os liberais acreditam que a economia deve ser livre
e competitiva, sem interferência excessiva do Estado. O livre mercado
deve ser protegido pelo Estado, garantindo a liberdade de concorrência
e a livre circulação de bens e serviços.
Em resumo, o liberalismo político defende a liberdade individual, a
proteção da propriedade privada, a limitação do poder do Estado e a
defesa do livre mercado. Esses núcleos estruturais do liberalismo são
fundamentais para a compreensão da organização política e econômica
do mundo contemporâneo.

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