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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Curso de Licenciatura em ensino de Geografia

Avaliação do Impactos sócio ambientais provocados por ciclones tropicais na cidade de


Quelimane 2023

Candidata: Anastácia Atanásio Rodrigo

Código: 708201977

Quelimane, Maio de 2023


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Curso de Licenciatura em ensino de Geografia

Avaliação do Impactos sócio ambientais provocados por ciclones tropicais na cidade de


Quelimane 2023

Monografia a ser submetida à Universidade


Católica de Moçambique (UCM), Faculdade
de Ciências Sociais e Políticas para obtenção
do grau de Licenciatura em ensino de
Geografia.

O Supervisor:dr. Joel Paporo Inrebo

Quelimane, Maio de 2023

Índice
CAPITULO I: INTRODUÇÃO..................................................................................................4

1. Introdução...............................................................................................................................4

1.1. Problematização...................................................................................................................4

1.2. OBJETIVOS........................................................................................................................5

1.2.1. Objectivo Geral.................................................................................................................5

1.2.2. Objectivos Específicos......................................................................................................5

1.3. Justificativa..........................................................................................................................5

CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEORICA DA PESQUISA.........................................7

2. Impactos socioambientais.......................................................................................................7

2.1. Desastre Natural...................................................................................................................8

2.2. Danos e prejuízos...............................................................................................................10

2.3. Ciclones..............................................................................................................................10

2.4. Ciclones Tropicais.............................................................................................................11

2.5. Impacto Ambiental Do Ciclone Freddy E O Papel Dos Ecossistemas Para A Resiliência
Climática Dos Meios Rurais De Subsistência..........................................................................11

2.6. Impactos Socioeconómicos Do Ciclone Tropical Freddy.................................................13

CAPITULO III: METODOLOGIAS........................................................................................15

3. Metodologias.........................................................................................................................15

3.1. Quanto a Natureza..............................................................................................................15

3.2. Método Indutivo.................................................................................................................15

3.3. Quanto a abordagem do problema.....................................................................................15

3.4. Quanto aos objectivos........................................................................................................16

3.5. Técnicas de Recolha de Dados..........................................................................................16

3.5.1.Questionario.....................................................................................................................16

3.5.2. Observação directa..........................................................................................................17

3.5.3. Pesquisa Bibliográfica....................................................................................................17

3.6. Universo.............................................................................................................................17
3.7. Participantes.......................................................................................................................17

3.8. Plano de Apresentação, Análise e Interpretação de Dados................................................17

3.9. Cronograma do estudo.......................................................................................................18

4. Referências Bibliográficas.................................................................................................19
CAPITULO I: INTRODUÇÃO

1. Introdução
Moçambique é um dos Países de África mais vulneráveis aos desastres naturais devido,
principalmente, à sua localização geográfica e nível de pobreza. Nos últimos 20 anos, a
elevada frequência, alternância e intensidade dos eventos climáticos extremos passou a
constituir uma ameaça crescente ao desenvolvimento nacional, não sendo, porém, uma vítima
extraordinária das manifestações climáticas extremas. De facto, elas transformaram-se,
actualmente, num dos problemas globais do planeta. Acentuadas por diversos factores,
naturais ou produzidos pelas sociedades, as mudanças climáticas têm como causas desde a
industrialização ao crescimento populacional e à utilização intensiva dos recursos - muitas
vezes impedindo a sua renovação. Algumas dessas causas são identificadas (embora nem
sempre de maneira consensual ou definitiva) e produzem efeitos, sobretudo, negativos e
frequentemente regionais ou mesmo globais.

Ciclones tropicais (CTs), como um dos riscos ambientais, continuam a causar danos ao longo
do canal de Moçambique (Matyas e Silva, 2013; Fitchett e Grab, 2014). Em março de 2019 o
ciclone Idai, causou um número substancial de danos e a perda de centenas de vidas humanas,
instalações e infra-estruturas em Moçambique, Zimbábue e Malawi (Warren,2019; Salih et
al., 2020; Kolstad, 2021). Além disso, foi caracterizado por chuvas torrenciais (mais de 200
mm em 24h) e ventos fortes (até 220 km/h), causando inundações generalizadas severas e
mais de 600 mortes em Moçambique (Charrua et al., 2021).
A frequência do ciclone tropical em Moçambique, tende a aumentar, com o aumento dos
efeitos das alterações climáticas (Hoque et al., 2018). Este aumento coloca a vida de muitos
moçambicanos situados na região costeira em situação de vulnerabilidade aos efeitos do
ciclone. Uma forma de redução dos riscos do ciclone, se baseia na definição de teorias de
Preparação adequadas para o seu enfrentamento.

1.1. Problematização
A principal problemática do estudo consiste em analisar os impactos sócio ambientais
causados pelo ciclone tropical Freddy na cidade de Quelimane, dai que quantificar e
especificar os impactos gerados pelo evento são mecanismos imperiosos no acto de tomadas
de decisões para a mitigação desses eventos. Em termos globais, a ocorrência de eventos
climáticos extremos resulta em perdas de vidas humanas e de bens, em danos nos
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ecossistemas e na maior probabilidade de ocorrência de doenças cujos vectores são
dependentes do clima. Estas doenças resultam também da deterioração das condições
ambientais (contaminação das águas e solos, águas estagnadas e stress hídrico para os
ecossistemas, etc.). Para além destes, existe também um conjunto de impactos graduais.

Uma pesquisa em torno deste assunto permitirá uma melhor compreensão dos fenomenos de
mudancas climaticas sobre a relação das questões relacionadas ao meio ambiente e sobre a
gestão de desatres naturauis na cidade de Quelimane sendo importante, a questão de RSU,
surge a seguinte questão: Quais são as melhores estrategias para a mitigacao e intervencao
dos impctos socioambientais causados pelo ciclone tropical na cidade de Quelimane no ano
de 2023?

1.2. OBJETIVOS
1.2.1. Objectivo Geral
 Avaliar os impactos socioambientais vinculados ao ciclone tropical Eçaí em
Florianópolis, ocorrido em dezembro de 2023.

1.2.2. Objectivos Específicos


 Identificar e quantificar, por meio de documentos oficiais e notícias jornalísticas, os
impactos socioambientais suscitados por conta do ciclone Freddy;

 Identificar e analisar as estratégias de gestão de desastres ao nível das famílias e das


autoridades centrais e locais; e

 Estudar os princípios, políticas, estratégias, instrumentos e práticas de ordenamento do


território.

1.3. Justificativa
A escolha do tema deveu-se pelo facto do autor ter constatado que os impactos gerados pelo
ciclone tropical freddy no ano de 2023, gerou problemas ambientais, económicos e sociais. As
mudanças climáticas constituem uma ameaça, tanto para o desenvolvimento e crescimento
socioambiental quanto para a segurança alimentar dos países em desenvolvimento, como o caso de
Moçambique, portanto Em resposta a estes impactos e para garantir a redução da vulnerabilidade
climática das comunidades, em particular das pessoas que residem na cidade de Quelimane torna-se

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necessário o estudos de estratégias para a conservação da biodiversidade; mapeamento de zonas
seguras para assentamentos humanos e prática das suas actividades de subsistência anteriores

e/ou novas; Adopção de sistemas de produção resilientes aos eventos climáticos extremos.
Até o presente momento não se tem trabalhos que versam sobre os impactos socioambientais
de um ciclone em Quelimane, portanto, a pesquisa se torna relevante ao trazer o
conhecimento dos sistemas que podem estar intrínsecos à sua ocorrência, os possíveis
impactos gerados no âmbito socioambiental e os prejuízos econômicos. Tais conhecimentos
podem proporcionar uma visão das áreas mais atingidas, evidenciando os planos de ação do
poder público para minimizar os prejuízos de ordem social e económicos causados pelo
ciclone tropical Freddy.

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CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEORICA DA PESQUISA
Neste item, será feita a conceituação dos termos de maior relevância utilizados na pesquisa
que são: impactos socioambientais, desastre natural, danos/prejuízos e ciclones.

2. Impactos socioambientais
Segundo a resolução nº 001 de 23 de Janeiro de 1986 do Conselho Nacional do Meio
Ambiente – CONAMA, impacto ambiental é definido por:
“Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e
biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de
matéria ou energia resultante das actividades humanas que,
directa ou indirectamente, afectam a saúde, segurança, bem-estar
da população, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio
ambiente e a qualidade dos recursos naturais” (CONAMA,
1986).
Observa-se que o conceito de impacto ambiental está vinculado ao meio social, a própria
natureza não causa impactos a si mesma sem a intervenção humana. Portanto, o termo “sócio”
em impacto socioambiental aparece para enfatizar o envolvimento da sociedade nas
problemáticas ambientais, trata-se da relação entre ambiente e sociedade, e dimensiona a
relevância do carácter social, trazendo o homem como agente central impactante ou
impactado sobre as perspectivas ambientais. (Mendonça, 2001),

Portanto, cabe ressaltar que a ampliação do termo impacto ambiental para socioambiental
enfatiza a importância do carácter social nas problemáticas ambientais, não utilizando da
exclusão dos elementos naturais e ainda transformando a cidade como o espaço que se
concretiza as interacções entre a Natureza e a Sociedade (Mendonça, 2004).

Os impactos socioambientais dos desastres que ocorrem nas cidades apresentam em sua
grande maioria uma relação estreita com a pobreza e a desigualdade, como apresentado por
Mendonça (2004, p. 188):

“Em todo caso, parece ficar cada vez mais evidente que os riscos
e impactos dos fenómenos tidos como naturais se repercutam
com forte expressão sobre a população mais pobre do planeta;
parece que os fenómenos do tempo lento impactam cada vez
mais fortemente os homens que vivem sob o tempo também
lento, ou seja, aqueles sobre os quais a materialidade dos
avanços tecnológicos ainda não se expressou de maneira direta”
(Mendonça,2004, p. 188). 24

8
Assim, finalizando o pensamento de Mendonça (2004, p. 188) se entende que um fenômeno
de mesma intensidade que atinge populações diferentes, certamente irá também produzir
impactos diferentes, como por exemplo, um terremoto que atinge o Japão e o Haiti.

Ao analisar as consequências de um fenómeno, é importante não dissociar os aspectos


naturais e sociais dos impactos, e sim considerá-los como uma totalidade que as formam
como impactos sócioambientais.

2.1. Desastre Natural


De acordo com a United Nations Office for Disaster Risk Reduction (UNDRR), unidade
organizacional do Secretariado da Organização das Nações Unidas (ONU) que visa à
implementação de estratégias para a redução de desastres, a terminologia de desastre é
definida como uma séria perturbação do funcionamento de uma comunidade ou sociedade em
qualquer escala devido a eventos perigosos interagindo com condições de exposição,
vulnerabilidade e capacidade, levando a um ou mais dos seguintes aspectos: perdas e
impactos humanos, materiais, econômicos e ambientais (UNDRR, 2019).

A definição de desastre segundo o Manual de Medicina de Desastres (2004), elaborado pelo


Ministério da Integração Nacional coincide em parte com a definição da UNDRR, e é
definido como um resultado de evento adverso, natural ou provocado pelo homem, sobre um
ecossistema vulnerável, causando danos humanos, materiais e ambientais e consequentes
prejuízos econômicos e sociais. Cabe ressaltar a presença do homem como um possível
agente causador de um desastre.

Já para Tobin e Montz (1997) e para a United Nations Development Programme (UNDP,
2004) os desastres são os resultados do impacto de um fenômeno natural extremo ou intenso
sobre um sistema social causando sérios danos e prejuízos que excedem a capacidade dos
afectados de conviverem com o impacto.

Portanto, para que se configure um desastre, é necessário que o evento adverso seja de
magnitude suficiente para produzir danos e prejuízos, sendo sua intensidade medida em
função da grandeza dos mesmos. O desastre não é o evento adverso, e sim as consequências

9
produzidas pelo mesmo, os efeitos que o evento adverso causa são os agentes que o
qualificam como desastre.

Dessa forma, os desastres são classificados e diferenciam-se entre si quanto a intensidade,


evolução, a origem e a duração (KOBIYAMA et al., 2006).

Quanto a evolução, segundo Castro (1999) existem três tipos: súbitos, graduais e os de
somação de efeitos parciais. Os súbitos são caracterizados pela rápida velocidade de evolução
no processo, como tornados e inundações bruscas. Já os graduais são opostos ao anterior,
evoluem em etapas. E os chamados de somação de efeitos parciais, são representados pela
ocorrência de numerosos acidentes semelhantes que quando somados resultam em um
desastre de grande proporção. Por exemplo, acidentes de trânsito e trabalho.

A origem é definida como naturais, humanos e mistos mesmo levando em consideração que
quase todos os desastres sofrem certa influência antrópica e que é muito difícil ocorrer um
desastre puramente natural (CASTRO, 1999). E quanto à intensidade, é dividido em quatro
níveis conforme mostra a Tabela 2.

Níve Intensidade Situação


l
I Desastre de pequeno porte, onde os Facilmente superável com os
impactos causados são pouco recursos do município
importantes e os prejuízos pouco
vultosos. (Prejuízo < 5% PIB
municipal)
II De média intensidade, onde os Superável pelo município,
impactos são de alguma importância e desde que envolva uma
os prejuízos são significativos, embora mobilização e administração
não sejam vultosos. (Prejuízo entre especial
5% e 10% PIB)
III De grande intensidade, com danos A situação de normalidade
importantes e prejuízos vultosos. pode ser reestabelecida com
(Prejuízo entre 10% e 30% PIB) recursos locais, desde que
complementados com recursos
estaduais e federais. (Situação
de Emergência – SE)
IV Com impactos muito significativos e Não é superável pelo município
prejuízos vultosos. (Prejuízo > 30% sem que receba ajuda externa.
PIB Eventualmente necessita de
ajuda internacional. (Estado de
Calamidade Pública – ECP)
10
Fonte: Kobiyama et al. (2006).

2.2. Danos e prejuízos


A avaliação pressupõe uma análise técnica para identificar o valor de um bem, de seus custos,
frutos e direitos, a uma determinada finalidade, situação e data (ABNT, 2001). Como a
avaliação é um campo extremamente amplo, um dos focos principais neste estudo é um
levantamento dos danos e prejuízos vinculados ao Eçaí.
Dano é uma medida que define a intensidade ou a severidade da lesão, perda humana,
material ou ambiental, física ou funcional imposta/infligida às pessoas, comunidades,
instituições, instalações e aos ecossistemas, como consequência de um evento adverso
(Alcantara et al., 2009).

Segundo o Manual de Planejamento em Defesa Civil (Castro, 1999), dano é uma medida que
define a intensidade ou a severidade da lesão resultante de um evento adverso ou acidente
(perda humana, material e ambiental). Os danos causados por desastres ocorrem durante e
imediatamente após o desastre e descrevem a destruição total ou parcial dos ativos físicos, a
interrupção de serviços básicos e danos a fontes de sustento na área afetada (UNIDRR, 2019).

Segundo o Dicionário Mini Aurélio da Língua Portuguesa (2004, p. 285.), dano é definido
como “mal ou ofensa pessoal; Prejuízo que sofre quem tem seus bens deteriorados ou
inutilizados; Estrago, deterioração”.

Observa-se uma união no significado desses dois conceitos, a ligação entre eles é evidente
tendo em vista que o prejuízo é uma consequência do dano e é um termo que representa o
dano na sua forma monetária (Tachini, 2010).

Portanto, na leitura deste trabalho danos e prejuízos são sinônimos, sendo que é importante a
clareza de que o termo prejuízo sempre estará atrelado somente ao lado financeiro e
económico.

2.3. Ciclones
Segundo Jarvinen et al (1984) os ciclones são circulações atmosféricas fechadas de escala
sinótica que giram no sentido anti-horário no HN, e horário no HS. Estes sistemas sinóticos
são caracterizados por uma região de pressão relativamente baixa representada por isobaras
mais ou menos circulares e concêntricas que cercam o centro, onde a pressão é mais baixa. O

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tamanho da circulação pode variar de centenas de quilômetros, em ciclones tropicais (maior
que 100km), 1994).

Os ciclones fazem parte do grupo dos fenômenos severos de escala sinótica, e representam
um mecanismo importante no balanço de energia e vapor de água na atmosfera, sendo
responsáveis pelo transporte de calor e umidade. Os ciclones também desempenham um papel
fundamental no sistema climático da Terra, pois regulam os contrastes de temperatura entre os
polos e o equador, e mantêm os ventos de oeste nas latitudes médias contra a dissipação
ficcional (HAKIM, 2003 apud DUTRA, 2012).

2.4. Ciclones Tropicais


Ciclone tropical é um termo genérico que engloba tufões, furacões, tempestades tropicais e
depressões tropicais (Zehr, 1992).

Conforme definido por Holland (1993), os ciclones tropicais são sistemas de baixa pressão de
núcleo quente, formados sobre os oceanos e que apresentam convecção persistente e
organizada. Estes normalmente formam-se sobre águas tropicais ou subtropicais por estarem
fortemente associados à transferência de calor latente na interface ar-mar (Zehr, 1992).

Por conta disso, a dissipação de tais sistemas ocorre ao atingir o continente, ou águas mais
frias. São sistemas barotrópicos, portanto, não estão associados a sistemas frontais. Sua
estrutura caracteriza-se pela presença de circulação ciclônica fechada em baixos níveis
(convergência) e anticiclonica em altos níveis (divergência), promovendo a ascensão profunda
do ar (Fedorova, 2008).

2.5. Impacto Ambiental Do Ciclone Freddy E O Papel Dos Ecossistemas Para A


Resiliência Climática Dos Meios Rurais De Subsistência

Um dos factores que exacerba a vulnerabilidade de Moçambique aos eventos climáticos


extremos é o elevado nível de pobreza, a sua localização geográfica na costa e a extensa faixa
costeira de cerca de 2700 km (A. F. Mavume et al., 2021), associados à dependência da
população dos recursos naturais para a sua subsistência (Bakala & Asfaw, 2020), para além da
prevalência de prática de actividades humanas (desmatamento, poluição costeira com resíduos
sólidos, fraca capacidade institucional de resposta aos desastres), que, de forma integrada,
aumentam a vulnerabilidade dos sistemas sociais e económicos às mudanças climáticas
(Artur, 2023).

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Estes recursos naturais, por sua vez, são vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas,
principalmente devido à sua sobreexploração (Artur et al., 2017), aumentando o risco a
segurança alimentar das comunidades que deles dependem para suprir as suas necessidades
alimentares, medicinais, entre outras (Bakala & Asfaw, 2020; Magaia et al., 2012).

É inequívoco o impacto das mudanças climáticas sobre as actividades socioeconómicas,


principalmente sobre a agricultura, pelo que, várias intervenções têm sido feitas com enfoque
na reconstrução e garantia da segurança alimentar, através da provisão de insumos agrícolas,
alimentação, restabelecimento de infra-estruturas (estradas, escolas, abastecimento de água e
saneamento, estradas e hospitais, etc.), tal como é referido no caso do ciclone IDAI em Sofala
(Cortez, 2019; IOM & INGD, 2021).

Entretanto, avaliando a gestão de desastres em Moçambique, Artur (2023) e John & Vicente
(2020) constataram que várias intervenções feitas no período pós-desastre basearam-se numa
abordagem de topo para baixo (top-down), isto é, desenhadas e implementadas
maioritariamente sem considerar as características socioculturais e económicas locais, o que
compromete a sua efectividade na recuperação e garantia de resiliência das comunidades
afectadas, fazendo com que as comunidades, após a passagem do evento extremo, retornem às
zonas de risco, enfrentem desafios extremos para garantia da sua subsistência, criando-se,
desta forma, um círculo vicioso e inefectivo de gestão do risco de desastres em Moçambique.

Por outro lado, várias destas intervenções pós-desastre negligenciam a componente ambiental
(ecossistema terrestre) que, para além de fornecer diversos serviços ecossistémicos para a
subsistência humana, contribuem para a redução da velocidade dos ventos, absorção e
redução dos escoamentos, manutenção do equilíbrio climático, etc. Entretanto, com a
recorrência dos eventos climáticos extremos, estes ecossistemas são altamente ameaçados,
com o factor humano como agravante.

Em um estudo conduzido por Charrua et al. (2021), avaliando o impacto do ciclone tropical
IDAI em Sofala, constatou uma grande devastação nas diferentes classes de vegetação
existentes, onde a vegetação densa apresentou maior redução do índice normalizado da
diferença de vegetação (NDVI4) (em 59%), seguindo-se a vegetação de terras húmidas
(57%), arbustiva (56%), e vegetação herbácea, a menos afectada, com uma redução em cerca
de 27%. O mesmo estudo apresentou uma relação muito forte (R2 = 0,95), isto é, as áreas
localizadas perto do epicentro (trajecto) do ciclone apresentaram maior redução da vegetação
em comparação com as regiões afastadas do epicentro.
13
2.6. Impactos Socioeconómicos Do Ciclone Tropical Freddy
Há várias décadas que Moçambique é afectado por eventos climáticos extremos (cheias,
secas, ciclones e tempestades tropicais), que têm vindo a se intensificar anualmente sob efeito
das mudanças climáticas, com destaque para as cheias e ciclones tropicais, com cerca de 27 e
16 eventos nas últimas 2 décadas, correspondente a pelo menos um evento por ano,
respectivamente sendo os últimos 5 anos, responsáveis pela ocorrência de cerca de 20% dos
ciclones tropicais. (EM-DAT, 2023),

Recentemente, foi observado no país, especificamente nas províncias de Inhambane e da


Zambézia, a ocorrência do ciclone tropical “Freddy”, considerado o ciclone mais longo
ocorrido no planeta (36 dias activo, percorrendo uma distância de 8.000 km ao longo do
oceano Índico a partir do Noroeste de Atlântico) desde o furacão “John” (que durou 31 dias
activo em 1994) (Millard, 2023; OCHA, 2023b).

O ciclone tropical Freddy afectou o país em dois momentos: no primeiro, teve como ponto de
entrada a província de Inhambane (distrito de Vilanculos), passando pelas províncias de Gaza,
Manica, até à vizinha República do Zimbabwe, local onde alterou a sua rota, de regresso ao
Oceano Índico em forma de depressão tropical. Devido à elevada temperatura das águas
superficiais do Oceano Índico (acima de 26ºC), a depressão tropical desenvolveu-se para
ciclone tropical e voltou a entrar no país, desta vez com ponto de entrada na província da
Zambézia, no dia 11 de Março (OCHA, 2023a).

Na primeira entrada em Moçambique (24 de Fevereiro), em forma de tempestade tropical


associada a chuvas intensas nas províncias de Gaza, Sofala, Manica e Inhambane, afectou de
forma cumulativa cerca de 8.111 pessoas (1.938 agregados familiares (AFs), sendo
Inhambane a província com maior número de afectados (3.324 pessoas) (IOM, 2023).

A segunda entrada, em forma de ciclone tropical, afectou as províncias de Inhambane,


Maputo cidade, Gaza, Manica, Sofala, Tete, Niassa e Zambézia, sendo esta última, a que
registou maior número de afectados, cerca de 211.784 pessoas (42.912 AFs), onde 37.202
pessoas foram forçadas a abandonar as suas residências e bens, e 53 declaradas como óbitos
(INGD, 2023; OCHA, 2023a). As infra-estruturas de serviços sociais básicos (educação,
saúde, rede eléctrica, comunicação, abastecimento de água e saneamento, estradas, etc.) foram
severamente afectadas (INGD, 2023).

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Face a este cenário, o Governo, através do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco
de Desastres (INGD), junto dos parceiros de cooperação, criou cerca de 65 centros de
acomodação provisórios na Zambézia, que até ao dia 15 de Março de 2023, contava com
cerca de 37.202 pessoas (INGD, 2023). Em comunicado à nação, no dia 15 de Março de 2023,
o Presidente da República, Filipe Nyusi, declarou, de entre várias medidas, o alargamento da
região de actuação do Gabinete de Reconstrução Pós-Ciclones (GREPOC), criado aquando do
ciclone IDAI em Sofala, para a província da Zambézia; e garantiu a alocação de cerca de 250
milhões de meticais, a ser geridos pelos executivos locais, para a reconstrução das regiões
afectadas pelo ciclone Freddy (Mbenhane, 2023).

Além dos danos infra-estruturais, também foram registados danos socioeconómicos, isto é,
foram inundados cerca de 178.152 ha de culturas agrícolas, correspondentes a 93% da área
agrícola total afectada (191.562 ha), e cerca de 20% desta área, foi totalmente inundada
(INGD, 2023).

Por outro lado, este ciclone, ocorre num período em que maior parte dos AFs se preparava
para a colheita da primeira época da produção agrícola, agravando, portanto, a insegurança
alimentar, formando-se bolsas de fome nas regiões afectadas. Os AFs afectados pelo ciclone
encontram-se em situação de emergência humanitária (OCHA, 2023a), conforme o défice
alimentar reportado pelo INGD-CENOE3 que solicitou cerca de 7,2 milhões de meticais para
a assistência alimentar e aquisição de bens de apoio às famílias afectadas (Mbenhane, 2023).

15
CAPITULO III: METODOLOGIAS

3. Metodologias
Na visão de Carvalho (2009, p. 156), a metodologia corresponde à fundamentação teórica da
investigação. Implica o desenho da investigação, com indicação do método de abordagem e as
técnicas utilizadas, consubstanciadas cientificamente no percurso da investigação. Para o
trabalho em destaque, intitulado Impactos sócio ambientais provocados por ciclones tropicais
na cidade de Quelimane 2023, o autor utilizou as metodologias abaixo:

3.1. Quanto a Natureza


Do ponto de vista da natureza a pesquisa é básica, pois conforme Menezes e Silva (2005) esta
pesquisa objectiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação
prática prevista, envolvendo verdades e interesses universais. Entretanto, a pretensão do autor
é de estudar os Impactos sócio ambientais provocados por ciclones tropicais na cidade de
Quelimane 2023, para satisfazer necessidades intelectuais e contribuir para o melhoramento
da conjuntura sociomabietal, com vista a minimizar os problemas de natureza ambiental.

3.2. Método Indutivo


O método indutivo é aquele que procede inversamente ao dedutivo, este parte do particular e
coloca a difusão como um produto subsequente do trabalho de colecta de dados particulares.
Segundo Gil (2008, p. 10), no raciocínio indutivo, a generalização não deve ser buscado
aprioristicamente, mas constatada a partir da observação de casos concretos suficientemente
confirmadores dessa realidade.

Entretanto, o método indutivo nesta pesquisa foi empregue em função dos objectivos, onde
partindo da entrevista semi estruturada dirigida ao funcionário do Instituto Nacional de
Gestao de Desastres da Provincia da Zambezia e a população residente nesta urbe, dentre eles
os Moradores dos bairros e, observação participativa referente aos Impactos sócio ambientais
provocados por ciclones tropicais na cidade de Quelimane 2023.

3.3. Quanto a abordagem do problema


E de acordo com a forma de abordagem do tema em estudo a pesquisa é mista, na
componente qualitativa consistiu em colher percepções dos moradores dos bairros Torrone-
Velho, padero os impactos causados por ciclone tropical Freddy. E a parte quantitativa cingiu-
se em traduzir em números as opiniões dadas, e informações sobre os o numero de pessoas

16
afectadas por este fenómeno para depois analisá-las com base no pacote estatístico EXCEL,
(GIL, 1991).
3.4. Quanto aos objectivos
Sob ponto de vista de seus objectivos, esta pesquisa possui característica exploratória, pois o
autor busca através dela maior familiaridade com o problema constatado para explicitá-los e
construir hipóteses.
“A pesquisa exploratória é muito utilizada para realizar um estudo no qual o
principal objectivo da pesquisa que será realizada, ou seja, familiarizar-se
com o fenómeno que está sendo investigado, de modo que a pesquisa
subsequente possa ser concebida com maior compreensão, entendimento e
precisão” (Gil, 1999, p.12).

Sera utilizada uma pesquisa de cunho exploratória, porque ela envolve levantamento
bibliográfico que abordam o estudo de eventos climaticos com mais enfase aos ciclones. a
realização de uma entrevistas semi estruturada com pessoas da da cidade de Quelimane que
viveram e ou presenciaram o acontecimento do ciclone Freddy. Pois, a pesquisa exploratória
visa também proporcionar uma visão geral de um determinado fato, do tipo aproximativo.

3.5. Técnicas de Recolha de Dados


Para a recolha de dados relacionados a essa pesquisa, o autor usou os seguintes instrumentos:

3.5.1.Questionario
O instrumento de recolha de dados que sera usado nesta pesquisa sera questionário
estruturado, que consistiu numa série ordenada de perguntas Abertas, que seram respondidas
de forma objectiva pelo inquirido, de acordo com as instruções que de forma detalhada
esclarecem o propósito de sua aplicação. Tendo como principais variáveis colhidas, os
Impactos sócio ambientais provocados por ciclones tropicais na cidade de Quelimane 2023.
Com a técnica acima mencionada, as pessoas serao abordadas nas suas unidades residenciais
em Quelimane, para obter-se informações relacionadas com o estudo de Impactos sócio
ambientais provocados por ciclones tropicais na cidade de Quelimane 2023., cujas perguntas
abertas tem em vista, obter dos inquiridos, resposta para o alcance dos objectivos do estudo. E
para maior êxito do questionário, o autor fara um contacto inicial com as autoridades locais
especificamente o secretário do bairro torrene velho e padeiro de modo a explicar a finalidade
da pesquisa, ressaltando a necessidade da sua colaboração.

O guião do questionário sera preenchido pelos inquiridos e em casos de individuo não


escolarizados o próprio pesquisador procedera o preenchimento para permitir que as famílias
analfabetas adiram ao inquérito.

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3.5.2. Observação directa
Segundo Richardson (1989) a observação como a base de qualquer investigação pode ser
utilizada em trabalho científico de qualquer nível e ainda acrescenta que tradicionalmente, a
observação é considerada como um método qualitativo de investigação.
Desta maneira, o autor fara uso deste método com intuito de observar e verificar as diferentes
problematicas trazidas pelo ciclone tropical em março de 2023.

3.5.3. Pesquisa Bibliográfica


A pesquisa bibliográfica é o levantamento ou revisão de obras publicadas sobre a teoria que
ira direccionar o trabalho científico o que necessita uma dedicação, estudo e analise pelo
pesquisador que ira executar o trabalho científico e tem como objectivo reunir e analisar
textos publicados, para apoiar o trabalho científico. Para Gil (2002, p. 44), a pesquisa
bibliográfica […] é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicos.

3.6. Universo
Para Gil (2008, p.13), “universo é um conjunto de elementos ou objectos que possui a
informação procurada pelo investigador e sobre a qual as inferências vão ser efectuadas”.
Assim sendo, este estudo contou com um universo de 225 mil habitantes habitantes da cidade
de Quelimane

3.7. Participantes
O critério a obedecer na selecção dos participantes é por acessibilidade ou por conveniência
que de acordo com Gil (2008, p. 94) constitui o menos rigoroso de todos os tipos.

É de extrema importância frisar que faram parte deste estudo 30 participantes, sendo 9 do
sexo masculino e 21 do sexo feminino. Dentre os participantes podem os destacar três tipos de
camadas tais como Os Jovens, os Adultos e os velhos. O pesquisador ira selecciona os
elementos a que tem acesso, admitindo que estes possam, de alguma forma, representar o
universo.

3.8. Plano de Apresentação, Análise e Interpretação de Dados


Sendo uma pesquisa de estudo qualitativo a análise e interpretação de dados será realizada
privilegiando a análise de conteúdos, que para Flick (2009), além de realizar a explicação
após a colecta dos dados, progride por meio de técnicas mais ou menos apuradas.

18
Nesta ordem de ideias, mediante obtenção da informação através dos instrumentos de recolha
de dados, o autor realizará o cruzamento e triangulação da informação, de modo a dar mas
ênfase e rigidez aos discursos que são interpretados e detalhadamente apresentados na
plataforma de Office no pacote Word. Pois, mediante a aplicação da entrevista estruturada e
observação participativa, busca-se compreender a realidade fod impactos socioambientauis
causados pelo ciclone tropical ocorrido na cidadede Quelimane no ano de 2023: Para a
solidificação da informação usar-se-á a análise de conteúdos para garantir a confiança na
informação e, solidez no conteúdo que se pretende abordar (Flick, 2009).

3.9. Cronograma do estudo


Segundo Gil (1999, p. 138), Cronograma é um meio pelo qual deve identificar os períodos das
actividades pelo qual pretende-se efectuar, contudo, todo trabalho científico é indispensável
de forma a clarificar a sua actividade.

Cronograma

Actividade Março Abril Maio Junho Julho

Elaboração do pré-
projecto

Elaboração do projecto

Resultado do projecto

Colecta de dados

Entrega de Monografia

Defesa e resultados

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4. Referências Bibliográficas

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