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Experimental II
Material Teórico
Química Ambiental
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Química Ambiental
• Introdução;
• O Ambiente;
• Composição da Atmosfera;
• Oceanos;
• Problemas Ambientais nos Oceanos;
• Água Doce no Mundo;
• Lençóis Freáticos;
• Contaminação de Águas de Represas por Hormônio Feminino;
• Ciclo Global da Água;
• Química Verde.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Conhecer os fundamentos de química ambiental e a importância da
química verde.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Química Ambiental
Introdução
Sabemos como as reações químicas têm papel fundamental na vida de todos os
seres vivos e não vivos do Planeta. É com reações químicas que quase tudo o que se
conhece no Universo, acontece. As vidas animal e vegetal são formadas e mantidas
às custas de inúmeras reações químicas. Assim, a química ambiental é uma divisão
da Química que se preocupa, principalmente, em saber como as transformações
químicas interferem no meio ambiente, suas atuações, causas e consequências.
O Ambiente
Na história recente, a Terra tem sofrido mudanças, tanto benéficas quanto malé-
ficas, em virtude da necessidade de uma enorme produção de alimentos e produtos
de consumo industrial e doméstico. A preocupação com o bem-estar do Planeta
é antiga, mas não tem sido suficiente para promover ações que realmente façam
diferença impactante na vida saudável da Terra. O ser humano já conseguiu poluir
até camadas longínquas em torno do mundo, o que é atualmente conhecido como
lixo espacial, que são restos não mais utilizáveis de foguetes, satélites antigos sem
funcionamento etc. A figura 1 ilustra como atualmente está o entorno da Terra
com a grande quantidade desse tipo de lixo, por meio de imagens cedidas pela
National Aeronautics and Space Administration (Nasa), mostrando que esse tipo
de lixo se move ao redor da Terra e, a qualquer momento, pode desabar sobre o
Planeta. Estima-se que mais de 750 mil fragmentos maiores que 1 centímetro cor-
respondem a esse tipo de lixo.
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A quantidade de outros tipos de lixo ao longo do mundo, genericamente chama-
dos de urbano, é maior que 1,5 milhão de toneladas – somente nas referidas áreas
urbanas. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a metade desse valor
é produzida pelos trinta países mais ricos do Planeta, e o Brasil faz parte dessa es-
tatística. Observe na Figura 2 o Brasil, os países da América Central e da América
do Norte e os campeões das Américas, os Estados Unidos da América (EUA); e, na
Figura 3, o ranking mundial de produção de lixo:
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No Brasil não é muito diferente, afinal, existem ainda muitos lixões em grandes
cidades, em locais inapropriados e manejados de forma indevida, poluindo os len-
çóis freáticos com chorume – a porção líquida que escorre dos lixos. Os problemas
ambientais causados por esses lixões são inúmeros: o lixo urbano é composto de
sólidos orgânicos, inorgânicos, materiais de uso hospitalar descartados clandesti-
namente – a Lei impõe um tratamento adequado, em geral, incineração ao lixo
infectocontagioso – e os resíduos sólidos de origem industrial. Assim, o tratamento
inadequado desses resíduos propicia a sua reutilização por pessoas que sobrevivem
do fruto da venda de alguns tipos de resíduos, tais como do lixo contendo alumínio,
ferro, vidro, papelão e, atualmente e em grandes quantidades, todo tipo de rejeitos
de aparelhos eletrônicos.
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UNIDADE Química Ambiental
Composição da Atmosfera
Não é somente de contaminantes gerados a partir do lixo sólido que se contami-
na o meio ambiente. Gases exalados para a atmosfera terrestre que degradam a ca-
mada de ozônio também são considerados meios de poluição. O ozônio (O3) filtra
a radiação ultravioleta proveniente do Sol, que é nociva aos seres humanos, sendo
o excesso de tempo de exposição da pele a esses raios a principal causa de câncer
de pele em seres humanos. A Figura 7 ilustra as camadas da atmosfera terrestre:
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são suficientes para causar, indiretamente, danos à vida, como é o caso do gás
carbônico oriundo de queimadas, fornos industriais, da queima de combustíveis etc.
O2 (g) → 2 O(g)
70
60
50
Altitude (km)
40
Estratosfera
30
20
10
0
1010 1011 1012 1013
Concentração de ozônio (moléculas/cm³)
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Oceanos
Os oceanos são formados por água salgada e ocupam 71% da crosta terrestre.
Recebem os seguintes nomes: Pacífico, Atlântico, Índico, Glacial Ártico e Glacial
Antártico. Além dos oceanos, existem, no Planeta, mares, canais e golfos.
Os mares apresentam uma extensão menor que oceanos e comumente for-
mam interligações entre os quais. Todos têm grande importância para a manu-
tenção da vida na Terra, pois interferem no clima, principalmente na ocorrência
de chuvas e nevoeiros.
Os nomes dados aos oceanos referem-se às respectivas regiões onde se localizam,
a mitos e a outras características.
O Pacífico é o oceano mais calmo para se navegar e o maior em extensão e
profundidade, além de ser o menos estudado, justamente por causa de sua profun-
didade, que chega a ser maior que 30.000 metros. O Atlântico é o segundo em
extensão e seu nome tem origem em Atlas, divindade mitológica; suas águas são
as mais salgadas dos cinco oceanos. O Índico é um importante meio de transporte
de mercadorias, principalmente no escoamento comercial do petróleo que é pro-
duzido no Golfo Pérsico e Indonésia e provê a produção de frutos do mar da Ásia.
O oceano Antártico consegue rodear o Planeta com poucas águas salgadas (20%,
apenas), sendo utilizado para pesquisas marinhas, inclusive pelo Brasil, entre ou-
tros países – França, Nova Zelândia, África do Sul, Estados Unidos, Rússia etc. O
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Ártico também não é muito salgado, sendo utilizado intensamente para pesca e ao
transporte marítimo, pois as suas águas são extremamente geladas, apresentando
condições propícias ao crescimento de variedades de peixes de grande valor co-
mercial – o Quadro 1 ilustra os oceanos e as suas respectivas localizações na Terra.
A quantidade de sais dissolvidos na água salgada define a salinidade dos mares
e oceanos, de modo que dependerá da quantidade, em gramas, de sais secos em
um litro de água.
Quadro 1 – Oceanos
Oceanos Continentes
Separa as Américas da Ásia e da
Oceano Pacífico Oceania.
Separa as Américas da Europa, Ásia
Oceano Atlântico (Eirásia) e África.
Banha a parte sul da Ásia e separa a
Oceano Índico África da Oceania
Banha o Polo Norte, na faixa norte da
Oceano Glacial Ártico América do Norte e da Eurásia.
Banha a Antártica, sendo este
oceano, em algumas classificações,
Oceano Glacial Antártico considerado uma extensão dos
oceanos Pacífico, Atlântico e Índico.
Fonte: planeta-terra.info/oceanos-e-mares.html
Importante! Importante!
Quando ouvir oceano, não pense apenas em água salgada, ou somente na presença de
NaCL. Para tanto, veja, no Quadro 2, os inúmeros sais existentes nos oceanos.
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Lençóis Freáticos
Sempre que as águas naturais subterrâneas se acumulam entre as várias camadas
de rochas e a superfície da camada mais externa do solo, recebem o nome de
Lençóis Freáticos (LF) – observe a Figura 9, que ilustra onde se localizam os LF.
Essas águas são muito importantes para a preservação das nascentes dos rios, pois
se acumulam em profundidades maiores que a dos rios.
Alguns estudos atuais indicam que ar, água, solo e alimentos podem ser conta-
minados por nanopartículas – um nanômetro (nm) é igual a 1 × 10-9 m –, que são
partículas extremamente pequenas. As nanopartículas, além de microscópicas, têm
energia superficial muito elevada e, em tese, são de fácil contaminação humana
através da pele, sendo absorvidas por vários órgãos.
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UNIDADE Química Ambiental
Leia a reportagem disponível em: https://goo.gl/TmkXs2, sobre uma nova tecnologia para
Explor
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Ciclo Global da Água
Quando os raios de sol atingem os oceanos, a água no estado líquido passa ao
estado gasoso, sendo condensada em forma de nuvens. As gotinhas de vapor de
água podem sofrer cristalização e voltar ao solo como granizo ou água líquida, tal
como mostra a Figura 9:
O ciclo da água pode ser iniciado com a evaporação das águas dos oceanos que,
com as correntes de ar, são levadas para camadas mais altas e, portanto, mais frias.
Como os vapores de água se condensam formando água líquida, precipitam-se em
forma de chuvas.
Com o movimento das correntes de ar, as chuvas são carregadas para várias
partes e acabam sendo levadas para rios que, por sua vez, desembocam nos mares.
Dependendo da região, tais chuvas vão aos aquíferos e lá ficam armazenadas por
muito tempo – que pode corresponder a diversos anos ou até milênios, tal como
mostra a Figura 10. E o ciclo continua!
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Corrente
Lençol freático
Dias
Anos Anos Dias
Camada confinada
Camada confinada
Química Verde
O termo Química Verde (QV) foi originalmente utilizado em 1991, nos Esta-
dos Unidos, quando foi publicada uma lei que indicava a prevenção de poluição
naquele país. À época, foi definida como: “O desenvolvimento de produtos quí-
micos e processos que buscam a redução ou eliminação do uso e da geração de
substâncias perigosas”.
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Ademais, um popular exemplo brasileiro de ação em QV é a produção de
biodisel, a qual reduz em:
· 20% a emissão de enxofre;
· 9,8% a produção de anidrido carbônico;
· 35% a produção de hidrocarbonetos poluentes;
· 55% a produção de material sólido no ar;
· 78 a 100% a emissão dos gases causadores do efeito estufa;
· Integralmente a produção de derivados de enxofre e hidrocarbonetos
aromáticos.
Vejamos agora a produção de etanol como combustível, afinal, por ser uma
fonte de energia renovável, é considerada QV.
Cana-de-
açúcar-verde
Caldo-de-
Bagaço
cana
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Constata-se que o Brasil está de parabéns por todas as iniciativas de produzir QV!
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Físico-Química – fundamentos
ATKINS, P. Físico-Química – fundamentos. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003.
Físico-Química: para as Ciências Químicas e Biológicas
CHANG, R. Físico-Química: para as Ciências Químicas e Biológicas. São Paulo:
McGraw-Hill, 2010.
Química total
COVRE, G. J. Química total. São Paulo: FDT, 2001.
Química e reações químicas
KOTZ, J. C.; TREICHEL, P. Química e reações químicas. v. 1-2. 4. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2002.
Química, um curso universitário
MAHAN, B. M.; MYERS, R. J. Química, um curso universitário. Trad. Koiti Araki; Deni-
se de Oliveira Silva; Flávio Massao Matsumoto. 4. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1995.
Físico-Química
MOORE, W. J. Físico-Química. v. 1. [S.l.: s.n., 20--?].
Práticas de físico-química
RANGEL, R. N. Práticas de físico-química. 3. ed. rev. ampl. São Paulo: Edgard
Blücher, 2006.
Química Nova
REVISTA Química Nova, 2010, 2013, 2016.
Química geral
RUSSEL, J. B. Química geral. v. 1-2. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1994.
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UNIDADE Química Ambiental
Referências
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: questionando a vida moderna e
o meio ambiente. Porto Alegre, RS: Bookman, 2001.
RUSSEL, J. B. Química geral. v. 1-2. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1994.
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