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Técnicas de Tratamento

de Resíduos
Material Teórico
Caracterização dos Resíduos Sólidos

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Marcus Vinicius Carvalho Arantes

Revisão Técnica:
Prof. Dr. Eloá Cristina Figueirinha Pelegrino
a a

Revisão Textual:
Prof.ª Me. Fátima Furlan
Caracterização dos Resíduos Sólidos

• Introdução;
• Surgimento de Novos Resíduos Sólidos na Sociedade Moderna;
• Composição dos Resíduos Sólidos Gerados no Brasil;
• Resíduos Sólidos e Impactos Ambientais Associados;
• Gestão dos Resíduos Sólidos no Brasil.

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· A primeira unidade ilustrará, sucintamente, as definições dos resíduos
sólidos gerados pelas atividades antrópicas, buscando adotar uma
abordagem abrangente acerca das mudanças de configurações e
composições dos resíduos sólidos gerados ao longo da história do
ser humano.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.

No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Caracterização dos Resíduos Sólidos

Contextualização
Para iniciarmos esta unidade indico-lhe uma breve leitura da matéria “A riqueza
que vem do lixo”, cujo link está descrito logo abaixo. Esta matéria lhe oferecerá
informações sobre os resíduos no Brasil e como a correta gestão, destinação e
reutilização podem se transformar em um mercado produtivo e altamente rentável.
Explor

https://goo.gl/k1jTh7

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Introdução
O manejo da matéria e a produção de resíduos e rejeitos são processos
inerentes à vida e às diversas atividades desenvolvidas pela humanidade. Ao longo
do processo de civilização e povoamento do planeta Terra observou-se que os
resíduos e rejeitos antropogênicos (originado pelas atividades humanas) possuíram
uma grande diversificação em sua composição físico química.

Nos capítulos a seguir são abordadas as composições físico-químicas dos


resíduos sólidos gerados pelas atividades antrópicas, desde a época do ser humano
primitivo, também denominado como Caçadores-Coletores, até os dias atuais
(sociedade contemporânea).

Para fins de padronização da nomenclatura, a presente disciplina, assim como


todas suas unidades, utilizar-se-á apenas os termos rejeitos e resíduos sólidos para
caracterizar toda a matéria remanescente (resto e sobras) ou escória produzidas
pelas atividades antrópicas. Sendo importante salientar que o termo “lixo” é uma
nomenclatura obsoleta, ou seja, uma palavra que se encontra em desuso pela
comunidade acadêmica e por todas aquelas relativas à temática gerenciamento
de resíduos.

Os resíduos sólidos são definidos pela NBR 10.004/04 como:

“Resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades antrópicas de


Explor

origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam


incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles
gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados
líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos
ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em
face à melhor tecnologia disponível”.

Os rejeitos são definidos pela Lei Federal nº 12.305/10 (Política Nacional de


Resíduos Sólidos) como:

“Resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e


Explor

recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não


apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada”.

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UNIDADE Caracterização dos Resíduos Sólidos

Contextualização: Características dos Resíduos e Rejeitos


Gerados na Época Pré-Industrial

Na época que antecedeu as grandes


revoluções industriais o ser humano
gerava resíduos sólidos e rejeitos que
continham uma composição físico-
química bem características. Em um
primeiro momento na história da
humanidade esses materiais (resíduos
e rejeitos), em geral, eram gerados
por povos mais primitivos nômades
denominados pelos antropólogos como
“Caçadores-Coletores”. Enquanto em um
segundo momento, com o advento das
atividades de manejo agrícola e produção
de alimentos e diversos artefatos, os
povos denominados como “ Produtores
de Alimentos”, passam a gerar um maior
volume e variedade de resíduos sólidos.
Embora houvesse um aumento no volume
e diversidade de resíduos sólidos, esse
fenômeno não chegou a representar um
problema ambiental de expressiva escala
e complexidade.

Livro de antropologia que dispõe sobre a origem da humanidade e os primeiros materiais


Explor

e tipos de resíduos produzidos pelos seres humanos primitivos presente no material


complementar.

Segundo os antropólogos e cientistas, os povos denominados como “Caçadores-


Coletores” e “Produtores de Alimentos” geravam, predominantemente, resíduos
sólidos oriundos de remanescentes de alimentos, excrementos e dejetos
(EIGENHEER, 2009; DIAMOND, 2013).

Os resíduos sólidos gerados por esses povos mais primitivos possuíam as


seguintes características qualitativas (físico-químicas) e quantitativas (volume):

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· Composição físico-química simples de origem natural;
· Rico em matéria orgânica;
· Restos e sobras de alimentos e matérias de origem vegetal, tais como: Casca
de frutas, restos de legumes e hortaliças, algodão, fibra de coco etc.;
· Remanescentes de material de origem animal, tais como: Chifres, ossos,
dentes, cascos, pele, couro, conchas, escamas, artefatos de caça etc.;
· Alta capacidade de biodegradabilidade;
· Geração de pequenos volumes de resíduos sólidos orgânicos.

Você Sabia? Importante!

A Biodegradabilidade é definida como um processo no qual todos os fragmentos de


materiais são consumidos por micro-organismos presentes no meio ambiente como
fonte de alimento e energia, podendo gerar água e biomassa (IBAMA).

Podemos dizer, apoiados em evidências históricas e científicas da arqueologia,


que os resíduos sólidos gerados na era pré-industrial eram, predominantemente,
de origem natural e animal. Logo, podemos classificar os resíduos sólidos gerados
pelos seres humanos daquela época como resíduos orgânicos.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, os resíduos orgânicos podem


ser denominados como:

“Os resíduos orgânicos são constituídos basicamente por restos de animais ou vegetais. Podem
Explor

ter diversas origens, como doméstica ou urbana (restos de alimentos e podas), agrícola ou
industrial (resíduos de agroindústria alimentícia, indústria madeireira, frigoríficos, etc), de
saneamento básico (lodos de estações de tratamento de esgotos), entre outras”.

Os resíduos sólidos orgânicos dessa época eram gerados em pequenos volumes


e escalas, sendo reciclados ou biodegradados, naturalmente no ambiente.

Você Sabia? Importante!

As Revoluções Industriais protagonizadas pelo ser humano podem ser divididas em


três etapas:
I-) De 1780 a 1830: Originada na Inglaterra com as principais atividades industriais
oriundas da indústria têxtil de algodão;
II-) De 1870 até metade do Sec. XX: Difusão das indústrias metalúrgica, eletromecânica
e petroquímica;
III-) De 1970 até os dias atuais. Diversificação e evolução dos processos industriais e o
surgimento do fenômeno da Globalização.

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UNIDADE Caracterização dos Resíduos Sólidos

Características dos Resíduos e Rejeitos Gerados na Época


Pós-Industrial
Observamos que até a era industrial os resíduos sólidos antropogênicos (oriundo
de atividades antrópicas) eram, predominantemente, orgânicos. No entanto, com
o advento das Revoluções Industriais*, os resíduos sólidos passaram a apresentar
maior complexidade em suas características físico químicas.

As características dos resíduos sólidos, a partir da época pós-industrial, sofreram


uma significativa mudança, tanto nos aspectos quantitativo quanto qualitativo,
apresentando as seguintes características gerais:
·· Composição físico-química complexa: Origem natural e origem sintética;
·· Geração de grandes volumes de resíduos e rejeitos: Fenômeno desencadea-
do pelo crescimento abrupto da população global;
·· Menor capacidade de biodegradabilidade;
·· Recalcitrantes;
·· Xenobióticos;
·· Carcinogênico;

O termo Recalcitrantes é uma denominação que busca descrever a resistência a


Explor

transformação ou decomposição de uma determinada molécula ou resíduo orgânico .


O termo Xenobiótico refere-se aos compostos orgânicos artificialmente produzidos e que
podem constituir uma fração do resíduo orgânico presente em um ambiente.
O termo Carcinogênico refere-se à propriedade de um composto provocar ou estimular a
deflagração de uma neoplasia (câncer) no organismo humano.

Observa-se que após a era pós-industrial os resíduos sólidos gerados pelas atividades
antrópicas passaram a apresentar uma composição físico-química mais complexa e
perigosa, oferecendo significativos riscos à saúde humana e à qualidade ambiental.

Os resíduos perigosos são definidos pela NBR 10.004/04 como aqueles


pertencentes à “Classe I”, sendo detentores das seguintes características:
“São aqueles que oferecem grande periculosidade à saúde humana e am-
biental, devido às suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas.
Eles possuem as seguintes características físico-químicas: Inflamabilidade,
Corrosividade, Reatividade, Toxicidade e Patogenicidade”.

Além das revoluções industriais, outro fenômeno antrópico contribuiu para


o aumento da geração de resíduos, o crescimento da população mundial. A
seguir, serão descritas as características gerais desse último fenômeno citado,
sobretudo a sua influência decisiva na problemática de geração e gestão de
resíduos sólidos.

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Aumento da População Mundial: Impactos na Geração de
Resíduos Sólidos
Um aspecto importante que está diretamente ligado à geração de resíduos na
sociedade moderna é o aumento vertiginoso da população mundial. Esse fenômeno
foi intensificado a partir das revoluções industriais, culminando, consequentemente,
na elevação de geração de resíduos sólidos no mundo.
O aumento da população mundial, aliada à crescente migração da população
rural para os ambientes urbanos (êxodo rural), foram processos que acarretaram
grandes impactos no que tange à geração e gestão de resíduos. Ou seja, no início
do século passado a população urbana aumentou consideravelmente, enquanto a
população rural diminuía.
Os autores (HOORNWEG; BHADA-TATA; KENNEDY, 2013) trouxeram em
seus trabalhos as seguintes estimativas e estudos que comprovam a relação direta
entre o aumento da população urbana e a geração de resíduos sólidos:
· Em 1900, o mundo tinha 220 milhões de residentes urbanos (13% da
população mundial). A população urbana mundial gerava em torno de
300 mil toneladas de lixo per capita;
· Em 2000, o mundo já possuía 2,9 bilhões de pessoas que residiam em
cidades (49% da população mundial), gerando mais de 3 milhões de
toneladas de resíduos sólidos per capita.

O gráfico a seguir ilustra esse fenômeno do aumento da população mundial,


sobretudo a partir da Primeira Revolução Industrial.
Gráfico 1 – aumento da população mundial a partir da primeira Revolução Industrial

Observamos, por meio do último gráfico, que a população mundial, no período


de 1800 até 2013, aumentou sete vezes. A conjugação desses dois fenômenos,
aumento da população mundial e o êxodo rural, acentuaram a problemática
relacionada à geração e gestão de resíduos sólidos nos ambientes urbanos.

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UNIDADE Caracterização dos Resíduos Sólidos

Além dos fenômenos supracitados, outro fenômeno que agravou os impactos


socioambientais desencadeados pelos resíduos sólidos, foi o surgimento de novos
tipos de resíduos sólidos. Esse fenômeno será descrito no próximo tópico.

Surgimento de Novos Resíduos Sólidos na


Sociedade Moderna
Com o advento das revoluções industriais o ser humano passou a produzir uma
infinidade de produtos e equipamentos, culminando, consequentemente, também
na geração de novos tipos de resíduos sólidos. Esses novos resíduos sólidos são
gerados ao longo de todo o “Ciclo de Vida dos Produtos” oriundos das atividades
industriais. Ou seja, desde a produção até a sua disposição final.

Você Sabia? Importante!

De acordo com a Lei 12.350/10, o “Ciclo de Vida do Produto” consiste em uma “série de
etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e
insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final”.

Os resíduos sólidos oriundos das atividades industriais apresentam uma composi-


ção físico-química complexa. A composição complexa dos resíduos não foi abordado
no capítulo anterior, dessa forma retirar esta afirmação. As principais características
dos resíduos sólidos gerados na sociedade moderna são:
·· Baixa capacidade de biodegradabilidade;
·· Alta toxicidade e inflamabilidade;
·· Grande potencial de geração de impactos ambientais (contaminação
e poluição).

A seguir, serão elencados alguns dos novos tipos de resíduos sólidos gerados a
partir das revoluções industriais.

Borracha
Os primeiros processos de fabricação da borracha foram desenvolvidos pelos
povos pré-colombianos da América Central, em 300 A.C. a 600 D.C. Esses
povos desenvolveram uma espécie de bolas de caucho compostas por um tipo de
borracha rudimentar (SOUZA, 1993). O caucho é árvore da família das moráceas,
que possui látex que produz uma borracha de qualidade inferior.

Somente depois de um longo período na história, com o desenvolvimento de di-


versas experiências, a borracha passou a ser utilizada em escala industrial. Mais preci-
samente a partir de 1839, com o desenvolvimento da técnica de “Vulcanização”, que
a borracha passou a apresentar as características físico-químicas que conhecemos

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atualmente, sendo também conhecida como borracha sintética (produzida a partir de
processos industriais).

Logo após esse período, a borracha passou a ser utilizada em larga escala nos
mais diversos segmentos industriais, resultando na geração acentuada desse tipo de
resíduo. A tabela abaixo apresenta as principais características gerais da borracha:

Características Gerais da Borracha


Fabricação em escala industrial 1839
Tipo de material Polímero derivado do látex
Processo de fabricação Vulcanização
Material reciclável, resistente à tração, abrasão, compressão,
Propriedades gerais do material
oxidação (oxigênio) e ao envelhecimento térmico.
Tempo aproximado de decomposição Indeterminado

Para saber mais sobre o histórico de fabricação da borracha acesse o seguinte link:
Explor

https://goo.gl/LTzxGA

Vidro
Segundo historiadores, o vidro foi descoberto, acidentalmente, por mercadores
da antiga Mesopotâmia, por volta de 7.000 A.C. Esses mercadores verificaram
que a junção dos elementos fogo, areia e nitrato de sódio originavam um líquido
transparente, que viria a ser o vidro.

No entanto, o vidro somente passou a ser utilizado em escala industrial a partir


da segunda (1870 até metade do Séc. XX) e terceira (De 1970 até os dias atuais)
revoluções industriais. Configurando-se, desde então, como um material muito
utilizado pela sociedade moderna.

A tabela abaixo apresenta as principais características gerais do vidro:

Características Gerais do Vidro


Fabricação em escala industrial Segunda metade do século XIX
Tipo de material Areia e Nitrato de Sódio
Processo de fabricação Flutuação e Folha Estirada
Propriedades gerais do material Transparente, material reciclável, não absorvência de líquidos
e baixa condutividade térmica.
Tempo aproximado de decomposição De 4 mil a 1 milhão de anos
Fonte: ANAVIDRO, 2016

Para saber mais sobre o histórico de fabricação do vidro acesse os seguintes links:
Explor

https://goo.gl/eCAZSH | https://goo.gl/ucCWvf | https://goo.gl/l2o4hF

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UNIDADE Caracterização dos Resíduos Sólidos

Alumínio
Os primeiros vestígios históricos que comprovam a utilização do alumínio são
datados em aproximadamente 7mil anos atrás, onde a civilização Persa fabricava
potes e recipientes de argila compostos com óxido de alumínio, hoje caracterizado
como alumina. Depois desse período outras civilizações antigas, como a egípcia e
a babilônica, também produziram produtos (cosméticos, medicamentos e corantes
de tecidos) à base de alumina (ABAL, 2016).

Entretanto, somente na metade do Século XIX que o alumínio passou a ser


isolado da bauxita por meio de um processo químico (reação termoquímica)
denominado como “Hall-Heróult”. Esse processo permitiu a implementação e
difusão da indústria global do alumínio.

Para saber mais sobre o histórico de fabricação do alumínio acesse o seguinte link:
Explor

https://goo.gl/lpmUsd

A tabela abaixo apresenta as principais características gerais do alumínio:

Características Gerais do Alumínio


Fabricação em escala industrial Metade do século XIX
Tipo de material Metal oriundo da bauxita
Processo de fabricação Reações termoquímicas
Material reciclável, resistente à corrosão, condutor térmico e
Propriedades gerais do material
elétrico e detém propriedade antimagnéticas.
Tempo aproximado de decomposição De 100 a 500 anos
Fonte: ABAL, 2016

Plástico
O primeiro composto plástico rudimentar foi desenvolvido em 1860, quando
o inglês Alexandre Pakers desenvolveu estudos com o nitrato de celulosa. Esses
estudos foram aperfeiçoados, em 1870, pelo americano John Hyatt, cujo resultado
culminaria na fabricação da primeira matéria plástica artificial.

Desde esses experimentos iniciais o plástico vem sendo submetido a uma série
de processos de aperfeiçoamento em sua fórmula de fabricação. No início do
século passado foi criado o poliestireno, material primário que veio dar origem aos
demais tipos de plástico produzidos em escala industrial, tais como: Polietileno,
PVC, Poliamidas, Poliéster etc.

Na segunda metade do Século passado, o plástico passa a ser introduzido em


larga escala na indústria (automotiva, têxtil e eletroeletrônicos) e nos mercados do
mundo, gerando com isso diversos produtos descartáveis e, consequentemente,

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um número gigantesco de resíduos sólidos compostos por esse tipo de material. A
tabela abaixo apresenta as principais características gerais do plástico:

Características Gerais do Plástico


Fabricação em escala industrial 1936
Tipo de material Polímero derivado do petróleo
Processo de fabricação Síntese de polímeros
Material reciclável, baixo peso, resistência mecânica e química
Propriedades gerais do material
e resistência a impactos.
Tempo aproximado de decomposição De 100 a 450 anos
Fonte: ABIPLAST, 2016

Resíduos Eletroeletrônicos
Os avanços tecnológicos protagonizados pela sociedade moderna também são
responsáveis pela geração de “Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos
(REEE)”. Os resíduos eletroeletrônicos também podem ser denominados como
“Electronic Waste ou E-Waste” (Resíduos Eletrônicos). Segundo (Santos, 2010)
os resíduos eletroeletrônicos podem ser classificados como:
“Todo o rejeito oriundo do descarte de aparelhos eletrônicos, tais como:
televisores, computadores pessoais; incluindo os seus componentes,
como discos rígidos, placas-mãe etc.; aparelhos celulares, entre outros”.

Os REEEs são resíduos constituídos por uma grande diversidade de materiais,


sobretudo por metais pesados, plástico e demais metais. Essas propriedades físico-
químicas caracterizam os resíduos eletroeletrônicos como um tipo de resíduo
perigoso, que por sua vez pode gerar severos impactos ao meio ambiente, sobretudo
quando estes não são corretamente gerenciados.

As formas de tratamento dos REEEs serão abordadas na próxima unidade


didática específica.

Demais Resíduos Sólidos Perigosos


A fim de complementar a lista de resíduos sólidos gerados pela sociedade mo-
derna, elencaremos a seguir alguns tipos de resíduos sólidos perigosos antro-
pogênicos. Ou seja, esses resíduos sólidos, quando não gerenciados de manei-
ra adequada, também poderão acarretar severos impactos à saúde pública e à
qualidade ambiental.

A seguir, serão elencados, na tabela abaixo, alguns tipos de resíduos sólidos


perigosos gerados pelas atividades antrópicas:

Exemplos de resíduos sólidos perigosos


Classe do resíduo Composição Origem da geração
Resíduos biológicos, químicos, Hospitais, laboratórios analíticos,
Resíduos de Serviços de Saúde perfurocortantes e comuns drogarias, farmácias, serviços de
e rejeitos radioativos tatuagem etc

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UNIDADE Caracterização dos Resíduos Sólidos

Resíduos de Mineração Metais pesados Mineração e atividades de pesquisa


Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e
Resíduos de Saneamento Básico Lodo
Estação de Tratamento de Água (ETA)
Resíduos Químicos de Laboratórios Produtos químicos, hormonais, Estabelecimentos de Ensino e
de Ensino e Pesquisa saneantes e demais produtos perigosos Laboratórios de pesquisa
Embalagens de agrotóxicos
Resíduos de Atividades Agrícolas Agricultura e Pecuária
e fertilizantes
Residências, indústrias, comércios,
Pilhas e Baterias Metais pesados, zinco e manganês
hospitais, instituições de ensino etc.
Fonte: PNRS, 2010; RDC nº 306/04; Resolução CONAMA nº 358/05;

Os resíduos sólidos elencados acima apresentam uma complexa composição


físico-química (perigosos), fator que exige a adoção de um programa de gerencia-
mento de resíduos sólidos, ambientalmente correto, sobretudo no que tange os
processos de tratamento de disposição final.

As formas de tratamento e disposição final para esses tipos de resíduos serão


abordados na próxima unidade didática específica.

Composição dos Resíduos


Sólidos Gerados no Brasil
Vimos que a sociedade moderna gera uma gama enorme de resíduos sólidos por
meio das mais diversas atividades antrópicas do cotidiano. Nesse tópico efetuaremos
uma rápida abordagem sobre a composição dos resíduos sólidos gerados no Brasil.

A composição dos resíduos sólidos também é conhecida como “Composição


Gravimétrica”, sendo denominada pela NBR 10.007/04 como a “determinação
dos constituintes e de suas respectivas percentagens em peso e volume, em
uma amostra de resíduos sólidos, podendo ser físico, químico e biológico”.

Em linhas gerais, a composição gravimétrica expressa o percentual de cada


componente do resíduo sólido em relação à massa total de uma determinada
amostra. Ou seja, a avaliação da composição gravimétrica procura traduzir cada
componente presente no lixo em relação ao seu peso total.

A tabela abaixo ilustra a composição gravimétrica dos resíduos sólidos produzidos


no Brasil e em outros países do mundo:

Composição gravimétrica dos resíduos sólidos gerados


em algumas nações do globo (%)
Tipo de Reino
Resíduo
Brasil México Canadá EUA Alemanha China Índia Japão Quênia
Unido
Matéria
51,4 52,4 28,7 24 51,2 52,9 20,2 41,8 42,3 53
Orgânica
Vidro 2,4 5,9 4,4 5,3 11,5 2,4 9,3 2,1 2,9 2,1

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Metal 2,9 2,9 10,4 8 3,9 0,7 7,3 1,9 5,1 2,3
Plástico 13,5 4,4 8 11 6,1 7,9 10,2 3,9 11,2 12,6
Papel 13,1 14,1 37,7 35 19,9 5,7 37,1 5,7 25 16,8
Rochas e
0,46 - - - 2,9 18,9 6,8 40,3 - -
solo
Borracha,
- 1,5 - 7,4 1,5 2,5 2,1 3,5 5,5 2,6
Tecido
Madeira - - - 5,8 - 6,7 - - - -
Outros 16,7 18,9 10,3 3,4 3,1 2,3 7 0,8 8 10,6
Fonte: IBGE, 2010; CABRAL, 2012

Por meio da tabela acima, que dispõe sobre a composição gravimétrica


aproximada de alguns países do mundo, podemos identificar que o Brasil, gera,
predominantemente, matéria orgânica (51,4%). Além de matéria orgânica o Brasil
também gera um grande volume de outros resíduos sólidos como plástico e papel.
Segundo (SOARES), o conhecimento da composição gravimétrica possibilita
estabelecermos:
Uma avaliação preliminar (diagnóstico) da degradabilidade, do poder de
contaminação ambiental, das possibilidades de reutilização, reciclagem,
valorização energética e orgânica dos resíduos sólidos urbanos. Sendo,
portanto, de grande importância na definição das tecnologias mais
adequadas ao tratamento e disposição final dos resíduos.

A seguir, serão abordados os impactos ambientais desencadeados pelo descarte


ambientalmente incorreto desses resíduos.

Resíduos Sólidos e Impactos


Ambientais Associados
A vertiginosa geração de resíduos sólidos, o aumento da complexidade de sua
composição gravimétrica, o aumento da geração de resíduos perigosos e de menor
biodegradabilidade, a indevida disposição final de resíduos etc., todos esses aspectos
acarretam severos impactos à saúde ambiental e humana.
Os impactos ambientais desencadeados pelo incorreto gerenciamento de resídu-
os são difusos, sobretudo quando a disposição final é realizada em lugares inapro-
priados e isentos de infraestrutura apropriada (ex: lixões e aterros controlados). Ou
seja, esse fenômeno nocivo pode propiciar impactos difusos, atingindo os diversos
ambientes terrestres, tais como: hidrosfera, litosfera (solo) e atmosfera.

Impactos dos Resíduos Sólidos nos Corpos Hídricos (Hidrosfera)


A disposição final dos resíduos sólidos em lugares inapropriados pode propor-
cionar a contaminação dos corpos hídricos superficiais (rios, lagos e reservatórios)
e subterrâneos (aquíferos).

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UNIDADE Caracterização dos Resíduos Sólidos

Essa contaminação se dá por meio de dois processos. O primeiro ocorre por


meio da infiltração de um material líquido oriundo da decomposição dos resíduos
sólidos, denominado como “Chorume”, no solo, chegando até os lençóis freáticos
subterrâneos ou aquíferos.

O segundo processo de contaminação ocorre quando os resíduos sólidos são


transportados até os corpos hídricos superficiais por meio da ação da chuva ou
quando são lançados, arbitrária e indevidamente, nos corpos hídricos superficiais.

Esses dois processos de contaminação geram impactos ambientais em larga


escala nos corpos hídricos aquáticos, sendo necessário um grande dispêndio
econômico para o tratamento desse importante recurso natural.

Você Sabia? Importante!

O termo Disposição Final, segundo a Lei nº 12.305/10, consiste na “distribuição


ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de
modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos
ambientais adversos”.

Impactos dos Resíduos Sólidos no Solo (litosfera)


A contaminação do solo, devido ao incorreto gerenciamento dos resíduos
sólidos, ocorre por meio processo semelhante àquele abordado no tópico anterior.
O solo é contaminado pelo “Chorume” proveniente da decomposição dos resíduos
sólidos. Além de ser contaminado também por gases como o metano, que por sua
vez fica aprisionado nas camadas do subsolo.

Essas duas formas de contaminação ambiental estão ilustradas na figura a seguir:

Ilustração de contaminação do solo e aquíferos – Lixo, 2008


Fonte: Adaptado de Pólita Gonçalves

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Impactos dos Resíduos Sólidos na Atmosfera
Os resíduos sólidos, além de serem geradores do material líquido denominado
como “Chorume”, também produzem gases ao longo de seu processo de
decomposição. O principal gás produzido no processo de decomposição dos
resíduos sólidos é o metano (CH4).

O gás metano (CH4) é classificado como um gás de efeito estufa (GEE), logo a sua
emissão, indiscriminada, na atmosfera acarreta expressivos impactos ambientais
tanto em escala local quanto global (MCTI, 2014).

Vimos que as atividades cotidianas desenvolvidas pelo ser humano geram uma
infinidade de resíduos sólidos, como por exemplo: rejeitos, resíduos orgânicos
e perigosos. Esses resíduos sólidos podem gerar grandes impactos ambientais,
quando não gerenciados, tratados e dispostos de forma ambientalmente correta.

Os resíduos sólidos podem gerar impactos ambientais configurados na forma de


contaminação e poluentes de todos os ambientes da Terra.

Gestão dos Resíduos Sólidos no Brasil


Vimos que os resíduos sólidos antropogênicos exigem uma adequada gestão,
pois podem produzir uma série de impactos ambientais. Logo, a gestão dos resíduos
sólidos gerados pelas atividades antrópicas é um instrumento de gestão ambiental
importante, pois busca prevenir e mitigar uma série de impactos ambientais
associados ao descarte incorreto desse material no meio ambiente.

No âmbito nacional, apesar de inúmeros esforços dos diversos segmentos da


sociedade brasileira, a gestão de resíduos sólidos no nosso país ainda é um tema
que gera muitos desafios para a sociedade civil e gestores públicos. Ou seja, ainda
nos deparamos com uma realidade preocupante, onde os resíduos sólidos ainda são
dispostos ou lançados de forma incorreta no ambiente (exe.: lixões e vazadouro),
como podemos ver no gráfico abaixo:

DESTINO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS, POR UNIDADES E DE DESTINO (%)


Ano VAZADOURO A CÉU
ATERRO CONTROLADO ATERRO SANITÁRIO
ABERTO
1989 88,2 9,6 1,1
2000 72,3 22,3 17,3
2008 50,8 22,5 27,7
Fonte: Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Com o intuito de combater essa problemática ambiental, o Brasil desenvolveu


um Modelo de Gestão de Resíduos Sólidos que se caracteriza como um conjunto
de diretrizes e referências político-estratégicas, institucionais e legais, que buscam
nortear as ações relativas ao gerenciamento de resíduos sólidos no país.

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UNIDADE Caracterização dos Resíduos Sólidos

Segundo (LEITE, 1997), o Modelo de Gestão de Resíduos Sólidos do Brasil é


composto por três aspectos:
1. Arranjos institucionais: Instituição de diversos órgãos ambientais nas três
esferas administrativas (federal, estadual e municipal) designados para as
tomadas de decisões na área de resíduos sólidos;
2. Instrumentos legais: Aprovação de leis, decretos, resoluções, normas,
dentre outros instrumentos normativos, relativos ao gerenciamento e
tratamento de resíduos sólidos;
3. Mecanismos de financiamento: Fundos e linhas de financiamento que
oferecem suporte financeiro para a implementação de atividades relacionadas
ao gerenciamento de resíduos sólidos.

No próximo capítulo serão abordados os principais órgãos ambientais brasileiros


responsáveis por traçar diretrizes e tomar decisões sobre o gerenciamento de
resíduos sólidos no Brasil. Além desses órgãos abordaremos também as principais
normas e leis relacionadas ao gerenciamento de resíduos sólidos.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
IBGE – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008
Tópico: Manejo de Resíduos Sólidos
https://goo.gl/XorkGk

Livros
Armas, Germes e Aço: Os Destinos das Sociedades
DIAMOND, J. Armas, germes e aço: Os destinos das sociedades. 15ª ed. Rio de
Janeiro. Record, 2013.
História do Lixo: A Limpeza Urbana através dos Tempos
EIGENHEER, E. M. A História do Lixo: A limpeza urbana através dos tempos. Rio
de Janeiro: Ed. Campus, 2009

Leitura
Waste Production Must Peak this Century
HOORNWEG, D.; BHADA-TATA, P.; KENNEDY, C. Waste production must peak
this century. Nature, v. 502, p. 615-617, 2013.

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UNIDADE Caracterização dos Resíduos Sólidos

Referências
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Disponível em: http://www.abiplast.org.br/

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. NBR 10.004. Resíduos


sólidos. Classificação: Rio de Janeiro, 2004.

________, ABNT. NBR 10.007. Amostragem de resíduos sólidos: Rio de


Janeiro, 2004.

Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). Dados institucionais. Disponível em:


http://www.abal.org.br/

Associação Nacional de Vidraçarias (ANAVIDRO). Dados institucionais.


Disponível em: http://www.anavidro.com.br/

AUGUSTO, F. Ciclo da Borracha: dos primórdios até 1920. Disponível em: http://
historiainte.blogspot.com.br/2013/06/ciclo-da-borracha-dos-primordios-ate.html

BRASIL, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Segundo


Inventário Brasileiro de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa
- Relatório de Referência: Emissões de Gases de Efeito Estufa no Tratamento e
Disposição de Resíduos. Brasília, 2014. Disponível em: <http://sirene.mcti.gov.
br/documents/1686653/1706227/Estimativas+2ed.pdf/0abe2683-e0a8-4563-
b2cb-4c5cc536c336>.
_______, Ministério do Meio Ambiente. Dados Institucionais – Temática: Resíduos
Sólidos. Disponível em: http://www.mma.gov.br/

_______, Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 358, de 29


de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos
serviços de saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União, 4 de maio de
2005. Disponível em: < http://www.mma.gov.br >.

Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA.


Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 306, de 7 de dezembro de 2004.
Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços
de saúde. Diário Oficial da União, 10 de dezembro de 2004. Disponível em: <
http://www.anvisa.gov.br >.

_______, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados


Institucionais. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/

_______, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis


(IBAMA). Dados Institucionais. Disponível em: http://www.ibama.gov.br/

_______, Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de


Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras
providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/lei/l12305.htm.

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DIAMOND, J. Armas, germes e aço: Os destinos das sociedades. 15.ed. Rio de


Janeiro. Record, 2013.

EIGENHEER, E. M. A História do Lixo: A limpeza urbana através dos tempos.


Rio de Janeiro: Ed. Campus, 2009

HOORNWEG, D.; BHADA-TATA, P.; KENNEDY, C. Waste production must peak


this century. Nature, v. 502, p. 615-617, 2013.

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referência. São Carlos. Tese de D.Sc., Escola de Engenharia de São Carlos,
Universidade de São Paulo (USP). São Carlos, 1997.

PINHEIRO, E. L. Plano de gerenciamento integrado de resíduos de


equipamentos elétricos, eletrônicos (PGIREEE). Belo Horizonte: Fundação
Estadual do Meio Ambiente: Fundação Israel Pinheiro, 2009.

SANTOS, F. H. S. Resíduos de origem eletrônica. Rio de Janeiro: CETEM/


MCT, 2010.

SOARES, E. L. S. F. Estudo da Caracterização Gravimétrica e Poder Calorífico


dos Resíduos Sólidos Urbanos. Rio de Janeiro: UFRJ/COPPE, 2011.

SOUZA, M. Breve História da Amazônia. São Paulo: Marco Zero, 1993

Sites
http://www.abal.org.br/

http://citrus.uspnet.usp.br/fau/deptecnologia/docs/bancovidros/histvidro.htm

http://www.lixo.com.br/

http://www.plastico.com.br/

http://www.recicloteca.org.br/

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