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ATIVIDADE-INVESTIGAÇÃO (AI)

AVALIANDO E REPENSANDO O
LIXO

Eixo Temático: Ambiente

Subtema: O animal cultural

Recurso Didático-Tecnológico utilizado para


realização da Atividade - Investigação (AI):
GOWDAK, D., MARTINS, E. Projeto 4: Lixo.
Coleção Novo Pensar. São Paulo: FTD, v. 4, p. 93-
95, 2006.

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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS - ANOS FINAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL: CIÊNCIA É 10!

Equipe de produção, convênio financiador e direitos de uso


O curso “Ciência é 10!” é uma elaboração coletiva da equipe a seguir, aqui denominada de “Equipe C10”:

Autores
Alessandra Riposati Arantes, Alline Braga Silva, Carlos Wagner Costa Araújo, Daniela Franco Carvalho, Ducinei Garcia, Dulce
Helena Ferreira de Souza, Elenita Pinheiro de Queiroz Silva, Emerson Rodrigues de Camargo, Eriton Rodrigo Botero, Fábio
Luiz Zabotto, Felipe Moron Escanhoela, Fernanda Cristina dos Santos Tibério, Gustavo de Araujo Rojas, Herbert Alexandre
João, Ivã de Haro Moreno, Irene Lucinda, Ivy Frizo de Melo, Luciana Cristina de Azevedo Ribeiro, Marcel Novaes, Nilva
Lúcia Lombardi Sales, Tiago Carvalho Madruga e Savana Diegues.

Leitores críticos
Carlos Wagner Costa Araújo, José Mário Aleluia Oliveira e Tiago Carvalho Madruga.

Assessor de contatos e direitos autorais


Marcel Novaes

Responsáveis pela Elaboração do Ambiente Virtual de Aprendizagem


Alessandra Riposati Arantes, Ana Paula Nascimento, Carina M. Magri Mari, Cristian Kawakami, Helena Gordon Silva Leme,
Jorge Luiz Alves de Oliveira.

Responsáveis pela Aplicação do Projeto-Piloto


Andréa Christiane Gomes Barreto, Clayson Pereira, Eneias Heleno, Fabíola do Nascimento Santos Paes, Hélio Oliveira
Rodrigues, Inácio Gilvando Ribeiro e Rosa Maria Oliveira Teixeira de Vasconcelos.

Responsáveis pela Proposta de Reestruturação e Atualização do Projeto Pedagógico


Alessandra Riposati Arantes, Andréa Christiane Gomes Barreto, Clayson Pereira, Daniela Franco Carvalho, Ducinei Garcia,
Eneias Heleno, Fabíola do Nascimento Santos Paes, Inácio Gilvando Ribeiro, Jimy Davison Emídio Cavalcanti e Rosa Maria
Oliveira Teixeira de Vasconcelos.

Responsáveis pela Atualização do Ambiente Virtual de Aprendizagem


Amanda Del Grecco Santana Simões, Alessandra Riposati Arantes, Caio Vinícius Cardoso Lopes, Carlos Henrique Pereira de
Jesus, Cristian Kawakami, Daiany Berenice Zago, Daniela Franco Carvalho, Glauber Lúcio Alves Santiago, Kadichari Zoz Daju
Dias, Luciene Aparecida Gouvêa Nogueira, Maria Angélica do Carmo Zanotto, Marilde Teresinha Prado Santos, Monike Camila
Carlos, Paulo Roberto Montanaro, Rita de Cássia Rosa da Silva, Roberson de Cassio Rodrigues de Moraes e Thiago Berto
Nóbrega.

Coordenadores
Nelson Studart Filho (coordenação geral de elaboração), Elenita Pinheiro de Queiroz Silva (coordenação pedagógica de
elaboração), Ducinei Garcia (coordenação executiva de elaboração e de atualização), Denise Martins de Abreu e Lima
(coordenação de TI de atualização), Hélio Oliveira Rodrigues e Inácio Gilvando Ribeiro (coordenação de aplicação do projeto-
piloto) e Rosa Maria Oliveira Teixeira de Vasconcelos (coordenação executiva de aplicação do projeto-piloto).

FINANCIAMENTO E APOIO
Convênio de Elaboração e de Atualização: CAPES / MEC / UFSCar
Convênio de Aplicação do Projeto-Piloto: CAPES / MEC / IFPE

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finais do Ensino Fundamental (CIÊNCIA É 10!). Universidade Aberta do Brasil – UAB. Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior – CAPES. UAB/CAPES: Brasília, 2019. Disponibilidade online restrita.

A reprodução e a citação de materiais de terceiros estão condicionadas aos termos de uso estabelecidos por cada autor ou
editor, ficando a Equipe C10 isenta da responsabilidade e das consequências de sua utilização fora do âmbito deste curso.

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Introdução

Lixo pode ser, a princípio, todo um conjunto de objetos que não queremos ou que não servem
mais. E jogamos fora. E fim. Mas será que é simples assim?

Em uma sociedade complexa como a nossa, precisamos de uma grande diversidade de bens e
produtos. É difícil, inclusive, definir o que é um produto essencial ou supérfluo dentro do consumo de
uma cultura humana tão sofisticada. É evidente que alimentos essenciais ou água saudável são as
bases fundamentais para as nossas necessidades fisiológicas vitais. Porém, consumimos “supérfluos”
também. Além do que, obviamente, utilizamos cada vez mais energia e matérias-primas para as
demandas do nosso consumo sociocultural.

O lixo, então, é uma consequência cultural de todo esse


processo permanente e crescente de produção, consumo, uso e Para saber mais
descarte de bens das sociedades humanas. Muitos problemas, é sobre o assunto:
claro, resultam dessa sofisticada cadeia de transformação recursos 1 e 2.
energética: exaustão de recursos minerais, vegetais e animais,
produção excessiva de compostos não degradados biologicamente ou de toxicidade ambiental
elevada, degradação de áreas produtivas e naturais e da água, prejuízo para a saúde humana, entre
tantos outros. Isto significa que as sociedades humanas vêm exigindo de maneira crescente e
imediata – e para seu único benefício – a energia solar transformada e armazenada desde os
primórdios do nosso planeta.

É claro que todos precisam mesmo de muitas coisas. E talvez uma das grandes questões a
serem respondidas seja “Mas do que é que as pessoas precisam mesmo?”. Sabemos que as
necessidades básicas das múltiplas sociedades humanas podem estar relacionadas à alimentação, à
saúde, à segurança, ao conforto, às tradições e ao lazer. E
Para saber mais principalmente nas sociedades ditas ocidentais e de mercado,
sobre o assunto: o consumo de bens é permanentemente estimulado para
recurso 3. alimentar o modelo capitalista e desenvolvimentista de sonhos
e utopias de sucesso humano. Portanto, competimos e
consumimos. As pessoas são induzidas a querer – e se
possível comprar – muito mais. Profissionais de mídias são valorizados para fazer a sociedade
comprar, possuir e mostrar. Nossa sociedade, então, nessa complexa rede de cultura de intensa
produção, parece ainda não ter a medida do consumo de energia e de matérias-primas necessárias
para a sua sobrevivência. Parece não ter a medida, também, da quantidade de lixo resultante dessa
cultura de desperdícios.

Que tal pensar nisso: O que eu já tenho? Do que preciso? O que quero? Por que quero
isso? Como posso ajudar meu planeta nessa tal sociedade de consumo?

De maneira geral, as respostas a essas questões estarão relacionadas com a quantidade de


lixo que vamos produzir. Afinal, o lixo que produzimos não retrata as atitudes da nossa complexa
sociedade, também da família, cidade ou país em relação ao consumo e preocupação com o
equilíbrio do planeta? Mas, então, o que podemos fazer com ele?

Se não conseguimos guardar todo lixo que produzimos (e quanto lixo produzimos!), então, ele
precisa ir pra algum lugar. Livramo-nos dele colocando tudo aquilo que não queremos mais na porta
de casa ou em terrenos, e ele poderá ir embora com o caminhão de lixo, ser enterrado ou até
queimado. Mas ele não desaparece (nem queimado!). O lixo que sai do alcance dos nossos olhos vai
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poluir, solo, água e ar. Até a fundamental decomposição da
matéria orgânica, realizada por vários microorganismos comuns Para saber mais
na natureza (do solo e da água), pode não ser suficiente com sobre o assunto:
todos esses excessos de produção de lixo orgânico. Além disso, recursos 4, 5 e 6.
podem ser produzidos diversos compostos prejudiciais e tóxicos
para a saúde de todo o nosso planeta.

Nesta Atividade-Investigação (AI), propomos a realização de uma atividade avaliativa bastante


simples, baseada em coleta e análise de dados, para ser feita em casa e na escola. O objetivo
principal deverá ser focado dentro da perspectiva de levar o estudante a se inserir como elemento
atuante e transformador desse importante contexto global.

Desenvolvimento da atividade

Caso tenha selecionado esta AI para trabalhar, assinalando-


ATENÇÃO! †
a como opção na Atividade 2 , leia antes o texto: “Projeto
4: Lixo” (recurso 7).

Veja que para a atividade ser desenvolvida não são necessários materiais além de papel e
lápis. O importante será o planejamento da organização das anotações para que a coleta de dados
seja consistente e adequada para a análise dos resultados. São esperados, nesta atividade,
resultados diferentes para cada caso: estudante/família, escola, cidade. A avaliação do lixo poderá,
então, propiciar elementos de debate não apenas quantitativo (consumo), mas também aspectos
qualitativos como a renda familiar e impactos desse lixo no ambiente social.

Antes de trabalhar a proposta em sala de aula com seus estudantes, é importante que você já
a tenha testado previamente, avaliando as possíveis dificuldades e esclarecendo suas dúvidas. Por
isso, neste momento você deve executá-la. Sendo assim, ao terminar a execução do experimento,

faça suas reflexões e possíveis adequações (solicitadas na Atividade 3 a seguir) que julgar
necessárias para viabilizar o desenvolvimento parcial ou integral da atividade em um momento

futuro com seus estudantes (como será solicitado na Atividade 4) .

Lembre-se de que você sempre poderá recorrer aos tutores e professores para sanar dúvidas.


A entrega das atividades 2, 3 e 4 deverá ser realizada pelo
Nota importante! ambiente virtual de aprendizagem, na sala da disciplina
M1D2, quando cursando o Módulo1; ou da disciplina M2D2,
quando cursando o Módulo 2.

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Agora é hora de registrar suas ideias

No ambiente virtual, acesse a Atividade 3 e exponha suas ideias em relação a esta etapa do
desenvolvimento da atividade, contemplando as seguintes considerações:

a) Como foi a realização da atividade? Você encontrou dificuldades e necessidades de


adaptações?
b) Com base em suas observações e cálculos pessoais, elabore uma reflexão sobre o lixo
produzido. Ele reflete de alguma forma seus hábitos de consumo?
c) O que você espera como resultado da aplicação da atividade com seus estudantes?

Aplicação em sala de aula

Para a aplicação da atividade na sala de aula, é preciso ler as recomendações inseridas


abaixo. Os questionamentos e discussões propostos podem ser remodelados para contemplar as
especificidades de sua região/cidade e de sua experiência com a turma. Você sempre poderá sugerir
e incluir novas propostas.

Lembramos que é fundamental que comunique previamente à direção/administração e


funcionários da escola sobre as atividades que serão realizadas, de modo a viabilizar e envolver a
comunidade escolar na sua execução.

Esta atividade pode ser trabalhada em todos os anos do Ensino Fundamental II, de acordo com
o que for mais conveniente. Contudo, podem ser considerados principalmente os anos do terceiro
ciclo (6º e 7º anos) para abordagem relacionada a este tema, dentro da temática sobre o
ambiente onde vive o estudante e as transformações e medidas de proteção e recuperação
provocadas pela ação humana.

É importante orientar (e acompanhar quando possível) os estudantes na manipulação do


lixo, apontando a necessidade de cuidado com materiais cortantes, infectantes, inflamáveis, tóxicos
etc. Se possível, viabilizar o uso de luvas plásticas descartáveis ou de luvas de borracha para
limpeza. Também pode ser relembrada a importância da higiene das mãos após a prática. Nessa
etapa, é interessante que a turma recolha o lixo e o reúna num local específico (sala de aula ou
pátio da escola) para que todas as orientações sejam feitas e a quantidade de lixo chame a
atenção para o problema a ser discutido.

É interessante observar que esta atividade, com componentes de atuação individual e coletiva,
pode favorecer tanto a responsabilidade individual quanto a colaboração para o trabalho em grupo.
Além disso, os estudantes podem ser estimulados a discutir a necessidade de participação individual
e coletiva na organização social, para que importantes objetivos comuns ambientalmente
sustentáveis sejam alcançados.

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Agora é hora de aplicar e relatar

Após a realização da atividade proposta nesta AI em sala de aula, acesse a Atividade 4, no


ambiente virtual, e registre três perguntas feitas pelos seus estudantes, independentemente do
número de turmas em que aplicou a atividade. Faça a seleção de questões na ordem de relevância
para a investigação proposta e acrescente uma justificativa para cada escolha. Além disso, faça um
registro do que você vivenciou junto aos seus estudantes.

Caro cursista, parabéns!


Você acaba de finalizar uma das atividades previstas para o Módulo 1
do curso Ciência é 10!.

Os textos a seguir serão explorados no Módulo 2.

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Aprofundamento de conceitos

Para um planejamento mais sistematizado de plano de aula


Para saber mais no tema, a problematização do lixo e seus impactos sobre o meio
sobre o assunto: ambiente podem ser tratados sob uma dimensão local do
recurso 8. problema. Por exemplo, discutindo os sistemas de descarte e a
existência de aterros sanitários na comunidade ou cidade da
escola. Ainda, a inserção do estudante como indivíduo participante, coautor e responsável pela
transformação social, deve sempre ser destacada. O tema Lixo, assim trabalhado, favorece o
trabalho de observação do seu entorno social. Deverá, portanto, ser estimulado, tanto através de
questões orais quanto da participação em grupo em discussões bem dirigidas. Questões básicas e
cotidianas, tais como:

O que é o lixo? Todo lixo é igual?


A sua escola, bairro e cidade são limpos?
Pra onde vai o lixo da sua cidade?
Tudo o que vai pro lixo não serve mais?
Quanto você (estudante) acha que produz de lixo em uma semana? E em um ano?

podem, se dinamizadas no contexto da aula com a intensa participação dos estudantes,


favorecer, inclusive, a integração com outras disciplinas (história, geografia, português, artes,
matemática etc.).
A discussão gerada por você deve orientar o estudante a praticar aquilo que é proposto na
atividade, ou seja, observar e se inquietar com o lixo produzido em sua casa e na escola. É desejável
o mesmo processo com outros componentes sociais do seu entorno: família, amigos, vizinhos,
escola etc.

Tratamento dos dados

Caso os estudantes não estejam habituados com coleta e


análise de dados, é interessante a realização prévia de Para saber mais
atividades para a compreensão de montagem de tabelas, sobre o assunto:
gráficos etc. A aula do Portal do Professor “Interpretando os recurso 9.
dados de tabelas e gráficos na alfabetização” (recurso 9) foi
pensada para os anos iniciais do Fundamental, mas é um bom ponto de partida, principalmente nos
casos de turmas que nunca realizaram pesquisa dessa natureza.

Após o levantamento feito pelos estudantes do material observado, os totais semanais devem
ser calculados. Essa tarefa é sempre mais interessante quando realizada em sala de aula e em
grupo, porém, a seu critério, poderá ser parcialmente individualizada e feita em casa. A partir dos
resultados obtidos, novas questões e abordagem podem ser apresentadas em temas separados, tais
como exemplificado a seguir.

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O nosso lixo

Quanto lixo você produziu? Que tipo de itens encontrou?


Quais tipos se apresentaram em maior quantidade no seu lixo? E na escola? Você considera
que houve exageros na produção de lixo?
Qual lixo você considera inútil ou desnecessário? Quanto desse lixo era realmente inútil?
O que você pode sugerir para mudar essa situação?

Com os totais e a discussão dos resultados, você pode discutir com os estudantes a
necessidade de divulgar as informações obtidas na escola, nos bairros, e outros espaços sociais
interessantes. Assim, diversas formas de mídias podem ser sugeridas e trabalhadas para promover
essa divulgação de resultados (fotos, filmes, teatro, cartazes, seminários ou outros eventos).

O lixo dos outros

É interessante trabalhar com os estudantes a abordagem que associa as quantidades e


características do lixo estudado com as diferentes realidades regionais, socioeconômicas e culturais
brasileira envolvendo bairros, cidades e estados.

Você percebe algumas alterações criadas pelo lixo produzido em seu bairro ou cidade?
Explique as alterações que podem ser observadas.
Você consegue citar elementos que indicariam diferentes associações no lixo produzido?
Como?
Como você imagina a característica de um lixo em áreas rurais? (E, se você mora na área
rural, o lixo de um centro urbano?).
As aldeias indígenas produzem lixo?

O lixo dos pobres e o lixo dos ricos

O problema do lixo não é exclusividade do Brasil, de países emergentes, pobres ou ricos. É


um problema global sofisticado e de difícil dimensionamento ambiental. Mas devemos destacar que o
tema lixo não está somente relacionado única e diretamente aos problemas ambientais, mas também
ao debate sobre tecnologia, economia e geopolítica global. E você também pode refletir sobre essas
vertentes e, até mesmo, trabalhá-las adequadamente com seus estudantes, a partir desta atividade.

Todos os países produzem a mesma quantidade de lixo?


O lixo é igual em todos os países? Por que essas diferenças?
Dos países que você conhece, quais produzem mais lixo? Quais produzem menos?

A exportação de pneus usados da Europa para o Brasil, que virou notícia em 2006
(Reportagem “UE quer Brasil como lixeira”, voltou a ser discutida no início de 2010. O Brasil proibiu a
entrada desses produtos no país. A resposta em represálias foi grande por parte da Europa e da
Organização Mundial do Comércio (OMC) (Reportagem “Europa rejeita soluções do Brasil para
questão dos pneus usados”).

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Pensando que esta pode ser mais uma forma de países ricos ‘resolverem’ o problema de seu
lixo, discuta:

Quais as implicações de processos como este para os países “importadores”?


O que este problema reflete quanto às diferenças de consumo, gasto de energia,
poluição e produção de lixo entre países de diferentes situações econômicas?
Isso pode refletir também diferenças culturais entre as diferentes sociedades? Quais as
dificuldades do efeito da globalização sobre o meio ambiente?

O lixo na Terra

Podemos pensar também sobre os ciclos de matéria e energia da Terra. E sabemos que alta
produção de resíduos pode alterar esses ciclos.

De que modo o lixo afetaria os recursos hídricos de nosso planeta? E o solo? Como você
imagina o futuro da Terra e o lixo produzido?
Uma floresta natural acumula lixo?
O lixo das cidades afeta as florestas e rios?

Enfim, essas são apenas sugestões de questões ou abordagens que podem ser trabalhadas
com os estudantes durante a execução e discussão da atividade. Você também pode elaborar outras
questões, além de adaptar as apresentadas acima de
acordo com o ano e momento escolar dos estudantes, ou Para saber mais
com características específicas de sua região. Material sobre o assunto:
complementar disponível neste subtema (recurso 10), além recurso 10.
de suas pesquisas próprias, é um importante apoio para que
essas questões sejam respondidas ou discutidas.

Agora é hora de responder

Em sua sala de aula virtual da Disciplina M2D2, vá para Atividade 5 e:

Responda as três questões que foram elaboradas por você e por seus estudantes
durante o desenvolvimento da atividade em sala de aula e já relatadas na Atividade 4.

Equipe C10!

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Recursos Didático-Tecnológicos

1. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Lixo. In: Consumo Sustentável: manual de


educação. Brasília: Consumers International/MMA/MEC/IDEC, p. 113-130, 2005.
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/secex_consumo/_arquivos/8%20-
%20mcs_lixo.pdf>. Acesso em: 01 dez. 2018.

2. MEIO ambiente por inteiro – Produção de Lixo. Vídeo do Canal Meio Ambiente da TV
Justiça, 07 dez. 2013. Brasil. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=jVs2I6bH440>. Acesso em: 30 jan. 2019.

3. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Cidadania e consumo sustentável. In: Consumo


Sustentável: manual de educação. Brasília: Consumers International/ MMA/MEC/IDEC, p.
13-24, 2005. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/estruturas/sedr_proecotur/_publicacao/140_publicacao09062009
025703.pdf >. Acesso em: 30 jan. 2019.

4. WEBER, R. R. A perigosa poluição das águas. Scientific American Brasil, 2003.


Disponível em:
<http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/a_perigosa_poluicao_das_aguas.html>.
Acesso em: 01 dez. 2018.

5. CARDOSO, F. C. I. C., CARDOSO, J. C. O problema do lixo e algumas perspectivas para


redução de impactos. Ciência e Cultura, v. 68, n. 4, 2016. Disponível em:
<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-
67252016000400010>. Acesso em: 01 dez. 2018.

6. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Animação: Um Mar de Lixo, 2017. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=00UQQx9-GB8&feature=youtu.be>. Acesso em: 20
jan. 2019.

7. GOWDAK, D., MARTINS, E. Projeto 4: Lixo. In: Coleção Novo Pensar. São Paulo, FTD,
v. 4, p. 94-96, 2006.

8. ALMEIDA, P. S. et al.. Armazenamento de lixo urbano em Lixões e Aterros Sanitários:


Contaminação do solo, proliferação de macro e micro vetores e contaminação do lençol
freático. Disciplina: Sociedade, Meio Ambiente e Cidadania, 2009. Escola de Artes,
Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Disponível em:
<http://stoa.usp.br/wagnerk/files/-1/16685/trabalho+1+de+SMC+-
+professor+Paulo+Almeida.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2019.

9. DORNELLAS, V. C. Interpretando os dados de tabelas e gráficos na alfabetização energia.


Portal do Professor. Ministério da Educação. Disponível em:
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=55767>. Acesso em: 01
dez. 2018.

10. ANTUNES, A. O que fazer com o lixo?. Escola Politécnica de Saúde Joaquim
Venâncio. Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Rio de Janeiro, 30 mar. 2016. Disponível
em: < http://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/reportagem/o-que-fazer-com-o-lixo>. Acesso em:
20 mai. 2019.

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