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RESPONSABILIDADE
SOCIAL
Autoria
FICHA CATALOGRÁFICA
CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
BIBLIOTECA CENTRO UNIVERSITÁRIO ATENEU
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Seja bem-vindo!
Caro estudante, é com grande prazer que lhe apresento o material didático
da disciplina de Responsabilidade Social.
Vale ressaltar que a apostila foi elaborada com os tópicos mais importantes
sobre as temáticas abordadas. No entanto, é sempre dever do aluno procurar apro-
fundar o seu conhecimento através de outras bibliografias
Bons estudos!
Sumário
UNIDADE 01
RESPONSABILIDADE SOCIAL .............................................................................7
5. Marketing social................................................................................................38
6. Benefícios da responsabilidade social .............................................................39
7. Críticas em relação ao papel das empresas na responsabilidade social .........41
8. Ética e transparência ........................................................................................42
Referências .........................................................................................................49
UNIDADE 02
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NAS EMPRESAS ..................................51
Referências .........................................................................................................91
UNIDADE 03
CERTIFICAÇÕES AMBIENTAIS ..........................................................................93
Referências ........................................................................................................121
UNIDADE 04
OS TEMAS CENTRAIS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL.............................123
Referências ........................................................................................................143
Uni
1. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A humanidade vivencia, na atualidade, crescentes transformações am-
bientais, seja por emissão de gases poluentes, seja por desmatar florestas, seja
por poluir rios, seja por extinguir espécies tanto da fauna quanto da flora. Tudo
isso é impulsionado por uma demanda por novas tecnologias, interesses e ne-
cessidades de outros produtos. Pode-se questionar, também, que esta demanda
surge através de necessidades consumistas falaciosas. As pessoas acreditam
que precisam de um celular mais moderno, um carro mais confortável, dentre
outras necessidades criadas.
Mas foi a partir da década de 1970 que a preocupação com o meio am-
biente ganhou um maior destaque no cenário mundial. O abuso indiscriminado
dos recursos naturais trouxe o questionamento sobre o futuro da humanidade.
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Esperava-se que o homem, avançando na tecnologia, não fosse atingir de forma
tão perversa os recursos naturais ao ponto de extinguir a sobrevivência no planeta.
Este temor foi um impulso para estudos relacionados à temática da sustentabili-
dade e estratégias de desenvolvimento sustentável.
Foi na década de 1980 que houve uma maior difusão do termo desen-
volvimento sustentável e também uma definição mais ampla e contemporânea.
Contudo, o conceito do termo foi definido em 1987 pela Comissão de Brundtland.
O relatório elaborado por esta comissão procurou estabelecer uma convivência
harmoniosa entre o homem e o meio ambiente. Ainda estabelece que a pobreza
é incompatível com o desenvolvimento sustentável, e que a prática de uma po-
lítica ambiental deve ser parte integrante do desenvolvimento como um todo. O
relatório de Brundtland fala de preocupações que devem ser comuns a todos os
países, por exemplo, o papel da economia internacional, os desafios em comum
como a energia, indústria, urbanismo, espécies, ecossistema, segurança alimentar
e aumento populacional e os esforços comuns a todas as nações como paz, segu-
rança, desenvolvimento, administração de áreas comuns, propostas de mudança
institucional e meio ambiente.
Como o conceito foi interpretado de uma forma muita ampla, passou a ser
utilizado erroneamente para justificar qualquer atividade, desde que a mesma
reservasse recursos naturais para a população do futuro. Entretanto, o que se
pretendia era que todas as atividades que se utilizassem de recursos naturais,
passassem por uma avaliação mais rigorosa e aprofundada com o intuito de diag-
nosticar os seus efeitos no meio ambiente.
• Discussão dos critérios para a destinação de fundos públicos, uma vez que
o Estado dá subsídios e isenção fiscal.
Daher apud Almeida (2002, p. 104) afirma o seguinte sobre a base do de-
senvolvimento sustentável:
[...] a base do desenvolvimento sustentável é um sistema de mer-
cados competitivos e abertos, em que os preços refletem com
transparência os custos, incluindo os ambientais. Se os preços são
fixados adequadamente, sem estar mascarados por subsídios pro-
tecionistas, a competição estimula os produtores a usar um mínimo
de recursos, reduzindo o avanço sobre os sistemas naturais e mini-
mizando a poluição ambiental. A corporação que pretende ser sus-
tentável considera, em seus objetivos e ações, o cuidado para com
o meio ambiente, o bem-estar dos stakeholders, a transparência de
seus atos e a constante melhoria de sua reputação, pois é notório
que as parcerias e a responsabilidade compartilhada substituem
as relações tradicionais nos negócios. A sustentabilidade propugna
pela eliminação da miséria e pela inserção de centenas de milhares
de trabalhadores nas economias de mercado.
• Saúde e bem-estar;
• Comunidades.
• Outras pressões: primeiro, o pessoal qualificado vai cada vez mais preferir
trabalhar em organizações com bons históricos ambientais. Segundo, no
futuro, a determinação do “preço de custo total” vai requerer que as em-
presas reflitam sobre os preços dos produtos e serviços levando em conta
não apenas os custos de produção e entrega, como também os custos
totais da degradação ambiental associada àqueles produtos e serviços.
Esta nova abordagem sobre a questão dos resíduos levou a uma mudança
de paradigma. O resíduo, que antes era visto apenas como um problema a ser re-
solvido, passou a ser encarado também como uma oportunidade de melhoria. Isto
RESPONSABILIDADE SOCIAL 67
só foi possível após a percepção de que o resíduo não era inerente ao processo,
pelo contrário, era um claro indicativo da ineficiência deste. Portanto, é a identifi-
cação e análise do resíduo que dará início à atividade de avaliação de Produção
mais Limpa.
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A implementação de um Programa de Produção mais Limpa possibilita à em-
presa o melhor conhecimento do seu processo industrial através do monitoramento
constante para a manutenção e o desenvolvimento de um sistema ecoeficiente de
produção com a geração de indicadores ambientais e processuais. Tal monitoramento
permitirá à empresa identificar necessidades de pesquisa aplicada, informação tecno-
lógica e programas de capacitação. Além disso, o Programa de Produção mais Limpa
irá integrar-se aos sistemas de qualidade, gestão ambiental e de segurança e saúde
ocupacional, proporcionando o completo entendimento do sistema de gerenciamento
da empresa. Tal programa traz para as empresas benefícios ambientais e econômicos
que resultam da:
• Eficiência global do processo produtivo por meio da eliminação dos
desperdícios;
• Minimização ou eliminação de matérias-primas e outros insumos impactantes
para o meio ambiente;
• Redução dos resíduos e emissões; redução dos custos de gerenciamento dos
resíduos;
• Minimização dos passivos ambientais; e
• Incremento na saúde e segurança no trabalho.
• E ainda melhora a imagem da empresa;
• Aumenta a produtividade;
• Conscientiza os funcionários;
• Reduz os gastos com multas e outras penalidades.
2. SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL
Segundo Correia e Pitombeira (2014), o conceito de desenvolvimento
econômico de poucos anos atrás era baseado nos princípios elencados nos ma-
nuais tradicionais de economia clássica. Existiu até bem pouco tempo a crença na
possibilidade de um crescimento econômico ilimitado, que embasou a sociedade
industrial ocidental após a Segunda Guerra Mundial. Desse modo, na década de
1940, as populações dos países fortemente afetados pela guerra estavam preocu-
padas em reconstruir suas nações. Havia uma grande diferença entre os países,
pois alguns eram urbanizados e industrializados e outros estavam em contexto de
pouca industrialização e com uma economia mais rural. E o modelo de evolução a
ser seguido era o da industrialização, como forma de superar a pobreza e o atraso.
Vale ressaltar que existe uma diferença entre crescimento econômico e de-
senvolvimento econômico. O primeiro pode ser definido como um crescimento cons-
tante do produto nacional ao longo dos anos em relação ao crescimento dos produtos
mundiais. Já o segundo consiste em avaliar não somente o crescimento dos produtos
nacionais, mas também a forma como este crescimento é distribuído socialmente.
Por conseguinte, a empresa deve ser entendida como um sistema vivo que
não pode ser vista apenas no cenário econômico. A gestão ambiental exige uma
postura ética que está tanto em consonância com as leis como preocupada com o
bem-estar das futuras gerações. O ambientalismo verdadeiro substitui a ideologia
do crescimento econômico pela ideia da sustentabilidade ambiental. Mas cabe
aos gestores das empresas harmonizar o crescimento econômico com a preserva-
ção ambiental. Eles devem ter uma liderança que consiga envolver todas as partes
interessadas da empresa.
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacio-
nal de pequeno porte.
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2.1. Importância da sustentabilidade empresarial
A maior importância da sustentabilidade empresarial com certeza é a
perpetuação das atividades da empresa, já que sem recursos naturais, a grande
maioria não teria como funcionar.
Produtos Exigência do
Cliente por Produtos
mais limpos
Melhores
Redução de empregados e
custos e maior
vantagem produtividade
competitiva
Ecoeficiência
Menor custo
Inovação e de capital
Novas oportunidades e de seguro
Benefícios sociais
significáveis que levam
a uma imagem
melhorada
• Informais;
• Organizados; e
• Inovativos.
Nos arranjos informais não existe uma liderança. Também não são sig-
nificativos os aspectos ligados à inovação, à cooperação e à confiança. Pode
ser caracterizada por uma maioria de pequenas e médias empresas competindo
entre si, trabalhadores não qualificados, baixo nível de exportação e pouco va-
riedade de produtos.
Outra classificação dada aos APLs que está mais alinhada às característi-
cas do Brasil deve ser baseada nos seguintes elementos:
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2. Fale sobre a conceituação de sustentabilidade.
3. Escolha uma empresa brasileira (pode ser multinacional, mas precisa ter sede
no Brasil) que possua práticas sustentáveis e discorra sobre ela.
5. Dê sua opinião a respeito de como deve ser a postura dos gestores das empre-
sas para conseguir alcançar uma gestão pautada na sustentabilidade.
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6. Fale sobre a função da ecoeficiência nas empresas.
RESPONSABILIDADE SOCIAL 89
Nesta unidade, conhecemos o conceito de desenvolvimento sustentável e
vimos que ele deve focar nos aspectos sociais, econômicos e ambientais. A cria-
ção de produtos ou serviços com baixo custo, com qualidade e agilidade tem como
foco as relações entre sustentabilidade econômica, social e ambiental corporativa.
A prática constante da sustentabilidade permite a funcionalidade da empresa du-
rante os anos, aumenta seus lucros, alcança um melhor reconhecimento no mer-
cado, melhora a sua legitimidade e a percepção de qualidade de seus produtos e
ou serviços.
Também vimos que para uma atividade empresarial ser considerada sus-
tentável, precisa demonstrar um desempenho econômico e ecológico. É nesse
ponto que entra a ecoeficiência, que consiste na integração entre o desempenho
econômico e o desempenho ecológico, ou seja, os gastos com as ações am-
bientais devem trazer benefícios econômicos e financeiros para as empresas. A
ecoeficiência complementa o desenvolvimento sustentável no âmbito corporativo.
Significa que o aumento da eficiência é oriundo da preservação ambiental. Mas a
busca pela ecoeficiência não é somente responsabilidade da classe empresária,
pois também deve haver a cooperação da sociedade e do governo.
Por fim, vimos que políticas públicas de sustentabilidade podem ser via-
bilizadas por meio da criação do Arranjo Produtivo Local (APL), que consiste
no agrupamento das micros, pequenas e médias empresas, ou seja, é a aglo-
meração de empresas em um mesmo território. Ele procura o desenvolvimento
de uma localidade através da relação entre os agentes do setor produtivo local.
Possui singularidade produtiva e mantém um vínculo entre governo, associações
empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa. O Arranjo Produtivo Lo-
cal (APL) tem uma natureza de relações dotadas de cooperação, interação e
aprendizagem entre a população local, com o intuito de desenvolver um sistema
produtivo inovador. A troca de informações, de conhecimento e de aprendizado
favorecem o crescimento coletivo.
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Referências
BESSA, Fabiane Lopes Bueno Netto. Responsabilidade social das empresas: práticas
sociais e regulação jurídica. Rio de Janeiro: Lumem Juris, 2010.
BRASIL. Agenda 21: bases para discussão. Coord.: Washington Novaes. Brasília:
MMA/PUD, 2000.
CORREIA, Mary Lúcia Andrade; PITOMBEIRA, Thales José Eduardo. Direito am-
biental: desenvolvimento e sustentabilidade - legislação, políticas públicas, mercado
e novas perspectivas. 1.ed. Curitiba: CRV, 2014.
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