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INTRODUÇÃO
Caro Professor,
Embora o conceito de texto se coloque diante de nós como princípio de evidência, associado, usualmente, ao
material empírico que preenche a folha antes branca, e que normalmente principia por um título dado e se
encerra com um ponto – que pode ser final, de exclamação ou mesmo de interrogação -, nunca é demais
partilhar com nossos alunos as informações que temos a respeito desse conceito que, como sabemos, se dá
apenas como evidência historicamente construída. Cabe a nós, professores, reservar um espaço de reflexão na
sala de aula voltado para estas questões, cujo percurso inicial nos remetem à origem latina do termo até
chegarmos a alguns conceitos que eles se referem.
Esses termos podem ser agrupados em seu conteúdo, em sua argumentação, em suas organizações textuais e
nas relações entre vários discursos.
Ótimos discursos!
Abraço,
Reinaldo Valentim.
CONTEÚDOS/CAPÍTULOS QUESTÕES
Texto e contexto 1, 4, 8, 9, 10, 13, 19, 23, 24, 31, 33 e 34.
Coesão textual 3, 12, 18, 21, 25, 26, 28, 30, 32, 37 e 39.
Há poucos dias, quando ministrava uma aula de economia em que o assunto era oferta e demanda, fui
incitado pela turma a usar exemplos empíricos, ou seja, práticos (fazendo justiça e mencionando a moçada:
alunos da turma). Como é de minha preferência, busquei um tema polêmico: Seria a Copa do Mundo
responsável por uma melhora na economia brasileira antes, durante e depois do evento? Pronto: polêmica
lançada!
Os que defendem, e esperam, que a Copa do Mundo contribua com benefícios para o Brasil e para os
brasileiros se apoiam aumento da demanda agregada. Demanda agregada é a soma dos gastos dos agentes
econômicos. [...] A grande parcela do investimento capaz de induzir o crescimento desta demanda pode vir dos
investimentos do governo federal na construção de estádios, pontes, melhoria dos aeroportos e rodovias,
levando a um ajuste rápido do investimento privado neste sentido. A construção da infraestrutura beneficiaria os
brasileiros gerando emprego e renda. Durante o evento a quantidade de turistas aqueceria o setor do turismo e
outros diversos setores da economia e, mesmo após o evento, teríamos uma melhor qualidade de vida da
população em geral, graças à infraestrutura instalada. E assim, nós brasileiros viveríamos felizes para sempre.
Gostaria de deixar claro que não estou sendo sarcástico e me opondo às teorias dos cientistas de
economia, somente alerto que a conjuntura que circunda a construção e preparação deste evento está cercada
de equívocos e o resultado pode levar senão a alguma forma de catástrofe social [...]. Desculpem-me a
expressão, mas o que vejo está mais próximo de um “pão e circo desconexo” do que de um Welfare State
(Estado de Bem Estar Social).
[...]
A fortuna gasta na construção de estádios trará grandes benefícios? Onde existia uma Fonte Nova,
teremos uma Nova Fonte Nova! Onde tinha um Maracanã, veja só, poderemos em 2014 ver: um novo
Maracanã! E daí? 705 milhões para 76 mil pagantes? O pior é que o atraso das obras cada dia mais as
caracteriza como emergenciais – dada a proximidade do evento – o que faz com que sejam dispensadas as
licitações. Nos telejornais teremos as notícias de inauguração dos estádios seguidas de notícias de ventiladores
caindo na cabeça de alunos em algumas escolas abandonadas às traças.
[...]
Mais do que ver a população envolvida em discutir se teremos direito ou não à “meia entrada”, gostaria
de ver questões levantadas sobre o direito à educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, segurança,
previdência social e, aí sim, depois de tudo isso, lazer, para se ter de fato o que comemorar.
QUESTÃO 01 (Descritor: Identificar mudanças de sentido decorrentes das mudanças contextuais do discurso.)
O termo “às favas”, para manter o sentido no contexto do artigo, poderá ser substituído pelo termo
(A) às adequações.
(B) às belezas.
(C) às injúrias.
(D) às honestidades.
(E) às montagens.
Resposta: C.
Comentário – A expressão ”às favas” tem sentido pejorativo, pois o autor mostra-se indignado com a
inversão de prioridades que representam os investimentos públicos na Copa do Mundo.
Desculpem-me a expressão, mas o que vejo está mais próximo de um “pão e circo desconexo” do que de um
Welfare State (Estado de Bem Estar Social).
Os termos articulados nesse trecho do artigo buscam mostrar aos leitores o ponto vista do autor no que diz
respeito às condições econômicas, políticas e sociais brasileiras.
(A) Ambiguidade.
(B) Antítese.
(C) Ironia.
(D) Metáfora.
(E) Paradoxo.
Resposta: E.
Comentário – No contexto e no enunciado, o paradoxo (contradição “aparente”) revela a diferença entre
os problemas sociais e as instâncias de “melhoria” para a Copa do Mundo em 2014.
QUESTÃO 03 (Descritor: Associar o valor sintático e semântico e discursivo de pronomes relativos e pronomes
demonstrativos, em textos apresentados.)
(...) e aí sim, depois de tudo isso, lazer, para se ter de fato o que comemorar.O termo destacado no enunciado
pode ser substituído pelo pronome demonstrativo
(A) “aquilo”.
(B) “cujo”.
(C) “esta”.
(D) “neste”.
(E) “nosso”.
Resposta: A.
Comentário – “... de fato aquilo que comemorar (...)” – pronome demonstrativo que indica a posição no
espaço.
QUESTÃO 04 (Descritor: Associar o sentido decorrente dos vocábulos no contexto situacional na enunciação
do discurso)
(A) “criminosos”.
(B) “desonestos”.
(C) “diferentes”.
(D) “elegantes”.
(E) “íntegros”.
Resposta: E.
Comentário – “probo”: adj. Honesto, honroso, íntegro. Ironicamente a charge apresenta “Parlamentares
‘íntegros’ como coelhinho da páscoa”.
No contexto da fala do pai, a oração destacada nesse fragmento é classificada como Oração Subordinada
Substantiva
(A) Apositiva.
(B) Completiva Nominal.
(C) Objetiva Direta.
(D) Objetiva Indireta.
(E) Predicativa.
Resposta: C.
Comentário – Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: “garantiram algo” – complemento
objetivo direto à oração principal.
(A) ambígua.
(B) antitética.
(C) irônica.
(D) metafórica.
(E) paradoxal.
Resposta: C.
Comentário: Irônica – função de linguagem que transmite sarcasmo, zombaria política no contexto da
charge.
QUESTÃO 07 (Descritor: Relacionar as pistas deixadas pelo autor com contextos discursivos e pontos de
vista.)
A vida do personagem no contexto do poema mostra que o sentido abordado nas sete estrofes traz a
QUESTÃO 08 (Descritor: Identificar em frases e textos apresentados, efeitos de sentido do emprego de orações
coordenadas.)
De acordo com a interação desses versos em períodos, eles classificam-se como orações coordenadas
(A) assindéticas.
(B) sindéticas aditivas.
(C) sindéticas adversativas.
(D) sindéticas conclusivas.
(E) sindéticas explicativas.
Resposta: A.
Comentário – Orações Coordenadas Assindéticas: Mundo mundo vasto mundo, mais vasto é o meu
coração. – Período composto por orações sintaticamente independentes, que não possuem conjunções.
QUESTÃO 09 (Descritor: Identificar em frases e textos apresentados, efeitos de sentido do emprego de orações
coordenadas.)
No desfecho do poema, de acordo com a interação desses versos em períodos, eles classificam-se como
orações coordenadas
(A) assindéticas.
(B) sindéticas aditivas.
(C) sindéticas adversativas.
(D) sindéticas conclusivas.
(E) sindéticas explicativas.
Resposta: C.
Comentário – Orações Subordinadas Sindéticas Adversativas – Eu não devia te dizer, mas essa lua, mas
esse conhaque botam a gente (...) – conjunção “mas” que expressa oposição entre as orações
coordenadas.
Leia os versos a seguir, do poeta Mário de Andrade (Paulistano, 1893-1945), e responda às questões 10, 11 e
12.
Escrevo sem pensar, tudo o que o meu inconsciente grita. Penso depois:
não só para corrigir, mas para justificar o que escrevi.
Resposta: C.
Comentário – “não só para corrigir, mas para justificar o que escrevi”: enunciado que expressa a
coerência, a coesão à interpretação dos leitores.
QUESTÃO 12 (Descritor: Associar o valor sintático e semântico e discursivo de pronomes relativos e pornomes
demonstrativos em textos apresentados.)
O pronome relativo “que” nessa oração poderia ser antecedido por outro pronome, no entanto é antecedido por
pelo pronome “o” cuja classificação é:
(A) Demonstrativo.
(B) Pessoal.
(C) Possessivo.
(D) Relativo.
(E) Tratamento.
Resposta: A.
Comentário – Pronome Demonstrativo: indicação a posição de alguma coisa, de algo: “aquilo/algo que
escrevi.”.
Amizade
Resposta: D.
Comentário – no desfecho do artigo, o foco principal relaciona-se continuamente à verdade, à
intimidade, distinto dos outros colegas que se tem.
É por isso que quando esse elo se perde e é rompido, nos sentimos traídos, apunhalados.
Resposta: B.
Comentário – forma referencial anafórica isso (anterior à continuação do enunciado, do período:
“Abrimos nossos segredos, intimidades, a confiança (...)”; esse (ainda anterior à continuação do
enunciado, mas posterior ao primeiro termo anafórico já citado, isso): “(...) e o respeito é a base.”.
QUESTÃO 15 (Descritor: Distinguir, em um texto, sua ideologia, seu discurso metafórico e irônico.)
Resposta: C.
Comentário – de acordo com o contexto do artigo, “para esse sentimento de camaradagem é preciso
verdade sempre”, real, verdadeira.
Leia a mensagem a seguir, do escritor mineiro Affonso Romano de Sant’Anna (nasceu em 1937), e responda às
questões 16, 17 e 18.
A estilística que consiste em aproximar palavras ou expressões de sentido contrário – “fantasia” e “realidade” –
é uma figura de linguagem cujo nome é:
(A) Ambiguidade.
(B) Antítese.
(C) Eufemismo.
(D) Metáfora.
(E) Paradoxo.
Resposta: B.
Comentário – no contexto da mensagem, a mistura de “fantasia” e de “realidade” refere-se à função de
linguagem de antítese, situação anteposta e contrária em que os elementos se interagem.
Conforme o contexto da mensagem, a coesão e coerência ocorrem com a junção das palavras:
Resposta: A.
Comentário – no contexto da mensagem, na antítese ou função anteposta, a coerência e a coesão
associam-se à soma de “arte” e “fantasia”; “vida” e “realidade”.
Resposta: C.
Comentário – interagir a realidade com a criatividade para conduzi-la.
Resposta: D.
Comentário – no contexto (verbal e não verbal), o status e a “beleza” desconsideram a realidade dos
problemas sociais.
QUESTÃO 20 (Descritor: Distinguir, em um texto, sua ideologia seu discurso metafórico e irônico.)
(A) Ambiguidade.
(B) Hipérbole.
(C) Ironia.
(D) Onomatopeia.
(E) Paradoxo.
Resposta: C.
Comentário – ironia: figura de linguagem que ressalta o sarcasmo na relação “status” e crise social.
Aceito chapinha.
(A) demonstrativo.
(B) oblíquo.
(C) pessoal.
(D) possessivo.
(E) relativo.
Resposta: C.
Comentário – Pronome pessoal implícito “Eu”, segundo a coerência com a concordância verbal do
verbo “aceitar”: “Eu aceito chapinha”.
Leia o texto a seguir, da escritora Clarice Lispector (1920-1977). Em seguida, responda às questões 22, 23 e
24.
Você pensa que nunca vai esquecer, e esquece. Você pensa que essa dor nunca vai passar, mas passa. Você
pensa que tudo é eterno, mas não é.
Disponível em: <https://plus.google.com/106214653648037416426/posts/Wnh3v7x13oS>. Acesso em: 30 set. 2012.
Para manter o mesmo sentido informado no texto, a conjunção “e” pode ser substituída pela conjunção
(A) “mas”.
(B) “ou”.
(C) “outrora”.
(D) “pois”.
(E) “portanto”.
Resposta: A.
Comentário – no contexto exposto, a conjunção “e” pode ser substituída pela conjunção “mas”, por se
pensar algo e acontecer algo oposto a esse pensamento.
QUESTÃO 23 (Descritor: Identificar em frases e textos apresentados, efeitos de sentido do emprego de orações
coordenadas.)
As orações “[...] e esquece.” / “[...] mas passa.” / “[...] mas não é.”, para manter o mesmo sentido transmitido
pelo texto, são classificadas, respectivamente, como orações coordenadas sindéticas
Resposta: C.
Comentário: Pelo fato oposto na relação entre as orações coordenadas do enunciado no contexto do
texto, as três constituem Orações Coordenadas Adversativas.
O sentido transmitido aos interlocutores de acordo com o seu desfecho ressalta que há
Resposta: C.
Comentário – segundo o desfecho, o contexto apresenta-nos situações positivas ou negativas no
decorrer da vida.
As questões 25, 26 e 27 referem-se à canção a seguir, interpretada pelo guitarrista e compositor Roberto Frejat
(Rio de Janeiro, 21 de maio de 1962).
Eu te desejo
Não parar tão cedo
Pois toda idade tem
Prazer e medo...
Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Pra recomeçar
Pra recomeçar...
[...]
Eu desejo!
Que você ganhe dinheiro
Pois é preciso
Viver também
E que você diga a ele
Pelo menos uma vez
Quem é mesmo
O dono de quem...
[...]
Pra recomeçar
Pra recomeçar
Pra recomeçar...
Eu te desejo
Não parar tão cedo
Pois toda a idade tem
Prazer e medo...
Observe a coerência e a coesão presentes no contexto da canção. Segundo as informações pautadas nessas
estrofes e no contexto da canção, a quem o locutor da canção emite esse desejo de conseguir coisas novas na
vida cotidiana?
Resposta: Destina-se ao interlocutor, o ouvinte (ou o leitor, em nosso caso) dessa canção, conforme as duas
primeiras estrofes: “Te desejo” / “Que você consiga ser tolerante...”. O pronome “você”, conforme a coerência e
a coesão da canção ao interlocutor, o ouvinte da canção.
De acordo com o contexto, explique sucintamente qual o significado que o título da canção lhe transmite.
Resposta pessoal.
Professor, o aluno poderá dizer a respeito das dificuldades, das formas de lidar em diversas circunstâncias e as
várias maneiras que cada estrofe apresenta nesses acontecimentos. Ter amigos, mas prestar atenção nas falas
e na relação com cada um; saber viver momentos de alegria, de tristeza, da vida. “Amor (à própria vida) pra
recomeçar” continuamente.
Leia a crônica a seguir, do escritor e poeta Carlos Drummond de Andrade (Itabira/MG, 1902 – 1987), e
responda às questões 28, 29 e 30.
Aí por volta de 1910 não havia rádio nem televisão, e o cinema chegava ao interior do Brasil uma vez
por semana aos domingos. As notícias do mundo vinham pelo jornal, três dias depois de publicadas no Rio de
Janeiro. Se chovia a potes, a mala do correio aparecia ensopada, uns sete dias mais tarde. Não dava para ler o
papel transformado em mingau.
Papai era assinante da Gazeta de Notícias, e antes de aprender a ler eu me sentia fascinado pelas
gravuras coloridas do suplemento de Domingo. Tentava decifrar o mistério das letras em redor das figuras, e
mamãe me ajudava nisso. Quando fui para a escola pública, já tinha a noção vaga de um universo de palavras
que era preciso conquistar.
Durante o curso, minhas professoras costumavam passar exercícios de redação. Cada um de nós tinha
de escrever uma carta, narrar um passeio, coisas assim. Criei gosto por esse dever, que me permitia aplicar
para determinado fim o conhecimento que ia adquirindo do poder de expressão contido nos sinais reunidos em
palavras.
Daí por diante as experiências foram se acumulando, sem que eu percebesse que estava descobrindo
a leitura. Alguns elogios da professora me animavam a continuar. Ninguém falava em conto ou poesia, mas a
semente dessas coisas estavam germinando. Meu irmão, estudante na Capital, mandava-me revistas e livros, e
me habituei a viver entre eles. Depois, já rapaz, tive sorte de conhecer outros rapazes que também gostavam
de ler e escrever.
Então começou uma fase muito boa de troca de experiências e impressões. Na mesa do café-sentado
(pois tomava-se café sentado nos bares, e podia-se conversar horas e horas sem incomodar nem ser
incomodado) eu tirava do bolso o que escrevera durante o dia, e meus colegas criticavam. Eles também
sacavam seus escritos, e eu tomava parte nos comentários. Tudo com naturalidade e franqueza. Aprendi muito
com os amigos, e tenho pena dos jovens de hoje que não desfrutam desse tipo de amizade crítica.
Carlos Drummond de Andrade
Disponível em: <http://www.paralerepensar.com.br/drummond_cronicas.htm>. Acesso em: 8 out. 2012.
Resposta: Não. Conforme a cronologia histórica que ele descreve no segundo parágrafo, “... antes de aprender
a ler eu me sentia fascinado pelas gravuras coloridas do suplemento de Domingo.”. A própria linguagem não
verbal chamava-lhe a atenção desde o início.
Explique a forma em que o narrador-cronista Carlos Drummond de Andrade apresenta um método que ele
adquiriu nas conversas entre os seus colegas.
Resposta: Ele destaca no desfecho da crônica uma “fase muito boa de experiências e impressões”. Nas
conversas nos bares, tomando café, ele e os colegas conversavam provavelmente sobre os vários fatos
descritos nos jornais e nos meios de comunicação da época: jornais, revistas, rádios, e outros. Críticas,
argumentos, pontos de vista, enfim, a maneira dos colegas conversarem, interagirem e aprenderem ainda mais
sobre os assuntos tratados.
Você considera que a tecnologia nos meios de comunicação do século XXI (jornais, revistas, rádios, televisão,
computador, internet, celular, iPod, e vários) pode nos ajudar ou nos prejudicar no interesse de ler, escrever e
argumentar os fatos descritos no meio social? Justifique o seu ponto de vista.
Resposta pessoal. Professor, com o ponto de vista do aluno e a crônica de Carlos Drummond de Andrade,
podemos destacar fatos positivos e negativos nas tecnologias de comunicação. Em primeiro lugar, a Internet, o
bate-papo e outros meios fornecem automaticamente informações sobre política, economia, sociedade e sobre
o mundo. No entanto, grande parte das pessoas aborda as tecnologias de comunicação de outras formas na
vida diária. Conversam sobre futilidades, acontecimentos nem sempre relevantes e destinados ao crescimento,
ao aprendizado e ao desenvolvimento social. Além disso, a falta de costume de ler livros, de escrever, o vício
do internetês em momentos inadequados, como textos e redações. Enfim, o objetivo é de aproximar o aluno do
conhecimento, nas diversas situações discursivas de nosso século.
A personagem Patty Pimentinha, no primeiro quadrinho, é uma das mais engraçadas das tirinhas do norte-
americano Charles M. Schulz (Snoopy). Ela não apresenta, em seus diálogos, experiências que são efetuadas
no meio social. Por exemplo, ela não conhece o personagem Snoopy como um cachorro criado pelo
personagem Charlie Brown e a ele se refere como “certo garoto com um nariz estranho”.
Explique como, já no primeiro quadrinho, percebemos esta falta de senso comum na personagem Patty
Pimentinha, quando descobrimos que ela conversa com o personagem Charlie Brown.
Resposta: Já na fala do primeiro quadrinho, a personagem Patty Pimentinha chama o personagem Charlie
Brown de “Minduim” – palavra que ela própria cria.
Uma linguagem não verbal que, ligada à coesão referencial no contexto, mostra o desânimo da personagem no
1º quadrinho da tirinha. Por quê?
Resposta: A imagem na linguagem não verbal presente no rosto da personagem Patty Pimentinha que nos
apresenta a tristeza (desânimo) por ter sido reprovada.
QUESTÃO 33 (Descritor: Explicar mudanças de sentido decorrentes de mudanças de contexto situacional ou
contexto histórico-cultural.)
Explique, de acordo com o contexto da tirinha, o enunciado da personagem Patty Pimentinha no último
quadrinho: “Preciso culpar alguém Minduim!”.
Resposta: Ela precisa culpar alguém por ter sido reprovada. Ela sabe, conforme o contexto, que a “culpa” foi de
si mesma. Quando usa o termo “Preciso”, deixa claro que sabe que a culpa não foi do Minduim.
O racismo pode ser definido como uma doutrina que defende a pretensa superioridade de certas raças.
A palavra raça tem o significado de conjunto de ascendentes e descendentes de uma família ou de um povo.
Com a grande miscigenação de raças que ocorreu nos séculos passados, principalmente no Brasil, não se deve
tolerar esse tipo de preconceito em nosso país.
Nos Estados Unidos, a raça de uma pessoa é classificada de acordo com sua ascendência, ao contrário
do Brasil, onde a raça não se baseia na origem de um indivíduo, mas na sua cor. Assim, com esse
desconhecimento do povo brasileiro sobre o conceito de raças, o racismo é incentivado a se tornar mais
frequente, pois muitos não imaginam que podem conter uma “fatia” da raça de certos cidadãos.
Além disso, o racismo pode ser visto como uma grande derrota da democracia, pois segundo a
Declaração Universal dos Direitos Humanos, todo ser humano, independente da sua cor, raça ou sexo, tem o
direito de uma vida livre e digna.
Assim, o racismo não pode ser tolerado em qualquer circunstância, pois essa teoria desrespeita os
princípios de uma democracia.
Consulte um dicionário e escreva o significado das palavras a seguir, conforme as que foram usadas neste
artigo de opinião.
Ascendente –
Descendente –
Democracia –
Raça –
Respostas:
Ascendente – s.m. Predomínio, preponderância, ascendência. Antepassado. s.m. e s.f. O pai, a mãe
ou qualquer parente de geração anterior. S.m. Os pais ou todos os parentes de gerações anteriores.
Ancestral. Antepassado.
Descendente – s.m. e s.f. Pessoa considerada como oriunda de outra ou de certa raça: descendente
de negros, gregos, europeus, índios. Progênito.
Democracia – s.f. Governo do povo. Regime político que se funda na soberania popular, na liberdade
eleitoral, na divisão de poderes e no controle da autoridade.
Raça – s.f. Grupo de indivíduos cujos caracteres biológicos são constantes e passam de uma a outra
geração: raça branca, raça negra, raça amarela, raça vermelha.
QUESTÃO 35 (Descritor: Perceber as relações sintáticas e semânticas estabelecidas pelas palavras relacionais
(conjunções) nos sintagmas.)
Assim, o racismo não pode ser tolerado em qualquer circunstância, pois essa teoria desrespeita os
princípios de uma democracia.
Classifique as conjunções grifadas, observando o uso de cada uma nas orações, conforme o sentido no
desfecho e no contexto do artigo.
Resposta:
Assim – Conjunção Conclusiva.
Pois – Conjunção explicativa.
Argumente, sob seu ponto de vista, de que maneira cada um de nós pode aderir aos princípios de uma
verdadeira democracia para eliminarmos o preconceito racial.
Resposta pessoal.
Professor, solicitar as respostas e os argumentos apresentados pelos alunos. Por exemplo, evitar as
brincadeiras consideradas bullying, como agressões verbais, chamar o colega de “macaco”, entre outros.
Alertar para as formas de preconceito racial que levamos internalizadas. Cada um pode pensar em si próprio,
as atitudes mais adequadas de aderirmos de fato aos preceitos da Declaração Universal dos Direitos
Humanos. Todo ser humano, independente da sua cor, raça ou sexo, tem o direito a uma vida livre e digna.
Leia a propaganda a seguir, da MTV – canal de televisão com uma programação dedicada totalmente a
apresentar videoclipes e diferentes gêneros musicais. Em seguida, responda às questões 37 e 38.
Disponível em: <http://www.putasacada.com.br/verdade-em-titulo-vmb-07/>. Acesso em: 10 out. 2012.
A oração subordinada destacada funciona como um adjunto adnominal e serve para designar um elemento
específico da oração principal, “os lutadores”. De acordo com esse comentário, classifique essa oração
subordinada, segundo o sentido semântico e sintático do enunciado.
Explique a referenciação que une a linguagem verbal (enunciado escrito) e a linguagem não verbal (imagens)
ao sentido discursivo proposto pela MTV nessa propaganda para divulgar e persuadir os telespectadores.
Resposta: O sentido proposto no enunciado “você nunca viu lutadores que usam tão bem as cordas” é
referenciado à imagem composta por um braço com luva de lutador de boxe segurando uma guitarra. O sentido
da propaganda divulga exímios guitarristas que sabem usá-las, o que será apresentado pela MTV.
Leia a mensagem a seguir, da escritora Lya Luft (Santa Cruz/RS, 1938) e responda às questões 39 e 40.
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.
Explique por que o termo da mensagem “a cada momento” é usado entre duas vírgulas, de forma a ressaltar o
sentido que ele expressa nesse enunciado.
Resposta: O termo entra entre duas vírgulas para explicar ou especificar o seu ponto anterior: “o mínimo que a
gente faça”. Assim, explica e ressalta que a cada momento da vida a gente faz algo específico. Esse termo é
chamado de Aposto, um dos termos integrantes da oração.
Explique, com o seu próprio ponto de vista, o sentido apresentado por esta mensagem da escritora Lya Luft.
Resposta: Professor, é bom conversar com os alunos sobre os vários sentidos que podem ser transmitidos
pela mensagem, especialmente no ponto de vista dos adolescentes. Em geral, a mensagem ressalta que
mesmo sendo algo simples o que realizarmos, o melhor é lembrar que conseguimos fazer. E isso pode
relacionar-se com as diversas etapas, as novas perspectivas que deverão ser alcançadas.