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Delmar da Luz

ADVOGADO - OAB/RS 104.250

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA


DE CANOAS/RS.

JENIFER FRAGA DE OLIVEIRA SIQUEIRA, brasileira, casada, autônoma,


portadora do RG nº 1092752731 SSP/DI RS, inscrita no CPF sob nº
835.611.880-87, residente e domiciliada à Rua Canguçu no 685, Bairro
Mathias Velho, Canoas/RS, CEP 92.340-240, através de seu Procurador,
com instrumento procuratório anexo, com endereço para efeitos de
intimação na Rua São Joaquim 1085, centro de São Leopoldo/RS, CEP
93.010-190, telefone 51 996104045. e-mail: delmardaluz@gmail.com,
vem, perante V.Exa., propor

AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C PARTILHA DE BENS, ALIMENTOS


e GUARDA com PEDIDO DE TUTELA

em face de UELINGTON DOS SANTOS SIQUEIRA, brasileiro, casado,


empresário, portador do RG 3086373044, CPF nº 011.920.850-43,
filiação: Elton Siqueira e Naira Angelita dos Santos Siqueira, com
endereço comercial à Rua Princesa Isabel, n° 868, bairro Vila Princesa
Izabel, Cachoeirinha/RS, CEP 94.940-000, telefone (51) 9.9764-9037 e
e-mail uelinfton.siqueira@gmail.com, pelos fatos e fundamentos
jurídicos a seguir expostos.

1) DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

A Autora é autônoma, trabalha vendendo cotas de consórcio e, aufere valor médio


inferior a quatro salários-mínimos por mês, razão pela qual postula os benefícios da gratuidade
da justiça na sua integralidade, com esteio nos incisos I a IX, do §1º do art. 98, face sua insuficiência
de recursos, consoante termo de declaração de responsabilidade e hipossuficiência acostado, não

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tendo a mínima condição de arcar com o pagamento das custas, despesas processuais e os
honorários advocatícios, conforme reza o art. 98 e 99, do Código de Processo Civil.

2) DA COMPETÊNCIA

Informa que a ação está se processando perante o juízo competente por força do
artigo 53, I, “a” do CPC, posto que a Autora é a guardiã da filha e há cumulação de pedido de fixação
de verba alimentar em favor da menor.

3) DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO

Com fundamento no art. 319, VII do CPC, a Requerente declara possuir interesse
na realização de audiência de conciliação, portanto, considerando que esta inicial preenche os
requisitos dispostos no art. 334 do mesmo diploma legal, requer que esta seja designada com
maior brevidade possível.

4) DAS RAZÕES DE FATO

A Autora contraiu matrimônio com o réu em 20 de fevereiro de 2015, sob o regime


de comunhão parcial de bens, conforme comprovado com a Certidão de Casamento em anexo.

Durante o casamento o casal concebeu 01 (uma) filha, ALICE OLIVEIRA


SIQUEIRA, atualmente com 2 (dois) anos de idade, nascida dia 30/11/2020, conforme certidão
de nascimento em anexo.

Ocorre que, em dezembro de 2022, em virtude dos desentendimentos do casal, a


convivência restou impossibilitada, estando, desta forma, separados de fato desde então.

Cumpre esclarecer que desde o rompimento da convivência, a menor encontra-se


sob responsabilidade da Autora, que está arcando praticamente sozinha com as despesas da filha.

Ainda, na constância do matrimônio com esforço comum foram adquiridos os


seguintes bens abaixo discriminados que ao final deverão ser partilhados:

⮚ Um estabelecimento comercial consistente num Comércio varejista de


materiais de construção em geral, tal estabelecimento está registrado
como sociedade empresarial limitada sob CNPJ n° 25.247.352/0001-77,
localizado a Rua Princesa Isabel, n° 868, Vila Princesa Izabel,
Cachoeirinha/RS, atualmente em nome do Requerido, mas anteriormente
constava em nome da Requerente, que foi persuadida pelo Requerido

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para deixar sem seu nome para que a Autora se dedicasse às vendas de
consórcio, conforme cartão de CNPJ e contrato social em anexo. O mesmo
está em franca ascensão e sendo ampliado para atender a demanda
crescente. Estão equipados com máquinas e equipamentos que compõem
o patrimônio do estabelecimento. Avaliados em R$ 100.000,00 (cem
mil reais);

⮚ Um estabelecimento comercial consistente em oferecer serviços de


rastreamento veicular, serviços de instalação, manutenção e reparação
de acessórios para veículos automotores e comércio varejista de peças
acessórias para veículos, tal estabelecimento está registrado como
sociedade empresarial limitada sob CNPJ n° 39.586.296/0001-00,
localizado a Rua Florianópolis, n° 2435, bairro Mathias Velho, Canoas/RS,
atualmente em nome do Requerido, e sua irmã Emilly dos Santos
Siqueira, aberta em 21/10/2020, conforme cartão de CNPJ e contrato
social em anexo. O mesmo está em franca ascensão e sendo ampliado para
atender a demanda crescente. Estão equipados com máquinas e
equipamentos que compõem o patrimônio do estabelecimento.
Avaliados em R$ 100.000,00 (cem mil reais);

⮚ Parte do Lote Urbano n° 21, da quadra 76, localizado na Rua Canguçu,


n° 685, Bairro Mathias Velho, cidade de Canoas/RS, possuindo área
superficial de 500m². O imóvel está registrado na Matrícula n° 87.774
conforme Registro de Imóveis da Comarca de Canoas/RS, tendo a
seguinte descrição: ao Oeste, aonde faz frente, na extensão de 10m, no
alinhamento da Rua Cangussu, ao Leste, onde faz fundos, na extensão de
10m, ao Sul, na extensão de 50m, de frente ao fundo, com o remanescente
do lote 21 e parte do lote 22, e ao norte, na extensão de 50m, de frente ao
fundo.Sob o referido terreno existe um prédio de alvenaria residencial
com área de 160,53m² e um prédio de alvenaria residencial (garagem),
com área de 125m². Avaliado em R$ 400.000,00 (quatrocentos mil
reais);

⮚ Um automóvel Ford / Ka Se Plus 1.0, ano 2019, modelo 2020, placa IZS-
5D30, cor vermelha, CHASSI n° 9BFZH54L4L8455432 Renavam n°

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01214267790, avaliado pela Tabela Fipe em R$ 53.542,00 (cinquenta


e três mil quinhentos quarenta e dois reais);

⮚ Um automóvel Renault / KWID Zen 1.0 Flex, ano 2019, modelo 2020,
placa IZN-0J03, cor prata, avaliado pela Tabela Fipe em R$ 46.871,00
(quarenta e seis mil oitocentos e setenta e um reais);

⮚ Um automóvel Toyota/Hilux CD D4-D 4X4 2.5, ano e modelo 2010, placa


IRD-7667, avaliado pela Tabela Fipe em R$ 97.664,00 (noventa e sete
mil seiscentos e sessenta e quatro reais);

⮚ Seis consórcios da HS Administradora de Consórcios Ltda adquiridos


pelo casal no decorrer do matrimônio, e que ainda estão sendo pagos,
sendo: Grupo 1047 Cota 793; Grupo 1061 Cota 911; Grupo 675 Cota 470;
Grupo 688 Cota 322; Grupo 1072 Cota 777 e Grupo 1077 Cota 759, que
ao todo acumulam o valor pago de R$ 85.003,08 (oitenta e cinco mil e
três reais e oito centavos);

⮚ Contas bancárias em nome da Autora, do Requerido e das empresas


constituídas no curso do matrimônio. Informa a Autora que não tem
conhecimento dos saldos constantes em todas as contas bancárias, haja
vista que o Requerido a retirou como titular das contas bancárias, razão
pela qual requer a quebra do sigilo bancário e a verificação das contas
pelo sistema BACENJUD;

Desta forma, considerando que o rompimento do matrimônio é irreversível,


requer desde já a divisão desses bens e outros a serem destacados eventualmente durante a
instrução processual. A Autora faz jus à meação, máxime porquanto não houvera entre os ora
litigantes qualquer acerto contratual.

É de salientar que a autora trabalhava junto com o Requerido nas empresas e


nunca se preocupou em receber seu salário de modo fixo, uma vez que dividiam os lucros da
empresa no final do mês e a Autora cuidava da filha e da casa.

Ocorre que, após o fim do convívio com o Requerido, o mesmo simplesmente


deixou de pagar as faturas dos cartões de credito, não pagou mais a conta de energia elétrica e
nem da água. Ocorre que a Autora não aufere rendimento suficiente para assumir todas as
despesas referentes à sua sobrevivência e da sua dua filha menor, já que tinha como única fonte
de sustento advinda dos estabelecimentos comerciais citados anteriormente, assim, se não

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houver a fixação de alimentos em favor da filha, a menor poderá enfrentar privações de ordem
material.

O Requerido, por sua vez, possui condições financeiras suficientes para tal
encargo, atualmente está usufruindo dos rendimentos proporcionados pelo estabelecimento
comercial do casal citados anteriormente e recebe rendimentos suficientes para auxiliar na
subsistência digna da sua filha menor.

Vale destacar ainda que o Requerido não possui outro filho dependente com quem
tenha a obrigação de alimentos.

A Autora, além da filha do ex-casal, possui um filho do primeiro casamento, Kelvin


Oliveira Flores, nascido no dia 03/06/2003, que atualmente reside com a Autora, de forma que a
Autora suporta sozinha os gastos da família.

Com o rompimento da convivência, o Requerido deixou de auxiliar a Requerente


com as despesas da casa e para o sustento da filha. Todavia, certamente o Requerido tem
capacidade financeira suficiente para pagar o valor referente ao ganho mensal da empresa e a
pensão alimentícia da infante.

Desta forma, caso esse valor não seja fixado, a filha será afetada pela redução
financeira e deixará de ter o conforto que tinha quando o genitor e a genitora auferiam os ganhos
da empresa do casal.

Assim, diante da vulnerabilidade da Autora e da sua filha, requer que seja fixada a
pensão alimentícia em caráter provisório de três salários mínimos nacionais à sua filha.

Ainda deve se dividir os frutos proporcionados pela exploração do comércio


varejista de materiais de construção em geral e serviços de instalação, manutenção e reparação
de acessórios para veículos automotores adquiridos durante o convívio do casal, conforme faz
prova anexas, desta feita se requer o pagamento de DOIS SALÁRIOS MÍNIMOS NACIONAIS a título
de rendimentos advindos deste estabelecimento comercial para a Autora, até a partilha definitiva
dos bens dos conviventes.

A Autora tem a meação dos frutos auferidos dos estabelecimentos comerciais, os


quais ficaram no proveito exclusivo do Requerido, vez que não está repassando nenhum valor à
Autora.

Salienta-se que a Autora tentou chegar a um consenso com o Requerido, mas não
obteve êxito em suas diversas tentativas. Assim, não restou outra alternativa a Autora, senão
recorrer ao judiciário na busca de seus direitos.

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Diante disto, faz-se imprescindível regularizar questões referentes ao divócio,


fixação da guarda da filha com regulamentação do direito de convivência e a fixação definitiva da
pensão alimentícia em favor da menor no importe de três salários mínimos nacionais e de dois
salários mínimos nacionais a Autora referente os frutos advindos da exploração comercial do
comércio varejista de materiais de construção em geral e serviços de instalação, manutenção e
reparação de acessórios para veículos automotores.

4) DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

4.1) DO DIVÓRCIO

Verifica-se no contexto acima apresentado, que a possibilidade de convivência em


comum entre as partes minguou com o decorrer do tempo. A fim de evitar maiores transtornos na
vida da Requerente, ela optou por requerer o divórcio.

O Código Civil contempla expressamente a hipótese em tela, quando dispõe acerca


das hipóteses que dão ensejo a dissolução do vínculo conjugal, por impossibilidade da vida em
comum, quando em seu art. 1.573, parágrafo único, assim estabelece:

Art. 1573. Podem caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida a


ocorrência de algum dos seguintes motivos
[...]
Parágrafo único. O juiz poderá considerar outros fatos que tornem
evidente a impossibilidade da vida em comum.
A Emenda Constitucional nº 66/2010, datada em 13/07/2010, redigiu o §6º do
artigo 226 da Constituição Federal que passou a ter a seguinte redação: “O casamento civil pode
ser dissolvido pelo divórcio". Com a referida alteração, foi suprimida a exigência da prévia
separação judicial e do lapso temporal de dois anos para a propositura do divórcio, restando
inócuo o procedimento da separação judicial.

O Código Civil contempla expressamente a hipótese em tela, quando em seu artigo


1.571, inciso IV, assevera que a sociedade conjugal termina pelo divórcio.

Frisa-se mencionar que não cabe ao Estado intervir na vontade e necessidade das
partes, sob pena de infringir o direito à liberdade, intimidade da vida privada e dignidade da
pessoa humana, ou sejam, a simples vontade de dissolver o vínculo conjugal por uma das partes é
suficiente que o Juiz possa decretar o divórcio do casal.

Vê-se, portanto, que a pretensão da Autora encontra respaldo na legislação em


vigor, merecendo a apreciação judicial. Nesse diapasão, o vínculo conjugal deve ser extinto, com a

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decretação do divórcio, tendo em vista que a Autora e o Requerido se encontram separados de


fato desde janeiro de 2023, mostrando-se impossível a reconciliação da vida em comum.

4.2) DO NOME

Quanto ao nome, a Autora pretende voltar a utilizar o nome de solteira, conforme


o Art. 1.571, § 2° do Código Civil, qual seja: Jenifer Fraga de Oliveira.

4.3) DOS ALIMENTOS EM FAVOR DA FILHA

Relativo à obrigação de alimentar do Requerido, para o eminente Yussef Said


Cahali, em sua respeitada obra “DOS ALIMENTOS”, os genitores têm, em relação aos filhos, o dever
de sustento e a obrigação de alimentação. O dever de sustento diz respeito ao filho menor, e
vincula-se ao poder familiar, princípio que se fundamenta no artigo 1.566, IV, do Código Civil.

É com base nesse dispositivo que vem a Autora, representando a menor ALICE
OLIVEIRA SIQUEIRA com 2 anos de idade, pleitear que seu genitor seja compelido a pagar
PENSÃO ALIMENTÍCIA para manutenção da mesma, nos moldes do art. 1.695 do Código Civil.

Consoante o sistema do Código Civil, os alimentos compreendem os recursos


necessários à sobrevivência, não só à alimentação propriamente dita, como a habitação, vestuário,
tratamento médico e dentário, assim como a instrução e educação, quando se trata de menor.
Nesse sentido, fez o Legislador pátrio consignar, no § 1º, do art. 1.694, do Código Civil, que: “Os
alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades e dos recursos da pessoa obrigada”.

Ademais, o dever de prestação de alimentos está previsto expressamente na


Constituição Federal, em seu artigo 229, sendo dever dos pais satisfazerem as necessidades vitais
dos filhos, vez que estes não podem provê-lo por si.

Diante do exposto, não resta outro meio a Autora senão recorrer ao judiciário para
garantir os direitos de sua filha menor. Razão pela qual, os alimentos devem ser fixados no
montante de TRÊS SALÁRIOS MÍNIMOS NACIONAIS, a serem pagos pelo Requerido, haja vista
que antes da separação a renda bruta mensal da família ultrapassava R$ 15.000,00.

Ainda, cabe ressaltar que o Requerido realizou a transferência de uma das cotas do
consórcio para seu nome de pessoa física e declarou como sua renda o valor de R$ 7.500,00,
conforme documento anexo. Razão pela qual possui rendimento suficiente para fixar os alimentos
no patamar sugerido de três salário-mínimos nacionais.

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Face a necessidade da prestação alimentar e por estar a genitora com fulcro no


Art.4º da Lei 5.478/68, deverá de imediato ser deferido os alimentos provisórios, no importe de
TRÊS SALÁRIOS MÍNIMOS devendo ser pagos até o dia 5º (quinto) dia útil de cada mês na conta
bancária de titularidade da Autora. Banco Banrisul, Conta Corrente, Agência 1800, Conta n°
35.015246.0-6, Titular: Jennifer Fraga de Oliveira Siqueira.

4.4) DA GUARDA E VISITAS

Desde o rompimento da relação, a filha permanece sob a companhia e proteção da


genitora, que tem arcado com todas as despesas necessárias à sua subsistência.

Ademais, busca-se a preservação do vínculo afetivo familiar da menor com a mãe,


com quem convive desde que nasceu, inclusive depois do rompimento da relação com o
Requerido.

Desta forma, faz-se adequado que a guarda seja deferida de forma unilateral,
exercida pela genitora, conforme o aludido dispositivo art. 1.584, do Código Civil, pois é quem de
fato possui melhores condições de proporcionar o cuidado e o carinho que a menor necessita para
desenvolver-se com dignidade. Ademais cabe inferir que a Autora se viu obrigada a buscar
proteção na Lei Maria da Penha, tendo em vista as constantes ameaças advindas do seu ex-
cônjuge, sendo deferido a medida protetiva em desfavor do Requerido.

Em faltando diálogo com o genitor, NÃO é possível que a guarda da filha seja
compartilhada e por isso se requer a guarda unilateral.

Outrossim, é direito fundamental da criança e do adolescente ter consigo a


presença dos pais, e não se nega que é direito do requerido, que não convive com a filha, de lhe
prestar visita nos termos do art. 19 da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Da mesma forma, é garantido ao requerido a convivência em finais de semana


alternados, conforme art. 227 da Constituição Federal, garantindo à prole a convivência familiar.

Sendo assim, e diante da idade da infante, requer-se que as visitas ocorram em


finais de semana alternados, bem como nas férias escolares, feriados, datas festivas, serão
alternados.

4.5) DA PARTILHA DOS BENS

Ao contraírem núpcias, as partes elegeram o regime de COMUNHÃO PARCIAL DE


BENS, conforme certidão de casamento anexa. Ainda preceitua o artigo 1.658 do Código Civil que:

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“No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do
casamento…”.

Definido o regime de comunhão, o art. 1.660, inciso I, do CC, dispõe sobre os bens
a serem partilhados: “os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que
só em nome de um dos cônjuges”.

Seguindo o preceito legal, a Autora oferta que os bens acima, descritos no item 3.1
desta exordial, sejam partilhados nos seguintes termos:

Com relação ao estabelecimento comercial consistente num Comércio varejista


de materiais de construção em geral, tal estabelecimento está registrado como sociedade
empresarial limitada sob CNPJ n° 25.247.352/0001-77, atualmente em nome do Requerido
conforme cartão de CNPJ e contrato social em anexo.

A empresa foi aberta no ano de 2016, tendo como sócios a Autora e o Requerido,
na qual realizavam atividades de consultoria em gestão empresarial e serviços de engenharia,
conforme contrato social anexo. Ocorre que atualmente somente o Requerido é proprietário da
empresa, e esta passou a ter como atividade principal o comércio varejista de materiais de
construção (ferragem).

Na data de fevereiro de 2022, a empresa adquiriu um estabelecimento comercial


já equipado e montado localizado a Rua Princesa Isabel, n° 868, Loja 1, Vila Princesa Isabel,
Cachoeirinha/RS, conforme contrato de compra e venda, razão pela qual a empresa passou ter
como atividade principal comércio varejista de materiais de construção e novo endereço, haja
vista o contrato de locação, compra e venda e alteração do contrato social anexos.

Para a compra do “ponto comercial”, a empresa pagou o valor de R$ 57.000,00,


sendo que R$ 37.000,00 foram de entrada e o restante pago após todos os trâmites legais. Ocorre
que os R$20.000,00 que foram parte do valor da entrada eram valores que a sogra do Requerido
havia lhe passado para que ele colocasse em uma aplicação financeira para gerar lucros para ela,
que não tinha conhecimento financeiros suficientes para realizar as aplicações, conforme
comprovantes de transferências.

Atualmente, a empresa aufere renda superior a R$30.000,00 (trinta mil reais)


mensais e o Requerido sequer aplicou os valores passados pela sogra, ou lhe devolveu o valor com
os juros que as aplicações renderiam. Razão pela qual, se requer que o Requerido devolva o valor
de R$ 20.000,00 que utilizou da sogra para comprar a ferragem e não aplicou como havia dito que
faria na época.

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Outrossim, no contrato de compra e venda o restante dos R$ 17.000,00 de entrada


seriam parcelados em 10x no cartão de crédito, sendo que foi utilizado o cartão da Autora
conforme demonstra extratos das faturas mensais. Acontece que após a separação o Requerido
não mais auxilia a Autora com o pagamento do cartão de crédito ou sequer repassa os lucros da
empresa.

Desta maneira, pugna a Autora para que o Requerido devolva os R$20.000,00


pegos da mãe da Autora, com a devida correção monetária, bem como realize o pagamento da
metade das parcelas da compra do estabelecimento comercial que está no cartão da Autora
e por fim repasse a Autora o valor de 1,5 salário-mínimo a título dos rendimentos mensais
da empresa de comércio varejista de materiais de construção.

Com relação ao estabelecimento comercial consistente num em serviços de


rastreamento veicular, serviços de instalação, manutenção e reparação de acessórios para
veículos automotores e comércio varejista de peças e acessórias para veículos, tal estabelecimento
está registrado sob CNPJ n° 39.586.296/0001-00, atualmente em nome do Requerido e sua
irmã Emilly dos Santos Siqueira.

A empresa foi aberta em 21/10/2020, conforme cartão de CNPJ da Receita Federal


e contrato social em anexo. A empresa está em franca ascensão e está equipada com máquinas e
equipamentos que compõem o patrimônio do estabelecimento.

Atualmente a empresa aufere uma renda mensal superior a R$ 20.000,00 (vinte


mil reais), e o Requerido sequer repassa qualquer valor para a Autora.

Acontece que a empresa foi constituída durante o matrimônio da Autora com o


Requerido, razão pela qual a cônjuge não-sócia tem o seu direito à meação (metade do patrimônio
adquirido) garantido na parte que cabe ao Requerido.

Desta forma, pugna a Autora para que o Requerido repasse mensalmente o


valor de 1,5 salário-mínimo a título dos rendimentos da empresa serviços de rastreamento
veicular, haja vista que a empresa foi constituída durante o matrimônio.

Com relação a Parte do Lote Urbano n° 21, da quadra 76, localizado na Rua
Canguçu, n° 685, Bairro Mathias Velho, cidade de Canoas/RS, possuindo área superficial de
500m². Sob o referido terreno existe um prédio de alvenaria residencial com área de 160,53m² e
um prédio de alvenaria residencial (garagem), com área de 125m².

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O imóvel está registrado na Matrícula n° 87.774 conforme Registro de Imóveis da


Comarca de Canoas/RS, tendo a seguinte descrição: ao Oeste, aonde faz frente, na extensão de 10m,
no alinhamento da Rua Cangussu, ao Leste, onde faz fundos, na extensão de 10m, ao Sul, na extensão
de 50m, de frente ao fundo, com o remanescente do lote 21 e parte do lote 22, e ao norte, na extensão
de 50m, de frente ao fundo.

O casal realizou contrato particular de promessa de compra e venda do imóvel na


data de 12/02/2016, pelo valor de R$ 355.000,00 (trezentos e cinquenta e cinco mil reais). No
contrato ficou estipulado que o pagamento daria-se da seguinte forma: uma entrada no valor de
R$ 70.000,00 e o restante pago mediante financiamento bancário.

Dá-se que, para a compra do imóvel o casal pagou a quantia de R$ 70.000,00 como
forma de entrada e o restante dos R$ 285.000,00, foram pagos da seguinte maneira: R$200.000,00
do Consórcio realizado pela Autora e o Requerido com a empresa RODOBENS Administradora de
Consórcios Ltda e os outros R$ 85.000,00 pagos na data da averbação da escritura, mediante
transferência bancária, com recursos advindos da ação indenizatória trabalhista da Autora
recebidos em junho de 2016.

É de salientar que a averbação na Escritura no Registro de Imóveis de Canoas/RS,


ocorreu somente na data de 26 de julho de 2016, conforme cópia do documento em anexo, registro
da matrícula de n° 87.774.

Outrossim, em dezembro de 2022 o Requerido deixou a residência e atualmente é


a Autora que está residindo no imóvel com a filha menor, arcando com as contas de luz, água e
demais gastos mensais.

Com relação ao automóvel Ford / Ka Se Plus 1.0, ano 2019, modelo 2020, placa
IZS-5D30, cor vermelha, CHASSI n° 9BFZH54L4L8455432 Renavam n° 01214267790, avaliado
pela Tabela Fipe em R$ 53.542,00 (cinquenta e três mil quinhentos quarenta e dois reais).
O veículo foi adquirido em outubro de 2021, conforme emissão do CRLV-e.

O Requerido, quando saiu da residência do casal na data de 12/12/2022, deixou com


a Autora o referido veículo, que estava com a documentação pendente de transferência e
regularização. A Autora, com o acúmulo de dívidas e não podendo utilizar o veículo para
transporte, haja vista que corria o risco de ser apreendido, passou a utilizar o veículo do filho.

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Ocorre que a Autora, para tentar regularizar a situação do automóvel Ford / Ka,
pagou os IPVA’s em atraso, a taxa de transferência e o seguro obrigatório, todavia o Requerido
negou-se a ir ao CRVA para fazer a vistoria para a transferência.

A Autora já arcou com toda a questão financeira para a transferência do veículo e


agendou inúmeras vezes para realizar a vistoria para a finalização do processo de regularização,
mas o Requerido se recusa a resolver a situação, e acaba prejudicando a Autora que não pode
utilizar o veículo para transporte sem a documentação estar em dia.

Desta maneira, requer a Autora que o Requerido realize a vistoria do veículo no


CRVA com o intuito de regularizar a documentação para que a Autora possa utilizar o veículo
como forma de transporte diário. Outrossim, requer a totalidade do bem acima, haja vista que
o Requerido ficou com a posse do outro veículo do casal, quando deixou a residência em
dezembro/2022.

Com relação ao automóvel Renault / KWID Zen 1.0 Flex, ano 2019, modelo 2020,
placa IZN-0J03, cor prata, avaliado pela Tabela Fipe em R$ 46.871,00 (quarenta e seis mil
oitocentos e setenta e um reais).

Em dezembro de 2022, quando o Requerido deixou a residência, levou consigo o


automóvel Renault / KWID, ainda é de salientar que o automóvel estava com a documentação
regular e em nome do Requerido, tendo sido adquirido durante a constância do matrimônio.

Ocorre que, o Requerido realizou a venda do veículo após a separação e sequer


comunicou a Autora sobre o negócio jurídico ou repassou metade do valor da venda que
corresponderia a parte que lhe é de direito.

A Autora somente descobriu da venda, poucos dias depois e quando questionado o


Requerido, o mesmo alegou ter usado o dinheiro para realizar aplicações financeiras para gerar
lucros.

É de ressaltar que a Autora não possui nenhum documento do veículo, haja vista que
o Requerido levou consigo quando saiu da residência.

Posto isto, requer a Autora que o Requerido junte aos autos cópias dos documentos
do veículo, assim como cópia dos documentos que demonstrem a transferência/venda do bem
móvel, informando o valor da venda para posterior partilha.

Outrossim, caso entenda Vossa Excelência, que seja necessário, requer a intimação
do CRVA de Canoas/RS, para que forneça cópia dos históricos de registro de transferência do

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veículo Renault / KWID Zen 1.0 Flex placa IZN-0J03. A fim de demonstrar a data correta da
venda, para que seja partilhado o valor na proporção de 50% (cinquenta por cento) ao que lhe é
de direito da Autora.

Com relação ao automóvel Toyota / Hilux CD D4-D 4X4 2.5, ano e modelo 2010,
placa IRD-7667, avaliado pela Tabela Fipe em R$ 97.664,00 (noventa e sete mil seiscentos e
sessenta e quatro reais). Ocorre que, o bem móvel foi adquirido na constância do matrimônio
da Autora com o Requerido, todavia está em nome de terceiro.

Em que pese o referido veículo estar em nome de terceiro, o Sr. Elton de Siqueira,
(pai do Requerido), quem utiliza o veículo para deslocar-se diariamente é o Requerido,
comprovando ser ele o proprietário do referido veículo.

Outrossim, é de ressaltar que a Autora não possui nenhum documento do veículo,


haja vista que o Requerido levou consigo quando saiu da residência.

Posto isto, requer a Autora que o Requerido junte aos autos cópias dos documentos
do veículo para posterior partilha.

Outrossim, caso entenda Vossa Excelência, que seja necessário, requer a intimação
do CRVA de Canoas/RS, para que forneça cópia dos históricos de registro de transferência do
veículo Toyota / Hilux placa IRD-7667. A fim de demonstrar a data correta da compra, para que
seja partilhado o valor na proporção de 50% (cinquenta por cento) ao que lhe é de direito da
Autora.

Com relação aos consórcios da HS Administradora de Consórcios Ltda


adquiridos pelo casal no decorrer do matrimônio, é necessário aqui a partilha na proporção de
50% (cinquenta por cento).

● Grupo 1047 Cota 0793-00, em nome de Uelington dos Santos Siqueira. A carta
de crédito do referido consórcio tem como data de adesão 25/06/2019, (data
posterior ao matrimônio da Autora com o Requerido). O valor constante no

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documento é de R$ 136.250,45 (cento e trinta e seis mil, duzentos e cinquenta


reais e quarenta e cinco centavos), sendo pagos em 180 meses. Atualmente o casal
já quitou R$ 17.352,29 (dezessete mil, trezentos e cinquenta e dois reais e vinte e
nove centavos), conforme documento em anexo;
● Grupo 1061 Cota 0911-00, em nome de Uelington dos Santos Siqueira. A carta
de crédito do referido consórcio tem como data de adesão 22/01/2019, (data
posterior ao matrimônio da Autora com o Requerido). O valor constante no
documento é de R$ 129.444,40 (cento e vinte e nove mil, quatrocentos e quarenta
e quatro reais e quarenta centavos), sendo pagos em 180 meses. Atualmente o
casal já quitou R$ 10.433,18 (dez mil, quatrocentos e trinta e três reais e dezoito
centavos), conforme documento em anexo;
● Grupo 0675 Cota 0470-00, em nome de S.S Prestadora de Serviços Ltda Me
(CNPJ 25.247.352/0001-77). A carta de crédito do referido consórcio tem como
data de adesão 29/05/2019, (data posterior ao matrimônio da Autora com o
Requerido). O valor constante no documento é de R$ 21.066,82 (vinte e um mil e
sessenta e seis reais e oitenta e dois centavos), sendo pagos em 100 meses. O casal
já quitou o pagamento de todas as prestações e na data de 18/07/2022 foram
contemplados quando deram um lance na assembleia, todavia a entrega do valor
ocorreu somente na data de 02/03/2023, tendo o Requerido retirado a quantia de
R$ 20.671,11 (vinte mil, seiscentos e setenta e um reais e onze centavos) e não
repassado a Autora a parte que lhe é de direito, conforme documento em anexo;
● Grupo 0688 Cota 0322-00, em nome de S.S Prestadora de Serviços Ltda Me
(CNPJ 25.247.352/0001-77). A carta de crédito do referido consórcio tem como
data de adesão 24/11/2016, (data posterior ao matrimônio da Autora com o
Requerido). O valor constante no documento é de R$ 23.896,16 (vinte e três mil,
oitocentos e noventa e seis reais e dezesseis centavos), sendo pagos em 100 meses.
O casal já quitou o pagamento de todas as prestações e na data de 18/07/2022
foram contemplados quando deram um lance na assembleia, todavia a entrega do
valor ocorreu somente na data de 02/03/2023, tendo o Requerido retirado a
quantia de R$ 23.957,42 (vinte e três mil, novecentos e cinquenta e sete reais e
quarenta e dois centavos) e não repassado a Autora a parte que lhe é de direito,
conforme documento em anexo;
● Grupo 1072 Cota 0777-00, em nome de Titan Rastreamento Veicular Ltda
(CNPJ 39.586.296/0001-00). A carta de crédito do referido consórcio tem como
data de adesão 13/01/2020, (data posterior ao matrimônio da Autora com o

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Requerido). O valor constante no documento é de R$ 100.798,77 (cem mil,


setecentos e noventa e oito reais e setenta e sete centavos), sendo pagos em 180
meses. O casal, atualmente, já quitou o valor de R$ 6.948,84 (seis mil, novecentos
e quarenta e oito reais e oitenta e quatro centavos), ocorre que o Requerido na
data de 10/01/2023 transferiu as cotas do consórcio para sua pessoa física,
conforme documento em anexo;
● Grupo 1077 Cota 0759-00, em nome de Titan Rastreamento Veicular Ltda
(CNPJ 39.586.296/0001-00). A carta de crédito do referido consórcio tem como
data de adesão 14/07/2020, (data posterior ao matrimônio da Autora com o
Requerido). O valor constante no documento é de R$ 100.896.29 (cem mil,
oitocentos e noventa e sete reais e vinte e nove centavos), sendo pagos em 180
meses. O casal, atualmente, já quitou o valor de R$ 5.640,24 (cinco mil, seiscentos
e quarenta reais e vinte e quatro centavos), ocorre que o Requerido na data de
10/01/2023 transferiu as cotas do consórcio para sua pessoa física, conforme
documento em anexo;

Desta maneira, requer a Autora 50% (cinquenta por cento) das prestações pagas,
bem como 50% (cinquenta por cento) dos valores recebidos que não lhe foram repassados pelo
Requerido, que ao todo somam o valor de R$ 42.501,53 (quarenta e dois mil, quinhentos e um
reais e cinquenta e três centavos). Veja abaixo:

Grupo/Cota Valor total pago 50% Autora

1047 / 733-00 R$ 17.352,29 R$ 8.676,14

1061 / 911-00 R$ 10.433,18 R$ 5.216,59

0675 / 470-00 R$ 20.671,11 R$ 10.335,55

0688 / 332-00 R$ 23.957,42 R$ 11.978,71

1072 / 777-00 R$ 6.948,84 R$ 3.474,42

1077 / 759-00 R$ 5.640,24 R$ 2.820,12

Com relação às contas bancárias abertas durante o decorrer do matrimônio, que


utilizavam como fundo de reserva e para pagamento das despesas mensais, assim como para
recebimento dos pagamentos das empresas.

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Ocorre que o Requerido, após dezembro de 2022, quando deixou a residência,


retirou o nome da Autora das contas bancárias em nome das empresas, desta forma, a Autora
restou impossibilitada de realizar saques para pagamentos das despesas mensais.

As contas poupança e investimentos bancários realizados no curso da relação


devem compor a partilha , uma vez que passam a constituir o patrimônio do casal.

Todavia, conforme dito alhures, de forma ilícita, o Requerido vem ocultando bens
e valores com a finalidade de fraudar a correta partilha na separação, razões pelas quais é
indispensável a sua quebra do sigilo bancário.

A Lei Complementar n° 105/2011, no art. 1ª, § 4° dispõe que a quebra do sigilo


bancário poderá ser decretada, quando necessária para apuração de ocorrência de qualquer
ilícito, em qualquer fase do processo judicial, especialmente nos crimes de ocultação de bens,
direitos e valores.

No presente caso, há fortes indícios de que o Requerido omite informações sobre


a real existência de patrimônio, inclusive financeiro, com o objetivo de fraudar a meação correta.

DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO DE DIVÓRCIO C/C ALIMENTOS, REGULAÇÃO DE


VISITA E PEDIDO DE GUARDA. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA.
IRRESIGNAÇÃO DA PARTE AUTORA. CONTRARRAZÕES. IMPUGNAÇÃO À
JUSTIÇA GRATUITA. VIA ELEITA INADEQUADA. PRETENDIDA, AINDA, A
QUEBRA DO SIGILO BANCÁRIO DA AUTORA. INOVAÇÃO RECURSAL. MATÉRIAS
NÃO CONHECIDAS. SUSCITADO O CERCEAMENTO DE DEFESA EM RAZÃO DA
PROLAÇÃO DE SENTENÇA ANTES DO CUMPRIMENTO DA ORDEM DE QUEBRA
DE SIGILO BANCÁRIO, DETERMINADA PELO MAGISTRADO A QUO. ALEGADA A
INDISPENSABILIDADE DA PROVA EM RAZÃO DA INCERTEZA DOS REAIS BENS
AUFERIDOS PELO RÉU. SUBSISTÊNCIA. APELADO EMPRESÁRIO. SÓCIO
MAJORITÁRIO (90% DAS QUOTAS) DE EMPRESA DE TINTAS. INFORMAÇÃO DE
QUE RECEBE O IMPORTE DE R$ 1.780,00 (MIL, SETECENTOS E OITENTA REAIS)
A TÍTULO DE PRO LABORE. INDÍCIOS DE INCONSISTÊNCIA DOS RENDIMENTOS
APONTADOS NA DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA E GASTOS
CONFIRMADOS PELO RÉU, PROPRIETÁRIO DE DIVERSOS AUTOMÓVEIS E 1
(UM) APARTAMENTO. NECESSIDADE DE AVERIGUAÇÃO DOS GANHOS REAIS
DO ALIMENTANTE, COM A FINALIDADE DE EFETIVAÇÃO DO SUSTENTO DA
FILHA EM COMUM, MENOR IMPÚBERE (1 ANO DE IDADE). QUEBRA DO SIGILO
BANCÁRIO DOS 8 (OITO) MESES ANTERIORES À DATA DO PRESENTE
ARBITRAMENTO QUE SE IMPÕE. MEDIDA QUE, EMBORA SEJA EXCEPCIONAL,
PODE SER AUTORIZADA EM CASOS COMO O PRESENTE. CERCEAMENTO DE
DEFESA CARACTERIZADO. OFENSA AOS PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO
LEGAL E DA AMPLA DEFESA. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 5º, INCISOS LIV E LV,
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. SENTENÇA ANULADA. DEMAIS TESES
PREJUDICADAS. RECURSO PROVIDO. "Em razão do confuso cenário probatório,
da dificuldade de produção de provas acerca dos ganhos do varão (empresário),
e tratando-se de causa atinente ao Direito de Família, mostra-se recomendável o
abrandamento dos rigores legais e a quebra do sigilo bancário do marido, a fim

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de que se possa mensurar com um mínimo de propriedade as possibilidades


econômico-financeiras deste" (TJSC, Agravo de Instrumento n. 2009.056625-1,
da Capital, Rel. Des. Henry Petry Junior, j. 09.02.2010). (TJSC, Apelação Cível n.
0304868-30.2017.8.24.0091, da Capital, rel. Marcus Tulio Sartorato, Terceira
Câmara de Direito Civil, j. 06-08-2019).

Em que pese a Constituição Federal garantir a todas as pessoas o direito à


inviolabilidade à privacidade e sigilo de informações, tais direitos podem, evidentemente, sofrer
determinadas limitações diante de certas circunstâncias.

A Autora tem conhecimento de algumas contas bancárias, todavia requer a


consulta das contas bancárias do Requerido e das empresas referidas pelo sistema BACENJUD a
fim de verificar as contas bancárias e saldo constantes na data da separação do casal::

Banco Inter S.A Picpay Serviços S.A


Agência 0001 Agência 0001
Conta 1765860-8 Conta 8964817-0
Titular: Uelington dos Santos Siqueira Titular: Uelington dos Santos Siqueira

Nu Pagamentos S.A Banco C6 S.A


Agência 0001 Titular: Uelington dos Santos Siqueira
Conta 1817130-2
Titular: Uelington dos Santos Siqueira

Banco C6 S.A Mercado Pago


Agência 0001 Titular: Titan Ltda
Conta 4214030-7 CNPJ: 25.247.352/0001-77
Titular: Titan Rastreamento Veícular
CNPJ: 39.586.296/0001-00

Razões pelas quais, requer a quebra do sigilo bancário do Requerido, de forma a


evidenciar a real capacidade financeira do Requerido. Outrossim, requer os extratos bancários
para verificar o saldo constante na data de separação do casal, ou seja, 12/12/2022.

4.6) DA PARTILHA DAS DÍVIDAS CONTRAÍDAS DURANTE O MATRIMÔNIO

A Autora elenca dívidas que o casal contraiu no período do casamento a saber:


Compras em cartão de crédito que foram realizadas durante o casamento e que por lei são de

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responsabilidade de ambos os cônjuges vide ser em prol do casal, e que no momento não estão
sendo pagas, haja vista que a Autora não dispõe de renda suficiente, pois o Requerido privou dos
acessos bancários

Conforme faturas em anexo, os cartões de crédito eram utilizados pelas empresas


constituídas no curso do matrimônio, e pela Autora e o Requerido com despesas mensais.

Atualmente os valores em aberto ultrapassam o montante de R$ 30.000,00 e a


Autora não dispõe de recursos financeiros suficientes para arcar com as despesas sozinha.
Outrossim, o Requerido retirou o nome da Autora das contas bancárias o que inviabilizou-a de
sacar dinheiro para o pagamento das faturas mensais.

O regime escolhido pelas partes como sabido prevê que as dívidas se comunicam:

Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os


bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções
do artigo seguinte.

O referido débito foi adquirido durante a vigência do casamento e por essa razão
entra na partilha de bens ora apresentada.

Desse modo, requer a parte autora que o Requerido deve ser compelido a realizar
o pagamento da sua cota parte na referida dívida no percentual de 50% (cinquenta por cento).

4.7) DA INCLUSÃO DO NOME NO CNPJ

Durante o matrimônio as partes abriram uma empresa que atualmente consiste


num Comércio varejista de materiais de construção em geral, tal estabelecimento está registrado
como sociedade empresarial limitada sob CNPJ n° 25.247.352/0001-77, atualmente em nome
do Requerido conforme cartão de CNPJ e contrato social em anexo.

A empresa foi aberta no ano de 2016, tendo como sócios a Autora e o Requerido,
na qual realizavam atividades de consultoria em gestão empresarial e serviços de engenharia,
conforme contrato social anexo. Ocorre que o Requerido enganou a Autora e ficou como unico
proprietário da empresa, e esta passou a ter como atividade principal o comércio varejista de
materiais de construção (ferragem).

Em vista disto, a Autora requer a inclusão de seu nome como sócia da referida
empresa Titan Ltda, CNPJ n° 25.247.352/0001-77, haja vista que anteriormente já pertencia ao
quadro societário conforme contrato social anexo.

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5) DA TUTELA ANTECIPADA PARA IMEDIATA FIXAÇÃO

a. Dos alimentos em favor da filha menor

O famoso artigo 4.º da Lei 5.478/68 Lei de Alimentos fala que: “Ao despachar o
pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o
credor expressamente declarar que deles não necessita”.

Visto que é de extrema necessidade a alimentação da filha menor, deverá de


máxima vênia, ser fixados imediatamente os alimentos provisórios em face das necessidades
presumidas da menor, bem como da situação em que se encontra a genitora faz-se imprescindível
a fixação de alimentos provisórios, no montante de três salários mínimos, para que a menor
possa viver com dignidade e no mesmo patamar de vida de que quando morava junto com o
Requerido.

Também, haja vista a existência de medida protetiva em desfavor do genitor e que


é a genitora quem detém unilateralmente a guarda fática da filha, é cabível que se defira a guarda
unilateral provisória a ela, expedindo-se o devido Termo de Guarda Provisória.

b. Da quebra do sigilo bancário

No presente caso, já se buscou informações, sem qualquer êxito, evidenciando o


esgotamento de todas as medidas cabíveis anteriormente ao presente pedido.

Conforme dito alhures, de forma ilícita, o Requerido vem ocultando bens e valores
com a finalidade de fraudar a correta partilha na separação, razões pelas quais é indispensável a
sua quebra do sigilo bancário.

A Lei Complementar n° 105/2011, no art. 1ª, § 4° dispõe que a quebra do sigilo


bancário poderá ser decretada, quando necessária para apuração de ocorrência de qualquer
ilícito, em qualquer fase do processo judicial, especialmente nos crimes de ocultação de bens,
direitos e valores.

Conforme demonstrado, há fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou


muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação, especialmente porque o Requerido
retirou a Autora como titular das contas bancárias da empresa e vem utilizando os valores para
sua manutenção.

Portanto, resta demonstrada a urgência e necessidade da quebra de sigilo, ora


requerida. Razões pelas quais, requer a quebra do sigilo bancário do Requerido, de forma a

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evidenciar a real capacidade financeira do Requerido. Outrossim, requer os extratos bancários


para verificar o saldo constante na data de separação do casal, ou seja, 12/12/2022.

c. Dos alimentos em favor da Requerente

O cônjuge ou companheiro de titular de empresa pode ajuizar ação de apuração de


haveres para fins de partilha de bens, diz enunciado

10/07/2019 Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM


Em 7 de junho, o Plenário da III Jornada de Direito Comercial, realizado na sede
do Conselho da Justiça Federal - CJF, em Brasília, aprovou o Enunciado nº 93, que
deverá facilitar a situação de cônjuges de microempreendedores na hora da
apuração de bens em caso de partilha.

Como dito alhures o REQUERIDO está usufruindo com exclusividade dos


rendimentos auferidos pela exploração da atividade comercial dos dois estabelecimentos da
família, vez que no cartão CNPJ conta apenas o nome do Requerido como sócio da empresa.

Insta mencionar que a Autora/companheira do empresário, ora requerido, mesmo


não fazendo parte do quadro social da empresa, tinha participação ostensiva na sua organização
e atendimento.

Outrossim, como resta demonstrado no presente petitório, a Autora fazia parte do


quadro societário no início da abertura, sendo que posteriormente retirou-se da sociedade,
deixando somente o Requerido como sócio.

A Autora atualmente possui despesas com manutenção da casa, bem como as


despesas de alimentação, vestuário e roupas para a filha menor que está sob sua responsabilidade
após o Requerido ter deixado a residência em dezembro/2022.

Desta feita a Autora requer, até a divisão total dos bens, três salários-mínimos
nacionais a título de frutos auferidos dos estabelecimentos comerciais durante o matrimônio.
Haja vista que atualmente, é o Requerido que dispõe dos acessos bancários e dos valores auferidos
mensalmente com as vendas.

6) DOS PEDIDOS

Face ao exposto, requer a Vossa Excelência:

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a) O deferimento do pedido de gratuidade da justiça, nos termos do artigo 98 e


99 do CPC/2015, conforme declaração em anexo;

b) A concessão liminar “inaudita altera pars” da pensão alimentícia em favor da


filha menor, citado anteriormente a ser fixada no importe de três salários-mínimos nacionais dos
rendimentos auferidos pelo Requerido, e depositado na conta bancária no Banco Banrisul, Conta
Corrente, Agência 1800, Conta n° 35.015246.0-6, Titular: Jenifer Fraga de Oliveira Siqueira.

c) A concessão liminar “inaudita altera pars” de três salários-mínimos nacionais


dos rendimentos auferidos pelo Requerido da exploração dos estabelecimentos comerciais
constituídos na constância do relacionamento até a divisão total dos bens e depositar na conta
bancária no Banco Banrisul, Conta Corrente, Agência 1800, Conta n° 35.015246.0-6, Titular:
Jenifer Fraga de Oliveira Siqueira.

d) Tendo em vista a natureza do direito e demonstrando espírito conciliados, a par


das inúmeras tentativas de resolver amigavelmente a questão, a Requerente desde já, nos termos
do art. 344 do CPC, manifesta interesse em autocomposição aguardando a designação de
audiência de conciliação;

e) A citação do Requerido, nos termos do art. 231, II do CPC para, querendo, vir
contestar o presente pedido, sob pena de revelia e confissão, quanto à matéria de fato;

f) Decretar o fim do vínculo conjugal através do DIVÓRCIO, expedindo-se


mandado ao Cartório de Registro Civil para que proceda a averbação devida e forneça as partes
Certidão de Casamento atualizada de forma gratuita (cf. artigo 98, §1º, inciso IX do CPC/15);

g) A alteração do nome da Autora que pretende voltar a usar o nome de solteira:


JENIFER FRAGA DE OLIVEIRA, com expedição de mandado ao Oficial de registro Civil para a
competente averbação;

h) A regulação da guarda e que a residência habitual da menor seja fixada no


domicílio da Autora, regulamentando o direito de convivência paterna, a partir de tal
circunstância, requerendo-se que as visitas ocorram em finais de semana alternados, conforme
prévia combinação entre os genitores. As férias escolares, feriados, datas festivas, serão
alternados, ou conforme acordo entre as partes.

i) A fixação da pensão alimentícia definitiva a sua filha menor em valor não


inferior a TRÊS SALÁRIOS MÍNIMOS NACIONAIS vigente pagos mensalmente, a ser depositado na
conta bancária no Banrisul, Conta Corrente, Agência 1800, Conta n° 35.015246.0-6, Titular:
Jenifer Fraga de Oliveira Siqueira.

Contato: 51 3529.7094 / 51 99610.4045 delmardaluz@gmail.com

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j) A Autora, considerando a probabilidade de inexistência de acordo, requer a


partilha imediata dos bens em comum dos conviventes, dos quais não for possível dividir, que seja
realizada a venda para divisão do valor, vez que a mesma se encontra em conformidade com a
ordem emanada do art. do Código Civil, a saber:

1) Um estabelecimento comercial consistente num Comércio


varejista de materiais de construção em geral, tal estabelecimento está
registrado como sociedade empresarial limitada sob CNPJ n°
25.247.352/0001-77, atualmente em nome do Requerido, e anteriormente
da Requerente, aberta em 20/07/2016, conforme cartão de CNPJ e contrato
social em anexo. O mesmo está em franca ascensão e sendo ampliado para
atender a demanda crescente. Estão equipados com máquinas e
equipamentos que compõem o patrimônio do estabelecimento. Avaliados
em R$ 100.000,00 (cem mil reais);

2) Um estabelecimento comercial consistente num em serviços de


rastreamento veicular, serviços de instalação, manutenção e reparação de
acessórios para veículos automotores e comércio varejista de peças e
acessórias para veículos, tal estabelecimento está registrado como
sociedade empresarial limitada sob CNPJ n° 39.586.296/0001-00,
atualmente em nome do Requerido, e sua irmã Emilly dos Santos Siqueira,
aberta em 21/10/2020, conforme cartão de CNPJ e contrato social em anexo.
O mesmo está em franca ascensão e sendo ampliado para atender a demanda
crescente. Estão equipados com máquinas e equipamentos que compõem o
patrimônio do estabelecimento. Avaliados em R$ 100.000,00 (cem mil
reais);

3) Parte do Lote Urbano n° 21, da quadra 76, localizado na Rua


Canguçu, n° 685, Bairro Mathias Velho, cidade de Canoas/RS, possuindo área
superficial de 500m². O imóvel está registrado na Matrícula n° 87.774
conforme Registro de Imóveis da Comarca de Canoas/RS, tendo a seguinte
descrição: ao Oeste, aonde faz frente, na extensão de 10m, no alinhamento da
Rua Cangussu, ao Leste, onde faz fundos, na extensão de 10m, ao Sul, na
extensão de 50m, de frente ao fundo, com o remanescente do lote 21 e parte do
lote 22, e ao norte, na extensão de 50m, de frente ao fundo.Sob o referido
terreno existe um prédio de alvenaria residencial com área de 160,53m² e

Contato: 51 3529.7094 / 51 99610.4045 delmardaluz@gmail.com

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um prédio de alvenaria residencial (garagem), com área de 125m². Avaliado


em R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais);

4) Um automóvel Ford / Ka Se Plus 1.0, ano 2019, modelo 2020,


placa IZS-5D30, cor vermelha, CHASSI n° 9BFZH54L4L8455432 Renavam n°
01214267790, avaliado pela Tabela Fipe em R$ 53.542,00 (cinquenta e
três mil quinhentos quarenta e dois reais);

5) Um automóvel Renault / KWID Zen 1.0 Flex, ano 2019, modelo


2020, placa IZN-0J03, cor prata, avaliado pela Tabela Fipe em R$ 46.871,00
(quarenta e seis mil oitocentos e setenta e um reais);

6) Um automóvel Toyota / Hilux CD D4-D 4X4 2.5, ano e modelo


2010, placa IRD-7667, avaliado pela Tabela Fipe em R$ 97.664,00
(noventa e sete mil seiscentos e sessenta e quatro reais);

7) Seis consórcios da HS Administradora de Consórcios Ltda


adquiridos pelo casal no decorrer do matrimônio, e que ainda estão sendo
pagos, sendo: Grupo 1047 Cota 793; Grupo 1061 Cota 911; Grupo 675 Cota
470; Grupo 688 Cota 322; Grupo 1072 Cota 777 e Grupo 1077 Cota 759, que
ao todo acumulam o valor pago de R$ 85.003,08 (oitenta e cinco mil e três
reais e oito centavos);

8) Contas bancárias em nome do Requerido e das empresas


constituídas no curso do matrimônio. Informa a Autora que não tem
conhecimento dos saldos constantes em todas as contas bancárias, haja vista
que o Requerido a retirou como titular das contas bancárias, razão pela qual
requer a quebra do sigilo bancário e a verificação das contas pelo sistema
BACENJUD;

9) Da imediata admissão da Autora na sociedade dos dois


estabelecimentos comerciais, constituídos na constância do casamento.

k) A intimação do Requerido para que junte aos autos os documentos do veículo em


nome de terceiros, os documentos referente a venda do veículo Renault Kwid, os extratos
bancários de todas as contas de pessoa física e jurídica na data da separação (12/12/2022)
descrito no item anterior e demais documentos que forem necessários, vez que a Autora não
dispõe deste documentos;

Contato: 51 3529.7094 / 51 99610.4045 delmardaluz@gmail.com

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l) Protesta por provar o alegado por meio de todos os meios de prova em direito
admitidos, em especial pela produção de prova documental, testemunhal, pericial e inspeção
judicial, além da juntada de novos documentos e demais meios que se fizerem necessários;

m) A intimação do Ilustre Representante do Ministério Público com força no artigo


178, inciso II do CPC, para atuar como fiscal do ordenamento Jurídico;

n) A condenação do Requerido nas custas processuais e nos honorários advocatícios


de sucumbência, artigo 85, parágrafo 2o, do CPC.

o) Se porventura houver reconhecimento jurídico do pedido ou mediação exitosa,


requer a fixação dos honorários de sucumbência nos termos do § 4 do artigo 90 do CPC.

Dá-se à causa o valor de R$ 929.952,08 (novecentos e vinte e nove mil novecentos e


cinquenta e dois reais e oito centavos)

Nestes termos,

pede deferimento.

Sapiranga, 17 de março de 2023

DELMAR DA LUZ

OAB/RS 104.250

Contato: 51 3529.7094 / 51 99610.4045 delmardaluz@gmail.com

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