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Importância dos Instrumentos Financeiros para Gestão Financeira

organizacional
Importance of Derivative Financial Instruments for organizational
Financial Management
David Cristóvão
715230010@ucm.ac.mz
Natércia Botas
715220060@ucm.ac.mz
Fátima Hassamo
715220088@ucm.ac.mz
Nhipass Munguambe
715220054@ucm.ac.mz

Mestrandos em Contabilidade e Auditoria


Universidade Católica de Moçambique - Extensão de Xai-Xai.

Resumo
O presente trabalho tem como objectivo Analisar a Importância de Instrumentos Financeiros
Derivados para Boa Gestão Financeira Organizacional. E para melhor entender o objectivo do trabalho, a
pesquisa tece conceitos de Instrumentos Financeiros, Derivados e Gestão Financeira. A pesquisa
bibliográfica leva ao alcance do objectivo geral e dos específicos traçados para o estudo. A mesma
identifica que tipos de Instrumentos Financeiros Derivados devem ser usados dentro de uma organização,
demonstrando as vantagens e desvantagens da sua implementação e demonstarr de que forma os
Instrumentos Financeiros Derivados contribuem para uma boa gestão financeira organizacional. Em
termos metodológicos realizou-se um estudo descritivo com uma abordagem qualitativa por meio de
pesquisa bibliografica pois analisa conteúdos teóricos e diversas linhas de pensamento dos estudos
realizados sobre Instrumentos Financeiros Derivados. Esta pesquisa leva-nos a concluir que os
Instrumentos Financeiros Derivados, contribuem na redução da dependência do valor da organização de
eventuais alterações de variantes, maximizando a valorização através das politicas conjuntas praticadas na
Gestão Financeira das Organizações e pela sua importância, ao permitir uma cobertura mais eficiente,
diminuição do risco, maior liquidez de mercado, maior oportunidade de investimento e até melhor
formação dos preços dos bens.
Palavras-Chaves: Instrumentos Financeiros, Derivados, Organização.

Abstrat
The objective of this work is to analyze the importance of derivative financial instruments for
good organizational financial management. And to better understand the objective of the work, the
research weaves concepts of Financial Instruments, Derivatives and Financial Management.
Bibliographical research leads to the achievement of the general objective and the specific ones outlined
for the study. It identifies which types of Derivative Financial Instruments should be used within an
organization, demonstrating the advantages and disadvantages of their implementation and demonstrating
how Derivative Financial Instruments contribute to good organizational financial management. In
methodological terms, a descriptive study was carried out with a qualitative approach through
bibliographical research, as it analyzes theoretical contents and different lines of thought of studies
carried out on Derivative Financial Instruments. This research leads us to conclude that Derivative
Financial Instruments contribute to reducing the dependency of the organization's value on eventual
alterations of variants, maximizing the valuation through joint policies practiced in the Financial
Management of Organizations and due to their importance, by allowing coverage more efficient, lower
risk, greater market liquidity, greater investment opportunity and even better pricing of goods.
Keywords: Financial Instruments, Derivatives, Organization.
Introdução
Actualmente vivemos numa conjuntura de constantes mutações nos mercados,
tornando o ambiente económico cada vez mais incerto e imprevisível, havendo
necessidade das organizações se adaptarem de forma continua a essa evolução e o seu
meio envolvente por forma a evitar eventuais ameaças que possam estar expostas. Dai a
necessidade de se adaptar a essas mudanças que assolam os mercados financeiros ,
sobre a perspectiva de amenizar o impacto que essas alterações possam causar nos
resultados das empresas, assegurando assim uma certa estabilidade a nível economico e
financeiro.
Portanto, é fundamental que as mesma tenham a capacidade de inovar e
melhorar a gestão empresarial, especialmente no que concerne a gestão de riscos feitos
mediante a utilização de Instrumentos Financeiros Derivados. Nesta optica, é notório o
uso dos Instrumentos Financeiros Derivados por parte de algumas organizações como
forma de gerir os riscos e protecção de exposições a variáveis de preços, taxa de juros,
variação cambial e crédito.
Diante do exposto, surge a seguinte questão: De que forma os Instrumentos
Financeiros Derivados podem contribuir para uma boa gestão financeira nas
organizações?
Em resposta ao problema exposto, foi definido como objectivo da presente
pesquisa o seguinte: Analisar a Importância dos Instrumentos Financeiros Derivados
para uma boa gestão financeira organizacional. Para o alcance do objectivo proposto,
pretendemos também: identificar os instrumentos financeiros derivados dentro de uma
organização; descrever as vantagens e desvantagens da implementação dos
Instrumentos Financeiros Derivados numa organização; Demostrar de que forma os
Instrumentos Financeiros derivados podem contribuir para uma boa gestão financeira
organizacional.

A escolha da presente pesquisa, justifica-se pelo volume e pelas riscos


envolvidos nas operações com os Instrumentos Financeiros Derivados a que as
organizações que a utilizam estão expostos. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de
caracter descritivo e uma abordagem qualitativa. Quanto a organização, o artigo para
além da introdução inclui fundamentação teórica, procedimentos metodológicos, análise
e discussão de resultados e as considerações finais.
Fundamentação Teórica
O conceito de instrumentos financeiros é um pouco recente na economia,
principalmente pelo facto de o mesmo ser utilizado pelas grandes empresas mundiais,
que procuram soluções para diminuir os riscos a que estão sujeitos face a sua actividade.
Estes riscos estão associados com questão cambial, taxa de juro ou mesmo flutuação dos
preços de mercadoria (Barbosa, 2021). Assim, para a compreensão do objectivo geral o
presente artigo trás conceitos relactivos aos instrumentos financeiro, e instrumentos
financeiros derivados.

"Instrumento financeiro é qualquer contrato que de origem a um activo


financeiro de uma entidade e a um passivo financeiro ou instrumento e capital próprio
de uma outra entidade" (Pataca, 2014, p.9). Como se entende Instrumento Financeiro é
um contrato que tem origem a um activo investimento de uma organização que incluem
valores imobiliários e a umas obrigações Investimentos ou instrumentos e capitais
próprios de uma entidade.

Alinhado com Silva e Rego (2017) os instrumentos financeiros são princípios


para o reconhecimento e a mensuração de activos e passivos financeiros e de alguns
contratos de compra e venda não financeiros.

Segundo Antunes (2009, cit. em Pestana, 2014) “os instrumentos financeiros


derivados são resultante de contratos a prazo celebrados e valorados por referências a
um determinado activo subjacente” (p.12).

Percebe se que os instrumentos financeiros derivados compõem-se em três


características: (i) o valor que se altera em resposta a alteração numa específica taxa de
juro também pode ser alterado pelos preços de mercadoria, taxa de câmbio, índice de
preços e outras variáveis financeiras; (ii) Não se requer qualquer investimento líquido
inicial ao que será exigido para outros tipos de contratos que se tivessem alterações nos
factores de mercados e é (iii) no entanto liquidado numa factura futura (Pestana, 2014).

Para Martins (2012), "os instrumentos financeiros derivados são utilizados para
empresas financeiras e não financeiras com o objectivo de fazer cobertura de riscos;
tomadas de eventuais posições especulativas; análise sobre o futuro do mercado;
obtenção de lucro através duma estratégia de arbitragem e alteração da natureza de uma
dívida ou investimento” (p.6). Como se pode entender os instrumentos financeiros
derivados são utilizados nas empresas financeiras e não financeiras com objectivo de
investidor procurar se proteger dos riscos existentes nos seus investimentos; análise de
mercado, obtenção de resultados positivos através da estratégias e alteração do
comportamento de uma obrigação ou investimento.

Contudo, os derivados são usados de certa forma para a cobertura de riscos e


especulações financeiras dai que surgem os contratos (forword, opções, futuros e swaps) na
qual podem ser usados na gestão de riscos e de negócios para as organizações.

Nestes termos existem alguns tipos de Instrumentos Financeiros a destacar:

Instrumentos Financeiros de Base Instrumentos Financeiros Derivados


Acções Futuros
Obrigações Opções
Títulos de Participação Warrants
Unidades de Participação Credit default swap
Forward
Fonte: Lima & Lopes (2013).

Esclarecidos os conceitos sobre Instrumentos Financeiros e Instrumentos


Derivados, torna se fácil compreender a sua importância para boa gestão financeira
organizacional pois estes tornaram um enorme desafio para a contabilidade, dada a sua
elevada complexidade.
Os instrumentos financeiros desempenham hoje uma função de financiamento
empresarial, pois os empresários obtêm junto do mercado de capitais os fundos
financeiros necessários para a sua constituição, funcionamento e expansão (Segundo
Ferreira (2011) e Antunes (2009).

A Importância dos Instrumentos Financeiros Derivados, recaem no plano de


financiamento das empresas, da economia e do Estado, por permitir uma cobertura mais
eficiente e diminuição do risco, maior liquides de mercado, maior oportunidade de
investimento e até melhor formação dos preços dos bens (Pestana, 2014).

Devido a sua grande importância, os instrumentos financeiros derivados,


sugerem novos contractos e instrumentos bastantes complexos que são transacionados
pelas empresas para cobertura de riscos e eventuais especulações. O financiamento hora
referido, pode ser direto através da emissão de ações, obrigações, unidades particulares
e valores de mobiliários, ou indiretos, sempre que uma empresa negocie futuros, opções,
swaps, ou outro tipo de derivados, pois as entidades empresariais visam proteger-se
contra os riscos inerentes á sua actividade.

Tipos de Instrumentos Financeiros Derivados

Os Instrumentos Financeiros Derivados são um conceito estatístico que permite


agrupar em várias categorias os activos financeiros e os passivos que são detidos pelos
agentes económicos, ou que são gerados nas operações financeiras e estes podem ser
categorizados como derivados ou não derivados, no entanto o artigo baseias se no
estudo sobre os instrumentos financeiros derivado e suas características, vantagens e
desvantagens bem como no contributo destes para uma boa gestão financeira
organizacional.

A Tabela a seguir apresenta as características básicas de cada derivado:


Tipos de
Derivados Principais Características
Contrato de compra e venda de um determinado bem (mercadoria ou ativo
financeiro) em que se determina um preço entre as partes para liquidação em data
Contrato a Termo
futura específica. São os derivativos mais simples, em que está embutida a
(Forword)
promessa de compra e de venda do activo-objeto a um preço predefinido que deverá,
obrigatoriamente, ser cumprida pelas contrapartes em uma determinada data futura.
São acordos entre duas empresas para a troca em data futura a um preço
estabelecido entre as partes. É possível a liquidação desses contratos antes do prazo
de vencimento. Além disso, os contratos futuros são negociados somente em bolsas.
Futuro
O mercado futuro é uma evolução do mercado a termo. Sua liquidação se dá através
de três maneiras, a saber: (i) liquidação por diferença financeira; (ii) liquidação por
entrega da mercadoria; e (iii) reversão da operação antes do vencimento.
Representa um derivativo no qual as contrapartes trocam fluxo de caixa atrelado a
diferentes indexadores. É um contrato firmado entre duas partes que concordam em
Swap
trocar fluxos de caixa na mesma e ou em moedas diferentes de acordo com as regras
estabelecidas entre as partes.
Constituem instrumentos bem diferentes quando comparados com outros
derivativos. Enquanto nos contratos a termo, futuros e de swaps ambas as
contrapartes possuem direitos e obrigações correspondentes, em um contrato de
Opções opção o titular possui um direito sem uma obrigação correspondente. Nesse tipo de
contrato, é negociado o direito de comprar ou de vender um bem por um preço fixo
numa data futura, utilizando preços e prazos determinados. Quem adquirir o direito
deve pagar um prêmio ao vendedor assim como em um acordo de seguro.
Fonte: Climeni & Kimura, 2008.

Vantagens e Desvantagens da Implementação dos Instrumentos Financeiros


Derivados numa organização

Vantagens
 Eles podem resultar em grandes lucros, sendo que existe a possibilidade de
lucros rápidos;
 Possibilidade de ganhar na alta ou na baixa, isto porque pode-se apostar a favor
da valorização ou desvalorização, e assim ganhar em qualquer tendência do
mercado;
 Oferecem proteção ou possibilidade de altos retornos em curto espaço de
rempo, estas são interessantes para quem precisa se proteger de oscilações
bruscas dos preços de moedas estrangeiros ou commodities;
 Diversificação da carteira de investimentos, o que pode contribuir para
diminuição de riscos;
 Permite que o organização possa transformar os fluxos financeiros associados
aos seus financiamentos (ou investimentos) de uma taxa varável para uma taxa
fixa, sem ter de proceder a qualquer pagamento ( ou recebimento) adicional.

Desvantagens
 O risco que pode ser gerado em suas operações devido á alta alvancagem e que
podem levar a situações muito indesejadas por parte dos investidores
 requerem um maior conhecimento da sua mecânica, pois não são produtos de
fácil compreensão;
 O nível de exigência é maior, por isso requer maior aprendizagem em operações;
 Não são melhor estratégia para criar poupanças estáveis e equilibradas no médio
e longo prazo;

Apesar de apresentar algumas vantagens, como possibilidade de proteção da carteira


de diversificação dos investimentos, operar com derivados não é recomendado para
investidores pouco experientes, já que se trata de investimentos bastantes arriscados e
grande parte desses riscos derivam do facto de que os seus valores variam de maneira
constante.

Importância dos Instrumentos Financeiros Derivados na Gestão Financeira


Organizacional

Para o sucesso de uma boa gestão financeira baseado em instrumentos financeiros


derivados segundo Botas (2014), deve-se ter em conta o seu contributo:
 Os instrumentos financeiros derivados, contribuem na redução da dependência do
valor da empresa de eventuais alterações de variantes, maximizando a valorização
da empresa através das politicas conjuntas praticadas,
 garantem aos agentes económicos, a posição de hedging ou desenvolvem maior
investimento,
 contribuem na posição de cobertura e ganhos com maior rentabilidade, liquidez e
menor risco,
 Auxiliar as entidades a assumir os riscos onde tem vantagem competitiva e elimina
aquelas onde não possuem vantagens competitivas,
Para Silva (2010), os instrumentos financeiros derivados, contribuem para
tomada de decisão na compra ou venda de determinado activo, mediante contractos
padronizados e negociados em bolsa.
Cunha e Silva (2017), defendem que o contributo de instrumentos financeiros
derivados sobre tudo nos contratos a termo (forward) está na negociação de uma
quantidade específica de um bem por um preço exclusivo, que pode ser liquidado em
uma data futura e pré-determinada, dai observa-se certa flexibilidade nas condições de
prazo, preço, garantia e forma de liquidação, sendo que nenhuma das partes pode
desistir do contrato antes do vencimento.
De acordo com Saunders (2000), os instrumentos financeiros derivados
influenciam ao comprador em fazer uma serie de pagamentos a taxas de juros em datas
periódicas especificas ao vendedor, através de um contracto swaps de taxa de juros.

Procedimentos Metodológicos
Para responder os objectivos pretendidos foi realizada uma pesquisa com
finalidade descritiva, com uma abordagem qualitativa mais com procedimentos técnicos
de uma pesquisa bibliográfica.

Segundo Gil, (2007, cit. em Beirão, 2018) a pesquisa descritiva visa descrever as
características de determinadas populações ou fenômenos. Uma de suas peculiaridades
esta na utilização de técnicas padronizadas de colecta de dados (p. 174). A pesquisa
qualitativa tem se afirmado como promissora de investigação em pesquisas realizadas
na área de Educação.

O estudo qualitativo permite a seleção de casos, ricos em conteúdos e assim o


pesquisador obtêm mais informações a propósito do objectivo da central da pesquisa.

Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objectivo o aprimoramento de


ideias ou revisões de literárias e seu plano é portanto, bastante flexível, de modo que
possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao facto estudado (Gil,
2007, cit. em Souza, 2018). Estas pesquisas podem ser classificadas como
bibliográficas. Com esse procedimento, foi possível recolha de informações em artigos
científicos, livros, dissertações e teses que ajudou analisar a importância dos
instrumentos financeiros para gestão financeira organizacional.

Silva e Menezes, (2001) definem pesquisa bibliográfica como “a coleta de


informações através de materiais bibliográficos, como exemplo livros, periódicos,
anuais e artigos científicos.
Análise e Discussão dos Resultados

A presente pesquisa trouxe como análise e discussão de resultados, alguns


pontos importantes para responder o problema de pesquisa e os objectivos através de
estudos impiricos que evidenciam sobre a importância dos instrumentos financeiros para
a gestão financeira organizacional.

De acordo com Pereira, Oliveira, Silva e Silva (2017), nos seus estudos sobre
análise de utilização e evidenciação dos instrumentos financeiros derivados no âmbito
das Normas Internacionais de Contabilidade como estratégia para uma boa gestão
financeira, focaram-se num estudo de caso de três companhias (BRF S.A; JBS S.A e
Marfrig), na qual foi feita uma analise de gestão de risco financeiro utilizando os
derivados (Taxa de juros, variação cambial, preços de commodities), verificaram que as
companhias apresentaram derivados em diferentes modalidades de contractos e que a
utilização dos mesmos serviram como objectivos de proteção de activos e passivos
financeiros, bem como minimizar os riscos dos financeiros. Neste estudo, conclui-se
que, a gestão de risco é de grande importância para a gestão empresarial pois ela tem
um potencial significativo para o aprimoramento das práticas relacionadas a gestão das
oportunidades e ameaças, utilizando-se dos mecanismos advindos desse aprimoramento,
os gestores poderão aumentar a criação de valores de suas organizações e proporcionar
o retorno do investimento para os acionistas.

Similarmente, no estudo realizados por Pestana (2014), sobre a importância da


Contabilidade em melhorar a compreensão dos Instrumentos Financeiros comparando
os modelos do POC, SNC e IAS/IFRS foram analisados Impactos de Instrumentos
Financeiros no activo e no passivo nas contas individuais das empresas selecionadas,
onde conclui-se que a maior parte divulga os Instrumentos Financeiros ao justo valor e
ao custo amortizado, bem utiliza estes como Instrumentos de cobertura de risco face as
variações da taxa de juro.

Contrariamente ao Pataca (2014), nos seus estudos sobre Instrumentos


Financeiros Derivados: Swaps de taxa de juros como instrumento de cobertura de risco,
que incidiu sobre uma empresa na qual contratou um swap de taxa de juro como
estratégia de cobertura de risco concluiu que a empresa tem estado a registar grandes
perdas provenientes do swap, isto por eles evoluíram bastante contrariamente as suas
espectativas. No entanto, os Swaps são essencialmente um instrumento de cobertura de
riscos, mas podem ser utilizados também para optimizar as condições de financiamento,
converter as condições financeira de uma divida, permitir acesso a outros mercados ou
mesmo para fazer arbitragem entre mercados e ainda podem ser utilizados para fins de
especulação, o que nem sempre corre bem.

Apesar de os Instrumentos Financeiros Derivados prestarem-se, principalmente


as estratégias de gestão de risco, muita das vezes são utilizados para especulação e
operações financeiras de curto prazo. Assim, os Instrumentos Financeiros sujeitos as
empresas a outros factores de risco, para os quais elas não estavam originalmente
expostas.
Conclusão

Assim, pode se concluir que os instrumentos financeiros derivados, são de


extrema importância para gestão financeira organizacional, porque estes desempenham
uma função de financiamento empresarial, da economia e do Estado, por permitir uma
cobertura mais eficiente, diminuição do risco, maior liquidez de mercado, maior
oportunidade de investimento e até melhor formação dos preços dos bens, pois os
empresários obtêm junto do mercado de capitais os fundos financeiros necessários para
a sua constituição; funcionamento e expansão.

Por outro lado, os instrumentos financeiros derivados, contribuem para uma boa
gestão financeira organizacional pois estes reduzem a dependência do valor da empresa
de eventuais alterações de variantes, maximizando a valorização da empresa através das
politicas conjuntas praticadas, garantindo aos agentes económicos a posição de hedging,
cobertura de ganhos com maior rentabilidade, liquidez e menor risco, auxiliando as
entidades a assumir os riscos onde há vantagens competitivas para tomada de decisão na
compra ou venda de determinados activos mediante contratos padronizados e
negociados em bolsa de valores, também influenciam os compradores a fazer uma serie
de pagamentos a taxa de juros em datas periódicas especificas ao vendedor através de
um contracto swaps de taxa de juros.

No entanto, apesar de grande importância na estratégia de gestão de risco os


mesmos são utilizados para especulação e operações financeiras de curto prazo
sujeitando as para outros factores de risco as quais não estavam originalmente expostos
e podem ser uma arbitragem para os mercados. Os instrumentos financeiros derivados,
para alem da sua importância, detém uma elevada vantagem na gestão financeira
organizacional ao oferecerem altos retornos em curto espaço de tempo dando uma
proteção na oscilação brusca dos preços de moeda estrageira ou commoditeis.

Contudo, não é recomendado para investidores pouco experientes, já que se trata


de investimentos bastantes arriscados e grande parte desses riscos derivam do facto de
que os seus valores variam de maneira constante.
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