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Normalizacao Contabilistica PDF


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Indice
Introdução ....
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
................ 2
 
1.2 Objectivos
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
.......... 2
 
II. A
NORMALIZAÇ
ÃO
CONTABILÍSTI
CA .................
.......................
.......................
.............. 3
 
2.1
Contextualiza
ção ................
.......................
.......................
.......................
.......................
....... 3
 
2.2
Definição .......
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
..... 3
 
III. A
NECESSIDADE
DE
NORMALIZAÇ
ÃO
CONTABILÍSTI
CA .................
.......................
.4
 
IV.
DIVERSIDADE
DOS SITEMAS
CONTABILISTI
COS ...............
.......................
.................. 5
 
V.
NORMALIZAÇ
ÃO NO SEIO
DO
IASC ..............
.......................
.......................
......................
7
 
VI. A RÁPIDA
APROXIMAÇÃ

NORMALIZAÇ
ÃO DO
IASC...............
.......................
..... 9
 
6.1
Desenvolvime
ntos na União
Europeia .......
.......................
.......................
.......................
...... 9
 
6.2. A
Crescente
Importância
do
IASC ..............
.......................
.......................
.......................
. 10
 
VII.
NORMALIZAÇ
ÃO CONTABIL
ISTICA
EM MOÇAMB
IQUE ..............
.......................
.... 11
 
CONCLUSÃO .
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
.......... 13
 
BIBLIOGRAFIA
.......................
.......................
.......................
.......................
.......................
....... 14
 
 

  Normalização
Contabilistica
 – 
  OluwashinaMil
agre  Tivane-  ISG
ECOF  2013  2
 
Introdução
A globalização
dos negócios,
dos mercados
de capitais e
internacionali
zação de
actividades,co
mo
tendências
económicas
gerais, tem
sido motivos
que justificam
a evolução da
maioria
dasmatérias
de natureza
económica
financeira e,
também,
contabilísticas
. A adopção
de
práticasconta
bilísticas
diferentes em
cada Pais,
torna o
processo de
comparação
dos relatos
financeirosde
diferentes
Países, uma
tarefa difícil e
acarretando
elevados
custos para as
multinacionai
s quesão
obrigadas a
prepara várias
demonstraçõ
es financeiras
quanto ao
número de
países que
opera.É
dentro deste
contexto que
o presente
trabalho
pretende
Perscrutado o
processo
deharmonizaç
ão
contabilística
internacional,
até a sua
adopção em
Moçambique.
1.2
ObjectivosOb
jectivo Geral
O objectivo
geral deste
trabalho é de
fazer uma
abordagem
sobre o
surgimento e
a evolução
daharmonizaç
ão
contabilística
internacional
até a fase de
Moçambique.
Objectivos
específicos

 
Descrever as
diversas fases
do processo
de
harmonização
contabilística;

 
Descrever as
vantagens da
harmonização
contabilística;

 
Intender
como
processo de
normalização
contabilística
contribui de
forma
positiva
paraas
empresas;

 
Fazer um
breve estudo
sobre a
normalização
contabilística
em
Moçambique.
 
  Normalização
Contabilistica
 – 
  OluwashinaMil
agre  Tivane-  ISG
ECOF  2013  3
 
II. A
NORMALIZAÇ
ÃO
CONTABILÍSTI
CA2.1
Contextualiza
ção
Em matéria
contabilística,
normalizar
significa que
as operações
ou
transacções
realizadas
temde ser
relevadas em
contas cuja
definição,
codificação,
regras de
movimentaçã
o e de
valorimetriae
stejam
previamente
definidas,
sendo
sintetizadas,
apresentadas
e divulgadas
em modelos
comformatos
normalizados.
Dentro desta
perspectiva a
teoria de
contabilidade,
designada de
teoria
normativa,
tem
comoobjectiv
o estabelecer
regras que
conduzam à
elaboração
das
demonstraçõ
es financeiras
de formaque
estas
proporcionar
em a melhor
medição e
representaçã
o possíveis
para os
resultados
esituação
financeira da
empresa.
Antes da
existência do
Plano Geral
de
Contabilidade
e de
outrosinstrum
entos de
normalização
contabilística,
as empresas,
em cada um
dos seus
sectores,orga
nizavam o seu
plano de
contas de
acordo com
as suas
necessidades
e
conheciment
osrelativamen
te à
organização.
2.2 Definição
 Normalização 
contabilística 
refere-se port
anto, a um co
njunto de prin
cípios, proced
imentos ecrit
érios que
devem ser
uniformemen
te seguidos,
no que diz
respeito
nomeadamen
te
aterminologia
, âmbito e
movimentaçã
o das contas,
valorização
dos
elementos
patrimoniais,
determinação
dos
resultados e
apresentação
das contas.
 

  Normalização
Contabilistica
 – 
  OluwashinaMil
agre  Tivane-  ISG
ECOF  2013  4
 
III. A
NECESSIDADE
DE
NORMALIZAÇ
ÃO
CONTABILÍSTI
CA
A informação
financeira que
é preparada
para
accionista e
os demais
interessados
da
informaçãofin
anceira, é
preparada em
conformidade
a um
conjunto de
princípios e
procedimento
s quevariam
de pais para
pais, e por
consequência
deste
fenómeno,
acontece a
ausência
decomparabili
dade dos
diversos
relatos
financeiros
entre os
países, o que
leva as
seguintescons
equências:a)
 
Elevado custo
na elaboração
da
informação
financeira,
uma vez que
uma
multinacional
éobrigada a
preparar
tantas
demonstraçõ
es financeiras
quanto ao
número de
países
queopera; b)
 
Os
investidores e
outros
utentes da
informação
financeira,
têm de
conviver com
asdiferenças
dos relatos
financeiros
em cada pais,
principalment
e quando
pretendeman
alisar
determinado
sector de
actividade à
escala
internacional,
incorrem em
despesasextra
de análise
com as
consequência
s negativas a
elas
associadas.
Por exemplo,
podemnão se
aperceber de
investimentos
potencialmen
te lucrativos,
uma vez que
nãocompreen
dem ou não
confiam na
informação
financeira que
lhes está
associada; ou,
aonão se
darem conta
da natureza
das
diferenças
contabilísticas
, podem vir a
tomar
decisõesfinan
ceiras pouco
correctas.Em
virtude de
todas estas
dificuldades
inerentes ao
processo de
análise
económico-
financeira,
aconcorrência
entre os
mercados de
capitais
mundiais é
prejudicada e
as empresas
poderão ter
desuportar
elevados
custos de
capital, em
resultado das
dificuldades
criadas em
torno
dacompreens
ão da sua real
situação
económica e
financeira.
Mais ainda, a
credibilidade
dainformação
financeira é
posta em
causa se uma
empresa
relatar
diferentes
resultados
emdiferentes
países, para o
mesmo
conjunto de
transacções.P
or tudo isto, o
número de
interessados
numa efectiva
harmonização
contabilística
é cada
vezmaior
sendo de
destacar a
  Interenational 
Accouting  stand
ard  Commite  (IA
SC),
 as
empresasmul
tinacionais, as
instituições
financeiras de
grande
dimensão e
diversas
organizações.
 
  Normalização
Contabilistica
 – 
  OluwashinaMil
agre  Tivane-  ISG
ECOF  2013  5
 
Segundo
BELKAOUI
(1992:480) a
harmonização
contabilística,
trairá várias
vantagens,
em primeiro l
ugar, para mu
itos países qu
e ainda não te
m um adequa
do conjunto d
e normas dec
ontabilidade
e auditoria, a
adopção de
normas
internacionais
não só iria
eliminar os
custos de
sefazer um
processo
completo de
normalização
contabilística,
porque o
processo de
concepção, pr
omulgação e i
mposição de 
normas conta
bilísticas envo
lve custos con
sideráveis, ma
s também, pe
rmite que os
países façam
parte da
tendência
contabilística
dominante.E
m segundo
lugar, com a
crescente
internacionali
zação das
economias
mundiais e o
aumento
dainterdepen
dência entre
nações, a
harmonização
contabilística
facilita as
transacçõesin
ternacionais,
a fixação de
preços e as
decisões de
afectação dos
recursos
económicos,
tornandoos
mercados
financeiros
internacionais
mais
eficientes. Por
último, com a
necessidade
dasempresas
aumentarem
o seu capital
através da
emissão de
acções ou
obrigações, os
fornecedores
de capital
baseiam-se
na
informação
financeira
proporcionad
as pelas
empresas
para a
tomada
demelhores
decisões de
investimento
e
financiament
o, e os
mesmos
mostram uma
tendência
na preferênci
a de relatos
financeiros co
mparáveis.
IV.
DIVERSIDADE
DOS SITEMAS
CONTABILISTI
COS
Antes de
procurar
compreender
os esforços e
as
consequência
s envolvidas
no processo
deharmonizaç
ão das
demonstraçõ
es contábeis
em nível
mundial,
impera que se
entendam
osaspectos
que fazem
com que a
contabilidade
praticada por
um país seja
diferente da
de outro.As
Normas
contabilísticas
de
determinado
país são
influenciadas
por uma
multiplicidade
defactores.
Os
procedimento
s
contabilísticos
são
resultantes de
vários
factores
envolventes,
como
acultura, os
sistemas
político,
religioso e
económico,
do país onde
são postos
em
prática.Para
NOBRES
(1996b),
possivelment
e, umas das
principais
causas das
diferenças
contabilísticas
a nível
internacional,
deve-se a
variação no
método
predominante
de
financiament
o
dasempresas.
Nos Estados
Unidos da
América
(EUA) e o
Reino Unido,
os grandes
financiadores
dasempresas
são os
accionistas,
pelo que,
toda a
informação
financeira
está
orientada
para
oinvestidor
bolsista, que
não tendo
acesso a
informação
interna da
empresa,
pressionou a
sua
 

  Normalização
Contabilistica
 – 
  OluwashinaMil
agre  Tivane-  ISG
ECOF  2013  6 
 
divulgação
pública. Tal
facto fez
desenvolver
as práticas
contabilísticas
nestes países,
comosejam, a
consolidação
de contas, a
demonstraçã
o dos fluxos
de caixa, o
relato
financeirointe
rcalar, e a
informação
financeira
segmentada.E
nquanto que,
noutros
países como
Alemanha,
Franca, Itália
e Japão, os
financiament
os sãogrande
parte feitos
pelos Bancos
e pequenos
grupos
financeiros
familiares.
Nestes Países,
osinvestidore
s privados,
assim como a
necessidade
de publicação
e auditoria
das contas,
tem
poucaimportâ
ncia. Uma vez
que muitas
empresas são
dominadas
pelas
seguradoras,
Bancos,
peloEstado ou
por famílias
de
proprietários,
estes não
necessitam de
informação
financeira
detalhada,na
medida em
que sendo
detentores de
capital da
empresa,
pertencem à
sua
administração
, ouseja, são
simultaneame
nte
preparadores
e utilizadores
da
informação
financeira. No
bres (1996b), 
acrescenta qu
e outra causa 
responsável p
ara os desequ
ilíbrios a níveli
nternacional,
é a influência
da fiscalidade
na
contabilidade,
uma vez que,
as regras
fiscaissobrepõ
em-se às
contabilísticas
, obrigando as
empresas a
registar os
custos e
proveitos de
acordocom as
primeiras,
verificando-se
em alguns
casos a
subversão na
aplicação dos
Princípios
DeContabilida
de
Geralmente
Aceites
(PCGA), de tal
forma que a
informação
financeira
permitadeter
minar o
montante de
imposto a
pagar pela
empresa. Nos
EUA e no
Reino Unido,
o relato
financeiro foi
concebido, a
prior,
no sentido de
ser útil paraos
mercados de
capitais e não
para efeitos
de
determinação
da matéria
colectável das
empresas.Exis
te aqui um
alto grau de
separação
entre as
normas
contabilísticas
e fiscais.
Nestes Países,
o principal obj
ectivo
do relato fina
nceiro é o
de fornecer u
ma imagem
verdadeira e
apropriada da 
posição
financeira
da empresa e
dos resultado
s das
operações
por ela
efectuadas e,
nessa medida,
os critérios
fiscais não
devem
interferir na
obtenção
dessa mesma
informação.
Por
conseguinte,n
estes países o
resultado
fiscal acabará
por usar,
como ponto
de partida, o
resultadocont
abilístico,
introduzindo-
lhe as
correcções
extra -
contabilísticas
tidas como
necessárias,
emface das
exigências
próprias do
sistema
tributário.
 

  Normalização
Contabilistica
 – 
  OluwashinaMil
agre  Tivane-  ISG
ECOF  2013  7 
 
Os utentes da
informação
financeira, em
países como
os Estados
Unidos da
América e o
ReinoUnido,
esperam
obter uma
imagem
verdadeira e
apropriada
dos
resultados e
da
posiçãofinanc
eira da
empresa, que
os ajude na
tomada de
decisões
económicas e
financeiras.
Pelocontrário,
em muitos
outros países,
o objectivo é
o de
assegurar a
existência de
umacontabili
dade
prudente com
vista à
protecção dos
credores e/ou
propiciar uma
contabilidade
uniforme que
sirva de base
à função
tributária.
V.
NORMALIZAÇ
ÃO NO SEIO
DO IASC
Por forma a
alcançar uma
desejável
harmonização
contabilística,
a União
Europeia,
adoptou
um processo 
governament
al, envolvend
o representan
tes dos difere
ntes Estados 
Membros que 
preparam
projectos
de lei para o
uso das
normas,
Trata-se de
um sistema
contabilístico
suportado pel
o poder
político,
dotado de
autoridade
normativa, e
de comprime
nto
obrigatório.Di
ferentemente
da
metodologia
seguida na
União
Europeia, o
IASC procura
alcançar o
seuobjectivo
de
homogeneiza
ção da
informação
financeira
através da
normalização
das
práticasconta
bilísticas.
Dada a falta
de
capacidade
coercitiva do
IASC para
impor as suas
normas,
àmedida que
os
profissionais
vão aceitando
as normas,
num processo
cada vez mais
generalizadod
ada a vocação
internacional
da
contabilidade,
podemos
dizer que esta
interiorização
temconstituíd
o a base para
a
internacionali
zação das
mesmas.As
pressões
exercidas
pelas
empresas
multinacionai
s e pelas
empresas de
auditoria, no
sentido
deuma
harmonização
contabilística
à escala
internacional,
conduziram à
criação, em
1973, doIASC.
Constituído
por
associações
de
profissionais
de vários
países, que
desenvolveu
ummodelo de
harmonização
caracterizado
por:

 
Envolver a
profissão e
não os
governos;

 
Estabelecer
normas de
aceitação
voluntária e
não leis;
 
  Normalização
Contabilistica
 – 
  OluwashinaMil
agre  Tivane-  ISG
ECOF  2013  8
 

 
Utilizar uma
estrutura
conceptual,
onde
predomina a
substância
sobre a forma
e adivulgação
da
informação
financeira ao
invés de a
ocultar;

 
Ter como
objectivo o de
proporcionar,
aos mercados
financeiros,
informação
verdadeirae
apropriada,
motivado pela
preocupação
fundamental
de auxiliar
investidores
efinanciadore
s na tomada
das suas
decisões
económicas e
financeirasAt
entos ao facto
de existirem
em diferentes
países formas
diversas de
tratar
contabilistica
menteuma
mesma
matéria e que
muitas
jurisdições
nem sequer
ainda
abordaram
muitas
áreascontabilí
sticas, o IASC
optou por
uma
estratégia
multifacetada
, desenhada
para servir
umaaudiência
tanto mais
vasta quanto
possível.
Assim, por
forma a dar
continuidade
aos
seusobjectivo
s a IASC,
optou pelas
seguintes
medidas:

 
Persuadir os
seus
membros a
convidar o
IASC sempre
que dois ou
mais países,
que
não partilhem
da mesma
legislação, se
proponham a
discutir sobre
princípios
contabilísticos
;

 
Encorajar os
países que
não tenham
normas
contabilísticas
próprias a
adoptar as do
IASCcomo
normas
nacionais do
país;

 
Convidar
outros países
que, apesar
de terem
normas
próprias,
carecem de
regulamentaç
ãoem certos
assuntos
particulares, a
adoptar as
soluções do
IASC como a
base para
aemissão de
normas
nacionais
nessa matéria
em concreto;
garantem,
desta forma,
um certonível
de qualidade
e
compatibilida
de para
aquela norma
em particular,
reduzindo,sim
ultaneamente
, tanto o
tempo como
os custos de
desenvolvime
nto
necessários
à produção da
mesma;

 
Sugerir aos
países que já
têm normas
de
contabilidade
a necessidade
de as
comparar
comas
normas
internacionais
com vista a
eliminar
qualquer
diferença
significativa;

 
Esforçar-se
por
demonstrar
àqueles
países, que
têm a
estrutura das
suas
práticasconta
bilísticas
definidas na
lei, os
benefícios de
uma
harmonização
com as
normasintern
acionais de
contabilidade.
 

  Normalização
Contabilistica
 – 
  OluwashinaMil
agre  Tivane-  ISG
ECOF  2013  9
 
VI. A RÁPIDA
APROXIMAÇ
ÃO À
NORMALIZAÇ
ÃO DO
IASC6.1
Desenvolvim
entos na
União
Europeia
Durante
muitos anos,
a União
Europeia viu o
IASC como
um rival em
termos
denormalizaç
ão
contabilística,
porque as
filosofias
destes dois
organismos
são bastante
diferentes.Em
particular, a
União
Europeia
sentiu que
não podia
apoiar-se as
normas
emitidas por
umorganismo
do sector
privado, sem
qualquer
autoridade
legal explícita.
No início de
1995,
aComissão
Europeia
ainda
colocava as
hipóteses de
constituir um
organismo
normalizador
europeu, sob
o seu
controlo, ou
alargar o
âmbito das
directivas,
opção esta
que atingir
resultadossati
sfatórios
tendo
atingido um
certo grau de
harmonização
, em
particular:

 
A redução da
variedade de
formatos das
demonstraçõ
es financeiras,
sem no
entantoconse
guir a sua
eliminação
para apenas
um;

 
Aumento das
divulgações e
a exigência de
auditorias às
contas das
empresas;

 
A
obrigatorieda
de de
elaborar
demonstraçõ
es financeiras
consolidadas
em toda a
UniãoEuropei
a, situação
rara, ou
praticamente
inexistente,
em muitos
países
comunitários,
noinício da
década de
oitenta.Apesa
r dos seus
esforços não
conseguiram
harmonizar as
práticas
contabilísticas
dos
paísescomuni
tários, pois
sua norma
contabilística
de referência,
a 4ª directiva,
contém uma
grandequanti
dade de
opções que,
por um lado,
se torna
necessário
reduzir por
forma a
melhorar
acomparabilid
ade, mas, por
outro, parece
improvável de
ser
conseguido
pois
dificilmente
sechegaria a
um consenso
com vista à
sua aceitação.
E ainda que
tal fosse
possível, os
prazos
denegociação
e
transposição
das normas
são bastante
alargados e os
problemas
actuais
requeremsolu
ções a curto
prazo. Na Eur
opa, as directi
vas comunitár
ias obrigam à 
elaboração e 
divulgação da 
informaçãofin
anceira, mas
apesar da
consistência
do aspecto
exterior,
permanecem
diferenças
quecomprom
etem de
forma
substancial a
transparência
e
comparabilida
de da
informação.
Aimplementa
ção de
reformas tem,
por isso,
carácter de
urgência, na
medida em
que, se tal
não
 

  Normalização
Contabilistica
 – 
  OluwashinaMil
agre  Tivane-  ISG
ECOF  2013  10
 
acontecer, as
inconsistência
s continuarão
e o relato
financeiro
europeu
permaneceráf
ragmentado,
impedindo,
desta forma,
o
desenvolvime
nto de um
eficiente e
competitivo
mercadode
capitais
europeu.Cons
equentement
e a União
Europeia,
através de
uma
comissão, na
sua estratégia
contabilística
de 1995,
expressou a
sua
preferência
pelas IAS,
tendo, desde
então,
apoiado os
esforçosconju
ntos do IASC
e da IOSCO
com vista à
criação de um
único
conjunto de
normas de
relatofinancei
ro a dar
cumprimento
por parte das
empresas
cotadas, ou
que
pretendam
ser admitidas
àcotação, em
qualquer
praça
financeira do
globo. Na
opinião da
Comissão, o
sucesso desta
estratégia é
fundamental 
para
o alcançar
do important
eobjectivo de
implementar,
no espaço
europeu, um
eficiente e
competitivo
mercado de
capitais,
oqual
necessita de
um relato
financeiro
comparável e
reconhecido
internacional
mente,
assentenum
normativo
transparente,
compreensíve
l,
correctament
e auditado e
de aplicação
generalizada.
6.2. A
Crescente
Importância
do IASC
A profissão
contabilística
desde há
muito que
reconheceu a
necessidade
de ter uma
estruturahar
monizada à
escala global.
Há mais de
vinte e sete
anos, a
profissão
contabilística
tomou
ainiciativa de
constituir o
  International  A
ccounting  Stand
ards  Committee
(IASC) e o
  International  F
ederation  of  Acc
ountants
(IFAC), com o
intuito de
produzir uma
orientação
emresposta
às cada vez
maiores
exigências da
comunidade
empresarial.
São estes dois
organismosqu
e estão
incumbidos
de
desenvolver
normas
internacionais
harmonizadas
para a
preparação
everificação
da
informação
das
organizações. 
NOBES (1996
a) refere que,
 
 p
rimeiramente
, o IASC era
visto como
uma arma
inofensiva
pelos principa
is países anglo
-saxónicos, e
mbora muitos 
países da Eur
opa Continent
al o encarasse
m
como um
“Cavalo de
Tróia”, que
escondia
o inimigo
contabilístico
anglo-
saxónico
dentro deuma
fachada
internacional
respeitável,
mas toda esta
situação
começou a
mudar à
medida que
aIASC atingia
a sua
maturidade.
 
  Normalização
Contabilistica
 – 
  OluwashinaMil
agre  Tivane-  ISG
ECOF  2013  11
 
O IASC já fez
consideráveis
progressos na
senda da sua
aceitação
mundial,
sendo de
destacar
osseguintes
(NOBES,
1996a):

 
As normas
contabilísticas
, num número
cada vez
maior de
países,
baseiam-se
fortemente,o
u até mesmo
na sua
totalidade,
nas IAS;

 
Várias
grandes
empresas
alemãs (e.g.
  Bayer 
,
  Deutsche  Bank 
) começaram
a utilizar
asIAS na
preparação
das suas
contas
consolidadas,
juntamente
com, ou em
alternativa,
àsnormas
alemãs;

 
IOSCO e IASC
anunciaram
planos para a
elaboração de
um corpo de
normas para
todo
omundo;

 
A União
Europeia
abandonou o
seu propósito
de elaborar
um conjunto
normativo
próprio passa
ndo a alinhar
na
normalização
contabilística
do IASC;

 
Os
organismos
de
normalização
anglo-
saxónicos
passaram a
coordenar as
suasactividad
es na
tentativa de
evitar e
eliminar
diferenças
existentes;

 
O IASC tentou
colocar-se à
frente dos
organismos
de
normalização
nacionais
naresolução
de problemas
contabilísticos
novos,
designadame
nte na área
dos
instrumentos
financeiros,
por forma a
prevenir
antecipadame
nte diferenças
internacionais
.
VII.
NORMALIZAÇ
ÃO
CONTABILISTI
CA EM
MOÇAMBIQU
E
O actual
modelo de
normalização
contabilística
nacional para
as empresas
comerciais,in
dustriais e
outras (que
não estejam
no ramo de
seguros e
bancário), foi
introduzido
com
a publicação d
o Decreto n.º 
36/2006, de 2
1 de Setembr
o, que aprova 
o Plano Geral 
deContabilida
de. O referido
plano é a
aplicação
obrigatória
nos seus
vários
aspectos,nom
eadamente
código e
modalidades
de
funcionament
o de contas,
terminologia,
critériosvalori
métricos,
entre
outros.A
competência
para a
alteração de
quaisquer
elementos do
Plano Geral
de
Contabilidade
bemcomo a
regulamentaç
ão sobre
aspectos
relativos à sua
interpretação
e aplicação foi
atribuída
aoMinistério
da Finanças.
Mais de um milhão de membros confiam

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  Normalização
Contabilistica
 – 
  OluwashinaMil
agre  Tivane-  ISG
ECOF  2013  12
 
Em
Moçambique
o Plano Geral
de
Contabilidade
constitui a
peca mais
importante
danormalizaç
ão
contabilística
e tem por
objectivo a
normalização
da
contabilidade
das
empresa,asse
gurando a
homogeneida
de do sistema
de
informação e
controlo
económicos
necessários
àdirecção da
economia
nacional. O
plano Geral
de
contabilidade
estabelece:

 
Um código de
contas;

 
Uma
terminologia;

 
Modalidades
e
funcionament
o das contas;

 
Critérios
valorimétricos
;

 
Métodos
gerais de
determinação
dos
resultados

 
Modelos de
elaboração de
balanços e de
demonstraçõ
es financeiras.
 

  Normalização
Contabilistica
 – 
  OluwashinaMil
agre  Tivane-  ISG
ECOF  2013  13
 
CONCLUSÃO
A
contabilidade
é a linguagem
dos negócios,
é uma
ferramenta
que pretende
ser útil no
processode
tomada de
decisão dos
seus usuários.
Ocorre que o
processo de
comunicação
dos
seusrelatórios
com esses
usuários fica
dificultado
pela
existência de
diferenças em
seus
modelosinter
nacionais.Ana
lisando-se o
processo de
harmonização
contabilística,
depreende-se
que o mesmo
tem
comomaiores
benefícios: a
facilidade
proporcionad
a às
companhias
que
pretenderem
se capitalizar
nomercado
de capitais
internacional;
a redução dos
custos
envolvidos
com a
migração de
umsistema
contabilístico
para outro,
afectando
empresas
multinacionai
s que
possuam
subsidiáriase
m diversos
países;
redução de
custos para a
realização de
trabalhos de
auditoria;
além da
jámencionada
comparabilida
de das
informações
contabilísticas
.Foi possível
também
verificar que
Moçambique
não ficou
detrás no
processo da
normalização
contabilística
pro forma a
seguir as
tendências de
relato
financeiro
usadas a nível
internacional,
com a
introdução do
Plano Geral
de
Contabilidade
, aprovado
pelo Decreto
n.º 36/2006,
de 21
deSetembro.
 
  Normalização
Contabilistica
 – 
  OluwashinaMil
agre  Tivane-  ISG
ECOF  2013  14
 
BIBLIOGRAFI
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pt-
PT&sa=X&ei=
2klMUrCiFqW
m0QXv24HAB
w&ved=0CCw
Q6AEwAA,Ac
esso em 22
Setembro de
2009;
5.
 
Plano Geral
de
Contabilidade
, aprovado
pelo Decreto
n.º 36/2006,
de 21 de
Setembro.
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