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Responsabilidade
Social Empresarial
UNIDADE I
Chanceler
Prof. Antonio Colaço Martins Filho
Reitora
Profa. Denise Ferreira Maciel
Diretora Executiva
Ana Cristina de Holanda Martins
Diretora Executiva
Sandra de Holanda Martins
Revisão Textual
Cristiana Castro
Diagramação
Wanglêdson Costa
Sumário
Apresentação 05
Para começo de conversa 06
01 - Responsabilidade Socioambiental 07
Cooperativa de Bordadeiras Linhas e Fios 12
Padaria Trigopão 12
Responsabilidade Social na prática 18
Responsabilidade em retrospectiva 19
Exemplos de responsabilidade social 20
Empreendedores da vida real 23
Anotações 25
Apresentação
educacaoonline.unifametro.edu.br
BONS
ESTUDOS!
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Para começo de
conversa
A disciplina Responsabilidade Social Empresarial é dividida em 4 unida-
des, nas quais você encontrará o conteúdo, bem como conteúdos adicio-
nais e sugestões de leituras. Ao longo do texto, você irá se deparar com
vários ícones que irão ajudá-lo neste percurso em busca do conhecimento,
tais como:
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01
Responsabilidade
Socioambiental
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OBJETIVOS
Responsabilidade
Socioambiental
Essa unidade tem como Objetivos de Aprendizagem:
COMPETÊNCIAS
E como competência:
Compreender as principais teorias e conceitos, a fim de compreender
o ambiente organizacional e possibilitar o desenvolvimento das habilidades
de diagnóstico, visão sistêmica e pensamento estratégico, passando a atuar
como agente de mudança e transformação, voltado para a sustentabilidade.
Ter aptidão e visão crítica para socializar e promover a intervenção e
proposição da mudança de mentalidade, voltada a promover a Responsabili-
dade social organizacional.
ATENÇÃO
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Imagem: Freepik
O foco da nossa disciplina é compreender a importância da Responsabilidade
socioambiental no dia a dia das organizações. Você já parou para pensar em algumas
das questões abaixo?
EXEMPLO
Tempo: 03 min
MAN
Canal: Steve Cutts
https://www.youtube.com/watch?v=WfGMYdalClU
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Fonte: Ética e responsabilidade social nos negócios. Patricia Almeida Ashley (Org.),
Saraiva, 2002, 232 p.
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mesmo que não diretamente vinculadas a suas atividades, mas que possam contri-
buir para o desenvolvimento sustentável dos povos. Assim, numa visão expandida,
responsabilidade social é toda e qualquer ação que possa contribuir para a melhoria
da qualidade de vida da sociedade.
Peter Drucker chama a atenção para o fato de que é justamente em função de a
empresa ser bem-sucedida no mercado que cresce a necessidade de atuação social-
mente responsável, visando diminuir os problemas sociais. Assim, a responsabilidade
social é um fator importante para que as companhias mantenham sua sustentabili-
dade. Além disso, a responsabilidade social é resultado dos questionamentos e das
críticas que as empresas receberam, nas últimas décadas, no campo social, ético e
econômico por adotarem uma política baseada estritamente na economia de merca-
do. Mesmo assim, ainda é alvo de polêmicas por suas fortes conotações políticas e
ideológicas.
PARA REFLETIR
Padaria Trigopão
Outro exemplo é o caso da padaria Trigopão. Ela oferece à escola da comunida-
de um café da manhã nutritivo utilizando farinha enriquecida na fabricação de seus
pães.
O padeiro e o dono da padaria Trigopão sempre pensaram em praticar a RSE,
mas nunca souberam por onde começar. Até que, certo dia, o padeiro da Trigopão
conheceu o dono de uma videolocadora que emprestava filmes a professoras para
que elas os apresentassem aos alunos, tornando assim a aula mais atrativa.
Foi a partir dessa ação que o padeiro teve a ideia para iniciar seu projeto de doar
pães feitos com farinha enriquecida ao café da manhã da escola da comunidade.
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Fonte: http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2008_tn_sto_079_547_11666.pdf
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1950 e 1960 que as ideias de responsabilidade social como uma forma de atuação
ampla começaram a expandir-se. A Lei de Filantropia surgida nos Estados Unidos é
como um marco conceitual da RS, após sua aprovação, um conceito mais complexo
começou a ser estudado por suas novas aplicações na sociedade.
A partir dos resultados da Revolução industrial, com a degradação do meio
ambiente e da vida humana pelo trabalho, foi que passaram a surgir novas refle-
xões sobre o papel das empresas frente às obrigações legais, ambientais e so-
ciais de maneira geral. Assim, uma nova concepção de responsabilidade social
emergiu e pautou-se pelo reflexo dos objetivos e valores sociais. Houve o enten-
dimento de que as empresas estão inseridas em um meio complexo, onde suas
atividades influenciam ou têm impacto sobre diversos agentes sociais, comunidade
e sociedade.
No ano de 1953 surgiu um caso semelhante ao de Ford, que foi julgado nos Es-
tados Unidos, quando A.P.Smith Manufacturing Company versus Barlow. Nesse caso
em questão, a decisão da Suprema Corte de Princeton foi contrária aos interesses
dos acionistas e interpretou que a corporação poderia sim buscar o desenvolvimento
social, estabelecendo em lei a sua atuação social. Posteriormente, a filantropia co-
meçou a ser defendida como uma ação válida das empresas para obter lucros, atra-
vés de ações de responsabilidade social.
O termo RS aparece pela primeira vez em um manifesto, que defendia a respon-
sabilidade dos gestores de indústrias que era manter o equilíbrio justo entre todos
os interessados, incluindo consumidores, funcionários, acionistas e o setor público.
O manifesto foi subscrito por 120 indústrias inglesas.
No Brasil, o surgimento da responsabilidade social não tem um início preciso,
existem registros de ações sociais de empresários desde o século XIX, no entanto
pode-se indicar a ‘Carta de princípios dos dirigentes cristãos de empresas’ publicada
em 1965 pela Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas do Brasil (ADCE Brasil)
como um dos marcos iniciais, tendo maior significância pela utilização no documento
da expressão responsabilidade social das empresas.
A criação dessa associação esteve aliada ao enfraquecimento do Estado do bem
estar social e que, em conjunto contribuíram para o reconhecimento da função so-
cial das empresas. Na época da criação da ADCE Brasil haviam desníveis econômicos
alarmantes e atraso em certas áreas no Brasil sendo que a partir do século XX, as
várias crises deram início para a firmação de uma sociedade apta para negócios e
com poder social. Ocorreu então uma mudança de paradigma, em que no primei-
ro momento a empresa devia se mostrar responsável para os seus acionistas, para
outra em que devia ser responsável perante sua comunidade, empregados, nature-
za, governo, rede de fornecedores, consumidores e compradores, atuais e futuros
stakeholders.
Após a carta publicada pela ADCE Brasil, houve uma necessidade do empresa-
riado para assumir suas responsabilidades, onde percebeu-se que a atividade empre-
sarial não deveria absorver o empresário, nem transformar-se em fim em si mesma,
pois o dirigente de empresa tem obrigação de participar ativamente e com plena
responsabilidade, na vida cívica e política da comunidade. Nessa perspectiva, o qua-
dro abaixo, mostra uma síntese dos acontecimentos que sucedem o surgimento da
Responsabilidade Social no Brasil.
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Período Acontecimento
Século XIX Registro de ações sociais de empresários desde o século XIX.
Carta de princípios dos dirigentes cristãos de empresas, pu-
1965 blicada pela Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas
do Brasil (ADCE Brasil).
2º Encontro nacional de Dirigentes de Empresas, organizado
pela ADCE, no qual o tema central do evento foi o Balanço
Social.
A Câmara Americana de Comércio de São Paulo
1982 (Amcham-SP) instituiu o Prêmio Eco (Empresa-Comunidade),
com o objetivo de incentivar ações sociais.
Surgem os primeiros balanços sociais, ferramenta cuja fun-
ção principal é tornar pública a responsabilidade social em-
1980
presarial, construindo maiores vínculos entre a empresa,
sociedade e meio ambiente.
É realizado o primeiro Balanço Social de uma empresa no
1984 Brasil, o da Nitrofértil, uma estatal de sede na Bahia; em
1985 é realizado o da Eucatex.
É criada a Fundação Instituto de Desenvolvimento Empresa-
1986 rial e Social (FIDES), com o objetivo de humanizar a empresa
e promover sua relação com a sociedade.
Surge um grupo denominado Pensamento Nacional das Ba-
1987 ses Empresariais (PNBE), durante uma reunião em São Paulo
com 2.600 empresários.
É realizada a primeira reunião do que viria a ser o Grupo de
1988 Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) com um debate so-
bre Filantropia
É criado o Centro de Estudos de Ética nos Negócios (CENE)
1992
da Fundação Getúlio Vargas.
Médios e pequenos empresários criam a Associação Brasilei-
1994
ra de empresários pela Cidadania (CIVES).
Surge o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvi-
mento Sustentável (CEBDS), com foco em questões ambien-
1997 tais e integrante do World Business Council for Sustainable
Development (WSCSD); ainda nesse ano, o Ibase cria o selo
Balanço Social.
Fonte: Elaborado pela autora.
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Segundo Ioschpe (1997) as empresas podem ser vistas sob três ângulos, de acordo
com seus princípios, crenças, valores, objetivos e sua prática:
Corroborando com essa idéia Steiner e Miner (1997) afirmam que a abordagem da
responsabilidade social empresarial passou por três estágios:
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ção de sua imagem. Assim, uma empresa que desenvolve uma série de projetos sociais
para a comunidade, mas não trata seus funcionários de forma adequada, ou aceita pro-
dutos de fornecedores de desempenho ético duvidoso, pode suscitar questões na so-
ciedade, e colocar em dúvida a existência de uma verdadeira responsabilidade social.
A sociedade pode beneficiar-se bastante da atuação socialmente responsável
das empresas. Estas são uma das maiores forças motoras dentro do modelo atual de
organização econômica, reunindo assim grande potencial para a realização de trans-
formações. A partir do momento em que as empresas passam a transformar esse po-
tencial em ação, podem ser antevistas grandes possibilidades de mudanças positivas.
Ser uma empresa-cidadã mostra um grau de maturidade em termos de desenvolvi-
mento social e representa olhar a comunidade envolvida em suas ações como público
prioritário, ainda que essas ações permaneçam buscando o lucro e a competitividade
no mercado. Além da exigência e da preocupação moral com o tema, a adoção da
responsabilidade social também traz uma série de benefícios para a empresa, como
motivação do público interno, ganhos de imagem, maior satisfação do consumidor,
diversidade no ambiente de trabalho e cooperação da comunidade, dentre outros.
Esse é outro motivo para se considerar a responsabilidade social extremamente im-
portante no contexto empresarial. A responsabilidade social não é um modismo, e
sim uma realidade no contexto empresarial, que acarreta em alterações gradativas
de comportamento e valores nas organizações, devendo estar presente nas decisões
de seus administradores e balizando seu relacionamento com a sociedade.
Vetores da
Retorno aos Responsabilidade Preservação
acionistas. V5 Social
V2 ambiental.
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• imagem;
• marca (visibilidade e recall);
• mercado (facilitação da entrada em novos mercados);
• vendas (captação de novos clientes);
• tributos (dedução do imposto de renda).
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Responsabilidade em retrospectiva
De acordo com o Perfil da empresa que investe em projetos sociais na comuni-
dade, estudo realizado pelo Serviço Nacional do Comércio (Senac) de São Paulo, 55%
das empresas incorporam o investimento social a suas práticas comerciais, constan-
do em documento de conhecimento de todos os funcionários. Embora a doação de
produtos (22%) e de equipamentos (18,5%) ainda seja a forma mais comum de rea-
lização desse tipo de investimento, 14,6% afirmaram repassar recursos diretamen-
te às comunidades a partir de projetos criados pela própria empresa. Para 38,8%, o
investimento está organizado dentro da própria empresa, que normalmente delega
essas atribuições a mais de um departamento.
Entre as razões mais apontadas para a realização de investimentos sociais estavam
consciência e cidadania empresarial (26,6%), visão e missão (26,2%) e o sentimento de
que a empresa é uma extensão da comunidade, sendo responsável por sua qualidade
de vida (23,5%). Quase metade (43%) das empresas realiza investimentos sociais com
parceiros — os mais citados foram as instituições sociais (24%) e as escolas (21,2%).
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PARA REFLETIR
Fonte: http://acslogos.dominiotemporario.com/doc/TEORIA_DOS_STAKEHOLDERS_E_RESPONSABILI-
DADE_SOCIAL.pdf
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SUGESTÕES
Imagem: Internet
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existência isolada e sem relação com o mundo, cujo fim em si era o lucro. No sistema
econômico contemporâneo, o exclusivismo do lucro dos stockholders como única
responsabilidade social empresarial não se sustenta mais, dado as rápidas mudan-
ças do ecossistema terrestre e suas interligações. Tal fato suscita uma mudança de
abordagem de interpretação do mundo e das coisas do mundo. Friedaman (2010)
interpretou o mundo pelo método indutivo, ou seja, a partir da parte, como se as
partes estivessem isoladas uma das outras e que a soma das partes – quantitativa e
qualitativamente – é igual ao todo. Hoje, a tendência é interpretar o mundo pelo mé-
todo dialético, que pressupõe uma relação dinâmica e interdependência das partes.
Na administração contemporânea o lucro dá lugar para o valor da empresa. Tal
fato, entretanto, não quer dizer que o gestor deva deixar de buscar o lucro. Pois, a
ausência deste conduz a um processo de falência.
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ATENÇÃO
Viu como os dois conceitos são bem diferentes? ISP é uma ação social da empre-
sa. Ele tem grande preocupação com os resultados de seus investimentos. Isso traz
algum retorno para a empresa? Ele está relacionado com a ligação entre a empresa e
a comunidade; já a RSE é muito mais abrangente.
Pode-se dizer que a RSE diz respeito à maneira de conduzir o negócio dentro
da empresa, preocupando-se com todos os seus públicos: colaboradores, consumi-
dores, fornecedores, sociedade, entre outros, enquanto o ISP se volta ao que está
acontecendo fora da empresa.
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Fonte: https://www.sbcoaching.com.br/blog/responsabilidade-social-empresarial/
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ANOTAÇÕES
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ANOTAÇÕES
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